Março de 1959. João Gilberto, LP Chega de Saudade voz violão, dois em um apresenta um samba batido diferente, uma nova bossa, desafinadamente afinada e aí, meus caros, tímpanos e gogós, nunca mais foram os mesmos. 13 anos, um cantinho e um violão era o que faltava.
No repertório disse antológico disco considerado por muita gente, o melhor de nossa música popular, três músicas de Carlos Lyra. Fiquei ligado. Logo em seguida sai o 1º LP do autor de Maria Ninguém, Saudade fez um um samba e Lobo Bobo que eu já tinha aprendido dedilhar e cantar a duras penas e daí pra frente fui aprendendo: Menina, Quando chegares, Barquinho de papel, Ciúme, Coisa mais linda, Você e eu, Marcha da quarta-feira de cinzas, Feio não é bonito, Quem quiser encontrar o amor, Influência do jazz, Aruanda, Se é tarde me perdoa, Minha namorada, Maria Moita e todas do musical Pobre Menina Rica, e outras menos conhecidas como as belíssimas Aonde andou voce e Só não vem você, e agora mais de sessenta anos depois, tive a honra de ser seu parceiro e a alegria de ouvi-lo cantando uma das sua ultimas composições, nosso Vagalume, em dueto com minha filha Céu.
Grupo Pau Brasil comemora 40 anos com o álbum infantil
Cantos da Natureza, lançado pelo Selo Sesc
Letras de Edgard Poças musicadas por Rodolfo Stroeter e Nelson Ayres, arranjadas e executadas pelos músicos do Pau Brasil evidenciam as riquezas e belezas da nossa natureza; entre os intérpretes, tem as cantoras Ceu, Marlui Miranda, o cantor Edgard Gianullo e o Trio Amaranto; álbum chega primeiro no Sesc Digital no dia 7 de outubro, e nos demais players de streaming no feriado de 12 de outubro, Dia das Crianças
Trata-se de um
projeto educacional e didático que visa apresentar à criança as belezas,
emoções e riquezas naturais, com o adulto na leitura das canções. Um disco a ser
utilizado até mesmo nas salas de aula.
São 19 faixas que descrevem de forma muito criativa e divertida os quatro elementos da natureza – a água, o fogo, a terra e o ar –, a chuva, a nuvem branquinha, o céu cinzento, o arco-íris, o relâmpago e o trovão. Do mundo animal, um estranho mamífero que bota ovo e que tem um ferrão venenoso, mas é bonzinho. Estamos falando do ornitorrinco, um bicho que pouca gente conhece.
Todas as
letras são do compositor, escritor e pesquisador Edgard Poças – criador da
Turma do Balão Mágico. Entre os intérpretes, destaque para as cantoras Céu,
Marlui Miranda, que já fez parte do Pau Brasil, e Maria Clara Novaes, e os
cantores Edgard Gianullo, Renato Braz, Sérgio Santos e Diogo Poças, além do
próprio Edgard que canta em duas faixas. Participam também o coral infantil Trovadores
Mirins, sob regência da maestrina Lucila Novaes e o Trio Amaranto, de Belo
Horizonte, formado pelas irmãs Ferraz, Flávia, Lúcia e Marina.
Cantos da
Natureza chega em 2020,
mas a sementinha do projeto começou a ser semeada ainda no início dos 1970. A
história passa por Rodolfo Stroeter quando, ainda adolescente, aos 14 anos de
idade, foi estudar música com Edgard Poças que desembargava em São Paulo, vindo
de Portugal, após uma curta temporada no país europeu. E foram nas aulas de
iniciação musical que Poças estimulou Stroeter a conhecer também o universo da
literatura. A relação do letrista e compositor com o que viria a ser tornar o
contrabaixista do Pau Brasil se estabelece a partir daí.
Passadas
algumas décadas, Rodolfo Stroeter produzir um disco de música infantil do Trio
Amaranto – que também são a gênese deste projeto do Pau Brasil –, e cujo
repertório incluiu a Suíte 4 Elementos e O Ornitorrinco, também presentes
neste álbum do quinteto paulista. A partir daí, Edgard e Rodolfo intensificaram
o trabalho em conjunto com o objetivo de ampliar o repertório de canções. Desta
vez, pensado para o grupo Pau Brasil.
“Cantos da
Natureza é a celebração de um projeto infantil dentro de um contexto de um
grupo de música. É a música cuidada, tratada, arranjada, executada e
improvisada, ou não, por um conjunto musical que tem distinção sonora. Depois
de 40 anos, o grupo Pau Brasil se tornou um som”, destaca Rodolfo Stroeter.
Das 19
músicas, vale alguns destaques começando pela Abertura Suíte 4 Elementos,
onde Edgard Poças transforma em personagens os quatro principais elementos da
natureza: a água, o fogo, a terra e o ar. Uma composição com enredo de musical infantil.
Segundo o letrista, é a primeira vez que a música infantil se apropria da ideia
de Suíte – que é reunir em uma única obra várias peças musicais.
Apresentações
feitas, cada um dos elementos naturais chega na sequência com a sua própria
canção. Na ordem, Água traz uma singela descrição desta substância
química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de
oxigênio. Abundante no universo, em especial no planeta Terra, onde cobre
grande parte de sua superfície com rios, lagos e mares.
