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Tuhú

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

dedicada Heitor Villa-Lobos.

Tuhú por Edgard Poças

Lá vem o trem
um menino imaginando no trem
um lugar igual a nunca se viu
descobrindo o Brasil
 
Lá vai o trem
desenhando 
um país vai o trem
todo verde, amarelo, azul 
leste oeste norte sul
 
Lá vem o trem
tem um índio de casaca no trem
estudar em Cascadura ele vem
vem sonhando uma nação
coração
 
Lá vai o trem
um menino imaginando no trem
um lugar igual nunca se viu
descobrindo o Brasil
 
Lá vem o trem
apitando como nunca se ouviu
é Tuhú rasgando o seu coração 
descobrindo o Brasil
 
Tuhúuu…

Tuhuzinho

Villa-Lobos, mocidade
Janota

Ai vem o trem !

Trenzinho do Caipira, com Leopold Stokowski de maquinista: – http://www.youtube.com/watch?v=hIM4FiS5Zck

Orquestra Sinfônica Brasileira tocando o Trenzinho do Caipira (Tocata da Bachiana Brasileira Nº 2) – Roberto Minczuk, Maestro. CLIQUEhttps://www.youtube.com/watch?v=wIG4h7lvj4Y

“Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música eu deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que eu transponho instintivamente para tudo que escrevo”

“A minha obra musical é consequência da predestinação. Se ela é em grande quantidade, é fruto de uma terra extensa, generosa e quente”

Saudades das selvas brasileiras Nº2 – Nelson Freire (piano) – http://youtube.com/watch?v=pXMylnfWLsk

O que me interessa é a natureza do Brasil

Quando me lembro que Villa-Lobos é brasileiro, sinto vontade de dar vivas: Viva o Brasil! Viva Villa-Lobos! – Gilberto Freire

A lenda do caboclo – Com Yo Yo Ma (cello) e Duo Assad (violões) https://www.youtube.com/watch?v=vr0fuRThIDg

O Canto do Cisne Negro. Bela gravação de Cristina Ortiz (piano) e Antonio Menezes (Violoncelo): https://www.youtube.com/watch?v=9HfhsJyU0Tw

Bachianas Brasileiras No. 5 – Ária (Cantilena), com a soprano argelina Amel Brahim – http://www.youtube.com/watchv=NxzP1XPCGJE&list=RDNxzP1XPCGJE&index=1

Preludio da Bachiana Nº4. Nelson Freire (piano) – http://www.youtube.com/watch?v=A1Emge2-4AM

Bachiana Nº 4 – Orquestra Simón Bolivar, regida por Roberto Tibiriça. http://www.youtube.com/watch?v=5mf3SQ3dVz8

Comentário para o documentário O tempo e a Música – Edgard Poças: http://cadaumcomseucadau.hospedagemdesites.ws/wp content/uploads/2019/09.mp

Choros Nº 10, com a BBC Symphony Orchestra. Final emocionante! https://www.youtube.com/watch?v=pXR7C1p1Sbk

“A música, eu a considero, em princípio, como um indispensável alimento da alma humana”

Alma Brasileira, Valsa da dor e Lenda do Caboclo, com Nelson Freire. http://www.youtube.com/watch?v=3yaltoJdSYo

“O Brasil é uma floresta encantada onde a Europa jogou o tapete persa velho, mofado, cheio de poeira, cheio de ácaro”. 

Com Audrey Hepburn, Mel Ferrer e Tony Perkins.

Em meados da década de 1950, Villa-Lobos foi convidado a compor a trilha do filme Green Mansions, do diretor americano Mel Ferrer, estrelado por sua esposa, Audrey Hepburn e o galã Tony Perkins. O filme, um absurdo sem pé nem cabeça passou desapercebido. A trilha original de Villa-Lobos foi “adaptada” pelo compositor (polonês!) Bronislaw Kaper A canção interpretada por Tony Perkins ao violão é uma canção mais adequada para filme de faroeste. Clique no endereço abaixo para assistir o trailer:

https://www.youtube.com/watch?v=FkTar7VJ4xg

Villa-Lobos não gostou nenhum pouco das mudanças na sua partitura, e reaproveitou as ideias musicais compondo a cantata “A Floresta do Amazonas.” Uma das canções da cantata, a Melodia Sentimental, foi um sucesso, ultrapassou os limites das salas de concerto, e entrou no repertório da música popular. Villa-Lobos promovia essa síntese entre os universos erudito e popular. Suas peças para violão são um bom exemplo. Desde a gravação de Elizeth Cardoso, nos anos 1960, a Melodia Sentimental vem ganhando lugar no repertório de muitos cantores.

A canção interpretada por Tony Perkins ao violão é uma canção mais adequada para filme de faroeste – https://www.youtube.com/watch?v=FkTar7VJ4xg

Melodia sentimental (1ª gravação) – Bidú Saião – https://www.youtube.com/watch?v=9vyh4QCVOiQ

Acorda, vem ver a lua/ Que dorme na noite escura/ Que fulge tão bela e branca Derramando doçura/ Clara chama silente/ Ardendo meu sonhar/ As asas da noite que surgem/ E correm no espaço profundo/ Oh, doce amada, desperta/ Vem dar teu calor ao luar/ Quisera saber-te minha / Na hora serena e calma/ A sombra confia ao vento/ O limite da espera/ Quando dentro da noite/ Reclama o teu amor/ Acorda, vem olhar a lua/ Que brilha na noite escura/ Querida, és linda e meiga/ Sentir teu amor e sonhar.

Melodia Sentimental – Ney Matogrosso – http://www.youtube.com/watch?v=LAEI3W2qKAw&list=RDLAEI3W2qKAw&start_radio=1

OBS: Em MELODIA SENTIMENTAL no ALMANAQUE QUALQUER NOTA, você ouve diversas versões com diversos intérpretes.

Modinha – Villa-Lobos e Manuel Bandeira (Manduca Piá) – Tom Jobim e Danilo Caymmi https://www.youtube.com/watch?v=MnOfq5vIpOU

Modinha – Villa-Lobos e Manuel Bandeira – Carlos José e Época de Ouro https://www.youtube.com/watch?v=e65RW0aZiOM

Modinha – Villa-Lobos e Manuel Bandeira – Roberta Sá e Yamandú Costa https://www.youtube.com/watch?v=gY4euMsqbvg

OBS: Se quiser ir mais fundo na obra do mestre, procure na NET por:
Bachianas Nº2 (inteira), Choros, nº6, 11, Uirapurú, Prole do bebê e Quartetos.

Villa-Lobos realiza o milagre das coisas verdadeiramente grandes, nos impondo-nos o mais profundo e comovido silêncio. Sua música é como essa terrível natureza do Brasil, sem bonitezas, simplesmente grande.” – Di Cavalcanti

Declaração imperdível

Ele era garoto. Ia sempre à minha casa na Rua Itapiru, número 97. Tocava violão muito bem, como sempre tocou. Às vezes, acompanhava meu pai. Mais tarde é que toquei uns chorinhos para ele. Sempre gostou de música. Tocava violoncello no Cinema Odeon e fazia umas pausas complicadas. Mas todo mundo achava Villa-Lobos meio esquisito, sabe? Não davam muito valor a ele. Villa-Lobos foi um sujeito que chegou antes a uma realidade que todos nós sabemos. Eu conheci Villa-Lobos muito antes de 1922. Como eu já disse, ele ia na minha casa porque admirava os chorões. Às vezes até fazia acompanhamento no violão. Era bom no violão – Pixinguinha

Tocando violão

Suíte Popular Brasileira, para violão (Completa) com Pablo di Giusto, http://www.youtube.com/watch?v=Z2_LDC-WQQ0.

Scottish Choro (da Suíte Popular Brasileira) – Com Yamandu Costa & Guto Wirtty! + Q D + http://www.youtube.com/watch?v=pWI4IarGdN4

IMPRESSIONANTE: entre no Youtube, procure por Prelúdio(s), ou Estudos de Villa-Lobos para violão. A quantidade de obras interpretadas por violonistas do mundo inteiro é surpreendente! Imagine se o mestre ouvisse o que segue: • • • * • Estudo Nº1 – Xingye Li – https://www.youtube.com/watch?v=XyNb_2y51SEEstudo Nº2 – Xingye Li – https://www.youtube.com/watch?v=fEHjD4CyAU8

Estudo Nº2 – Lying Zhu – https://www.youtube.com/watch?v=lKvJaqUQNkU

5 Prelúdios para violão – Marcin Dilla – https://www.youtube.com/watch?v=2x0cxSoTYBU

• Leonora Spangerberger, com treze anos de idade, tocando os “12 Estudos para Violão”! em sequencia: https://www.youtube.com/watchv=2QXylgwZxZc&list=PLjDvM94tG5OVgOYEU1Qs8hkRSSO_gxx8u&index=2

• Menina de nove anos tocando o Estudo nº2 para violão! – www.youtube.com/watch?v=D2elvLo3yU8

• Irene Gomez, dá dicas para quem quiser tocar o Prelúdio Nº1https://www.youtube.com/watch?v=dBKMB5u2s2U

• Isso é BRASIL!: 2º Movimento do Concerto para Violão e Orquestra. www.youtube.com/watch?v=DDn6_tVvNdg

Sugestão de CD: Villa-Lobos • Oeuvre pour Guitare, por Fabio Zanon

ATENÇÃO VIOLONISTAS! Vale muito a pena ouvir os Cinco Prelúdios para Violão, transcritos para piano, por José Vieira Brandão – aluno de Villa-Lobos
interpretados por Sonia Rubinsky:
https://www.youtube.com/watch?v=DRzHetnhsBY

Villa, pelo grande Nássara

“O Brasil precisa de educação, de uma educação que não seja de pássaros empalhados em museus, mas de vôos amplos no céu da arte.”

“É preciso não esquecer a enorme responsabilidade dos educadores que vão ministrar às crianças os primeiros conhecimentos de arte, incumbindo-se, verdadeiramente, da sua educação musical. Como também nunca será demasiado insistir na finalidade pragmática do canto orfeônico.”

“A música, eu a considero, em princípio, como um indispensável alimento da alma humana. Por conseguinte, um elemento e fator imprescindível à educação do caráter da juventude.” – Villa-Lobos. •

“Que lindos olhos” harmonizada por Villa-Lobos. Coleção Funarte.
O Castelo. Canção folclórica, harmonizada por Villa-Lobos. Coleção Funarte.
O cravo brigou com a rosa. Canção folclórica, harmonizada por Villa-Lobos. Coleção Funarte.
Sapo jururu. Canção folclórica, harmonizada por Villa-Lobos. Coleção Funarte.

” O canto coletivo, com o seu poder de socialização, predispõe o indivíduo a perder no momento necessário a noção egoísta da individualidade excessiva, integrando-o na comunidade, valorizando no seu espírito a ideia da necessidade de renúncia e da disciplina ante os imperativos da coletividade social, favorecendo, em suma, essa noção de solidariedade humana, que requer da criatura uma participação anônima na construção das grandes nacionalidades.”

Cai cai balão – Canção folclórica, harmonizada por Villa-Lobos. Arranjo de Edgard Poças para o CD: Villa -Lobos e Carlos Gomes para crianças: www.youtube.com/watch?v=RJT45D2hewc

Carneirinho, Carneirão – Canção folclórica, harmonizada por Villa-Lobos. Arranjo de Edgard Poças para o CD Villa- Lobos e Carlos Gomes para crianças: https://www.youtube.com/watch?v=lOkyP4P8aKw

O cravo brigou com a rosa. – Canção folclórica, harmonizada por Villa-Lobos. Arranjo de Edgard Poças para o CD Villa-Lobos e Carlos Gomes para crianças: http://www.youtube.com/watch?v=H2IZk52hxRk

Guia Prático, volume 1 – Roberto Szidon (piano). A caixinha de ferramentas do mestre! Não deixe de ouvir! https://www.youtube.com/watch?v=z0zPkyGdR0

Guia Prático, volume 2 – Roberto Szidon (piano). Ou será sua casa de brinquedos? https://www.youtube.com/watch?v=F_pUgsytkR

“O folclore sou eu” – Heitor Villa-Lobos.

My bus and I, do musical Magdalena. -Olha o Índio de casaca na Broadway, minha gente! www.youtube.com/watch?v=MS8DmMfXaDo “Nossa gente tem grande, poderoso, senso criador. Não é razoável, pois que nossos artistas não façam por conseguir, no cenário musical do mundo, o lugar que lhes compete ocupar.”

Ary Barroso e Villa-Lobos. Meu Brasil brasileiro!
Por Mendez
Heitorzinho da cuíca

” Que espécie de civilização é essa, a atual? Se a televisão está quebrada, o avindo em pane, o homem está desamparado. Vivemos a época da máquina!” – Villa-Lobos – Imagino se ele visse o computador e o celular!

Villa sobre a ONU: ” Se ouvissem mais música, haveria menos guerras”.

Villa-Lobos posando para fotografias a serem publicadas em livro, no qual só apareceriam sua mãos, demonstrando o manosolfa – sistema de notas musicais em gestos, aplicado em treinamento com professores para educação musical escolar e canto orfeônico.

“Gosto da liberdade em todos os sentidos, gosto de estudar e pesquisar, de trabalhar e compor sistematicamente”.

“Os meus amigos e admiradores, por serem bons e sem maldades, costumam perdoar os meus erros e defeitos”.

“Assim como não gosto de pensar no futuro, não me sinto bem olhando o passado. Eu sou como o viajante que, ao atravessar um rio num cipó, não pode olhar para trás nem para a frente, a fim de não perder o equilíbrio”.

“ Incompreendido, humilhado, desrespeitado pela sua terra, Villa-Lobos, pela sua força criadora ímpar, deveria ter sido venerado, amado, respeitado pelos seus compatriotas. Infelizmente isso não aconteceu. Teve que lutar contra a indiferença, passando dificuldades e privações para garantir sua subsistência”. –  Camargo Guarnieri.

“Poucas são as pessoas que, no Brasil, têm ideia exata do que seja o renome do Maestro H. Villa-Lobos no estrangeiro. Nunca um brasileiro conheceu a glória de modo tão puro como esse nosso compatriota genial: nem mesmo Santos Dumont nos seus grandes dias em Paris. Nem mesmo Santos Dumont nos dias em que foi o homem mais festejado, mais caricaturado, mais fotografado na capital da França” –  Gilberto Freyre.

“ (…) Que Villa-Lobos tenha enfim no Brasil uma consagração digna dele, é o que desejo. Nós ainda não presenciamos com clareza o que ele representa para o Brasil. Por mais que as transcrições de artigos sobre ele, publicados no estrangeiro, provem a importância dele, essas transcrições não bastam para mostrar a formidável propaganda que Villa-Lobos fez lá fora. Ele não fixa cartazes nas paredes do mundo, mostrando que o café é gostoso, enquanto a Colômbia planta mais café valorizado pela nossa estupidez. Mas em compensação ele tornou o Brasil uma coisa humana de permanência viva na consciência de milhares de estrangeiros” – Mário de Andrade.

Cidadão do mundo igual a Tom Jobim, tanto poderíamos vê-lo subindo o morro da Mangueira em companhia do educador AnísioTeixeira e surpreendê-lo abraçado a Cartola, como flagrá-lo num jantar que lhe foi oferecido por celebridades em New York num bate-papo animado com Duke Ellington.

Explosivo, carinhoso, bem-humorado, jogador fanfarrão de sinuca que tirou grana do próprio bolso para financiar o bloco carnavalesco “Sodade do Cordão”, que, segundo Renato de Almeida, tentava reviver os antigos grupos de velhos, onde palhaços, morcegos e rainhas misturavam-se – a instrumentália percursiva de adufos, reco-recos. – Hermínio Bello de Carvalho.

Puxeta!

“A arte existe para exprimir e satisfazer a humanidade. O verdadeiro ideal do artista é servir a massa do povo, dar-lhe alguma coisa que, graças aos seus sons naturais, só ele pode dar”

Massé!
Preparando as roupas e adereço, balanço financeiro e assistindo o desfile do bloco “Sodade do Cordão”.

Sodade do cordão – Ermelinda A. Paz (Prêmio Carioca de Monografia 1994): http://ermelinda-a-paz.mus.br/Livros/sodade.pdf

“A música é a única expressão da Arte que reúne os requisitos de força dominadora compreensível a todas as raças, e por isso mesmo capaz de uma conciliação racional entre os povos.”

Perguntaram-lhe certa feita se era futurista. Respondeu: – Não . Nem futurista nem passadista.
E acrescentou:- Eu sou eu!

Com os componentes da banda dos fuzileiros navais

Semana de 22

Villa soltando pipa na França.

Villa-Lobos, ao ser indagado pelos artistas parisiense com quem iria estudar,  respondeu logo que chegou: – “Não vim para estudar com vocês, vim para lhes mostrar o que tenho feito”.

“Villa-Lobos acaba de chegar de Paris. Quem chega de Paris espera-se que venha cheio de Paris. Entretanto Villa-Lobos chegou de lá cheio de Villa-Lobos. – Manuel Bandeira

“Logo que sinto a influência de alguém me sacado todo e pulo fora”.

Rascunho de uma biografia
Bilhete para Mindinha

Esse, o Villa amigo de Cartola e de Donga, esse o educador preocupado com a “educação social pela música”, esse, o índio de casaca, como chamou Menotti del Picchia, esse o amante atento que autografava bilhete em fotos que, de madrugada, deixava no colo de Mindinha, guardiã de seus trabalhos que entravam noite a dentro. – Hermínio Bello de Carvalho

1ª página da partitura original

“Num país de tendências liberais e democráticas como o Brasil, todas as correntes técnicas e estéticas aparecem, apesar das naturais reações do público conservador, como acontece nas nações civilizadas.”

EXCELENTE documentário “O Índio de Casaca”, produzido em 1987, com direção de Roberto Feith e apresentado pelo ator Paulo José. Entre as imagens raras do compositor e de sua época, há depoimentos de personagens como Guerra Peixe, Tom Jobim, Andrés Segovia, Ana Stella Schic, Walter Burle Marx, Turíbio Santos, Vasco Mariz, Maria Augusta Machado e outros. http://bossa-brasileira.blogspot.com/2013/08/o-indio-de-casaca-villa-lobos-no-cinema.html

Tom Jobim: As Nascentes – IMPERDÍVEL! (aos dez minutos, ele fala de Villa-Lobos: https://www.youtube.com/watch?v=54VNMBOTtvk

Loque Arcanjo, doutor em história, violonista e professor de música da Universidade do Estado de Minas Gerais, autor do livro, “Heitor Villa-Lobos – os sons de uma nação imaginada”, apresentando uma perspectiva histórica sobre a vida de um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos”. https://www.youtube.com/watch?v=EVNoKLXQh-8

Villa-Lobos: vida, obra e agrupamentos estilísticos: www.youtube.com/watch?v=UnAcPJmmcS0

Referências Bibliográficas:

PEPPERCORN, Lisa. Villa-Lobos. Biografia ilustrada do mais importante compositor brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações. 1989.

BARROS, C. Paula. O Romance de Villa-Lobos. Rio de Janeiro: Editora A Noite. 1949.

MARIZ, Vasco.  Heitor Villa-Lobos. Compositor Brasileiro. Rio de Janeiro – Zahar Editores. 1983.

JUNIOR, LoqueAraújo – “O violão de Villa-Lobos entre a Belle Époque e as rodas de choro”: https://www.academia.edu/9747995/O

DA CRUZ, Maria Alice – Villa-Lobos, Para além do nacionalismo : https://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/dezembro2009/ju451_pag12.php

SCHIC, Anna Stella. Villa-Lobos – O Índio Branco.Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda.1989.