Fonte de
energia e risco às florestas, a música Fogo expõe as diferentes formas encontradas
desta mistura de gases a altas temperaturas. Das fogueiras à lava dos vulcões,
das lareiras e até mesmo à língua dos dragões. Interpretada pela cantora Marlui
Miranda na companhia do Trio Amaranto, Terra lembra que vivemos no planeta
que é a casa do mundo e que se trata do elemento natural que precisa dos outros
três – o fogo, a água e o ar. Por fim, a mistura de gases que compõem a
atmosfera da Terra. Em Ar, a letra de Edgard Poças destaca que todo
mundo precisa e quer um ar puro e é por isso que dizemos: chega de poluição!
Edgard Poças
relaciona todos esses aspectos da natureza para trazer um mundo melhor às
crianças. A nossa natureza que é linda, viva, colorida e movimentada, é também
lembrada através das flores, das estrelas, do som, do mar e até dos peixes que
não são peixes.
A nuvem
branquinha, o céu cinzento, o relâmpago e o trovão, a chuva e o arco-íris
aparecem em forma de canções na Suíte da Chuva. Em Adivinha, Quem Sou Eu?,
está o som e a sua propagação em suas múltiplas formas, presente em todos os
lugares e todos os cantos. A letra de Chuva começa com uma nuvem que
parece um carneirinho e, de repente, se transforma em um leão.
Com letra e interpretação de Edgard Poças, a cantiga de ninar Soneca é a composição do disco para os adultos embalarem os bebês no sono. A letra é um convite a contar, um a um, a passagem dos Sete Anões. Do sabido Mestre ao carinha amoroso que é o Feliz, sem se esquecer do engraçado do Dunga, do mal-humorado do Zangado, do faceiro e manhoso do Dengoso e do Atchim. E cadê o Soneca na terra dos sonhos?
KLAXON CRIAÇÕES – SOM e IMAGEM, minha firma de fotogramas de publicidade, cumpriu sua história da primeira metade dos anos oitenta até o final dos anos 90.
Mappin, uma loja de departamentos com sede na cidade de São Paulo, cujo nome oficial era Casa Anglo-Brasileira S/A, compôs boa parte dela.
Fundada em 1774, na cidade inglesa de Sheffield, foi trazida para o Brasil em 1913 pelos irmãos Walter e Hebert Mappin.
Durante os 86 anos em que atuou em São Paulo, foi uma das pioneiras do comércio varejistano Brasil.
Na década de 1930, inovou ao colocar etiquetas com os preços nas vitrines e foi a propulsora do crediário.
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Entre os anos 40 e 50, o Mappin foi ponto de encontro. Antecipou o conceito de shopping center, reunindo produtos de diversos tipos em um único local.
A loja na Praça Ramos de Azevedo, no centro da capital paulista, se tornou referência da marca.
Encerrou suas atividades em 1999.
Klaxon foi o nome homenagem a revista a primeira publicação modernista brasileira, uma referência importante para o estudo desse Movimento.
A publicação do periódico, entre 1922 e 1923, foi a primeira ação pós-Semana de Arte Moderna, realizada por um grupo de artistas – poetas, escritores, artistas plásticos, músicos, jornalistas e intelectuais – com o objetivo de imprimir uma identidade nacional à produção artística brasileira e promover um rompimento com as tradicionais escolas europeias.
A redação de Klaxon costumava se reunir na Confeitaria Vienense, e a primeira sede da revista foi na rua Uruguai, número 14, transferindo-se depois para a rua Direita, número 33, sempre pertinho do Ouça o som da klaxon buzinando, nesta montagem – feita gentilmente pela Memorar – de todos fotogramas produzidos pela Klaxon. Quase todas, citando sempre o prefixo do Mappin (com os direitos comprados à 20th Century Fox).
Modas feminina, masculina, infantis, dia das mães, dia dos pais , Natal, Carnaval, ginastica Móvéis, cozinha, primavera, verão, outono, inverno, tudo “era no Mappin”, até o automóvel Lada (russo!)
Desculpem pequenas falhas sonoras; o tempo pune, mas é, e está.
Agradeço à todos que, pacientes e condescendentes, participaram dessas peças como compositores, instrumentistas, cantores ou parceiros.
Amilson Godoy, Angela Márcia, Arismar do Espírito Santo, Caio Flávio, Carlinhos Bala, Claudio Bertrami, Claudio Leal Fereira, José Antonio Almeida, José Clovis Trindade, Lelo Nazário, Luiz Lopes, Luiz Roberto Oliveira, Marcos Xuxa Levy, Nadir Gogliano, Nelson Ayres, Paulinho Campos, Paulo Bellinati, Paul Mounsey, Pichú Borrelli, Rodolfo Stroeter, Silvinha Araújo, Willian Caran, e o gentil e expedito McIntosh Barbosa Poças.
A todos, o meu abraço de carinho e saudade.
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Este post é dedicado à memória do inesquecível amigo Fernando Vieira de Mello.
Numa certa ocasião, reunido com amigos compositores, tive a ideia de fazer uma parceria musical com cada um deles. Como venho trabalhando na música infanto-juvenil, desde que criei a Turma do Balão Mágico, “há mais de quarenta anos”, imaginei um repertório que refletisse a criança em cada um dos parceiros. Seria um “Balão Mágico” para maiores? Pode ser, talvez movido pelo sentimento de que a infância não volta mais, mas a criança permanece.