KIEFER, Bruno. Villa-Lobos e o Modernismo na Música Brasileira. Porto Alegre: Editora Movimento.1981.

CLARET, Martin. O Pensamento Vivo de Heitor Villa-Lobos. São Paulo: Martin Claret Editores. 1987. 

HORTA, Luiz Paulo. Villa-Lobos. Uma Introdução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores. 1987.

MACHADO, Maria Célia. Heitor Villa-Lobos. Tradição e Renovação na Música Brasileira. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

NEGWER, Manuel. Villa-Lobos. O florescimento da música brasileira. São Paulo: Martins Fontes Editora. 2009.

GUIMARÃES, Luiz e Colaboradores. Villa-Lobos – Visto da Plateia e na Intimidade. Rio de Janeiro: Gráfica Editora Arte Moderna. 1972.

CARVALHO, Hermínio Bello de. O Canto do Pajé –  Villa-Lobos e a Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro:  Espaço e Tempo. 1988.

PALMA, Enos da Costa. CHAVES JUNIOR, Edgard de Brito. As Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos. Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana. 1971.

HORTA, Luís Paulo. Edição de Centenário Villa-Lobos. Projeto da Companhia Brasileira de Projetos e Obras. São Paulo: Edições Alumbramento – Livroarte Editora. 1986.

ANDRADE, Mário de Andrade. Música, Doce Música. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1963. 

ANDRADE, Mário de Andrade. Pequena História da Música. São Paulo. Livraria Martins Editora. 1967.

VILLA-LOBOS, Heitor. Guia Prático. Estudo Folclórico Musical. Primeiro Volume. São Paulo e Rio de Janeiro: Irmãos Vitale.1941.

VILLA-LOBOS, Heitor. Canto Orfeônico. Primeiro Volume. São Paulo e Rio de Janeiro: Irmãos Vitale. 1940.

VILLA-LOBOS, Heitor. Canto Orfeônico. Segundo Volume. São Paulo e Rio de Janeiro: Irmãos Vitale. 1951.

MARIZ, Vasco.Vida Musical. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1997.

Museu Villa-Lobos.Presença de Villa-Lobos– 8. Volume MEC- DAC – Rio de Janeiro. 1973.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 2. 1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.

MARIZ, VASCO .A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1965.

MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

MEDAGLIA, Júlio. Música Impopular. São Paulo: Global. 1988.

ACIOLY, Karen. Tuhú, o menino Villa-Lobos. Rio de Janeiro: Editora Ltda. 2007.

SQUEFF, Enio. WISNIK, José Miguel. O nacional e o popular na cultura brasileira. São Paulo: Brasiliense. 1982.  

BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

MUSEU VILLA-LOBOS: http://museuvillalobos.org.br/index.htm

“Toda minha filosofia se centraliza na música porque a música é a única razão, único motivo para a minha existência. Eu somente sou útil, de alguma forma, através da música. Componho por imperativo biológico”.

“Devemos procurar educar os nossos artistas e compositores de modo a que acabem apreciando devidamente o seu dever de servidores da humanidade. ”

Prelúdio. “Modinha” da Bachiana Nº1. : http://www.youtube.com/watch?v=reS-hLZiQDQ

Pra frente, ó música! Que algum dia tu sejas a maior inspirara da Paz entre os homens”.

“Era um espetáculo. Tinha algo de vento forte na mata, arrancando e fazendo redemoinhar ramos e folhas; caía depois sobre a cidade para bater contra as vidraças, abri-las ou despedaçá-las, espalhando-se pelas casas, derrubando tudo; quando parecia chegado ao fim do mundo, ia abrandando, convertia-se em brisa vesperal, cheia de doçura. Só então se percebia que era música, sempre fora música.
Assim é que eu vejo Heitor Villa-Lobos na minha saudade que está apenas começando, ao saber de sua morte, mas que não altera a visão antiga e constante. Quem o viu um dia comandando o coro de quarenta mil vozes adolescentes, no estádio do Vasco da Gama, não pode esquecê-lo nunca. Era a fúria organizando-se em ritmo, tornando-se melodia e criando a comunhão mais generosa, ardente e purificadora que seria possível conceber. A multidão em torno vivia uma emoção brasileira e cósmica, estávamos tão unidos uns aos outros, tão participantes e ao mesmo tempo tão individualizados e ricos de nós mesmos, na plenitude de nossa capacidade sensorial, era tão belo e esmagador, que para muitos não havia outro jeito senão chorar, chorar de pura alegria. Através da cortina de lágrimas, desenhava-se a nevoenta figura do maestro, que captara a essência musical de nosso povo, índios, negros, trabalhadores, caboclos, seresteiros de arrabalde; que lhe juntara ecos e rumores de rios, encostas, grutas, lavouras, jogos infantis, assovios e risadas de capetas folclóricos”.
– Carlos Drummond de Andrade

E agora, José? Poema de Carlos Drummond de Andrade, musicado por Villa-Lobos. https://www.youtube.com/watch?v=9UyFSWmwkSo

Valsa da dor. http://www.youtube.com/watch?v=OmdBwHB2xbY

12.11.1959 – Jorge Peter – SC – Heitor Villa Lobos – Teatro Municipal, Rio de Janeiro. 12.11.1959 – Jorge Peter – Municipal Theater, Rio de Janeiro.

“Considero minhas obras como cartas que escrevi à posteridade, sem esperar resposta.”

Choro da Cachoeira.

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

dedicado a Antonio Carlos Jobim (1927-1994)

Cachoeira chora, chora  
não descansa de chorar
cachoeira, acho eu
esse choro é saudade do mar

Cachoeira chora, chora  
não descansa de chorar
cachoeira, acho eu
esse choro é saudade do mar

E o mar está tão longe
nem sequer te vê
mas eu juro, nesse choro
que ele chora por você
 
Carinhoso, Gracioso, Chorinho faceiro,   
Murmurando, Ingênuo, Lamento, Brasileiro
 
Cachoeira, chora agora, um chorinho de alegria 
natureza, água viva, dia noite, noite e dia
cachoeira serra abaixo  
riacho, rio, mar

A criação é um ato de amor, alguma coisa que se comunica a toda humanidade. Um artista não pode fazer nada que contribua para piorar o mundo. Acho que tenho deveres para com as pessoas com quem convivo”. Antônio Carlos Jobim

ANTES DE MAIS NADA

o belíssimo site do nosso maestro soberano : http://www.jobim.org/

BIOGRAFIA INDICADA: CABRAL, Sérgio. Antonio Carlos Jobim. Uma Biografia. Rio de Janeiro: Lumiar Editora: 1997.

SUPER INDICADO: Tons sobre Tom. Tárik de Souza, Márcia Sesimbra, Tessy Calado. Rio de Janeiro: Revan: 1995. Tem um artigo brilhante: O Arquiteto da Utopia, de Tárik de Souza.

Clique para ouvir Coletânea (1 hora e vinte e seis minutos de composições de Tom Jobim): https://www.youtube.com/watch?v=A5L1CDe6QfA

Tom Jobim Perfil 1: https://www.youtube.com/watch?v=tW6Mt2f8iDc

Tom Jobim Perfil 2: https://www.youtube.com/watch?v=SA4IttEl49E

Falando de amor– Tom Jobim – O choro canção do Tom, motivo do nosso Choro da cachoeira: https://www.youtube.com/watch?v=Or7mKb_xmdw.

Falando de Amor – papo e ensaio do choro com Tom Jobim e Chico Buarque ): https://www.youtube.com/watch?v=3mIvdzqrpXU

WAVE (Álbum inteiro – Lançamento de Triste e Wave): https://www.youtube.com/watch?v=ux6icj_qRMc

STONE FLOWER: (Álbum inteiro – Lançamento de Chovendo na roseira e uma belíssima Aquarela do Brasil, Amparo, melodia que virou Olha Maria): https://www.youtube.com/watch?v=_lfHX8NBmXk

PASSARIM: (Álbum inteiro):https:// www.youtube.com/watch?v=MZySW6I0G6o

Tom gostava de bichos, de plantas. Ele prestava atenção numa formiga passando. Imitava o barulho do macaco. Ele falava de pássaros, assobiava. Era um brasileiro. João Gilberto

TOM JOBIM AND FRIENDS – 1996 Álbum inteiro:
https://www.youtube.com/watch?v=WxJ-xRzKWJM00:00 Inútil Paisagem; Triste; Esperança Perdida – Herbie Hancock 08:29 Ela É Carioca – Herbie Hancock 14:52 The Boy From Ipanema (versao: N. Gimbel) – Shirley Horn 17:36 Once I Loved (O Amor Em Paz – versao: R. Gilbert) – Shirley Horn 23:05 O Grande Amor – Gonzalo Rubalcaba & Joe Henderson 32:32 No More Blues (Chega De Saudade – versão: J.Cavanaugh) – Herbie Hancock & Joe Henderson 37:58 Água De Beber – Gonzalo Rubalcaba 43:55 A Felicidade – Tom & Gal 48:54 Se Todos Fossem Iguais A Você – Tom & Gal 54:00 Luíza – Tom 57:29 Wave (Vou Te Contar) – Tom 01:01:54 Caminhos Cruzados (Newton Mendonça) – Tom & Gal 01:06:25 Finale: The Girl From Ipanema – todos

Nascimento da maior parceria da música popular brasileira:

No início, havia uma certa timidez. As primeiras músicas ficaram uma porcarias. Fizemos três sambas horríveis, num desajuste total. Mas Vinicius, pacientemente, queria que fôssemos trabalhando até sair uma coisa direita – Tom Jobim.

A felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor/ Brilha tranquila, depois de leve oscila, e cai como uma lágrima de amor.

João Gilberto – Chega de saudade – Álbum Inteiro – receita de Bossa Nova : https://www.youtube.com/watch?v=EQC4Ye7hr9Y

Chega de saudade, a realidade é…

Lembro de Tom na gravação de Chega de Saudade. Ele estava ali, na cabine, e eu no estúdio. Tom estava olhando, tinha os olhos emocionados, entusiasmados. João Gilberto

A canção que me causou maior impacto de todas as canções que eu já ouvi na minha vida foi uma do Tom, Chega de saudade. Foi um marco em minha vida, em todos os sentidos – Caetano Veloso

Me lembro do dia exato em que ouvi o Chega de saudade.  Lembro exatamente onde eu estava e tudo. E lembro da impressão que tive quando ouvi essa música. Foi muito forte mesmo. Muita coisa mudou na minha cabeça – Edu Lobo  

A grande música que me bateu foi quando papai chegou da Odeon com o 78 Chega de Saudade – Danilo Caymmi 

Lembro nitidamente da canção que me fez acordar para a música. Paulo César Pinheiro

Roberto Carlos e Caetano Veloso – Chega de saudade (vídeo): https://www.youtube.com/watch?v=dFm7RfpZp5g

Uma pessoa que fez Chega de saudade não precisa nunca mais me dar mais nada. E na verdade nós nunca daremos o bastante a ele. Nunca teremos dado o bastante – Caetano Veloso

Gal Costa – Chega de saudade (Vídeo): https://www.youtube.com/watch?v=7ErQv8vwStk

Essa é demais!: https://www.youtube.com/watch?v=vUx1tXJvsd0

No peito dos desafinado também bate um coração: https://www.youtube.com/watch?v=n81JA6xSbcss

… and a window looking on the mountains and the sea, how lovely…: https://www.youtube.com/watch?v=0BPRYiZOlig

O trabalho que fiz com Tom Jobim foi um dos que mais me deram satisfação pessoal e profissional em minha carreira. Ele era um gênio e fazia qualquer um que trabalhava com ele sentir-se bem – Frank Sinatra

TOM e ELIS: ÁGUAS DE MARÇO (vale a pena assistir e ler os comentários no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=E1tOV7y94DY

RASCUNHO de um CLÁSSICO

TOM e ELIS – ÁGUAS DE MARÇO (no Fantástico da Rede Globo de Televisão): https://mobile.mis.rj.gov.br/perolas/aguasdemarco/

… é o mistério profundo, é o queira ou não queira…

Sei que ainda vou voltar, para o meu lugar… https://www.youtube.com/watch?v=84J0UXxxBXQ

Na fotografia, estamos felizes https://www.youtube.com/watch?v=dE3LeirvWIo

“Quando conheci o Tom, ele já era para mim uma figura mitológica. Eu já conhecia as músicas dele, antes da Bossa Nova”. Chico Buarque 

Meu coração, não sei porque… – https://www.youtube.com/watch?v=fkpwly5OG1o

Matita Perê e Yauaretê – https://www.youtube.com/watch?v=oJ3gLQFarig

Esquadrão brasileiro

Se fizer bom tempo amanhã eu vou… https://www.youtube.com/watch?v=fWdEiHA5yps

Dois gênios

Dois gênios – Tom e Radamés! https://www.youtube.com/watch?v=4qt1LMgE_YQ

Radamés y Pelé: https://www.youtube.com/watch?v=sOaW6zt7Pc8

“… quando você cria uma coisa, você cria uma capacidade…” Que saudade!

Matias cujo o nome é Pedro, aliás Horácio, vulgo Simão/ Lá um, chamado Tião, chamado João. https://www.letras.mus.br/tom-jobim/86229/

“A correnteza do rio vai levando aquela flor
O meu bem já está dormindo,
zombando do meu amor” – Tom e Bonfá – https://www.youtube.com/watch?v=1wA4eYVMH6c

Eu frequentava muito a casa dele. Pescamos bastante. Não se pode ficar concentrado só na música. Pescamos muito na Barra da Tijuca. Um dia me surgiu Correnteza mostrei para o Tom e aí fizemos juntos – Luís Bonfá

A correnteza – Chitãozinho e Xororó – https://www.youtube.com/watch?v=8fyak1WmRnk

Eu acho que universal mesmo é fazer samba. Quer dizer, um pintor universal é aquele que pinta bem o seu quintal. Agora, se o brasileiro vai querer pintar o quintal sueco, aí já fica mais difícil“.

Já mandei subir o piano pra Mangueira.

https://www.youtube.com/watch?v=6oXvEKRsZx

Eu sei que vou te amar – Dilacerante – https://www.youtube.com/watch?v=n01WO1MpH90

Vinicius e Tom Mascotes: https://globoplay.globo.com/v/3831146/

DOCUMENTÁRIOS

TOM JOBIM- As Nascentes – Acervo da TV CULTURA – (IMPERDÍVEL!) Tom fala de Villa-Lobos, Pixinguinha, Radamés, Ary Barroso, Vinicius de Moraes, da Bossa Nova, da Garota de Ipanema, de Chico Buarque: https://www.youtube.com/watch?v=54VNMBOTtvk

Documentário raridade: https://www.youtube.com/watch?v=gjRHZvYPQxw

VISÃO DO PARAÍSO – Tom fala da Mata Atlântica – Apresentação e narração de Fernanda Montenegro. Em cinco episódios:

I – https://www.youtube.com/watch?v=yqYwvrvxjfM.
II – https://www.youtube.com/watch?v=cyGCJHw2NFo. III – https://www.youtube.com/watch?v=H5C9FSzYWbk. IV – https://www.youtube.com/watch?v=OTGMT8-8G9U&list=RDOTGMT8-8G9U&start_radio=1&t=23.  V – https://www.youtube.com/watch?v=O8yU9pjDS5k

BBC Documentary 2016. https://www.youtube.com/watch?v=UCGHjn8cqJg

Tom Jobim & Guerry Mulligan (Não perca!) – https://www.youtube.com/watch?v=Ig-uatgWpV8

Jobim on the NBC in 1986: https://www.youtube.com/watch?v=FxRk8cz8qj4

Tom Jobim fala sobre a bossa nova: https://www.youtube.com/watch?v=vIB2NI5UaKM

A Casa de Tom Jobim: https://www.youtube.com/watch?v=JaL_FjH87ck

Ensaio na casa de Tom Jobim :https://www.youtube.com/watch?v=xB63XCAWgMk

Filme: A música segundo Tom Jobim de Nelson Pereira dos Santos e Dora Jobim: trailer https://www.youtube.com/watch?v=du_bmbElPbs

Filme: RARÍSSIMA participação de Tom Jobim no filme ‘Pluft, O Fantasminha’, de Romain Lesage, 1962: https://www.youtube.com/watch?v=UkbRdM6m8RA

Tom Jobim – 1987 (TV Cultura)
https://www.youtube.com/watch?v=AeDaoignWPE

Tom apresentando para Nelson Pereira dos Santos, Equipe da TV Bandeirantes, Dori Daymmi e Danilo Caymmi, a música Passarim ainda inacabada https://www.youtube.com/watch?v=z9HH98woqfw

Documentário: 3 Antonios 1 jobim – Documentário que representa um bate papo informal entre quatro grandes brasileiros: Tom Jobim, Antonio Callado, Antonio Houaiss e Antonio Candido. No qual conversam sobre suas experiências bem como do século XX brasileiro :Dirigido por Rodolfo Brandão: em 1993. https://www.youtube.com/watch?v=H5eT1ZY_UTQ

ENTREVISTAS

Rádio AM JB (1977)   https://www.youtube.com/watch?v=meK4BXA-YYQ

Com Roberto D’Avila (1981): https://www.youtube.com/watch?v=CFq3uFjXYEU

Gente de Expressão (com Bruna Lombardi) – https://www.youtube.com/watch?v=9BkysXxNLNs

Clarice Lispector entrevista Tom – 21/9/1968: http://www.vermelho.org.br/noticia/292511-1

Caetano Veloso mencionou a história abaixo, em 1981, numa entrevista para Roberto D’Avila, no Canal Livre da TV Bandeirantes:

Tom era o grande músico que foi capaz de realizar, como arranjador, como orientador, como uma pessoa que domina os meios de expressão da música, como compositor, um novo movimento. E é o maior do Brasil, por causa disso”. Caetano Veloso

Pena a parceria não ter saído. Deixa aqui, uma sugestão para Caetano Veloso por letra na melodia e gravar em dueto com Gal Costa, o belíssimo Diálogo, do LP Wave, de 1967
Ouça e considere se minha sugestão procede: http://letras.kboing.com.br/#!/tom-jobim

Com Marília Gabriela (1987): https://www.youtube.com/watch?v=J8jr65wVA7k

Na TV Cultura Roda Viva: https://www.youtube.com/watch?v=8w2Dq8bscY4

Com Jô Soares (1993): https://www.youtube.com/watch?v=AxdmriJ-5D4

Entrevista para Leda Nagle (1985) https://www.youtube.com/watch?v=AuuOD3Ldj9c

Dediquei minha vida à música brasileira, porque já tem francês para escrever música francesa, americano para escrever música americana.

SONGBOOKS

CANCIONEIRO JOBIM – Obras completas. Cinco volumes. JOBIM MUSIC. Perfeito. As composições escritas de acordo com a concepção do maestro. Equipe de craques.

CANCIONEIRO JOBIM – Obras escolhidas. O máximo! JOBIM MUSIC CASA DA PALAVRA.

• CHEDIAK, Almir. Tom Jobim – 3 volumes – Songbook – Petrópolis: Lumiar Editora. 1990.  

O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) é uma organização sem fins lucrativos sediada em Niterói – RJ que é voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira. Sua missão consiste em documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é um dos maiores arquivos online de informações, sons e imagens da discografia brasileira, disponível na internet para consultas gratuitas. Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país. Isto equivale a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente. https://immub.org/p/o-instituto.

BIBLIOGRAFIA

OBS: Grande parte desse material não se encontra mais à venda. Algo ainda pode ser encontrado nos sebos e na NET e mídias digitais.