São 12 composições inéditas e os meus parceiros são: Carlos Lyra, Dado Magnelli, Daltony Nóbrega, Dino Galvão Bueno, Eduardo Gudin, Laércio de Freitas, Luis Roberto Oliveira, Marcos Valle, Nelson Ayres e Théo de Barros, e uma música de (Anibal Augusto Sardinha – Garoto).
Participaram deste álbum como intérpretes : Céu, Alaíde Costa, Renato Braz, Adriana Godoy, Diogo Poças, Jean William, Ricardo Barros, Maria Clara Novaes, Margareth Darezzo e Edgard Gianullo. Todos os arranjos são de autoria de Pichu Borrelli. A ilustração da capa é de Paulo Caruso.
Este álbum /CD já está disponibilizado nas plataformas musicais.
Letras e Músicas:
Bem-te-vi (Daltony Nóbrega e Edgard Poças) por Renato Brás
De lá do céu ouvi
um bem-te-vi
que bem me viu assim
Assobiando azul
agradeci
que bom estar aqui
que bom que bem-te-vi
Quis imitar o som da tua voz
Mas eu não consegui
e, em compensação
um bem-te-vi
me trouxe essa canção
Felicidade
que bom te ouvir
cantando por aí
lá e aqui
ali, acolá
que nem bem-te-vi
…
Fefê, a foca fofoqueira (Laércio de Freitas e Edgard Poças) por Adriana Godoy
Fefê, foca fofoqueira,
faz fofoca até de focinheira
Venenosa
jararaca
foca na fofoca e ataca
Peçonhenta
Fefê inventa e aumenta um ponto
– Sabe o que ela me contou?
– Depois eu conto
Fefê a foca
Foca na fofoca
Fefê a foca
Foca na fofoca
…
Vagalume (Carlos Lyra e Edgard Poças)
Todo dia o vagalume
recarrega a bateria
à noitinha, acende, voa
reluzindo alegria
Voa, voa pirilampo
Faz do céu sua casinha
Luze, luze
lume, lume
mais parece uma estrelinha
Luze luz luze luz
luze luze luze lume
luze luz luze luz
vaga luz, o vagalume
…
Palhaço (Théo de Barros – Edgard Poças) por Edgard Gianullo
Quando eu piso no picadeiro
Todo mundo abre um sorriso
a plateia é só riso
riso
isso que eu preciso
Se eu vejo uma criança
de carinha amarrada
caio logo na palhaçada
e desamarro a risada
Eu nasci pra ser palhaço
palhaçar, palhaçaria
esse é meu dia-a-dia
Eu nasci pra ser palhaço
semeando o que eu faço
vou colhendo alegria
Sou palhaço
amo o que eu faço
sou pirueta
eu sou tropeção
Sou anedota
sou espoleta
dou cambalhota
no seu coração
…
Joguinho de Montar (Marcos Valle e Edgard Poças) por Marcos Valle
O que você quer ser quando crescer?
viviam me perguntando
Quanta coisa eu podia ser…
…eu ficava, só imaginando…
Um atleta, um cientista, um pop star
Um médico, mamãe ia adorar!
Por meu pai eu seria engenheiro
e de tudo que podia
eu queria ser bombeiro
Bombeiro
eu queria ser
bombeiro
um herói verdadeiro
super-herói verdadeiro
Bombeiro
eu queria ser
bombeiro
um super-herói verdadeiro
O que você quer ser quando crescer?
viviam me perguntando
Quanta coisa eu podia ser… e fazer
…eu ficava, só imaginando…
E agora , o tempo conta o que eu sou
É mágico eu fui, eu sou vovô
E assim o que eu tenho pra contar
Sou um cara igualzinho
Um joguinho de montar
Bombeiro
eu queria ser
bombeiro
um herói verdadeiro
super-herói verdadeiro
Bombeiro
eu queria ser
bombeiro um super-herói verdadeiro
…
Beija-Flor (Anibal Augusto Sardinha (Garoto) e Edgard Poças) por Jean William
Pititico beijoqueiro
Entre as flores vou que vou
Bom de bico vou maneiro
Voo, beijo, beijo, voo
Murmurando levo amores
Levo pólen flor em flor
Beijos doces, multi cores
Bem feliz vou que vou
Nas asas do amor
Eu acordo bem cedinho
Tenho muito que voar
Deus me livre de gaiolas
Não consigo nem pensar
Trabalhando, namorando
Sou um beijo voador
Pra beijar não me atrapalho
Afinal eu nasci pra ser um beija-flor
Voo voo, zôo zôo
Sou artista, sou o show
E mergulho que nem um um trapezista
Paro e beijo que nem equilibrista
É por isso que me chamam
flor do vento, flor de mel
Colibri encantador
Flor das flores, flor do céu
Para cima, para baixo
Para frente, para trás
Engraçado, eu sei voar de lado
Quero ver quem é que é capaz
Giro as asas feito um oito
Colorindo o infinito
Indo e vindo, flor em flor
Passarinho
Beija-flor
…
Galinho Dorminhoco (Dino Galvão Bueno e Edgard Poças) por Edgard Poças
Acorda seu galinho dorminhoco
acorda, tá na hora de cantar
o sol tá lá no céu desde cedinho
e o seu galinho nada de acordar
Acorda reloginho preguiçoso
o dia tá cansado de esperar
galinho dorminhoco abre o bico
quem tem cocorico tem que cocoricar
O gato mia
o pintinho pia
o lobo uiva
ruge o leão
A vaca muge
late o cãozinho
grasna o patinho
relincha o alazão
O burro zurra
o elefante urra
os bichos tem seu jeito de falar
Galinho preguiçoso abre o bico