CABRAL, Sérgio. Antonio Carlos Jobim. Uma Biografia. Rio de Janeiro: Lumiar Editora: 1997.

JOBIM, Helena. Antonio Carlos Jobim. Um Homem Iluminado. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1996.

SOUZA, Tárik de, Márcia Sesimbra, Tessy Calado. Tons sobre Tom.Rio de Janeiro: Revan: 1995.

CASTRO, Ruy. Chega de saudade – São Paulo: Companhia das Letras. 1990

CASTRO, Ruy. A onda que se ergueu no mar – São Paulo: Companhia das Letras. 2001

ENCONTROS/TOM JOBIM. Tom Jobim. Organização e apresentação Frederico Coelho e Daniel Caetano.Rio de Janeiro: Azougue Editorial. 2011.

CASTELLO, José. Vinicius de Moraes: O Poeta da Paixão. São Paulo: Companhia das Letras. 1994.

SÁNCHEZ, José Luis. Tom Jobim. A simplicidade do génio.Rio de Janeiro: Record: 1998.

MAMMI, Lorenzo. NESTROVSKI, Arthur. TATIT, Luiz. Três canções de Jobim. São Paulo: Cosac Naify. 2004.

CARVALHO, Hermínio Bello de. Sessão Passatempo. Rio de Janeiro: Relume – Dumará. 1995.

NAVES, Santuza Cambraia. Canção popular no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2010.

HOMEM, Wagner, OLIVEIRA, Luiz Roberto. Histórias de Canções – Tom Jobim. São Paulo:  Leya. 2012.

MELLO, Zuza Homem de. João Gilberto. Publifolha. 2001.

VIVACQUA, Renato. Música Popular Brasileira. Cantos e Encantos. São Paulo: João Scortezi Editora. 1992.

NESTROVSKI, Arthur. Lendo Música. 10 ensaios sobre 10 canções. São Paulo: Publifolha. 2007.

LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira.Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda, 2000.

GENTE DE SUCESSO. A vida de Tom Jobim.Rio de Janeiro: Editora Rio. 

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 1 – 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997 e 1998

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 2 -1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.

MARIZ, VASCO. A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular. São Paulo: Art. 1991.

ANDRADE, Mário. Dicionário Musical Brasileiro. São Paulo. Editora Itatiaia Ltda. 1989.

VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. Rio de Janeiro: Martins Editora.1977.

ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1965.

MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

BELTRÃO JR, Synval. A musa mulher na canção brasileira. São Paulo: Estação Liberdade. 1993.

CALDAS, Waldenyr. Iniciação à Música Popular Brasileira. São Paulo:  Editora Ática. 1989.

CABRAL, Sergio. A MPB na era do rádio. Rio de Janeiro: Editora Moderna. 1996.

PECCI, João Carlos. Vinícius Sem Ponto Final.São Paulo: Editora Saraiva. 1994.

RAMALHO NETO, A. Historinha do Desafinado (bossa nova). Rio de Janeiro: Editora Vecchi. 1966.

CABRAL, Sérgio. Escolas de Samba do Rio de Janeiro.Rio de Janeiro: Lazuli Editora. 2011.

CAZES, Henrique. Choro do Quintal ao Municipal.São Paulo: Editora 34. 1998.

BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador.
Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.

Jacques Morelenbaum – Só respirar o mesmo ar que ele, já era uma inspiração sem tamanho.

Bondade colega

Quando desabafo digo coisa tristes, que sinto. Mas não sou eu sou eu quem fala mal do Brasil, é o Brasil que fala mal do Brasil.

Saudades do Brasil: URUBU https://www.youtube.com/watch?v=QLICHiLdFKw

O Brasil tem tudo pra dar certo, é um país riquíssimo, onde você pode ter cinco, seis colheitas por ano.

Samba do avião – Tom Jobim – whttps://www.youtube.com/watch?v=bQM-vP5BcGwatch?v=bQM-vP5BcGw

Estou morrendo de saudade.

Tom devia se sentir muito sozinho, porque era superior. Quando manifestava admiração pela sensibilidade de Villa-Lobos, havia uma identidade de posição diante do panorama brasileiro. Tom demonstrava essa identidade nas conversas em que citava Villa-Lobos, contava histórias e até comentava a solidão do Villa-Lobos no Brasil. Todo homem excepcional, todo grande criador encontra estas dificuldades no seio da humanidade, em qualquer pais do mundo. No Brasil, com uma tradição de frustrações e de impotências em todas as áreas, quando surge um ser muito potente, ele vai enfrentar aborrecimentos terrivelmente irritantes e geradores de infelicidade, que não podem ser interpretados como um não reconhecimento de talento. – Caetano Veloso

Lembro de Tom no concerto no Carnegie Hall. Ele moço, tocando piano. Nós ali, fazendo música. Nós ali, representando o Brasil. A gente querendo homenagear o Brasil, querendo o bem do Brasil. Nós querendo fazer uma coisa boa para o país. Um Brasil que fosse representado pela sua música, uma música bonita. Era uma coisa meio infantil, ilusão da juventude, o que seja. Mas acho que fizemos alguma coisa pelo Brasil. Tom fez tanto pelo Brasil (João Gilberto chora, chora, chora). O Brasil já foi tão bonito – João Gilberto – reportagem da revista VEJA, publicada em 25 de janeiro de 2014.

Fotografei você, na minha Rollei Flash, revelou-se minha enorme gratidão.

O Tom foi uma sequencia do Villa-Lobos, do Radamés Gnattali. Foi o paisagista do Brasil. Mesmo na música que não tem letra, era o Brasil. São imagens brasileiras. É cinema puro.” – Paulo César Pinheiro – Tons sobre Tom – Márcia Cezimbra – Tessy Callado e Tarik de Souza (Editora Revan) 1995

A morte de Tom tem que ser levada como a expressão mais simples do decorrer da vida. Nasce-se e morre-se. Eu nunca poderia admitir a morte de Tom Jobim – ele andava se queixando da saúde – e tive que engolir seco e me preparar para isso durante anos”. Dorival Caymmi.

Estou morrendo de saudade – https://www.youtube.com/watch?v=bQM-vP5BcGw

“Ele sabia o poder que tinha, sem parecer vaidoso. Sabia o que significava como artista do Brasil para o resto do mundo e para o próprio Brasil. Ficava orgulhoso com o que deixaria para a eternidade. A obra de Tom é grandiosa. É obra de imortalidade”. – Paulo Cesar Pinheiro – Tons sobre Tom – Márcia Cezimbra – Tessy Callado e Tarik de Souza (Editora Revan) 1995.

Se todos fossem iguais a você https://www.youtube.com/watch?v=Wdi9Tmk-y04

O resto é mar, é tudo que eu não sei dizer.

O CD “CadaUmComSeuCadaUm pode ser ouvido: Youtube Music, Spotify, Deezer, Apple Music.

Sol e Lua, Lua e Sol

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

dedicado a João de Barro (Braguinha, 1907 – 2006)



Sol é luz de ouro
Lua, luz de prata
o amor é um tesouro
prata, ouro, ouro e prata
 
Sol, ô Sol
capricha nessa luz dourada
hoje à noite eu vou sair
toda prateada
 
Que astro-rei sou eu
minha luazinha de mel
sem você sou pilha fraquinha
e apago a luz do céu
 
Lembra do colar de estrelas
que me prometeu ao anoitecer
depois, meu astro-rei, deixa comigo
vou luar até amanhecer
 
O colar está prontinho
pra te enfeitar
estrelas, não canso de vê-las
mas é todo teu o meu olhar
 
Sol, Solzinho
não vivo sem o teu calor
hoje eu vou de lua cheia
Lua cheia de amor
 
Madrugada afora até a alvorada
quero ver você luar
ao romper da aurora eu vou-me embora
é hora de raiar
 
Lua, ó Lua!
Sol, ô Sol!
a nossa estrada é um desejo
e o nosso beijo é o mais lindo arrebol!
 
 Ô Sol! Ó Lua!  

Sol e Lua, Lua e Sol por Céu e Diogo Poças

Um dos compositores de maior expressão na música popular brasileira. Sua musicografia completa, que inclui versões e músicas compostas para histórias infantis, passa dos 400 títulos – Dicionário Cravo Albin da música popular brasileira

• O grande cartunista e escritor Ziraldo – conhecedor da obra do Braguinha – ao ser apresentado a ele:
– O senhor é o Cancioneiro Popular Brasileiro!

ANTES DE MAIS NADA: ouça 62 músicas do Braguinha. https://www.ouvirmusica.com.br/braguinha/

BIOGRAFIA INDICADA: SEVERIANO, Jairo. Yes, nós temos Braguinha. Rio de Janeiro: Funarte. 1987.

João de Barro das eternas construções.
Publicado pela Revista do Brasil – Edição nº 10: https://www.redebrasilatual.com.br/revistas/2013/04/joao-de-barro-das-eternas-construcoes/

HITS:

Carinhoso – música de Pixinguinha: Tom Jobim : https://www.youtube.com/watch?v=lnzsKQ_2bx4

• Carinhoso – com letra de Braguinha – Marisa Monte e Paulinho da Viola: https://www.youtube.com/watch?v=88tBivTeHyw

Onde o céu azul é mais azul (Alcyr Pires Vermelho, Braguinha e Alberto Ribeiro). Gravação original com Francisco Alves: https://www.youtube.com/watch?v=x5gFbm12SXM

Onde o céu azul é mais azul : com Emílio Santiago: https://www.youtube.com/watch?v=GiB0nRJ0z1Q

• Copacabana (Braguinha e Alberto Ribeiro) , com Dick Farney (1946): https://www.youtube.com/watch?v=s9c614gBu6U

• Copacabana com Emilio Santiago: https://www.youtube.com/watch?v=HC-JeFsGka8

Anda Luzia: Maria Bethania: https://www.youtube.com/watch?v=n-05J2FZS08

• Anda Luzia e As Pastorinhas – Braguinha e Miucha, em festa: https://www.youtube.com/watch?v=nlbQh8UcLU0

• Cantores do rádio: Carmen Miranda e sua irmã Aurora cantando a canção no filme “Alô, Alô, Carnaval“, sucesso gravado em 1936 – visite o post CANTORES DO RÁDIO em ALMANAQUE QUALQUER NOTA pra saber a história dessa música: https://www.youtube.com/watch?v=EM02ENiiuZ0

• Cantores do rádio (Braguinha, Lamartine Babo e Alberto Ribeiro) – Elis Regina, Rita Lee, Maria Bethania, Gal Costa, Fafá de Belém, Marina, Joyce, Zezé Motta, Joana, Quarteto em Cy: https://www.youtube.com/watch?v=prPXz-_L5og

PROMOCÃO OUÇA e OPINE:

A saudade mata a gente – Dick Farnely : https://www.youtube.com/watch?v=JHW4-trW2po

• A saudade mata a gente – Simone: https://www.youtube.com/watch?v=0-fvsWmse0o

A saudade mata a gente – Seu Jorge e Yamandú Costa: https://www.youtube.com/watch?v=h-b2Zvn2w2k&list=RDh-b2Zvn2w2k&start_radio=1

A saudade mata a gente – Wilson Simonal: https://www.youtube.com/watch?v=aig2D3kBkVg

A saudade mata a gente – Pena Branca & Xavantinho: https://www.youtube.com/watch?v=iKH0C71lgUg

A saudade mata a gente – Emílio Santiago: https://www.youtube.com/watch?v=0EgCRTUaf-A

• A saudade mata a gente – Nana Caymmi: https://www.youtube.com/watch?v=rz829Xj0eVE

De qual dessas gravações você gostou mais?
Os 10 primeiros que responderem receberão via Email ou WhatsApp, um pirulito que já bateu!

Laura – Alcyr Pires Vermelho e Braguinha, com Emílio Santiago: https://www.youtube.com/watch?v=ECfwYQSX4Gk

Laura – com Altemar Dutra: https://www.youtube.com/watch?v=Yim85BkRJtg

• Balancê – Gal Costa: https://www.youtube.com/watch?v=TuPFzT8BJag

Seu Libório. Não foi um hit como as anteriores, mas vale a pena ouvir o grande Vassourinha (1923 – 1942) e a flauta do inigualável de Benedito Lacerda (1903 -1958), e o molho do seu regional.
Vassourinha foi o nome artístico adotado por Mário de Oliveira Ramos, grande promessa, que foi embora com apenas 19 anos, deixando apenas 12 músicas gravadas. https://www.youtube.com/watch?v=2kWq8PQKsZw

VERSÕES:

Sorri (Smile): Braguinha fez muitas versões de músicas estrangeiras para nossa língua. Aqui está a mais famosa: https://www.youtube.com/watch?v=2oFzfx0UOA8

Smile (Original: Música de Charlie Chaplin e letra de John Turner e Geoffrey Parsons)
na interpretação do genial Jimmy Durante:
https://www.youtube.com/watch?v=UM–qYBjYlc

• O CARNAVAL do BRAGUINHA

Chiquita Bacana lá da martinica, se veste com uma casca de banana nanica!

Quando o Brasil marcou o quarto gol contra a temida seleção espanhola, no campeonato mundial de 1950, um torcedor emocionado, afundado na cadeira, chamava atenção: era o único torcedor que não estava comemorava a nossa goleada.
– Pessoal, olha só esse cara quietinho, só pode ser espanhol…
Em seguida vem o quinto gol e o coro imenso toma conta do estádio:

Eu fui às touradas de Madri
Parará-tchim-bum-bum-bum
Parará-tchim-bum-bum-bum
E quase não volto mais aqui…

O tal torcedor quietinho, não consegue conter o choro; são 200.000 brasileiros cantando Touradas em Madri, a música que ele, Carlos Alberto Braga, o João de Barro, ou Braguinha, compôs com Alberto Ribeiro para o Carnaval de 1938.
Ouça a gravação original, com Almirante:
Touradas em Madri https://www.youtube.com/watch?v=CDWopjSWot0

Vale a pena escarafunchar a letra dessa música. Tem muito a ver.

• Pastorinhas (Noel Rosa e Braguinha). Marcha-rancho inspirada no Rancho das Pastoras de Vila Isabel, foi lançada em 1935, na voz de João Petra de Barros, sob o título de “Linda pequena“, não obteve sucesso. Entretanto, Braguinha , pouco depois da morte de Noel, relançou a composição, com algumas mudanças na letra e no nome, que passou a ser “Pastorinhas”. Essa versão venceu o concurso carnavalesco da prefeitura do Rio de Janeiro, em 1938. Estava em segundo lugar entre as marchinhas, e para o primeiro porque a que liderava até então – Touradas em Madri (!), de Braguinha e Alberto Ribeiro – foi desclassificada, sob a alegação de que era um passo-doble (dança de origem espanhola, muito executada em touradas!). Lançada na voz de Sílvio Caldas em 1dezembro de 1937, obteve sucesso merecido com várias regravações. Esta é a original: https://www.youtube.com/watch?v=dIAMPwqDYlA

Tem gato na tuba (Braguinha)- Essa foi uma das quatro marchinhas de carnaval que selecionei para o repertório do primeiro LP da Turma do Balão Mágico* . As outras foram P.R. Você, de Hervé Cordovil e Cristovão de Alencar, Cowboy do Amor, de Wilson Baptista Roberto Martins e Upa! Upa! (Meu Trolinho), de Ary Barroso.
Foi gratificante ouvir as crianças cantarem composições de autores que até hoje admiro. Aqui, o gato na tuba: https://www.youtube.com/watch?v=oFf0Wiyvgok.

* Escrevi 56 letras para os 7 LPs da Turma do Balão Mágico .

Linda pequena com João Petra de Barros: https://www.youtube.com/watch?v=_gC2MSspRUg

• Pirata da perna de pau, Vai com jeito e Chiquita bacana, com Eduardo Dusek: https://www.youtube.com/watch?v=-mNvzRXKZso

• Pirata da perna de pau (Braguinha) com Nuno Roland – Trecho do Filme ‘Garota Enxuta’: https://www.youtube.com/watch?v=ObT_zt1iR6o

• Yes, nos temos bananas (Braguinha e Alberto Ribeiro):

Tem gato na tuba (Braguinha e Alberto Ribeiro) – com Nuno Roland. 1947: https://www.youtube.com/watch?v=v-KHPR7v5uw

• Chiquita Bacana – Braguinha e Alberto Ribeiro, com Emilinha Borba (gravação original). Repare o arranjo!: https://www.youtube.com/watch?v=2ovdYtWANsY

• Chiquita Bacana – Braguinha e Alberto Ribeiro, com Anitta: https://www.youtube.com/watch?v=aJUPWVWwTMc

Linda Loirinha (Braguinha) com Silvio Caldas – Carnaval de 1934: https://www.youtube.com/watch?v=G1-gYYrIvik

• Vai com jeito -Braguinha , com Emilinha Borba carnaval de 1957: https://www.youtube.com/watch?v=SanVgQOvd-g

Uma andorinha não faz verão (Lamartine Babo e Braguinha): https://www.youtube.com/watch?v=b27sbyygI5o

Lalá e Braguinha. Reis do carnaval

Braguinha e Miúcha – Post-pourri de carnaval: https://www.youtube.com/watch?v=IStkVS93ayk

• Cenas do filme Alô alô carnaval de 1936: https://www.youtube.com/watch?v=GoS-X62gIJk

Será que vão lembrar das minhas?
Desfilando pela Mangueira

Yes, Nós Temos Braguinha: A primeira campeã da ‘era Sambódromo’. https://www.youtube.com/watch?v=KyYr5C_0RZM

Oi balancê, balancê, quero dançar com você. Com Clara Nunes.
Alberto Ribeiro, maior parceiro.

• Teatro Disquinho. Tudo sobre: https://indicetj.com/disquinho/

Braguinha no Bando de Tangarás. E com a única imagem conhecida de Noël Rosa em movimento: https://www.youtube.com/watch?v=mTPXbIKrEAU

Querida filha de um querido amigo!

Braguinha fala do início da carreira : https://www.youtube.com/watchv=INLOb3Zehr4

Braguinha homenageado no Som Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=ukoGPTJAgPE

Braguinha e alguns colegas em reunião na casa de Vinicius de Moraes, na Gávea, Rio de Janeiro, para salvar a música de carnaval. 1967. Quem identificar mais de dez, receberá, via email, um apertado abraço virtual.
Braguinha e o colega que levou o piano pra Mangueira

SONGBOOKS & PARTITURAS:

CHEDIAK, Almir. Braguinha – Songbook – Petrópolis: Lumiar Editora. 2002 : https://books.google.com.br/books?id=8WWcIRv2skoC&pg=PA17&lpg=PA17&dq=raguinha+lançou+o+primeiro+disco+infantil:+“Branca+de+Neve+e+os+Sete+Anões&source=bl&ots=57Y4YdQI4j&sig=ACfU3U1QmeKguFG87kGPZRzI6Sfb1LMb9g&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwipwZLw3uTlAhWfGbkGHcKgCQEQ6AEwEXoECAkQAQ#v=onepage&q=raguinha%20lançou%20o%20primeiro%20disco%20infantil%3A%20“Branca%20de%20Neve%20e%20os%20Sete%20Anões&f=false

O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) é uma organização sem fins lucrativos sediada em Niterói – RJ que é voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira. Sua missão consiste em documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é um dos maiores arquivos online de informações, sons e imagens da discografia brasileira, disponível na internet para consultas gratuitas.

Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país. Isto equivale a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente. https://immub.org/p/o-instituto.

BIBLIOGRAFIA:

OBS: Grande parte destes livros não se encontram mais à venda, mas, os sebos e a NET estão aí para nos salvar.