quem tem cocorico tem que cocoricar
…
Minha terra (Nelson Ayres e Edgard Poças) por Maria Clara Novaes e Ricardo Barros
Dá licença dá licença
é a vez da minha terra
de cantar os seu encantos
e as riquezas que ela tem
Minha terra é tão bonita
que dá gosto a gente ver
e não há lugar no mundo
tão bom de se viver
Nosso céu tem mais estrelas
nossos bosques tem mais flores
nossa vida mais amores
e aqui eu sou feliz
Minha terra é um barquinho
navegando no infinito
minha terra meu planeta azul
você é meu país
…
Bichinhos de estimação (Dado Magnelli e Edgard Poças) por Alaide Costa e Diogo Poças
Você gatinha do meu coração
você meu carneirinho de algodão
você bichinho de estimação
é você
é você
é você
Você leoa, eu o seu leão
você ursinho mais do que pimpão
você bichinho de estimação
é você
é você
é você
Assim,
a lua e o sol
a flor e o jardim
assim somos os dois
nós dois
Amor
eu gosto de você
‘cê quer saber porque
é você
é você
…
Planta Planta (Luis Roberto Oliveira e Edgard Poças) por Margareth Darezzo
Planta, planta
planta aqui e planta lá
Planta, planta, planta
faz o verde verdejar
Verdejar
verdejar o chão
verde já
verde já na plantação
Viva, viva o ar
xô poluição
vamos juntos verdejar
verde já na plantação
Planta um pé, pé, pé
pé-de não sei que
pé de água de beber
pé-de
pede pra chover
Planta, planta, planta
pé, pé, pé
planta, planta, planta planta, planta no seu pé
…
Será? (Eduardo Gudin e Edgard Poças) por Maria Clara Novaes e Edgard Poças
Às vezes eu acho que sim
às vezes, eu acho que não
concordo, às vezes discordo
nem sempre acredito
nem sempre duvido, depende…
Eu acho que tenho razão
às vezes me dizem que não
disseram até que eu
ando me achando
a dona da opinião
Será que eu preciso
ter sempre razão
será mania de competição
será teimosia ou…
será que eu .. tô me achando demais?
E dizem que eu vivo
Querendo impor
aquilo que acho
que tem mais valor
será que no mundo tem
um alguém que tem
sempre razão?
Será que é bom discutir
será que é melhor concordar
discordo
duvido
acredito
depende…
será que é melhor conversar?
…
Bem-vindo (Edgard Poças)
Seja bem vindo
aqui nesta canção
canta comigo
faz bem pro coração
Canta, espanta
aquilo que é ruim
o mundo será bem mais feliz assim
Seja bem vindo
aqui é seu lugar
canto contigo
é sempre bom cantar
Canta amigo, o bem que não tem fim
o mundo será bem mais feliz assim
Faz desta canção
uma oração
de fé, amor e paz
Canta esta canção
vem comemorar
bem-vindo ao nosso lugar
Deixa tristeza lá fora, por favor
fica na boa, libera o bom humor
E canta, espanta
aquilo que é ruim
o mundo será bem mais feliz assim
Aqui é seu lugar
agora é seu lugar
é hora de cantar
é sempre bom comemorar
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Théo de Barros, Edgard Poças, Eduardo Gudin e Carlos Lyra 21/05/ 2022.Edgard Poças, Adriana Godoy e Carlos Lyra 21/05/ 2022.Edgard Poças, Dado Magnelli e Carlos Lyra 21/05/ 2022Dado Magnelli, Ricardo Barros e Carlos Lyra 21/05/ 2022Luiz Roberto Oliveira e Edgard Poças 21/05/ 2022
Meus amigos, aí está o resultado de um trabalho realizado com muito amor e dedicação. Dois Atos, dois CDs. Jean William é um grande artista. Agradeço a ele a oportunidade de fazer a direção artística, consultoria de repertório, além da produção e direção Musical ao lado do querido Ney Marques, e mais ainda, a sua interpretação de Estrelinha, parceria com meu velho amigo Nelson Ayres, e da Serenata, letra que escrevi em homenagem ao genial Cândido das Neves, sobre a famosa melodia (Ständchen) de Franz Schubert.
CD #1
01. Noche Ronda (Agustin Lara & Maria Tereza Lara)
Participacão: Fafá de Belém
Arranjo e piano : Ruriá Duprat
02. Amor em Lágrimas (Claudio Santoro & Vinícius de Moraes)
Arranjo e piano: Nelson Ayres
Contrabaixo: Zeca Assumpção
03. All The Things You Are ( (Jerome Kern & Oscar Hammerstein II), com citação de Night and Day (Cole Porter/) e Fly Me to the Moon (Bart Howard)
Participação: Alissa Sanders
Arranjo e piano: Nelson Ayres
04. Estrelinha (Nelson Ayres & Edgard Poças)
Arranjo e piano: Nelson Ayres
05. Hymne a L’amour (Marguerite Monnot & Edith Piaf)
Arranjo e piano: Ruriá Duprat
Violões: Webster Santos
Acordeão: Marinho
06. Poema dos Olhos da Amada (Paulo Soledade/ Vinicius de Moraes)
Arranjo e piano: André Mehmari
Suíte dos Pescadores (Dorival Caymmi)*
O Mar, O Bem do Mar, Canção da Partida, Adeus da Esposa, Temporal, Cantiga da Noiva, Velório, É Doce Morrer no Mar, Canção da Partida.
*Todas as composições são de autoria de Dorival Caymmi, exceto É Doce Morrer no Mar que é parceria deste com Jorge Amado.
Montagem da suíte: Edgard Poças
Arranjo e violoncelo: Jaques Morelenbaum
Violão: Marco Pereira
Contrabaixo: Rodolfo Stroeter
Percussão: Caito Marcondes
Côro dos Pescadores: Jean William, Edgard Poças e Roberto Teixeira
Participações: Mônica Salmaso, Céu e Paula Morelenbaum
Orquestra de cordas:
Violinos: Adriana José de Melo, Alex Braga Ximenez, Cristina Cabral Fernandes da Costa, Fernando H.Travassos da Rosa, Heitor Hideo Fujiname, Luiz Britto Passos Amato, Marcos Henrique Scheffel, Nadilson Martins Gama, Otávio Scoss Nicolai, Pablo Zappelini de Leon, Paulo Calligopoulos, Ricardo Bem Haja da Fonseca.
Violas: Alexandre de Leon, Daniel Pires da Silva, Fábio Taguaferri Sabino, Roberta Lizandra Marcinkowski.
Cellos: Adriana Cristina de B. Holtz, Dimas Goudaroulis, Gustavo Pinto Lessa, Patrícia Mendonça Ribeiro.
Contrabaixo: Ana Valeria Poles de Oliveira.
Gravado nos estúdios:
Gravodisc: Engenheiro de áudio: Elcio Alvarez Filho, Assistente de estúdio: Gabriel Teixeira, Edição: Guido Baldacin
Estúdio Flautin 55: Engenheiro de audio: André Malaquias
Estúdio de André Mehmari
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CD #2
01. Una furtiva lagrima, da Opera L’elisir D’amore, de Gaetano Donizetti, com libreto de Felice Romani*
02. Ardir ah forse il cielo, voglio dire, da Opera L’elisir D’amore, de Gaetano Donizetti, com libreto de Felice Romani*
Dueto com Davide Rocca
03. Chiedi all’aura lusinghiera, da Opera L’elisir D’amore, de Gaetano Donizetti, com libreto de Felice Romani*
Dueto com Federica Vitali
04. Libiamo, Libiamo, da Opera Rigoletto de Giuseppe Verdi, com libreto de Francesco Maria Piave*
Dueto com Federica Vitali. Participação do Coral Luther King
05. Bella Figlia Dell’amore, da Opera Rigoletto de Giuseppe Verdi, com libreto de Francesco Maria Piave*
Quarteto com Federica Vitali, Adriana Clis, Jean William e Davide Rocca
06. Melodia Sentimental, de A Floresta do Amazonas, Heitor Villa-Lobos. Letra de Dora Vasconcelos**
07. Serenata (Standchen), de Franz Schubert. Letra: Edgard Poças**
Orquestra Filarmonica Bachiana Sesi – SP:
Flauta: Ana Maria Gaigalas, Carlos Eduardo, Gomes de Souz
Clarinete: Leirson C.Maciel, Tiago José Garcia
Oboé: Gerson Quirino De Abreu, Wainer C. De Carvalho
Fagote: Eliseu Silva Nascimento, Osvanilson de Castro Ferreira
Trompa: Douglas Rodrigo Bruno da Costa, Eduardo Gomes da Silva, Rafael de Paula Nascimento, Vitor Ferreira Neves
Trompete: Adenilson Roberto Telles, Wellington de Souza Pinto
Trombone: Marcos Antonio Pacheco N. Junior: Marcos Henrique de Paula: Tiago Azevedo De Araújo
Tuba: Gustavo de Jesus Campos
Contrabaixo: Rafael Rodrigues da Silva, Thiago Hessel De Paula, Thiago Paganelli de Oliveira
Percussão: Daniel Dias de Lima, Natali Calandrin Martins
Violino: Ana Camila Castilho Bordino, Anderson Alves Tavares< Andréa De Araujo Campos, Andressa dos Santos Matheus, Carolina Camargo Duarte, Cintia Nunes Leite de Camargo, Davi Ricardo Mirada Gama, Dorin Serban Tudoras, Eduardo Augusto de Almeida Silva, Eduardo M.Leite de Camargo, Fellipe Moreira Santarelli, Flávio Geraldini, Hanry Dawson Oliveira Ribeiro, Hudson F.Gorzoni Pires, Israel Fogaça Junior, Jonathan Souza Cardoso dos Santos, Natalia Portilho Mattos, Pedro Roberti Gobeth, Renato Marins Yokota, Sara Silva de Oliveira
Viola: Danielle Lima de Andrade, Denise de Freitas Fukuda, Elisa Graciela Ribeiro, Everton Rodrigues de Souza, Francisco Ederson F.Pereira, Tiago Vieira Rocha
Violoncelo: Alice Mayumi Michetelli, Franklin Martis Chaves, Rafael Victor F.Fernandes, Thais Camargo Duarte, Túlio Padilha Pires, Wellington Ramos
Coral Luther King: Sira Milani, Wagner Dias, David Matias Salim Neto, Roberto Mendes Barbosa, Cintia Derio, Daniel Giffoni, Daniel José Lopes, Daiane Scales Cezario, Alba Stela Zilahi, Alex Mastropasqua, Andréia Balbino, Antonio Martins Neto, Carolina da Silva, Irene B. Moreira dos Santos Kabengele, Débora Maclean, Denise Sacchetto, Dina Valeria Milani, Enilde Borges Costa, Francisca Monteiro de Oliveira, Garbo Aranyi, Gustavo Manzani, Ione A. Rodrigues de Souza, Jacira dos Santos Costa, Joanice Cerqueira Fonseca, João Afonso Filho, Larissa Acelina Casemiro de Queiroz, Geni Aparecida Barbosa, Luisa Ventura Giraldez, Fernandes dos Santos, Mariana Anacleto, Milena M. De Andrade, Nivaldo Marcelino, Paulo Rogério Jacovick, Rodrigo Garcia, Rodrigo Wagner de Freitas, Rogério Tabyra, Rosana Taketomi de Araújo e Victor Ribeiro de Oliveira.