SEVERIANO, Jairo. Yes, nós temos Braguinha. Rio de Janeiro: Funarte. 1987.

REIS, Aquiles Rique. O gogó de Aquiles. São Paulo. A Girafa Editora. 2004.

VIVACQUA, Renato. Música Popular Brasileira. Cantos e Encantos. São Paulo. João Scortezi Editora. 1992.

LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira.Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda, 2000.

CUNHA, Maria Clementina Pereira. Ecos da Folia. Uma história social do Carnaval Carioca entre 1880 e 1920. São Paulo: Companhia das Letras. 2001.

ENEIDA. História do Carnaval Carioca, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1958.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de  músicas brasileiras. Vol 1. 1901-1957.São Paulo: Editora 34. 1997.

VALENÇA, Soares Suetônio. Tra-lá-lá. Rio de Janeiro: Funarte. 1981.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 2. 1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.

MARIZ, VASCO. A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

ALENCAR, Edigar de. O carnaval carioca através da música, 2 vols. Rio de Janeiro: Freitas Bastos. 1965.

TINHORÃO, José Ramos.Pequena história da música popular. São Paulo: Art. 1991.

ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1965.

DIDIER, Carlos. Nássara – Passado a limpo. Rio de Janeiro: Editora José Olympio. 2010.

SANTA CRUZ, Maria Aurea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

MARTINS, J.B. Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

CALDAS, Waldenyr. Iniciação à Música Popular Brasileira. São Paulo:  Editora Ática. 1989.

CABRAL, Sérgio. Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Lazuli Editora. 2011.

BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali – O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: da modinha ao Tropicalismo. São Paulo: Art Editora. 1986.

TINHORÃO, José Ramos. Música Popular: um tema em debate. São Paulo: Editora 34. 1997.

CABRAL, Sérgio.  Pixinguinha. Vida e Obra. Rio de Janeiro: Lumiar Editora. 1997.

MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.

• Visite os posts CANTORES DO RÁDIO e BRAGUINHA 90 anos 90, em ALMANAQUE QUALQUER NOTA, vol 1 e vol.2.

Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, ao comemorar 90 anos:

A vida gosta de quem gosta dela.


Braguinha morreu em 24/12/2006, aos 99 anos.

O CD “CadaUmComSeuCadaUm pode ser ouvido: Youtube Music, Spotify, Deezer, Apple Music.

Edgard Poças

Dona Perua e seu Pavão

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

a Luiz Gonzaga (1912-1989)

Dona Perua e seu Pavão por Rafael Altério

Dona Perua é muito chique
chique, chique, chique
chique, chique, chique
mas dá chilique no coração
quando encontra o seu pavão
mas dá chilique no coração
quando encontra o seu pavão
 
Seu pavão é um bicho exibido
não há móde ele passar despercebido
 
Quando ele empina
abre as asas
é um leque colorido
aí que, dona perua dá chilique
 
Chilique chique
chilique chique
quando encontra o seu pavão
 
Chilique chique
chilique chique
é um tac-tic lá no coração

Eu tinha que levar minha música diretamente àqueles que ignoravam totalmente o Nordeste. O objetivo era cantar para os barriga- verde, os gaúchos, os caipiras, os cariocas. – Luiz Gonzaga.

500 MÚSICAS de LUIZ GONZAGA: https://www.ouvirmusica.com.br/luiz-gonzaga/

O Melhor de Luiz Gonzaga + DOWNLOADhttps://www.youtube.com/watch?v=dfIJxP_I8No&list=RDdfIJxP_I8No&index=1

BIOGRAFIA INDICADA: DREYFUS, Dominique. Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga. São Paulo: Editora 34. 1996. Prefácio de Gilberto Gil.

SITE OFICIAL (HISTÓRIA, MÚSICAS, DISCOS, VÍDEOS, RETRATOS, HOMENAGENS, CONTATO) : http://www.luizgonzaga.mus.br

Deus me deu o dom de falar, com a minha própria linguagem, despreocupado, sem medo de errar, porque o povo já sabe que eu não sou intelectual, então eu mando brasa. 

Não é preciso que a gente fale em miséria, em morrer de fome. Eu sempre tive o cuidado de evitar essas coisas. É preciso que a gente fale do povo exaltando o seu espírito, contando como ele vive nas horas de lazer, nas festas, nas alegrias e nas tristezas. Quando faço um protesto, chamo a atenção das autoridades para os problemas, para o descaso do poder público, mas quando falo do povo nordestino não posso deixar de dizer que ele é alegre, espirituoso, brincalhão. Eu sempre procurei exaltar o matuto, o caboclo nordestino, pelo seu lado heroico. Nunca usei a miséria desvinculada da alegria.

Luiz Gonzaga, Gal Costa e Joana

No meio do meu público, tinha Caetano, tinha Gil, tinha muito cantor doido por aí, famoso hoje, que já mudou de roupa várias vezes, alguns hoje são até roqueiros, mas mesmo como roqueiros continuam afirmando que Luiz Gonzaga foi influência. 

VÍDEOS

Homenagem a Luis Gonzaga – Parte 1https://www.youtube.com/watch?v=r8fV-7kRZr8

Luiz Gonzaga raríssimo!: https://www.youtube.com/watch?v=2R-pPy9IzNM

Homenagem a Luis Gonzaga – Parte 1 https://www.youtube.com/watch?v=nSesBj7kVrQ

Homenagem a Luis Gonzaga Especial TV RecordParte 4: https://www.youtube.com/watch?v=EvKixasFwdA

Dominguinhos Canta e Conta Gonzaga – Filme: https://www.youtube.com/watch?v=gKVavm_QiZ4

Homenagem a Luis Gonzaga Especial TV RecordParte 3: https://www.youtube.com/watch?v=PgSAp-dNAJE

Fantástico – Especial Centenário Luiz Gonzaga: https://www.youtube.com/watch?v=x91-MmGN5PY

Aproveita gente – Luiz Gonzaga junto com o grande Sivuca, Domiguinhos e Osvaldinho, de uma vez : https://www.youtube.com/watch?v=CvvGRC6XmJY

Encontro Luiz Gonzaga e Ivete Sangalo – O rei do baião de volta ao palco em holografia: https://www.youtube.com/watch?v=u80X46gLTnQ&list=RDnn_Nq6mv_o4&index=19

A viagem de Gonzaga e Gonzaguinha (disco 1 e 2): https://www.youtube.com/watch?v=qMBPi7_Gz58

Luiz Gonzaga, Gonzaguinha – A Vida de Viajante (Festival da Canção): https://www.youtube.com/watch?v=g3ONbwVoVvo

Minha vida é andar por aí

Gonzagão e Gonzaguinha – Não vendo nem troco. https://www.youtube.com/watch?v=kq-q6_1wjBI

Com alguns colegas de ofício

BIBLIOGRAFIA:

OBS: Grande parte desse material não se encontra mais nas livrarias. Mas, contando com a sorte, pode ser encontrado nos sebos e/ou espalhados pela NET.

Documentário Luiz Gonzaga – Vida, Música e Conquistas – Tv Assembleia Ceará TV Assembleia Ceara 593 mil visualizações

DREYFUS, Dominique. Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga. São Paulo: Editora 34. 1996.

SANTOS, José Farias dos. Luiz Gonzaga: A música como expressão do Nordeste São Paulo: IBRASA. .2004.

MARIZ, VASCO.A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

SOUZA, Tarik de. ANDREATO, Elifas. Rostos e Gostos da Música Popular Brasileira. Porto Alegre: L&PM Editores. 1979.

PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular.  São Paulo: Art. 1991.

ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira,São Paulo: Livraria Martins Editora. 1965.

SANTA CRUZ, Maria Aurea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

MARCELO, Carlos. RODRIGUES, Rosualdo. O fole roncou! Uma história do forró. Rio de Janeiro: Zahar Editora. 2012.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 2: . 0op—ok1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.

MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

NAPOLITANO, Marcos.  A Síncope das Idéias. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo.2007.

MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

SONGBOOKS & PARTITURAS:

CHEDIAK, Almir. Luiz Gonzaga– Songbook Vol. 1 e 2 – Coordenação Ricardo Gilly: São Paulo: Irmãos Vitale. 2013.

O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) é uma organização sem fins lucrativos sediada em Niterói – RJ que é voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira. Sua missão consiste em documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é um dos maiores arquivos online de informações, sons e imagens da discografia brasileira, disponível na internet para consultas gratuitas. Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país. Isto equivale a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente. Assista Tárik de Souza falando sobre o iMMuB : https://www.youtube.com/watch?v=sQzDs58CAp0

Aqui o site do IMMuB: https://immub.org/p/o-instituto.

Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão, que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor.

Lembrado na praça, com Jackson do pandeiro

Museu Luiz Gonzaga: http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2012/10/luiz-gonzaga-criou-museu-proprio-em-sua-cidade-natal-no-pe.htmll

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Dona Elisa no frevo

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

a Jackson do Pandeiro ( 1919 – 1982) e Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)


Dona Elisa no Frevo por Josias Damasceno

Quando o frevo ferve
dona Elisa cai no passo
passo passo passo pa
não é sopa não

Dona Elisa é lisa é lisa
sombrinha na mão
varre, varre vassourinha
varre o céu no chão

Parafuso
dobradiça
tesoura
locomotiva
ferrolho
encolhe estica
saci Pererê

Caindo nas molas
é ponta de pé
Elisa é lisa
Elisa é lisa
Elisa é

Rebuliço
colorida

festança agitação
tudo dança é frevo fervendo, alegria, multidão

Abanando, quando o frevo ferve,
não é sopa não!

Passô, passô,
passô, passô, passô, sôpá, sôpá

Sôpá, sôpá, sôpá, sôpá

Passô, passô, passô, passô, passô,

sôpá, sôpá sôpá, sôpá,

pássô, pássô,

Varre, varre vassourinha, varre o céu no chão

Jackson do Pandeiro,

Foi muito importante para mim, para minha vida musical, por causa do ritmo, do

balanço que ele tem, a maneira de dividir as frases.

Quando ele estorou aqui no sul com Sebastiana e gritava, y, a, e,i ,o, u…

Eu era garoto eu ficava impressionado, com o molho, ritmo, balanço, com a divisão do Jackson do Pandeiro e com a música do Beethoven que minha mãe tocava no piano – A Sonata ao luar – Pour Elise.

Um dia Pichu e eu, começamos a brincar com a primeira parte do Pour Elise, pensando como se fosse uma música de carnaval ( cantarolou… la,la,la,la,la,la…) e Beethoven morreu em 1827– e a música está ai até hoje, tocando nos caminhões de gás.

E aí a gente fez o refrão em cima de uma brincadeira, em cima de uma coisa que eu pensava muito, quando garoto que era falar sopasopasopa e ficar ao contrário passo – e virar sopa.

Aí fizemos o refrão e a Dona Elisa é Pour Elise e quando ela cai no frevo, não é sopa não. É lisa, É lisa.

“Eu tenho um balanço meio chatinho que serve para toda época. A turma se liga porque, a não ser samba-canção, pego de todo lado, de frevo à música de terreiro. Música que tem balanço, no Brasil, faço todas elas. E o coco é o pai do negócio”. – Jackson do Pandeiro.

• BIOGRAFIA INDICADA: MOURA, Fernando. VICENTE, Antônio. Jackson do Pandeiro. O Rei do Ritmo. São Paulo: Editora 34. 2001.

BIOGRAFIA RÁPIDA: https://www.youtube.com/watch?v=7VLYQZaGOnM

• Jackson do Pandeiro. Documentário raro. Parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=ELlqnGrxY_E.

Jackson do Pandeiro. Documentário raro. Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=y6sn0JuSf1g

Sua Majestade, o Rei do Ritmo

“Jackson era uma unanimidade. Tocava qualquer coisa. Se você chegar no Rio de Janeiro, tem bons ritmistas nascidos lá. Mas se pedir pra tocar um pandeiro de frevo, ninguém sabe. Jackson tinha o conhecimento de toda essa cultura e mais aquilo que se fazia no Rio. A coisa do samba com ele, era brincadeira… O Jackson ´considerado por todas as pessoas do meio de música, os grandes músicos, os grandes ritmistas, como o maior ritmista brasileiro de todos os tempos.” – Paulinho da Viola.

JACKSON DO PANDEIRO e DOMINGUINHOS – IMPERDÍVEL! molho:
https://www.youtube.com/watch?v=ZqC0aBpPAl4

O genial Jackson do Pandeiro marcou a música brasileira e revolucionou seu gingado”. – Gilberto Gil

Eu boto todo o volume dentro da casa. Pra cantar isso” – Zeca Pagodinho, sobre “Como tem Zé na Paraíba“.

 

O João Gilberto, eu acho ele um cara fabuloso, viu? Inclusive, ele dá opinião sobre mim. (…) Eu considero João Gilberto uma das glórias da música brasileira.(…) Ele tem uma puxada de corda que me agrada e cantando, também, eu gosto…”.

Se você disser que eu desafino, amor…

Jackson do Pandeiro, o Rei do Ritmo: https://www.youtube.com/watch?v=I95Zh5_VnjY

Frevo do Bi (Que saudade de Didi, Mané e Pelé!):
https://www.youtube.com/watch?v=ijtomkfn7CQ

Frevando com a bola no pé!

Acredito que Jackson foi o mais tropicalista de todos os compositores de nossa MPB, porque não tinha medo das informações externas, e embora conhecesse muita coisa de música estrangeira, via sempre uma predominância de música brasileira sobre as outras. Para ele, o coco era uma espécie de célula-mãe de todos os outros ritmos. Acho o maior barato um paraibano pensar numa coisa grandiosa desse tipo”– Gilberto Gil

“Música brasileira, de um modo geral, faz tempo que não ouço. Às vezes até me esqueço, como cantar, porque não tem lugar para trabalhar, né? É difícil até viajar para o interior: não há contrato para ninguém. Tudo isso por conta da invasão da musica estrangeira. Isso não pode continuar assim. Tem tanto artista passando fome…A imprensa deveria fazer campanha para que a música brasileira volte a ser ouvida, para que os músicos voltem a ter emprego”. Jackson do Pandeiro

Cinco Irmãos, à Milton Nascimento.

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

a Milton Nascimento (1942 )

Cidadão do mundo. 

Sua travessia é um abraço na humanidade e um brado retumbando que a humanidade somos nós.

Cinco continentes. 

Cinco amigos. 

Cinco irmãos. 

“Meu Yauretê Pixuna, minha onça verdadeira.
Você é o rei da floresta, da mata brasileira.
Meu taquaraçu de espinho, meu carioca mineiro.
Meu amor e meu carinho, uirapurú verdadeiro.
O amador de passarinho”. Tom Jobim

Cinco Irmãos, por Margareth Darezzo

Era uma vez

um, dois, três, quatro, cinco irmãos

e cada um tinha seu juízo

E cada um era do seu jeito

e cada um era um coração

Eram cinco amigos   

felizes cada um com seu cada um

E “era uma vez” voou

o tempo passou, é nossa vez 

que tal os cinco continentes

cinco amigos, vindos lá do amor?

“A” maior, que nem os cinco irmãos

Os seus direitos e as suas opiniões

suas ideias e pensamentos

eram conceitos sem pré-conceitos

dos sentimentos sobrava amor

Eram cinco amigos

e cada um dono do seu coração

E “era uma vez” voou

o tempo passou, é nossa vez 

que tal os cinco continentes

cinco amigos,  vindos lá do amor?

“A” maior, que nem os cinco irmãos

Era uma vez

um, dois, três, quatro, cinco irmãos

e cada um tinha seu juízo

e cada um era do seu jeito

e cada um era um coração

Eram cinco amigos   

felizes cada um com seu cada um

eram cinco amigos

e cada um dono do seu coração

eram cinco amigos   

felizes cada um com seu cada um

e cada um dono do seu coração

Bituquinha

Se tem uma coisa que me rege é a minha paixão pelas crianças. Quando eu vejo o olhar de uma criança, fico todo feliz. “. Milton Nascimento

Bituca

” Você foi chegando, humilde e tomou conta do meu corpo para sempre. Encheu meus dias de beleza e razão para viver”. Lília Silva Campos, mãe de Milton Nascimento.
MARAVILHA: http://Dona Lilia e Seu Josino falam de Milton Nascimento

• CLIQUE : 316 músicas, letras e vídeos: https://www.ouvirmusica.com.br/milton-nascimento/

CLIQUE pra VISITAR o SITE do BITUCA : http://www.miltonnascimento.com.br 

MILTON NASCIMENTO – Músicas, letras e videos: https://www.letras.mus.br/milton-nascimento/

“Coisa que gosto é poder partir sem ter plano.

“E um saveiro pronto pra partir, invento o cais.”

Atuou como crooner do conjunto W‘s Boys – letras iniciais dos nomes de seus integrantes – Wagner Tiso, Waltinho, Wilson e Wanderley (o que o levou a apresentar-se como “Wilton”). Antes do Milton se aventurar pelo Rio de Janeiro, ele gravou um compacto simples com a música BARULHO DE TREM com o grupo HOLLYDAY, primeiro registro fonográfico de uma música de sua autoria: https://www.youtube.com/watch?v=UcSxzUO5v_0

“Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver” – com Fernando Brant: https://www.youtube.com/watch?v=gjn0xsKIUiM

Entrevistas

Entrevista com Bruna Lombardi (Gente de Expressão): https://www.youtube.com/watch?v=poGksxh3928

• Gilberto Gil e Milton Nascimento com Jô SoaresMilto: https://www.youtube.com/watch?v=0Y9LzqZROgU

Entrevista com Leda Nagle – TV Manchete : https://www.youtube.com/watch?v=F2l4vG_9gsM

Entrevista para a TV argentina, Canal Encuentro: https://www.youtube.com/watch?v=pURUDnDViFY

“Solto a voz nas estradas, já não posso parar”.

AMIGOS

Milton Nascimento cantou com muitos amigos de todo o mundo, muitas tendências musicais.
Tom Jobim, Elis Regina, Herbie Hancock, Pena Branca e Xavantinho, Jon Anderson, Gilberto Gil, Wayne Shorter, Rita Lee, Povos da Floresta, Peter Gabriel, Chico Buarque, James Taylor, Mercedes Sosa, Nana Caymmi, Caetano Veloso.

Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito.

Milton Nascimento e Elis Regina: https://www.youtube.com/watch?v=M1E6EzoSPzM

Ventania em qualquer direção

Com Caetano e seus filhos

Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar“.

“Não sei, mas ando com ele, às vezes voamos juntos”:

Milton e Chico (TV Globo 1987): https://www.youtube.com/watch?v=lLjjPtMqDGg

O que será que me dá, que me bole por dentro, será que me dá…” :

• Milton Nascimento e Chico Buarque – O que será: https://www.youtube.com/watch?v=yIERqgKooiU

“Bituca manda em mim” – Chico Buarque

• Milton Nascimento e Chico Buarque – O cio da terra : https://www.youtube.com/watch?v=mAS9a7H2T78

Yauretê Pixuna e Matita Perê

DEMAIS: https://www.youtube.com/watch?v=gQZfGSLBlQE

MAIS QUE DEMAIS: https://www.youtube.com/watch?v=_BS2Ek4Gfgg

• MAIS AINDA: https://www.youtube.com/watch?v=oJ3gLQFarig

“Como um patrimônio do Brasil, o valor cultural do Milton não pode ser medido apenas em termos comerciais. o tesouro do Milton pode ser repartido de maneiras ainda não imaginadas”. – Wayne Shorter .

Alguém sorriu de passagem / Numa cidade estrangeira / Lembrou o riso que eu tinha: https://www.youtube.com/watch?v=iVE744AXeqU

Meu bem…
…você me dá…
…água na boca!