Gravado ao vivo na Sinagoga Shalom
Engenheiro de audio: Gato
Edição: Guido Baldacin
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Fotos da capa : Danilo Mantovani
Projeto Gráfico: Aldeia Idéias
Direção de Arte: Paulo Hardt/ Matheus Hardt
Produção Fonográfica: Dabliú
Gerencia de Produção: Tatiana B.Librelato
Produção Executiva: Zezito Marques da Costa
Direção Artística e Consultoria de Repertório: Edgard Poças
Produção e Direção Musical: Edgard Poças e Ney Marques
Direção de Produção: Fred Rossi
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Documentário fotográfico das gravações:
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Ruriá Duprat, Fafá de Belém, Edgard Poças e Jean William
Vídeo produzido por Vando Mantovani, no estúdio Gravodisc.
O Totem Bar ficava na avenida Santo Amaro, em São Paulo, no fundo de um terreno enorme cuja frente servia de estacionamento e foi lá, numa noite de 1968, que um conjunto de garotos da garoa, tocou Garota de Ipanema para o grande Duke Ellington – e sua orquestra.
Nelson Ayres no piano, Zeca Assumpção no baixo, Roberto Sion no sax, William Caran na bateria e eu no violão, mandamos a maior brasa e ao final, na sua nobreza, o Duke me sapecou tres beijos. Eu era o mais próximo.
Durante minha impetuosa performance notei um olhar curioso; acho que ele reparava que, no Brasil, o violão – da bossa nova – era tocado sem palheta, ao contrário dos guitarristas de jazz que adoravam a bossa nova.
Tive a sorte de viajar acompanhado de quatro azes, aí qualquer carta é coringa.
Como nós fomos parar no Totem, tocar para Duke Ellington e sua orquestra eu não tenho a menor idéia.
Lembro que eu fiquei até altas horas – o Duke e a banda foram embora cedo – com o trumpetista, CatAnderson, e iniciamos um porre federal que terminou numa boite que eu não lembro o nome – ficava naquela ladeira, não lembro o nome, que liga a Rua Martins Fontes à avenida Nove de Julho. Tambem não lembro como cheguei em casa.
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Lembro que dias depois assisti ao lado do meu primo Kiko Marques da Costa a inesquecível apresentação de Duke Ellington e sua Orquestra no Teatro Municipal de São Paulo.
Abriram com Take the A Train e eu caí no chôro. Nunca tinha visto tanto genio junto. Sophisticated Man, tocando aquele piano incrível, regendo com classe de mestre sala os caras que eu colecionava que nem figurinhas!
Após o concerto descemos até os camarins para ver as feras – não tinha muita gente – abri uma garrafinha de uísque, e sorvemos na companhia do saxofonista Paul Gonsalves e do trumpetista Cootie Willians, coautor de Round About Midnight em parceria com o insofismável Thelonious Esfera Monge! Isso eu lembro muito bem,
Uma pequena lembrança de Edward Kennedy “Duke” Ellington no seu aniversário de nascimento, ele que nunca morrerá. Nem sua orquestra.
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Take the A Train, de seu querido amigo e parceiro Billy Strayhorn.
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Voz: A Turma do Balão Mágico
Amigo Planeta
eu não sei porque
tem tanta gente que não cuida de você
mas agora nós iremos te salvar
as crianças nunca vão te abandonar
Amigo Planeta
volte a sorrir
sua beleza ninguém pode poluir
as estrelas e as noites de luar
as florestas e o verde azul do mar
Vamos enfeitar nossas cidades
e acabar com as maldades
que se fazem com a natureza
vamos com a força da amizade
te levar felicidade
e derrotar toda a malvadeza
Vem viajar
vem viver
vem brincar comigo
vem
vem brincar
de viver
eu sou teu amigo
•
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Oi, Mundo!
Paul Mounsey e Edgard Poças
Voz: Jairzinho e Simony
Participação de Gal Costa
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Oi ! Tudo bem?
Ando vendo na TV
Tudo bom!
E nas revistas, os maiores astrais
Todo mundo na maior
Trilegal!
É importante ser feliz
Tudo bem?
Tudo bom!
Tudo bom?
Bem esperto, bem ligado no som
Um rock, toque de canções geniais
Natureza, cordiais saudações!
Tua beleza, como vai?
Tudo bem? Tudo bom?
Areias, praias
Céu e mar
Os rios
Matas
Matarás?
Mal lhe pergunte, como vai?
Tudo bom?
Tudo bem?
Debaixo do véu da paz
Oi!
Como vai?
E vovô, vovó?
Mamãe e papai?
Oi, mundo!
Oi, mundo !
Então, diga lá:
A pressão é impressão que se tem?
Tô perguntando pra você?
Como vai? Tudo bem?
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Planeta Careta (Pequeño Planeta)
J. Urrutia/F. Presas/ E. Rodriguez/ E. M. Hirschfeld/ Letra: Edgard Poças
Voz: Dominó
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Um maluco
Um desorientado
Pelo espaço girando
Dançando abandonado
O sangue da natureza
O cinza pelo céu
E aquela sua beleza que foi pro beleléu
Que foi pro beleléu
Um planeta de rosto amargurado
Lanterna do futuro
Campeão do passado
E o sangue da natureza
Jorrando sem parar
Quem paga essa despesa?
Quem é que vai pagar?
Quem é que vai pagar?
Planeta careta, você se acaba mal!
Sujando todo o azul do espaço sideral
Que legal! Que legal!
As florestas, as matas matarás
E as praias desertas
O mar será o cais?
E o sangue da natureza, jorrando sem parar?
Quem paga essa despesa?
Quem é que vai pagar?
Quem é que vai pagar?
Planeta careta, você se acaba mal!
Sujando todo o azul do espaço sideral
Que legal! Que legal!
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Não Vem Não
Los Brincos – Letra: Edgard Poças
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Em 1962, o violonista Paulinho Nogueira me emprestou o LP 45 rpm Polêmica, capa do caricaturista Nássara, compositor e parceiro de Noël. Segundo Millor Fernandes, Antônio Gabriel Nássara (1910- 1996) foi o Mondrian do portrait-charge,… (ele) corrige a natureza fazendo com que as personagens acabem se parecendo com a caricatura.
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Vinte e seis anos depois ganharia de presente suas ilustrações da História do Brasil que escrevi para o encarte do LP Pindorama do grupo Pau Brasil (Nelson Ayres: piano e teclados, Paulo Bellinati: guitarra e violão, Roberto Sion: Sax e Flauta, Rodolfo Stroeter: baixo acústico e elétrico, Bob Wyatt: bateria).
Numa manhã Nássara liga para minha casa:
– Aqui é o Nássara. Ouça, não adianta falar nada que eu sou surdo: voce fez um épico do carnaval!
Para os seres despertos, há somente um mundo comum.
Heráclito
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Canto: Paula e Edgard Poças
Minha Terra
Nelson Ayres e Edgard Poças
Dá licença dá licença aí
É a vez da minha terra
De cantar os seu encantos
E as riquezas que ela tem
Minha terra é tão bonita
Que dá gosto a gente ver
E não há lugar no mundo
Tão bom de se viver
Nosso céu tem mais estrelas
Nossos bosques tem mais flores
Nossa vida mais amores
E aqui eu sou feliz
Minha Terra é um barquinho
Navegando no infinito
Minha Terra meu planeta azul
Você é meu país.
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Mi Tierra
Para los seres despiertos, solo hay un mundo común.
Heráclito
Perdona, Perdona,
És la vez de mi tierra
De cantar sus encantos
Y las riquezas que hay en ella.
Mi tierra és tan bonita
Que és sabroso verla
Y no hay sitio en el mundo
Tan bueno de vivir
Nuestro cielo tiene más estrellas
Nuestros bosques tienen mas flores
Nuestras vidad más amores
Y aqui yo soy feliz
Mi tierra és un barquito
Navegando en el infinito
Mi tierra, mi planeta azul,
Eres mi pais
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My Land
For the awakened beings, there is only one common world.
Heraclitus
Excuse me excuse me
This is the turn of my land
To sing it’s charms
And it’s wealths
My land is so beatiful
That delights me to see
And there is no place on earth
So nice to live in
Our sky have more stars
Our forests have more flowers
Our life have more love
And here I am happy
My land is a small boat
Navigating at the infinity
My land, my blue planet
You are my country.
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Ma Terre
Pourles êtres éveillés, il n’ya qu’un seul monde commun.