Milton Nascimento e Rita Lee (Mania de voce): https://www.youtube.com/watch?v=EBOvnb-5Vu0

Gilberto Gil e Milton Nascimento – Ao vivo 2001 (show completo)
https://www.youtube.com/watch?v=7CuFoKmcwc4

• Milton e Edú Lôbo – Beatriz (na foto, os dois e um amigo)
: https://www.youtube.com/watch?v=rJyYmkQ3J3Y

Com Gilberto Gil
Chico Buarque, Edu Lobo e Bituca.

• Milton, Pena Branca e Xavantinho – Cio da Terra : https://www.youtube.com/watch?v=3BDTbOnC8-I

Milton Nascimento e Rolando Boldrin

• Milton Nascimento e Rolando Boldrin – Cuitelinho: https://www.youtube.com/watch?v=lirp7kYt-B4

“Suas melodias são extraordinárias. Elas são únicas. Milton Nascimento é provavelmente o maior compositor brasileiro pós Jobim/Gilberto” Paul Simon.
: https://www.youtube.com/watch?v=xaaS7cZkY4M


“Correndo na frente do tempo, acima do que ficou combinado, sempre muito mais do que poderia se imaginar, o som do Milton, inquieto e aflito, com a certeza calada de quem está firme nos pés apesar de todas as dores.” – Edu Lobo

Milton e Mercedes Sosa (Rede Globo,1987) – https://www.youtube.com/watch?v=hdwPuMArE5s

Mercedes Sosa, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Gal Costa – Volver a los 17: https://www.youtube.com/watch?v=bm3lZG1MTJs

Milton, Caetano e Gal https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2015/03/19/interna_diversao_arte,476133/caetano-veloso-publica-encontro-com-milton-nascimento-em-rede-social.shtml

Com Wayne Shorter

“Você faz uma música que parece de criança e aí é uma complicação danada” – Wayne Shorter. 

Milton Nascimento com Hancock.

“Milton é um compositor brilhante, ele tem uma das vozes mais incríveis que eu já ouvi.
suas melodias têm uma simplicidade, que vão direto ao centro do seu coração.”
Herbie Hancock.

A coisa que eu mais acredito na vida, além da amizade, é na música.
Quando eu faço um amigo, quero que seja para sempre.
A não ser que ele não queira.
Por mim, não acaba.”

“ O compositor invulgar é o único que poderá reagir dentro da sua época e do seu meio à vertigem exagerada do progresso, à fatalidade das tendências e ao delírio das modas, olhando reto, raciocinando justo e agindo rápido, obedecendo às leis lógicas que o destino lhe deu para universalizar os pensamentos humanos” –  Heitor Villa-Lobos.

A lua girou, traçou no céu um compasso. Eu bem queria fazer, um travesseiro dos seus braços.

Toda vez que a bruxa me assombra, o menino me da a mão.
““A palavra inventivo não o define tão bem como a palavra original, e ele é, sozinho, um movimento.” Caetano Veloso

…doce ou atroz, manso ou feroz, eu caçador de mim :
https://www.youtube.com/watch?v=Se9XYKHQi3Y

Cadaumcomseucadaum

Filmografia:

1970 – Os Deuses e os Mortos Foi indicado ao Urso de Ouro em Berlin e premiado em sete categorias no Festival de Cinema de Brasília, incluindo melhor filme, direção, ator, atriz, cenografia, fotografia e trilha sonora de Milton Nascimento.

1980 – Música para Sempre

1982 – O Viajante e Fritz Carraldo- filme mais famoso e elogiado do diretor alemão Werner Herzog. Rodado inteiramente na Amazônia. Milton participou do filme como Blackman At Opera House .

1984 – Noites do Sertão – Filme de Carlos Alberto Prates Correia – Elenco Débora Bloch, Tony Ramos, Cristiane Aché, Carlos Kroeber, Carlos Wilson, Sura Berditchenshy e Milton Nascimento.

Documentário: História do Clube da Esquina – A MPB de Minas Gerais : https://www.youtube.com/watch?v=SACaczm6gA4


Documentário  Intimidade e Poesia HBO : https://www.youtube.com/watch?v=bJ4Ov7Bh_RA

Milton Nascimento – Ensaio – TV Cultura: https://www.youtube.com/watch?v=DE9TndyegTA

DOCUMENTÁRIO “Sobre Amigos e Canções” que conta a história do movimento musical mineiro Clube da Esquina. Produzido como trabalho final do curso de Jornalismo da PUC-SP, o filme superou expectativas e foi exibido na TV Cultura e em diversos festivais e mostras. As diretoras entrevistaram e acompanharam, durante todo um ano, músicos como Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Wagner Tiso, Toninho Horta e outros. Além das histórias contadas pelos protagonistas do movimento, o documentário é recheado com um material de pesquisa rico em imagens históricas. Direção e Roteiro: Bel Mercês e Leticia Gimenez Edição: Thais Cortez Apoio: TV PUC / TV Cultura. https://www.youtube.com/watch?v=SACaczm6gA4

“Milton Nascimento é o maior artista da música de minha geração. Catolicismo mineiro, DNA africano, Milton desceu o vale do Missisipi e subiu os Andes com seus acordes e ritmos cheios de milagre e surpresa. Criou uma escola definida, formou legião de gênios, encantou os gênios do grande mundo e manteve tudo onde o oculto do mistério se escondeu”. Caetano Veloso

Se eu cantar não chore não, é só poesia

Discreto, Milton foi se fazendo famoso
sem nunca colocar a carapuça de rei.
Dorival Caymmi

BIBLIOGRAFIA

OBS: Grande parte desse material não se encontra mais nas livrarias. Mas, contando com a sorte, pode ser encontrado nos sebos e/ou espalhados pela NET.

SOUZA, Tarik. MPBambas: História e memórias da canção brasileira. São Paulo: Kuarup Produções Ltda. 2016.

Dolores, Maria. Biografia. Travessia: A Vida De Milton Nascimento. 2006. Editora RCB.

Borges, Márcio. Os Sonhos Não Envelhecem: Histórias do Clube da Esquina. 1996. Editorial Geração. Postfácio: Milton Nascimento.

VELOSO, Caetano. O mundo não é chato. São Paulo: Companhia das Letras. 2005.

SOUZA, Tarik de. ANDREATO, Elifas. Rostos e Gostos da Música Popular Brasileira. Porto Alegre: L&PM Editores. 1979.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol.2: 1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.

EICHBAUER, Hélio. [Currículo]. Enviado pelo artista em 24 de abril de 2011. Show: Milton e Caetano – 2005

MARTINS, J.B. Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

SANTA CRUZ, Maria Aurea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

REIS, Aquiles Rique. O gogó de Aquiles. São Paulo: A Girafa Editora. 2004.

MARIZ, VASCO. A Canção Brasileira. Rio de Janeiro:  Editora Nova Fronteira. 1985.

PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1965.

BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.

MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

“De tudo se faz canção”.

SONGBOOKS & PARTITURAS:

SongBook Milton Nascimento – Por Wilson Lopes: produzido por Barral Lima – Belo Horizonte (MG): Editora Neutra. 2015.

Não deixe de visitar o acervo Milton Nascimento (Tudo sobre Milton Nascimento) :
http://portal.jobim.org/pt/acervos-digitais/milton-nascimento
O Acervo de Milton Nascimento encontra-se disponibilizado no INSTITUTO ANTONIO CARLOS JOBIM.

O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) é uma organização sem fins lucrativos sediada em Niterói – RJ que é voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira. Sua missão consiste em documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é um dos maiores arquivos online de informações, sons e imagens da discografia brasileira, disponível na internet para consultas gratuitas. Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país. Isto equivale a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente. https://immub.org/p/o-instituto.

“Nunca encontrei ninguém que tivesse por ele um sentimento amargo.”
Dorival Caymmi.

Os sons são todos tão seus, como um presente de Deus.

“Se Deus cantasse seria com a voz do Milton” – Elis Regina

Ê viola!

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

À João Pernambuco (1883 – 1947) e Catulo da Paixão Cearense (1863 – 1946)

João Pernambuco

Por Lula Barbosa e Maria Clara Novais

Olê olê, olê olá
viola ali, viola lá
olê olê, olê olá
folia ali, folia lá
 
Ê viola cantadêra,
passapé rasqueado
é modão, cururu recortado
 
Ê viola, cantadêra de moda
é reisado matuto
no meu coração
 
A viola chegou, abre a roda
é toada é cateretê
chamamé, é um canto chorado
cipó preto, é só escolher
 
Quando encontra com seu violão
não há, ó gente, ó gente, ó não
 
Ê viola cantadêra,
passapé, rasqueado
é modão, cururu recortado 
 
Ê viola, cantadêra de moda
é reisado matuto
no meu coração
 
Ê viola, madeira de pinho
já foi arve que nóis derribô
suas corda são os passarinho
a cantá o que ela escuitô
 
Quando encontra com seu violão
não há, ó gente, ó gente, ó não
 
Ê viola cantadêra
cantadêra de moda  
é reisado
no meu coração


Catulo da Paixão Cearense

JOÃO PERNAMBUCO

“Bach não se envergonharia de assinar seus estudos”. Villa-Lobos, referindo-se a João Pernambuco.

BIOGRAFIA INDICADAJoão Pernambuco, arte de um povo. José de Souza Leal e Artur Luiz Barbosa. Rio de Janeiro: Edição Funarte. 1982.

PRA OUVIR:

Leandro Carvalho “Descobrindo João Pernambuco” (Eldorado, 1999)
Álbum completo: https://www.youtube.com/watch?v=TK9X-fXgRgk

Leandro Carvalho “João Pernambuco: O poeta do violão” (Eldorado, 1997)
Álbum completo: https://www.youtube.com/watch?v=vzw5dGuHUQc

HITS:

Jongo – Rafael Rabelo: https://www.youtube.com/watch?v=XwwuxfrYs0o

Jongo – Baden Powell: https://www.youtube.com/watch?v=cR9QZetlrcE

Graúna – Rafael Rabello: https://www.youtube.com/watch?v=dAosEI_BK2I

Sons de carrilhões – Dilermando Reis: https://www.youtube.com/watch?v=2H4gk-B7IZY

Sons de carrilhões (João Pernambuco)- com Fábio Lima: https://www.youtube.com/watch?v=L0_6sDM3D7w

Sons de carrilhões – Yamandu Costa e Rafael Schimidt: http://Yamandu Costa e Rafael Schimidt

Sons de carrilhões: – Baden Powell: https://www.youtube.com/watch?v=onfYV5hHDNo

Sons de carrilhões – Raphael Rabello & Dino 7 Cordas: https://www.youtube.com/watch?v=gERMxDYl75I

Sons de carrilhões -Rafael Rabello: https://www.youtube.com/watch?v=4DTCWlxNfqo

Sons de carrilhões – Yamandú e Paulo Moura: https://www.youtube.com/watch?v=orRdmy58W7k

INCRÍVEL!!! ショーロ/ペルナンブーコ: 定期演奏会/2013年9月22日 6歳(年長): https://www.youtube.com/watch?v=kC4dwKkAvZ4

O célebre Agustin “Mangoré” Barrios (de moustache e polâinas), autor de La Catedral (clássico do violão), entre os violonistas João Pernambuco e Quincas Laranjeira, no Cavaquinho de Ouro, atual Rua da Carioca. De vez e quando, um índio de casaca aparecia por lá, pra fazer um sonzinho,

João Pernambuco no Café Angrense. 1929

EXCELENTE SITE SOBRE MÚSICA SERTANEJA: http://www.recantocaipira.com.br

CDs e LPs:

ROBERTO CORRÊA. 2011. CD. Viola de Arame {Composições brasileiras}. Viola Corrêa. Brasília Brasil. 

ZÉ DO RANCHO. 1997. CD. Luar do Sertão. BMG. São Paulo Brasil. 

ZÉ DO RANCHO. 1966. LP. A viola do Zé. RCA. São Paulo Brasil. 10 

  • O grande Miécio Caffé (repare a assinatura) me presenteou com essa caricatura de
    Inezita Barroso que a autografou numa mesa do antigo e saudosíssimo restaurante Parreirinha. Numa outra mesa, Jamelão jantava uma rã, prato clássico da casa que expunha os batráquios em sua vitrine.
    “Ê viola!”: https://www.youtube.com/watch?v=NuzgF4pRNGA

CATULO DA PAIXÃO CEARENSE

“Escute / Eu sou o Catullo / E Catullo da Paixão
Sou cearense no nome / Mas nasci no Maranhão”.

• PRA OUVIR:

• 15 COMPOSIÇÕES:
https://www.ouvirmusica.com.br/catullo-da-paixao-cearense/

“Não tem a sua poesia a disciplina da arte dos homens: é forte, insubordinada como a própria natureza”.
– Coelho Neto

“Catullo, depois de seus livros de modinhas e lundús, redescobriu para seu uso próprio, a poesia regionalista, que procura imitar a dicção e o sentir do homem rural. Nessa imitação é que ele tornou-se um poeta admirável, certa­mente o maior criador de imagens da poesia brasileira”. – Mário de Andrade

“Acompanhando-se ao violão e cantando uma das suas composições,
Catullo é extraordinário, é arrebatador!
Duvido que haja um coração insensível à sua arte.
No seu gênero, foi o maior cantor do Brasil. ”– Villa-Lobos

A PAIXÃO SEGUNDO CATULO – Álbum Completo:
https://www.youtube.com/watch?v=SfKMEFOJODI | Selo Sesc:

“Catullo é um grande músico. Faz-se poeta para melhor cantar a maravilhosa e incomparável natureza da terra brasileira.” – maestro Francisco Braga

QUEM FOI CATULO DA PAIXÃO CEARENSE, o “Poeta do Sertão” – Por Laura Capelhuchnik, para o Nexo Jornal: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/03/24/Quem-foi-Catulo-da-Paixão-Cearense-o-‘poeta-do-sertão’

“O meu grande mérito está nisso:
em não conhecer o sertão e descrevê-lo tão admiravelmente.
Sou um sertanejo sem sertão”. – Catullo da Paixão Cearense

  • foi o compositor mais gravado entre 1902 e 1930


“Catullo é o sublime cantor da terra brasileira na sua encantadora poesia.”
Adelaide de Castro Alves, irmã do grande Castro Alves.

• HITS:

  • escreveu a letra para a melodia de “Flor Amorosa”, composta em 1880 pelo flautista Joaquim Antônio Callado, o”pai dos chorões”, considerada o primeiro choro da história.

FLOR AMOROSA

Flor amorosa – com Jacob do Bandolim: https://www.youtube.com/watch?v=zHR1wFYS_6E

Flor Amorosa – com Altamiro Carrilho: https://www.youtube.com/watch?v=8833NaZYhVI

Flor Amorosa – com a LETRA de Catullo: https://www.youtube.com/watch?v=GJP6TKodN8Y

  • foi mestre da arte de fazer versos, de grande musicalidade, utilizando um vocabulário que vai do dialeto da língua nordestina aos clássicos da língua portuguesa, sintetizando o saber popular e o saber erudito.


Publicou dezenas de livros de poesia.
Juntou a literatura clássica com a de cordel, popularizando seus versos durante o período da República no Rio de Janeiro.

Com o Meu Sertão deu um livro pouco menos que genial. Quando Catullo brilha mais, quando atinge os fulgores verdadeiramente sublimes do estro dele, é nos momentos em que descreve a natureza, um sentimento ou um ser, especialmente — a mulher. Catullo não sabe pressupor. Conta tudo para ficar bem entendido pelo autor. É um fenômeno de cul­tura, de civilização. Mas eis que Catullo Cearense se bota comentando um sentimento, uma cabocla, surge, então, o vate admirável, analista bom, frase percuciente e sobre­tudo o espantoso criador de metáforas.
Catulo Cearense foi sublime no Meu Sertão“. – Mário de Andrade

Catulo utilizava nas suas letras um vocabulário rebuscado, cheio de preciosismos. Aos poucos, a partir dos anos 20, essa linguagem foi desaparecendo.

Templo Ideal

Albertino Pimentel e Catullo da Paixão Cearense

Olha estes céus, ó anjo, iluminados
de corações sofrentes e magoados
e o teu candor na tela cérula a brilhar,
sob um trasflor de madrepérola
de versos consagrados

Com camafeus, opalas e turquesas
e as ametistas que tu exalas no falar
com o éter da saudade, eterno marmor de sofrer
um templo ideal eu vou te erguer

A teus pés terás a hiperdulia da poesia
ave-maria dos meus ais!
consagração do pranto deste santo coração
virgíneo escrinio da ilusão

Ó, teus pés florei
com os meus extremos
que são fluídos crisântemos
deste amor com que te amei
mandei a minha dor soluçar
num resplendor de diademar

Do coração de essências lacrimosas
que eu marchetei de rimas dolorosas
fiz um míssil espiritural que adiamantei
filigranei com os alvos lírios
destas lágrimas saudosas

O teu altar num pedestal de mágoas
eu fiz das águas do Jordão do meu penar
tens uma grinalda em tua fronte constelei
das esmeraldas que por ti sonhei

Versos passionais
meigas violetas,
borboletas das ideías,
orquídeas dos meus ais
voai, saudosos, primorosos
dulcorosos beija-flores dos tristores
que eu lhe fiz dos amargores
doces hóstias multicores
e um túríbulo de dores
cujo incenso é a inspiração


Com amor e pura santidade
guardo o culto da saudade
no meu coração

Eis o teu templo de aurorais fulgores
que eu perfumei só com o ideal das flores
arcanjos de ouro tendo às mãos ebúrneas liras
e a teu pés cantando em coro
sobre um trono de safiras

Nos pedestais dos róseos alabastros
verás dois astros: Tasso e Dante a soluçar!
sobre o teu altar e debruçado em áurea cruz
meu coração numa explosão de luz!

    • foi celebridade. Com seu inseparável violão, levou a música popular aos salões da nobreza na corte carioca – era amigo dos presidentes, políticos e empresários. Não só o povo humilde adorava Catulo, como também vários intelectuais e autoridades nacionais.
    • em 1914, por exemplo, o então presidente da República, marechal Hermes da Fonseca, convidou Catulo para ir ao palácio do Catete cantar suas modas.
      Lá, ele foi aplaudido de pé por muita gente poderosa.
    • foi a figura mais importante da cultura popular brasileira entre 1880 e 1940.

    “Catulo Cearense é o mistério de uma raça desabrochando em beleza.” – Paulo Barreto (João do Rio)

    • foi um dos poucos poetas populares no Brasil que, em vida, recebeu todas as honras e uma adoração tão grande do povo. Isso porque ele usou e abusou de toda a sonoridade do sotaque nordestino e soube transmitir, em versos simples, a ingenuidade e a pureza do caboclo. Seus poemas e as letras de suas músicas cativaram a sensibilidade do povo.

    ALGUNS POEMAS

    • A VARIANTE REGIONALISTA COMO RECURSO ESTÉTICO-ESTILÍSTICO DE CATULO DA PAIXÃO CEARENSE – Por José Ribamar Neres Costa: http://www.linguagemidentidades.ufma.br/publicacoes/pdf/Artigo%20Jose%20Ribamar%20Neres%20Costa.pdf

    Catulo foi o escolhido da sorte, para arquivar, no coro dos povos que cantam, 
    a voz do seu próprio povo. Roquette Pinto

    Na minha choça, teu escravo sou até… 
    Tenho uma roça e uma casa de sapé… 
    Foi para dar-te que a fiz.

    Aqui vivo por amar-te. Feliz…
    Nela contigo serei Mais que um rei! 