Héraclite
Je demande le consentement
Le moment venu de louer mon coin
De faire entendre ses enchantements
Ne pas dévoiler ses richesses en vain
Si splendide est mon terroir
Qui rempli les yeux
Car il n’y a pas un lieu
Si beau a vivre et a voir
Notre ciel a plus d’étoiles
Nos forêts ont plus de fleurs
Nos vies tant d’amours
Et ici je suis heureux
Mon pays est un petit vaisseau
Navigant dans l’infinit
Mon pays, mon planète bleu
Tu es mon pays
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わがふるさと
思考はすべてのものにとって共通のものとしてある
Heráclito
さぁさ、ごめんよ、聞いてくれ
われのおくにの物語り
魅惑をたたえる歌声は
魔法のような華やかさ
わがふるさとは、うるわしく
いついつまでも見あきない
広い世界にただひとつ
生きる喜び感じる所
空には遠く星が満ち
森には花が咲き乱れ
わが身は愛が満ちあふれ
わが幸せは今ここに
わがふるさとは小舟のごとく
果てしなく漕ぎ渡る
わがふるさとは青色大地
君こそは、わがおくになり
WAGA FURUSATO
Saa, gomen yo, kiite kure
Ware no kuni no monogatari
Miwaku wo tataeru utagoe wa
Mahoo no yoo na hanayakasa
Waga furusato wa uruwashiku
Itsu itsu made mo miakinai
Hiroi sekai ni tada hitotsu
Sora ni wa ooku hoshi ga michi
Mori ni wa hana ga sakimidare
Waga mi wa ai ga michiafure
Waga shiawase wa ima koko ni
Waga furusato wa kobune no gotoku
Hateshinaku kogiwataru
Waga furusato wa seishoku oochi
Kimi koso wa, waga okuni ni nari
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La Mia Terra
Per gli esseri risvegliati, c’è solo un mondo comune.
Eraclito
Permesso, chiedo permesso
È il turno della mia terra
Di osannare le sue grazie
E con esse, le sue ricchezze
La mia terra è così bella
Che fa piacere a vedersi
non vi è un luogo più incantevole al mondo
Tanto bello da viversi
Il nostro cielo ha più stelle
I nostri boschi, più fiori
Le nostre vite, più amori
E qui sono felice
La mia terra è un battello
Navigando nell’infinito
Terra mia, mio pianeta azzurro
Tu sei il mio paese
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Meine Heimat
Für erwachte Menschen gibt es nur eine gemeinsame Welt.
Heraklit
Ich bitte um Verzeihung,
aber jetzt ist die Zeit gekommen,
dass meine Heimat ihre Schönheiten
und ihren Reichtum singen kann
Meine Heimat ist so schön,
wir freuen uns, dies zu sehen.
es gibt keinen anderen Ort
wo man so gut leben kann.
Unser Himmel hat mehr Sterne
Unsere Wälder haben mehr Blumen
Unser Leben mehr Liebe
Hier fühle ich mich sehr glücklich
Meine Heimat ist wie ein kleines Boot,
das ins Unendliche fährt
Meine Heimat, mein blauer Planet
Du bist mein Zuhause.
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나의 땅
깨어있는 자들에게는,오직 공통된 세상만이 존재 한다.
헤라클리트
실례합니다. 저기, 실례합니다.
나의 땅의 차례 입니다.
그의 매력을 노래 부르며
그가 갖고있는 풍부함에 대해서,
나의 땅은 매우 아름답습니다.
그렇게 보는것만으로도 즐겁지요
또한 세계 어느곳보다
살기좋은곳이 없습니다.
우리의 하늘엔 별이 더 많고
우리의 숲엔 꽃이 더 많으며
우리의 인생엔 사랑이 더 많아
여기 저는 행복합니다.
나의 땅은 통통배이며
무한을 항해하며
나의 땅,나의 파랑 행성
당신은 나의 나라이다.
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Epígrafe e trecho do prefácio de A Conexão Planetária, o mercado, o ciberespaço, a consciência, de Pierre Lèvy, editora 34. Valeler. Tradução de Maria Lúcia Homem e Ronaldo Entler:
“Até aqui, poderíamos dizer, os homens viviam ao mesmo tempo dispersos e fechados neles mesmos, como passageiros acidentalmente reunidos no portão de um navio do qual não suspeitavam nem a natureza móvel, nem o movimento. Sobre a terra que os agrupava, não concebiam, pois, nada de melhor a fazer alem de discutir ou se distrair. Eis que por acaso, ou melhor, pelo efeito normal da idade, nossos olhos acabam por se abrir. Os mais ousados dentre nós alcançaram a ponte. Eles viram a nave que nos levava. Eles perceberam a espuma ao longo da proa. Eles se deram conta de que havia uma caldeira para alimentar – e também um leme a governar. E sobretudo eles viram flutuar nuvens, eles aspiraram o perfume das ilhas para alem da linha do horizonte: não mais a agitação humana ali – não a deriva – , mas a viagem.” (Teilhard de Chardin).
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“De agora em diante, a grande aventura não é mais aquela de países, de nações, de religiões ou de ismos quaisquer; a grande aventura é a aventura da humanidade, a aventura da espécie mais inteligente do universo conhecido. Essa espécie ainda não é completamente civilizada. Ela ainda não tomou consciência integralmente de que forma apenas uma única sociedade inteligente. Mas a unidade da humanidade está se fazendo agora. Após tantos esforços, é enfim, chegada a unificação da humanidade, sob uma forma que nós não esperávamos não é um império, não é uma religião conquistadora, uma ideologia, uma raça pretensamente superior, uma ditadura qualquer; são imagens, canções, o comércio, o dinheiro, a ciência, a técnica, as viagens, as miscigenações, a Internet, um processo coletivo e multiforme que brota de todo lugar. Que acontecimento extraordinário! “ (Pierre Lèvy).
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Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
O Infante, Mar Portuguez, Mensagem, Fernando Pessoa
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Agradecimentos: Marcos Xuxa Levy, Silvia Ocougne, Jaime Lee, Ruriá Duprat , Carlo Gancia, Hidenori Sakao, João Rodolfo Stroeter e Karlo Asis Shaya.