    • Popularizou a seresta. Reverenciado por Villa-Lobos, Ruy Barbosa, Pixinguinha. Oferecia na sua palhoça, que ele chamava de “Palácio Choupanal”, feijoadas e saraus, fundamentais para a divulgação da nossa música popular.

    “Catulo cantando uma de suas modinhas, é extraordinário! Recitando um de seus poemas é arrebatador ! – Afonso Arinos ( jurista, historiador e crítico brasileiro.)

    Catulo não quer, porém, que os seus frutos nasçam no jardim ou brilhem em vasos de porcelana: quer conservá-los no mato, envoltos nas folhas. A seiva para o fruto quem a dá é Deus. À árvore compete, apenas, dar forma ao pomo. Catulo tem toda a inspiração dos grandes e verdadeiros poetas; e como é sertanejo, vaza essa forte seiva nos rústicos moldes que lhe fornece o sertão”. Humberto de Campos

    • Foi, provavelmente, o autor da letra da primeira música caipira de que se tem notícia no Brasil: “Cabocla di Caxangá”, gravada por Paulo Tapajós, em 1913.

    POLÊMICAS

    CABÔCA DE CAXANGÁ (Batuque sertanejo) de João Pernambuco e Catullo, com Paulo Tapajós: https://www.youtube.com/watch?v=5Ckz3RAJpTU

    • Em entrevista a Joel Silveira, nos idos de 1940, Catulo da Paixão Cearense declarou-se “Um sertanejo sem sertão”, ressaltando o mérito de saber descreve-lo muito bem, apesar de não conhecê – lo.
    Parte desse mérito ele deveria creditar ao violonista João Pernambuco, com quem conviveu por diversos anos, e que lhe forneceu, além de alguns temas musicais, um variado vocabulário sertanejo que usaria em seus versos. Um exemplo dessa colaboração é a composição de “Caboca de Caxangá”, que entrou para a história assinada apenas pelo poeta. Inspirado numa toada que João lhe mostrara e que teria melodia do violonista, composta sobre versos populares, Catulo escreveu extensa letra, impregnada de nomes de árvores (taquara, oiticica, embiruçu…) animais (urutau, coivara, jaçanã…), localidades (Jatobá, Cariri, Caxangá, Jaboatão…) e gírias do sertão nordestino, daí nascendo em 1913 a embolada “Caboca do Caxangá”, classificada no disco como batuque sertanejo. E nasceu para o sucesso, que se estenderia ao carnaval de 1914, para desgosto de Catulo, que achava depreciativo o uso da composição dos foliões. – Extraído do livro “A canção do tempo” – vol.1. De Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello.
    O grifo é nosso.

    Neste site – mais pormenores sobre a polêmica sobre a autoria de “Caboca de Caxangá“: http://daniellathompson.com/Texts/Le_Boeuf/cron.pt.17.htm

    Catulo omitiu a parceria de João Pernambuco, assinando sozinho sua autoria, e de várias canções que tinham melodias de outros compositores.

    Villa-Lobos, enfático sobre o plágio de Catulo, arranjou a mesma canção para voz e piano, e a incluiu em seu ciclo de Canções Típicas Brasileiras (1919–1935), tendo apenas ele mesmo creditado como autor!.
    Ouça, com a soprano americana Roberta Alexander com o pianista Alfred Heller (no CD Villa-Lobos: Songs).: https://www.youtube.com/watch?v=e7rquDWFKiA

    Outras gravações:

    LUAR DO SERTÃO:


    https://www.youtube.com/watch?v=f7GVA5MwdCM

    • é uma toada brasileira de grande popularidade, melodia de João Pernambuco e letra de Catulo da Paixão Cearense, considerada o “Hino Nacional Sertanejo”.
    • é uma das músicas brasileiras mais gravadas de todos os tempos, e conta atualmente com mais de 150 interpretações diferentes.
    • é melodia pura, emotiva, e versos simples, ingênuos exaltando o luar, e a vida no sertão.
    • Primeira gravação – 1914, por Eduardo das Neves, lendário cantor, compositor e palhaço de circo: https://www.youtube.com/watch?v=pJpzOoab9vI
    • sua autoria foi protagonista de uma das maiores polêmicas da história de nossa música popular. Historiadores e personalidades ligadas à música afirmavam que o tema tinha origem no coco ritmo e dança da região Nordeste do Brasil, com influências dos batuques africanos e dos bailados indígenas – É do Maitá, ou Meu Engenho é do Humaitá, de autor anônimo.
    • Catulo, que se autodenominava “um sertanejo sem sertão”, pois sabia descreve-lo muito bem, apesar de não conhecê-lo, declarava que o Luar do Sertão era uma melodia nortista, “pertencente ao domínio folclórico”.
    • No menu principal, em ALMANAQUE QUALQUER NOTA – Vol 2. , no post LUAR DO SERTÃO, tem mais assunto e outras gravações, algumas surpreendentes.

    Ouça o tal do coco ” É do Maitá” , ou “Meu Engenho é do Humaitá”: https://www.youtube.com/watch?v=ygUl-oSn_as

    Acho que a única coisa semelhante entre melodia de Luar do Sertão e a melodia desse coco é o ritmo da segunda parte, composto de quatro semínimas a cada tempo, mas, isso é próprio de qualquer coqueiro que dá coco.
    A melodia do refrão (não há, ó gente, ó não…) não tem nada parecido com nenhuma parte de É do Maitá.
    Pra mim a melodia é de João de Pernambuco.
    Catulo não fazia muita questão de revelar o nome de seus parceiros.

    “Só tu és Brasil da cabeça aos pés e escreve para Brasil.” – Monteiro Lobato

    RASGA O CORAÇÃO:

    Villa -Lobos intitulou seu Choro Nº 10 de Rasga Coração e utilizou na sua composição a melodia do xote Yara de Anacleto de Medeiros, e não cita o nome do autor da belíssima melodia! composto por volta de 1896, gravada em 1907, e editada em 1912, com letra de Catulo passando-se a chamar Rasga o coração.

    Yara com a Banda da Casa Edison:
    https://www.youtube.com/watch?v=k-DJrbGACWA

    • Rasga o coração: com Alfredo Del-Penho:
    https://www.youtube.com/watch?v=pDy_Mw7mhdc

    Rasga o coração: com Teca Calazans:
    https://www.youtube.com/watch?v=VEaPPGhubso


    Ouça o Choro Nº 10 de Heitor Villa-Lobos (maravilha!): aos 9’49” entra a melodia de Yara, de Anacleto de Medeiros:
    https://www.youtube.com/watch?v=pXR7C1p1Sbk

    • CATULOEDIÇÃO ESPECIAL

    http://memoria.bn.br/pdf/120588/per120588_1946_EdicaoEspecial.pdf

    Se a lua nasce  
    Por detrás da verde mata  
    Mais parece um sol de prata  
    Prateando a solidão
    .”

     “Catulo da Paixão Cearense “é o maior lírico brasileiro de todos os tempos”.  
    Mário de Andrade

    Do acervo de Edgard Poças

    “Teu sorriso inspira a lira que afinei por teu falar”


    Nacionalizador da nossa poesia, no que esta tem de menos importado, de menos estranho à nossa vida e à nossa paisagem sertaneja, em Catulo é o Brasil, que resiste à invasão das ideias e dos sentimentos alheios, a revelar-se em sua rudeza, em seu primitivismo, mas inteiramente nosso, sem os remendos de outras civilizações, contrárias, muitas vezes, à nossa índole e ao nosso destino. Classifiquem-no de rude, de bárbaro e de retardatário no tempo e no espaço, mas este é o Brasil natural, genuíno, brasileiro, do qual hão de ir nascendo, cheios de viço, de frescura e de originalidade, ideias e sentimentos, costumes e aspirações, toda uma civilização caracteristicamente nossa. – Recolhido de um jornal da época

    “O Brasil contemporâneo, o Brasil intelectual, ainda não se deu ao trabalho de ler e meditar a obra de Catulo Cearense, desse formidável poeta regional, que pode muito bem ser incorporado aos grandes poetas da sua geração. Creio que o seu nome só terá o devido esplendor e será suficientemente grande, depois que a morte lhe fechar os olhos.” – Júlio Dantas

    Ai quem me dera se eu morresse lá na serra,
    abraçado à minha terra, e dormindo de uma vez…

    BIBLIOGRAFIA:

    Grande parte do material abaixo não se encontra mais nas livrarias.
    Alguma coisa ainda pode ser encontrada nos sebos e na NET.

    LEAL, José de Souza. BARBOSA, Artur Luiz. João Pernambuco, arte de um povo. Rio de Janeiro: Funarte. 1982.

    FRAZÃO, Francisco Adelino de Souza: Uma análise semiótica das canções , Ontem ao luar, Flor amorosa e Cabôca de Caxangá, de Catulo da Paixão Cearense”.

    MORAES, Kleiton de Sousa. O lugar de quem fala ou sobre a autoria e o tempo – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil (Acompanhando a trajetória do modinheiro e poeta Catulo da Paixão Cearense, o artigo debate as estratégias mobilizadas pelo escritor a fim de tornar-se autor de sua obra e poeta de destaque no campo literário brasileiro da primeira metade do século XX.) : http://www.scielo.br/pdf/topoi/v19n39/2237-101X-topoi-19-39-53.pdf

    CEARENSE, Catulo da Paixão. Meu Sertão. Rio de Janeiro. Bedeschi. 1936.

    CORRÊA, Roberto N. A Arte de Pontear a viola. Brasília: Editora Viola Corrêa, 2000. 

    CALDAS, Waldenyr. O que é música Sertaneja. São Paulo: Brasiliense, 1999. 

    FERRETE, J. L. Capitão Furtado, Viola Caipira ou Sertaneja? Rio de Janeiro: Funarte, Instituto Nacional de Música, Divisão de Música Popular, 1985) 

    PINTO, João Paulo de Amaral. A viola de Tião Carreiro. 2008. 371 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes. Campinas, SP. 2008. 

    LEITE, Carlos Augusto Bonifácio. CATULO, DONGA, SINHÔ E NOEL- A FORMAÇÃO DA CANÇÃO POPULAR URBANA BRASILEIRA : https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/29578/000777402.pdf?sequence=1&isAllowed=y

    SILVA JUNIOR, Gonçalo. Música e Boemia. A autobiografia perdida de Catulo da Paixão Cearense.São Paulo: Editora Noir. 2017.

    NEPOMUCENO, Rosa. Música Caipira: roça ao rodeio. São Paulo: Ed. 34, 1999. PAHLEN, Kurt. A Ópera. São Paulo: Gráfica e Editôra EDIGRAF Ltda, 86/88. 

    PEREIRA, Arley, Inezita Barroso: a história de uma brasileira. São Paulo: Editora 34, 2013. 

    PERIPATO, Sandra Cristina., Zé do Rancho

    TINHORÃO, José Ramos. Cultura Popular: temas e questões. São Paulo: Ed. 34, 2001.

    TINHORÃO, José Ramos. Pequena História da música popular: da modinha à lambada. São Paulo: Art. Editora, 1991. 

    ALENCAR, Edigar de. Claridade e Sombra na Música do Povo. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora. 1984

    VILELA, Ivan. Cantando a própria historia: Música Caipira e Enraizamento. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2013. 

    ZÉ DO RANCHO. Autobiografia: Um artista e sua História. Q+ Imagem e Print Graf: 2008. 

    CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. São Paulo: Editora Itatiaia Ltda. 1984.

    ARAUJO, Alceu Maynard. Folclore Nacional vol. II.São Paulo: Edições Melhoramentos. 1967.

    CAMPOS, Eduardo. Cantador, Musa e Viola. Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana. 1973. 

    ANDRADE, Mário.Dicionário Musical Brasileiro. São Paulo: Editora Itatiaia Ltda. 1989.

    SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de  músicas  brasileiras. Vol.  1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

    MARIZ, VASCO. A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

    PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

    ANDRADE, Mário de. Aspectos sobre a música brasileira. São Paulo: Martins. 1965.

    MARTINS, J.B. Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

    SONGBOOKS & PARTITURAS:

    • João Pernambuco: https://pt.slideshare.net/luihammed/joo-pernambuco-11-choros-famosos.

    • João Pernambuco: https://www.superpartituras.com.br/joao-pernambuco

    Catullo da Paixão Cearense: https://www.superpartituras.com.br/catulo-da-paixao-cearense

    …quando encontra com seu violão,
    não há, ó gente, ó gente, ó não!

    CALDAS, Waldenyr. O que é música Sertaneja. São Paulo: Brasiliense, 1999. 

    FERRETE, J. L. Capitão Furtado, Viola Caipira ou Sertaneja? Rio de Janeiro: Funarte, Instituto Nacional de Música, Divisão de Música Popular, 1985) 

    PINTO, João Paulo de Amaral. A viola de Tião Carreiro. 2008. 371 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes. Campinas, SP. 2008. 

    LEITE, Carlos Augusto Bonifácio. CATULO, DONGA, SINHÔ E NOEL- A FORMAÇÃO DA CANÇÃO POPULAR URBANA BRASILEIRA : https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/29578/000777402.pdf?sequence=1&isAllowed=y

    SILVA JUNIOR, Gonçalo. Música e Boemia. A autobiografia perdida de Catulo da Paixão Cearense.São Paulo: Editora Noir. 2017.

    NEPOMUCENO, Rosa. Música Caipira: roça ao rodeio. São Paulo: Ed. 34, 1999. PAHLEN, Kurt. A Ópera. São Paulo: Gráfica e Editôra EDIGRAF Ltda, 86/88. 

    PEREIRA, Arley, Inezita Barroso: a história de uma brasileira. São Paulo: Editora 34, 2013. 

    PERIPATO, Sandra Cristina., Zé do Rancho

    TINHORÃO, José Ramos. Cultura Popular: temas e questões. São Paulo: Ed. 34, 2001.

    TINHORÃO, José Ramos. Pequena História da música popular: da modinha à lambada. São Paulo: Art. Editora, 1991. 

    ALENCAR, Edigar de. Claridade e Sombra na Música do Povo. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora. 1984

    VILELA, Ivan. Cantando a própria historia: Música Caipira e Enraizamento. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2013. 

    ZÉ DO RANCHO. Autobiografia: Um artista e sua História. Q+ Imagem e Print Graf: 2008. 

    CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. São Paulo: Editora Itatiaia Ltda. 1984.

    ARAUJO, Alceu Maynard. Folclore Nacional vol. II.São Paulo: Edições Melhoramentos. 1967.

    CAMPOS, Eduardo. Cantador, Musa e Viola. Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana. 1973. 

    ANDRADE, Mário.Dicionário Musical Brasileiro. São Paulo: Editora Itatiaia Ltda. 1989.

    SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de  músicas  brasileiras. Vol.  1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

    MARIZ, VASCO. A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

    PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

    ANDRADE, Mário de. Aspectos sobre a música brasileira. São Paulo: Martins. 1965.

    MARTINS, J.B. Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

    SONGBOOKS & PARTITURAS:

    • João Pernambuco: https://pt.slideshare.net/luihammed/joo-pernambuco-11-choros-famosos.

    • João Pernambuco: https://www.superpartituras.com.br/joao-pernambuco

    Catullo da Paixão Cearense: https://www.superpartituras.com.br/catulo-da-paixao-cearense

    Dorival, o pescador

    terça-feira, julho 4th, 2023

    Pichu Borrelli e Edgard Poças

    a Dorival Caymmi (1914-2008)

    Dorival, o pescador por Mônica Salmaso

    Seu Dorival pescador

    joga a rede no mar

    traz uma bela canção

    pra nossa gente cantar                        

    É nosso mestre cantor

    dos cantos de Iemanjá

    de todos santos também

    salve sinhô Dorivá

    Diz que ele vive na areia

    e não tem onde morar

    em noite de lua cheia

    Dorival põe-se a cantar

    Seu violão canoeiro

    navegando

    vai encantando as canções

    peixinhos que ele colhe pelo mar

    Traz uma linda toada

    para o nosso arraial

    a noite tá que é um dia

    joga a rede Dorival

    O pessoal tá esperando

    esperando

    traz o teu canto de amor

    bendito Dorival, o pescador

    CODA: ED

    Joga a rede no mar

    joga a rede

    a rede

    a rede no mar

    CODA do CD

    Joga a rede

    A rede, a rede

    No mar

    Joga a rede no mar

    Boi da cara preta, pega esse menino que tem medo de careta.

    “É justo atribuir a Dorival Caymmi a autoria da Bahia como conhecemos hoje. Uma Bahia esparramada pelo país inteiro. Primeiro porque ele juntou todos os aspectos mais importantes, começando pelo povo. Ele cantou o povo da Bahia nominalmente, os lugares, as pessoas. Descreveu com minúcias aqueles lugares dos quais ele falava, seus ofícios, labores, amores, tudo aquilo encantou o Brasil todo”. – Gilberto Gil

    • Ouça 106 músicas de Caymmi : https://www.ouvirmusica.com.br/dorival-caymmi/.

    INDICAMOS:

    • BIOGRAFIA: O mar e o tempo. CAYMMI, Stella. São Paulo: Editora 34. 2001.

    CAYMMI e seu violão (Absolutamente genial!)

    CAYMMI visita Tom (Um dueto sensacional em Saudades da Bahia – belíssimo disco)

    CAYMMI e o mar (arranjos do imenso Léo Peracchi)

    SITE do Mestre Dorival: tem tudo!: http://www.dorivalcaymmi.com.br

    Caymmi entre dois admiradores

    Caymmi fala sobre suas composições TV Cultura Digital : https://www.youtube.com/watch?v=lJajIEuVnqA

    OBS: Vídeos, documentários, e entrevistas – material importante para conhecer a obra de Dorival Caymmi.

    IMPERDÍVEL: Artigo. de Paulo da Costa e Silva para revista Piauí – a melhor revista do Brasil: https://piaui.folha.uol.com.br/cancoes-praieiras/

    Dorival Caymmi 100 anos: https://www.youtube.com/watch?v=UodveZyNOsg. FUNDAMENTAL:-

    Caymmi – Dê lembrança a todos. Documentário sobre Dorival Caymmi (30 de abril de 1914 – 16 de agosto de 2008), filmado sob a direção dos irmãos Fábio Di Fiore e Thiago Di Fiore, 73 minutos. Participação:
    Angela Maria, Bibi Ferreira, Dori Caymmi, Danilo Caymmi, Dinahir Caymmi,  Gorgeana de Moraes, Gilberto Gil, Hermínio Bello, Jairo Severiano, Jards Macalé,  João Luiz de Albuquerque, Maria Bethânia, Maria de Moraes, Milton Nascimento  Nana Caymmi, Paloma Amado, Paulo Jobim, Ricardo Cravo Albin, Ronaldo Bastos, Sérgio Cabral, Stella Caymmi e Solange Carybé. Encontra-se na NET, em Philos tv, no menu NOW. MUITO BOMhttp://bit.ly/musicascaymmidigital.

    Dorival Caymmi no programa Contra Luz: (Beleza de Caymmi, entrevistado por Hermínio Bello de Carvalho, fala sobre sua vida, sua obra, mostra fotos, abre a famosa maleta, mostra seu misterioso conteúdo, canta, acompanhado por Luiz Eça arrasando no piano, e, só com o violão, várias jóias do seu repertório: https://www.youtube.com/watch?v=qIdUGaaMLco

    Documentário sobre Dorival Caymmi : https://www.youtube.com/watch?v=v0pDgyNV09k. Ótimo!

    Um certo Dorival Caymmi – Caymmi conta fatos relevantes de sua vida pessoal e profissional, ilustrado por números musicais, iconografia e ficção.”
    “A vida e obra do compositor baiano, da sua vinda para o Rio de Janeiro ao envolvimento com outras formas de expressão artística como o cinema e a pinturahttps://www.youtube.com/watch?v=3etVVLKf1m4

    Four men on a raft, de Orson Welles com a Suíte dos pescadores: https://www.ouvirmusica.com.br/dorival-caymmi/45589/

    Maricotinha Dorival Caymmi & Chico Buarque! : https://www.youtube.com/watch?v=i24kseCONIg

    Documentário Dorival Caymmi – Um homem de afetos, Deve entrar na NET brevemente (escrevo em 4/10) O mote do filme é a obra desse artista que transcendeu a existência terrena através do cancioneiro carregado de poesia, beleza e sensibilidade, atributos ratificados por Caetano Veloso em depoimento para este, que já é o terceiro documentário feito sobre o compositor.

    Emocionante. Dorival cantando Marina, no Heineken Concerts em 1996, ovacionado pelo público. https://www.youtube.com/watch?v=WnxqklQH88E

    Peguei um “Ita” no Norte, e vim pro Rio morar…
    O bem do mar, é o mar, é o mar, que carrega com a gente pra gente pescar.
    “São muitas, são tantas, são todas tão rosas” – Num roseiral, em Caldas da Rainha, Portugal.

    Eu guardo em mim, dois corações, um que é do mar um das paixões, um canto doce, um cheiro de temporal, eu guardo em mim um Deus, um louco um santo um bem um mal.

    Gostar de si mesmo, sem egoísmo. Apreciar as pessoas em volta. Cuidar da saúde mental e física. Gostar dos seus horários. Não ficar melancólico, mas guardar na lembrança as melhores coisas da vida. E não abrir mão de ser feliz. A busca da felicidade já justifica a existência.

    Preguiça:

    No sentido exato da preguiça necessária, sou preguiçoso. A preguiça necessária é quando você tira proveito de se dizer preguiçoso para não perder tempo com bobagem. Às vezes, você pega um camarada com uma conversa que não está interessando e você é obrigado a fazer uma cerimônia, uma cara falsa e eu não sirvo para esse modelo. Nessa hora, a preguiça é necessária. É condenada, é pecado, eu sei. Mas, reparando bem, quando você diz assim: ‘Essa é uma boa hora para não fazer nada’, é uma boa preguiça. A cabeça está funcionando e eu aprendi também – apesar de parecer que sou um falastrão- a ficar calado um certo tempo do dia, me poupando da conversa, de forma que sempre deu um aspecto daquele que não faz nada. Isso é assim: ‘O que é que Dorival faz?’ ‘Nada, é assim, fica parado ali, pega um livro, um lápis, você não ouve nem a fala dele.’ Isso é lembrança que vem desde a infância. Mamãe dizia assim: ‘Onde é que esse menino se meteu?’ E eu estava no quarto, desenhando, fazia um versinho, uma poesia. A preguiça, neste sentido, existe e é necessária. Quando você diz ‘estou com preguiça’, você mesmo se dá o direito de dizer: ‘Vou fugir daqui, sentar num canto e ninguém vai me perguntar nada’. As pessoas já pensam: ‘Não fale muito com esse aí porque é um preguiçoso’. É ótimo. Talvez, se não fosse preguiçoso, teria produzido mais. Quando cheguei à vida profissional, uma das razões que levava o sujeito a se promover era dizer quantas músicas tinha gravado. Mas quem dá crédito e sucesso é o povo. Então, me acostumei a fazer uma música, cantar para mim e gostar. Depois, pegar aquela música e cantar para o povo. Não precisa ter uma obra enorme só para servir de citação. O importante é a qualidade. Sem pretensão, sem máscara, nunca fiz questão da quantidade. Procurei sempre o espontâneo, aquilo que o povo gosta, o que é bonito de dizer. Fazer uma coisa amorosa, bonita, procurar direito as frases. O enjoativo de música é quando se vê que tem muito ‘olhar’, muito ‘você’, é a repetição. Uma certa vagabundagem faz bem. Sem essa vagabundagem não sai.

    Caymmi rezava, como parte do seu ritual, a ORAÇÃO DA MANHÃ: Senhor, no início deste dia, venho pedir-te saúde, força, paz e sabedoria. Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor, ser paciente, compreensivo, manso e prudente. Quero ver, além das aparências, teus filhos como Tu mesmo os vês, e assim não ver senão o bem em cada um. Fecha os meus ouvidos a toda a calúnia. Guarda a minha língua de toda a maldade. Que só de bênçãos se encha o meu espírito. Que eu seja tão bondoso e alegre, que todos quantos se aproximarem de mim, sintam a tua presença. Senhor, reveste-me da tua beleza, e que, no decurso deste dia, eu Te revele a todos. Amem”

    Com Ari Barroso

    Eu sou apenas um pobre amador…

    Não preciso ter influência de ninguém. De quem Tom teve influência para fazer ‘Samba de uma Nota Só’? Como é que uma obra-prima nasce de uma gozação de fim de noite com um amigo que achou engraçado? Ninguém deve fugir de ter aquilo que lhe é particular. Você faz uma canção com o passarinho, aquela mulher passeando na rua, a outra que parou. Já andei desenhando mulheres conversando na feira. Gosto disso. Ela fala, põe as mãos nas cadeiras. Sou janeleiro. As músicas saem desse contato”.

    Cinco bastantes
    Caymmi e alguns colegas de ofício.
    Eu sei que nunca estou sozinho, pois tenho alguém que está pensando em mim.
    Artista dos anos 40, por Augusto Rodrigues. Quem identificar mais de cinco ganha uma bolota assim.
    Na Baixa do Sapateiro eu encontrei um dia, a morena mais frajola da Bahia…

    Vento que dá na vela/ Vela que leva o barco/ Barco que leva a gente

    Ensaio de Maracangalha na casa de Tom Jobim – 1991: https://www.youtube.com/watch?v=fr9-2Wjy2RY

    DICA do DEGAS: Suíte dos Pescadores, CD – Dois Atos (Vol.1), do excelente tenor Jean William, no qual escolhi o repertório e fiz a direção artística. À suíte cantada no espetáculo Vinicius e Caymmi no Zum Zum (1965), acrescentei O mar, O bem do mar e É doce morrer no mar,
    Com Jean William, Marco Pereira, Jaques Morelenbaum, Mônica Salmaso, Céu, Paula Morelembaun e coro:

    https://spoti.fi/2mVtaFEhttps://open.spotify.com/album/1KW9zNLHlpOqXdxHZgLVGe
    http://bit.ly/2nxhVUghttps://www.deezer.com/us/artist/1241270


    http://bit.ly/2mYfn0Whttps://play.google.com/store/music/album/Jean_William_Dois_Atos_Vol_1?id=Btv5muo3nvzwkloiix3yawyyj4u

    http://bit.ly/2mQUGnLhttps://br.napster.com/artist/jean-william/album/dois-atos-volume-1

    Não deixe de visitar o acervo Caymmi (Tudo sobre mestre Dorival) : http://portal.jobim.org/pt/acervos-digitais/dorival-caymmi

    O Acervo de Dorival Caymmi encontra-se disponibilizado no INSTITUTO ANTONIO CARLOS JOBIM, em ótima companhia!

    Pobre de quem acredita na glória e no dinheiro para ser feliz.

    SONGBOOKS e PARTITURAS:

    • CHEDIAK, Almir. Dorival Caymmi 2 – Songbook – Petrópolis: Lumiar Editora. 1994.

    • CHEDIAK, Almir. Dorival Caymmi 1 – Songbook – Petrópolis: Lumiar Editora. 1994.  

    O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) é uma organização sem fins lucrativos sediada em Niterói – RJ que é voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira. Sua missão consiste em documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é um dos maiores arquivos online de informações, sons e imagens da discografia brasileira, disponível na internet para consultas gratuita. Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país. Isto equivale a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente. https://immub.org/p/o-instituto.

    BIBLIOGRAFIA:

    OBS: Grande parte desse material não se encontra mais à venda. Mas, os sebos e a NET estão aí para nos salvar.

    CAYMMI, Stella. O que é que a Baiana Tem? – Dorival Caymmi na era do Rádio. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2013.

    RISÉRIO, Antonio. Caymmi:Uma Utopia de Lugar.Bahia: Editora Perspectiva.

    DOMINGUES, André. Caymmi sem folclore.São Paulo: Barcarolla. 2009.

    SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

    SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 2. 1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.

    MARIZ, VASCO.A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

    PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

    TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular. São Paulo: Art. 1991.

    LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira.Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda, 2000.

    REIS, Aquiles Rique. O gogó de Aquiles. São Paulo. A Girafa Editora. 2004.

    MIELE, Luiz Carlos. Poeira de Estrelas. Ediouro. Rio de Janeiro. 2004.

    ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1965.

    MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

    BELTRÃO JR, Synval. A musa mulher na canção brasileira. São Paulo: Estação Liberdade. 1993.

    VIANNA, Hermano. O mistério do samba. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1995.

    SOUZA, Tarik de. ANDREATO, Elifas. Rostos e Gostos da Música Popular Brasileira. Porto Alegre: L&PM Editores. 1979.

    BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

    BRITTO, Iêda Marques. Samba na Cidade de São Paulo (1900 – 1930). São Paulo: FFLCH/USP.1981.

    Caldeira, Jorge. Noel Rosa. De Costas para o Mar. São Paulo: Editora Brasiliense. 1982.

    AZEVEDO, Ricardo. Abençoado & Danado Samba – Um estudo sobre o discurso popular.São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 2013.

    MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

    “Quando o tema se apresenta, a ponto de ser uma canção, inesperadamente a canção aparece, sai. Eu só faço nessa condição, por isso sou considerado preguiçoso. Eu não faço crianças a não ser espontaneamente, eu não tenho fábrica de canções”.

    Quem vem pra beira do mar…
    Andei, por andar andei, e todo caminho deu no mar.
    E assim adormece esse homem que nunca precisa dormir pra sonhar…
    “Caymmi é um anjo” – Radamés Gnatalli.

    Amanhã, para mim, deve começar amanhã mesmo.”

    Palhaçada

    terça-feira, julho 4th, 2023

    Pichu Borrelli e Edgard Poças

    a Lamartine Babo ( 1904 – 1963)

    Lamartine por Nássara


    Tem palhaçada aqui
    tem palhaçada acolá
    tem palhaçada além
    tem além dali
    tem além de lá
     
    Tem, tem palhaçada
    espalhada pelo ar
    nada melhor para se divertir
    rir sorrir e gargalhar
     
    Mas tem palhaçada
    que não tá com nada não
    e faz chorar em vez de rir
    não vem lá do coração

    Palhaçada por Edgard Gianullo.

    É verdade! Tem palhaçada, de montão!

    BIOGRAFIA INDICADA: VALENÇA, Soares Suetônio. Tra-lá-lá. Rio de Janeiro: Funarte. 1981.

    OUÇA:

    CANÇÃO PARA INGLÊS VER – com o Lala (IMPERDÍVEL): https://www.letras.mus.br/lamartine-babo/374937/

    86 COMPOSIÇÕES DO LALÁ – (inclusive os Hinos dos clubes do R.J). : https://www.ouvirmusica.com.br/lamartine-babo/

    PAREI CONTIGO(Lamartine Babo) – Show de bossa! Com Lalá e Mário Reis, gravado em 1934, acompanhados pelos Diabos do Céu, num arranjo de São Pixinguinha: https://www.youtube.com/watch?v=aw-KHB8w3fI

    Nada melhor para se divertir!
    Rir sorrir e gargalhar!

    OBRAS PRIMAS:

    Rancho Fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo)Gravação original: Elisa Coelho 1931 – https://www.youtube.com/watch?v=2jHbR4ima2o

    Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo) com Chitãozinho e Xororó: https://www.youtube.com/watch?v=5-Rk9lTAHI8

    Em RANCHO FUNDO, no menu ALMANAQUE QUALQUER NOTA : você acompanha a tragicômica história dessa música, e ouve diversas gravações, cada um com seu cada um.

    Serra da Boa Esperança, esperança que encerra…

    Serra da Boa Esperança (Lamartine Babo) com Chico Alves https://www.youtube.com/watch?v=JF0yS9_lH-M&list=RDJF0yS9_lH-M&start_radio=1

    Serra da Boa Esperança (Lamartine Babo) com Gal Costa – https://www.youtube.com/watch?v=X-hWmnbU_1c

    No post SERRA DA BOA ESPERANÇA, no menu QUALQUER NOTA, vai saber a triste e feliz história dessa composição, e ouvir diferentes gravações dessa obra prima.

    “Nós, os poetas, erramos, porque rimamos,
    também, os nossos olhos nos olhos, de alguém que não vem”

    Cantores do rádio (Braguinha, Lamartine Babo e Alberto Ribeiro) – Elis Regina, Rita Lee, Maria Bethania, Gal Costa, Fafá de Belém, Marina, Joyce, Zezé Motta, Joana, Quarteto em Cy: https://www.youtube.com/watch?v=prPXz-_L5og

    Volte ao menu QUALQUER NOTA, (outra vez!) e, em CANTORES DO RÁDIO, tem a história dessa composição. Assista Carmen e Aurora Miranda interpretando – maravilha! – a marchinha, enorme sucesso gravado em 1936, no filme “Alô, Alô, Carnaval“. E, Chico Buarque, Maria Bethânia e Nara Leão em 1972, na trilha do filme “Quando o Carnaval Chegar“.

    Joujoux et Balangandas (Lamartine Babo) com Mário Reis. https://www.youtube.com/watch?v=f0QsM2aCOcs

    Joujoux et Balangandãs (Lamartine Babo) com João Gilberto e Rita Lee: https://www.youtube.com/watch?v=xXex1Iims_s

    Rita Lee conta a história do seu lindo dueto com João Gilberto – https://www.youtube.com/watch?v=OvIGeNw0dtA

    Cada um do seu jeito:

    • Eu sonhei que tu estavas tão linda (Lamartine Babo e Francisco Matoso) com Erasmo Carlos: https://www.youtube.com/watch?v=CQzKaE7g1uY

    • Eu sonhei que tu estavas tão linda (Lamartine Babo e Francisco Matoso) com Gal Costa e Francis Hime no piano : https://www.youtube.com/watch?v=OtSQPqFZGzs

    • Eu sonhei que tu estavas tão linda com Carlos Galhardo: https://www.youtube.com/watch?v=5hHoRXzd8PI

    • Eu sonhei que tu estavas tão linda (Lamartine Babo e Francisco Matoso) com João Gilberto: https://www.youtube.com/watch?v=QQgi3dVyQLk

    • Eu sonhei que tu estavas tão linda (Lamartine Babo e Francisco Matoso) com Altemar Dutra; https://www.youtube.com/watch?v=J_F2X_8jB5E

    Lalá por Mendez

    Uma ocasião, em Lisboa, 1969, estava eu em companhia de Vinicius de Moraes, tocando um violãozinho, numa reunião, e o poeta sugeriu que cantássemos “Os Rouxinóis”, de Lamartine Babo, marcha de rancho composta para o Carnaval de 1958. Entre os presentes, o poeta português Alexandre o’Neill, que gostou imenso, mas, desconfiou que estávamos de brincadeira, pois aquilo mais lhe parecia música erudita (!). A letra, presumia ele, seria de Olegário Mariano, o poeta das cigarras! “Sem sonhos os rouxinóis se vêem a sós tristonhos/ E se consolam com as sutis cigarras/ Cigarras sutis cada qual mais feliz/ Pois cantam, cantam, cantam, depois se desencantam /Cantar até morrer é o seu infinito prazer”. Grande Lalá!

    BIOGRAFIA de LAMARTINE BABO, ÍCONE DO CARNAVAL CARIOCA. Imperdível! https://www.youtube.com/watch?v=H_ropHOXz3E

    AQUI, AS MÚSICAS DE CARNAVAL DO LALÁ – https://immub.org/album/carnaval-de-lamartine-babo

    Quem foi que inventou o Brasil, foi seu Cabral, foi seu Cabral…

    Os Rouxinóis – com Araci Cortes, em”Rosa de Ouro”, um dos discos mais lindos da música popular brasileira : https://www.youtube.com/watch?v=HUYTTAKVWHE:

    … os rouxinóis foram buscar amor perfeito, e no canteiro já desfeito da amizade, só encontraram saudade.

    Uma andorinha não faz verão

    A…E… I… O… U… parceria com Noël Rosa, Lalá canta:

    Hinos dos Clubes Cariocas. Depoimentos de artistas torcedores:

    Na gravata o distintivo do América, seu time de coração.

    Capítulo 1 (Globo Esporte): http://www.youtube.com/watch?v=ycpncLTxoIUwww.youtube.com/watch?v=ycpncLTxoIU

    • Capítulo 2 (Globo Esporte): http://www.youtube.com/watch?v=NrlN1dm9tMI

    e o balão ia subindo para o azul da imensidão….

    Chegou a Hora da Fogueira (Lamartine Babo) – Carmen Miranda e Mario Reis: https://www.youtube.com/watch?v=qWAfrZCvgaU

    Isso é lá com Santo Antonio (Lamartine Babo) – Carmen Miranda e Mario Reis: : https://www.youtube.com/watch?v=F816ZxDZY78

    Isso é lá com Santo Antonio e Chegou a hora da fogueira: com Alfredo Del-Penho, Pedro Miranda e Pedro Paulo Malta: http://cadaumcomseucadaum.com.br/wp-admin/post.php?post=389&action=edit

    LAMARTINE BABO, O REI DO CARNAVAL por ELIETE NEGREIROS Excelente artigo/resumo e com o Carnaval do Lalá! –  https://piaui.folha.uol.com.br/lamartine-babo-o-rei-do-carnaval/

    SONGBOOKS & PARTITURAS:

    www.superpartituras.com.br/lamartine-babo

    O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) é uma organização sem fins lucrativos sediada em Niterói – RJ que é voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira. Sua missão consiste em documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é um dos maiores arquivos online de informações, sons e imagens da discografia brasileira, disponível na internet para consultas gratuitas. Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país. Isto equivale a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente.

    https://immub.org/p/o-instituto.

     BIBLIOGRAFIA:

    OBS: Grande parte desse material não se encontra mais nas livrarias. Mas, contando com a sorte, pode ser encontrado nos sebos e/ou espalhados pela NET.

    VALENÇA, Soares Suetônio. Tra-lá-lá. Rio de Janeiro: Funarte. 1981.

    VIVACQUA, Renato. Música Popular Brasileira. Cantos e Encantos. São Paulo. João Scortezi Editora. 1992.

    ALENCAR, Edigar de. Claridade e Sombra na Música do Povo. Rio de Janeiro. Livraria Francisco Alves Editora. 1984.

    LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira.Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda, 2000.

    SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de  músicas  brasileiras. Vol 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

    MARIZ, VASCO.A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

    PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

    TINHORÃO, José Ramos.  Música popular, teatro e cinema. Petrópolis: Vozes, 1972.

    TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular, São Paulo: Art  1991.

    ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo:  Livraria Martins Editora. 1965.

    DIDIER, Carlos. Nássara – passado a limpo. Rio de Janeiro: Editora José Olympio. 2010.

    SANTA CRUZ, Maria Aúrea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

    EPAMINONDAS, Antônio. Brasil Brasileirinho. Rio de Janeiro: Editora Catedra. 1982.

    MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

    BELTRÃO JR, Synval. A musa mulher na canção brasileira. São Paulo: Estação Liberdade. 1993.

    CALDAS, Waldenyr. Iniciação à Música Popular Brasileira. São Paulo:  Editora Atica. 1989.

    CABRAL, Sergio. A MPB na era do rádio. Rio de Janeiro: Editora Moderna. 1996.

    CABRAL, Sérgio. Escolas de Samba do Rio de Janeiro.Rio de Janeiro: Lazuli Editora. 2011.

    BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

    TINHORÃO, José Ramos. Teatro & Cinema. Petrópolis: Editora Vozes. 1972.

    EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume1. Rio de Janeiro: Funarte. 1978.

    EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume 2. Rio de Janeiro: Funarte. 1980.

    COLEÇÃO HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA, em duas versões – a primeira (1970/72) e a terceira (1982/84). Produzida e lançada pela Abril Cultural, um ramo da Editora Abril, composta por fascículos contendo parte editorial, com textos críticos e biográficos, e fonográfica, com disco de canções do focalizado, com os intérpretes mais expressivos, e muitas vezes com gravações feitas especialmente para a Coleção.  Aqui, uma análise dos dados coletados nos fascículos da Coleção História da Música Popular Brasileira e a demonstração de sua confluência com a indústria fonográfica, por Vanessa Pironato Milani: http://www.congressohistoriajatai.org/anais2014/Link%20(264).pdf

    MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

    OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA – Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.

    IMMUB – https://immub.org/compositor/lamartine-babo

    DICIONÁRIO CRAVO ALBIN da MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – http://dicionariompb.com.br/lamartine-babo

    ” Em sonhos, os rouxinóis se vêem assaz tristonhos, e se consolam com as sutis cigarras, cigarras sutis, cada qual mais feliz; pois, cantam, cantam, cantam, depois se desencantam: cantar até morrer é o seu infinito prazer” – Lamartine Babo (Os rouxinóis)

    Tem criança no samba

    terça-feira, julho 4th, 2023

    Pichu Borrelli e Edgard Poças

    à Noel Rosa, Ismael Silva e Wilson Batista

    Tem criança no samba por Diogo Poças

    Tem criança no samba

    Quem diz que criança não sabe sambar

    não sabe de nada de samba

    deixa falar

    o samba é criança do Estácio de Sá

    herança que vem da Bahia, iá iá

    O samba é cadência espalhada no ar

    é dança da gente do nosso país

    quem diz que criança não sabe sambar

    eu nunca ouvi um palpite tão infeliz

    Quem diz que criança não sabe sambar

    não sabe a história do samba

    deixa falar

    o samba é criança do Estácio de Sá

    herança que vem da Bahia, iá iá

    O samba é cadência espalhada no ar

    é dança da gente do nosso país

    quem diz que criança não sabe sambar

    eu nunca ouvi um palpite tão infeliz

    Dança criança

    o samba no pé

    tem criança no samba, tem

    tem criança na roda

    quem diz que criança não sabe sambar

    é palpite infeliz ou não é?

    Vai pra escola

    e deixa falar.

    Quem diz que criança não sabe sambar

    não sabe não serve pro samba

    deixa falar

    o samba é criança do Estácio de Sá

    herança que vem da Bahia, iá iá

    O samba levanta poeira do chão

    é porta bandeira do nosso país

    criança balança  no samba

    criança tem ginga de bamba

    quem é você quem não sabe nem o que diz

    Noel Rosa Ismael Silva Wilson Batista

    Ismael Silva

    Noel: “Nasci no Estácio o samba é a corda eu sou a caçamba O samba na realidade não vem do morro e nem lá da cidade – e quem suportar uma paixão sentirá que o samba então nasce do coração”. Feitio de Oração.

    Wilson: Você vem de um palacete, eu nasci num barracão, sapo namorando a lua, numa noite de verão”. Preconceito.

    Ismael: “… ele é aquele que na escola de samba toca, pandeiro, surdo e tamborim. Faça por ele, como se fosse por mim”. Antonico.

    Ismael Silva fala sobre o samba:

    https://www.youtube.com/watch?v=8_KKiSPzz9Y&list=FLug0n2ZsZSjsOI67EdglW0A

    Ismael recebeu a medalha da Ordem do Jogral, oferecida por Luís Carlos Paraná, dono desse bar que marcou época em São Paulo, dos anos 60 e 70. Fui levá-lo, e, no caminho o fundador da “Deixa Falar”, primeira escola de samba me mostrou um cartão que tirou duma carteira guardada no bolso interno do paletó, junto ao peito. Na frente:

    Noël Rosa – Compositor

    Rua Teodoro da Silva, 392 – Vila Isabel

    No verso: Ismael, aparece em casa; quero te mostrar umas coisas. Abraço. Noël.

    Bando de Tangarás: sensacional!

    http://www.youtube.com/watchv=eZHh_rSIFXA&feature=youtu.be

    TEM CRIANÇA NO SAMBA

    Texto: Carlos Heitor Cony

    Meu objetivo além de prestar uma homenagem a Noel Rosa, é mostrar a atualidade da sua poesia.Arrisco-me a dizer que, mesmo para as pessoas com menos de 40 anos, que em quase sua totalidade não conhecem Noel Rosa, um momento de observação cuidadosa sobre o que ele disse e cantou não passaria incólume: é impossível não impressionar ou se emocionar com algumas partes de sua obra, mesmo que não se goste dela no sentido mais estrito.

    Análise de 21 canções de Noël Rosa: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-20032013-094031/publico/2011_SandraReginaMarcelinoPinto_VCorr.pdf

    A análise das letras das músicas de Noel Rosa foi feita consultando o extraordinário trabalho de Omar Abu Chahia Jubran, reproduzido em uma coleção de 14 CD’ sobre o “Poeta da Vila”, lançado em 2000 pela Universal. Muitos fatos e dados estão baseados no excelente livro de João Máximo e Carlos Didier (Noel Rosa, uma biografia mais acurada e detalhada de Noel bem como no famoso livro de Almirante (“Nos tempos de Noel Rosa”, 2a. ed, 1977, Francisco Alves).

    Tido por muitos como o “filósofo do samba”, vejo Noel mais como um extraordinário cronista do nosso cotidiano, com uma criatividade e uma sagacidade – e por não se dizer beleza – inigualáveis. A maioria das letras de Noel tem ao menos uma palavra magistralmente escolhida, uma expressão fascinante, uma combinação maravilhosa de termos que dizem, por meio de uma dezena de sílabas, algo que outros só conseguiriam expressar com muitos versos.

    Por volta do fim dá década de 60, Jornalista Sérgio Cabral, pai do ex-prefeito do Rio de Janeiro, estava presente em um debate entre os dois sambistas. Donga (Rio de Janeiro, nascido em 5 de abril de 1890 e falecido em 25 de agosto de 1974)  pertencente ao primeiro estilo de Samba e o criador do que seria o primeiro do Brasil o “Pelo Telefone” composto na casa da Tia Ciata, uma negra Baiana que se mudou para o Rio e era anfitriã de pessoas influentes, tendo muita importância na história do samba e candomblé no País e Ismael Silva, um dos fundadores do segundo estilo.
    Ao serem indagados sobre o que era samba, começou a confusão! Donga respondeu que samba sempre foi: 
    “O Chefe da polícia pelo telefone mandou me avisar, que na carioca tem uma roleta para se jogar….”
    Citando o começo do seu samba “Pelo Telefone”, Ismael Silva na mesma hora retrucou “ISSO É MAXIXE!”
    Quando Ismael foi indagado por Donga com a mesma pergunta sobre o que era Samba, Este prontamente respondeu:
    ” Se você jurar que me tem amor eu posso me regenerar. Mas se é para fingir mulher, a orgia assim não vou deixar…”
    Citando o samba de sua composição.
    No mesmo momento Donga interrompeu afirmando “ISSO É MARCHA!!!”

    O que é, e qual a origem do Samba
    Vamos tentar entender e tirar nossas próprias conclusões, conhecendo um pouco dos gêneros musicais citados pelos dois compositores da época.
     
    O que é Maxixe?
    O Maxixe é um estilo de musica brasileira criada pelos negros no Rio de Janeiro e que esteve em alta no fim do século XIX, ficou também conhecida como Tango Brasileiro, por conta das influências de ritmo exercidas pelos Tangos Argentinos, que também surgiram na mesma década.
    O que é Marcha?
    Como a própria palavra já diz, é um estilo musical feito para marchar, geralmente é escrito em compassos. Começou sendo usada nas marchas militares, também foi criada a marcha fúnebre e depois nasceram as marchas de carnaval, usadas nos blocos de rua e posteriormente nas escolas de samba. Da marcha foi desenvolvido depois os sambas enredo.
    Samba então é….
    Finalizando, do Maxixe a Marcha, samba é samba e tá na alma e no sangue do brasileiro, e como tudo no Brasil, ao meu entender é um miscigenação de ritmos, com influência africana, argentina e de vários outros cantos. Enfim samba é a cara do Brasil, tudo junto e misturado.

    O Carnaval

    por Noël Rosa


    O carnaval 
    nada mais é 
    do que uma amostra, 
    na Terra, 
    de como será
    o inferno no céu.

    O Brasil. Por Noël Rosa

    Comparo o meu Brasil
    A uma criança perdulária
    Que anda sem vintém
    Mas tem a mãe que é milionária.

    Carta para Lindaura

    Carta ao médico

    André Diniz no seu livro1

    Acerta no x do problema:

    Um sambista de mão cheia.… que construiu a sua musicalidade reunindo referências diversas.… Um mediador cultural que, nas trocas de linguagem e na experiência de mundo com os compositores de formação mais humilde, dos morros e do subúrbio, deu o caminho definitivo de um samba que não é negro nem branco, mas mestiço; um samba que não nasceu no morro nem no asfalto, mas com a obra do indivíduo que soube aproveitar a influência dos rítmos europeus, africanos e americanos na formação de suas composições, mediando mundos culturais distintos, ultrapassando fronteiras delimitadas pela origem social, expressando a música de uma cidade.

    O samba na realidade

    Não vem do morro

    Nem lá da cidade

    E quem suportar uma paixão

    Sentirá que o samba então

    Nasce do coração.

    Publicado pela Casa da Palavra e inclui um belo CD com sucessos do nosso Noël.

    Quem Dá Mais

    Araci de Almeida e Ismael Silva no túmulo de Noel Rosa

    CLIQUE PRA OUVIR:

    https://www.ouvirmusica.com.br/noel-rosa-musicas/

    Foto do Noel com dedicatória para Aracy de Almeida
    Noel Rosa e Braguinha, fazendo um som.
    Noel pensativo
    Noel Rosa e Wilson Batista

    Ismael em São Paulo, por Edgard Poçashttp://www.edgardpocas.com.br/category/qualquer-nota/ismael-silva-que-eu-conheci/

    Referências bibliográficas.

    https://mobile.mis.rj.gov.br/perolas/carta-escrita-por-ary-barroso/

    Tentar Baixar do Youtube o somente o endereço e também a serie do Braguinha sobre ele.

    Assista ao excelente documentário: Noël Rosa – Meu luto é saudade:

    Documentário

    http://www.youtube.com/watch?v=wGo_Ns_Ec1c

    www.youtube.com/watch?v=wGo_Ns_Ec1chttps://www.youtube.com/watch?v=wGo_Ns_Ec1c

    http://www.youtube.com/watch?v=-50LXGbZC2ow

    Ary Barroso, em carta para Almirante, radialista, cantor e pesquisador da música brasileira:

    https://mobile.mis.rj.gov.br/perolas/carta-escrita-por-ary-barroso/

    ENTREVISTA de Noel Rosa para o jornal ??????:

    “O samba evoluiu. A rudimentar voz do morro transformou-se, aos poucos, numa autêntica expressão artística… A poesia espontânea do nosso povo levou a melhor na luta contra o feitiço do academismo a que os intelectuais do Brasil viveram muitos anos ingloriamente escravizados. Poetas autênticos, anquilosados no manejo do soneto, depauperados pela torturante lapidação de decassílabos e alexandrinos sonoros, sentiram em tempo a verdade. E o samba tomou conta de alguns deles(…) O gosto público foi-se aprimorando. Outros poetas vieram dizer, em linguagem limpa e bonita, coisas maravilhosas (…)É preciso, porém, acentuar que esses poetas tiveram, também que se modificar, abandonando uma porção de preconceitos literários. Influíram sobre o público, mas foram, também, por ele influenciados. Da ação recíproca dessas duas tendências, resultou a elevação do samba, como expressão de arte, e resultou na humanização de poetas condenados a estacionar pelo sortilégio do academismo”.

    BIOGRAFIA INDICADA: MAXIMO, João e DIDIER, Carlos, Noel Rosa – uma biografia. Brasília: UNB, 1990.

    PARA PESQUISA deTODOS COMPOSITORES da MPB:

    IMMUB – https://immub.org/compositor/lamartine-babo

    ALMIRANTE. No tempo de Noel Rosa. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora. 1977.

    MÁXIMO, João, DIDIER, Carlos. Noel Rosa, uma biografia.Brasília: Editora Universidade de Brasília. 1990.

    DINIZ, André. Noel Rosa, o poeta do samba e da cidade. Rio de Janeiro: Casa d.a Palavra. 2010.

    CALDEIRA, Jorge. Noel Rosa – De costas para o mar. São Paulo: Brasiliense Editora. 1982. 

    SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad Editora. 1998.

    FROTA, Wander Nunes. Auxílio Luxuoso. Samba símbolo nacional, geração Noel Rosa e indústria cultural. São Paulo: Anna Blume. 2003.

    ALVITO, Marcos. Histórias do Samba: de João da Baiana a Zeca Pagodinho. Rio de Janeiro: Matrix. 2013.

    CARVALHO, Hermínio Bello de. Araca – Arquiduquesa do Encantado. Um perfil de Aracy de Almeida. Rio de Janeiro: Edições Folha Seca. 2004.

    MARIZ, Vasco.Vida Musical. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1997.

    VIVACQUA, Renato. Música Popular Brasileira. Cantos e Encantos. São Paulo: João Scortezi Editora. 1992.

    ALENCAR, Edigar de. Claridade e Sombra na Música do Povo. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora. 1984.

    AUGUSTO, Alexandre.  Moreira da Silva. O último dos malandros. Rio de Janeiro: Editora Record. 1996. 

    DINIZ, André. Almanaque do Samba. A história do samba. O que ouvir. O que ler, onde curtir. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2006.

    GIRON, Luís Antônio.  Mário Reis. O Fino do Samba. São Paulo: Editora 34. 2001.

    CABRAL, Sergio. As Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Lumiar Editora. 1996.

    LOPES, Nei. O Negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical. Partido-Alto, Calango, Chula e outras cantorias. Rio de Janeiro: Pallas Editora. 1992.

    JUNIOR, GONÇALO. Pra que mentirVadico, Noel Rosa e o Samba.São Paulo: Editora Noir. 2017.

    COSTA, Haroldo.100 Anos de Carnaval no Rio de Janeiro. São Paulo:  Irmãos Vitale. 2000.

    CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. São Paulo: Editora Itatiaia Ltda. 1984.

    ANDRADE, Mário. Dicionário Musical Brasileiro. São Paulo: Editora Itatiaia Ltda. 1989.

    SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

    SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 2. 1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.

    MARIZ, VASCO.A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

    PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

    SANDRONI, Carlos. Feitiço Decente: Transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933).  Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor/ Editora UFRJ. 2001.

    CABRAL, Sérgio. Escolas de Samba do Rio de Janeiro.Rio de Janeiro: Lazuli Editora. 2011.

    ALENCAR, Edigar de. O carnaval carioca através da música, 2 vols. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1965.

    ANDRADE, Mário de. Aspectos sobre a música brasileira. São Paulo: Martins Editora, 1975.

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    VASCONCELOS, EDUARDO ALCÂNTARA. Noel Rosa : Para Ler e Ouvir .São Paulo: Annablume: Bracarola, 2004.

    MATOS, Claudia. Acertei no milhar: samba e malandragem no tempo de Getúlio. Rio de Janeiro:  Paz e Terra, 1982.

    MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Funarte, 1983.

    LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira.Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda, 2000.

    TINHORÃO, José Ramos.  Música popular, teatro e cinema. Petrópolis: Vozes, 1972.

    TINHORÃO, José Ramos. Os sons do negro no Brasil. São Paulo: Art, 1988.

    TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular. São Paulo: Art , 1991.

    VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira, Rio de Janeiro:  Martins Editora, 1977.

    VALENÇA, Suetônio e VALENÇA, Raquel. Serra, serrinha, serrano: o império do samba, Rio de Janeiro: José Olympio, 1981.

    ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1965.

    ARAUJO, Ari e HERD, Erika Franziska. Expressões da Cultura Popular: as escolas de samba do Rio de Janeiro e o Amigo da Madrugada. Rio de Janeiro: Editora Vozes. 1978.

    MUNIZ JR, J. Sambistas Imortais. Dados biográficos de 50 figuras do mundo do samba. Volume I (1950 – 1914). São Paulo: Editora Símbolo. 1976.

    GOMES, Bruno Ferreira. Wilson Batista e sua época.  Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

    LOPES, Nei. Sambeabá – o samba que não se aprende na escola. Rio de Janeiro: Edições Folhas Secas. 2003.

    LUSTOSA, Isabel. Nássara. O Perfeito fazedor de artes. Rio de Janeiro:  Relume Dumara.1999.

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    LEITÃO, Luiz Ricardo.Noel Rosa: Poeta da Vila, Cronista do Brasil. São Paulo: Expressão Popular. 2009.

    CALDEIRA, Jorge.A Construção do Samba. São Paulo: Mameluco. 2007.

    DOMENICO, Guca. O Jovem Noel Rosa. São Paulo: Editora Nova Alexandria. 2003.

    SANTA CRUZ, Maria Aurea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

    BORGES, Beatriz. Samba-Canção. Fratura & Paixão. Rio de Janeiro: Editora Codecri. 1982.

    EPAMINONDAS, Antônio. Brasil Brasileirinho. Rio de Janeiro: Editora Catedra. 1982.

    CARVALHO, Hermínio Bello de. Sessão Passatempo. Rio de Janeiro: Relume – Dumará.1995.

    MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

    PINTO, Mayra.Noel Rosa: O Humor na Canção. São Paulo: Ateliê Editorial.

    SOARES, Maria Thereza Mello. São Ismael do Estácio: o sambista que foi rei.Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

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    BELTRÃO JR, Synval. A musa mulher na canção brasileira. São Paulo: Estação Liberdade. 1993.

    CALDAS, Waldenyr. Iniciação à Música Popular Brasileira. São Paulo:  Editora Atica.1989.

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    VIANNA, Hermano. O mistério do samba. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1995.

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    SOUZA, Tarik de., VASCONCELOS, Ary – MOURA, Roberto M. MAXIMO, João, MUGGIATI, Roberto, MANSUR, Luiz Carlos. SANTOS, Turíbio. SANT’ANNA, Afonso R. – CAURIO, Rita.

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    ALVITO, Marcos. Histórias do Samba. De João da Baiana a Zeca Pagodinho. Rio de Janeiro: Matrix. 2013.

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    LIRA NETO. A história do Samba :vol.1 – as origens.  São Paulo: Companhia das Letras. 2017.

    SOUZA, Tarik de. ANDREATO, Elifas. Rostos e Gostos da Música Popular Brasileira. Porto Alegre: L&PM Editores. 1979.

    BARBOSA DA SILVA, Marília. OLIVEIRA FILHO, Arthur. L. de. Cartola: Os tempos idos.Rio de Janeiro: Funarte. 1983.

    PIMENTEL, Luís. VIEIRA, Luís Fernando.Wilson Batista. Na corda bamba do samba. Rio de janeiro: Relume – Dumará.1996.

    CABRAL, Sergio. ABC do Sergio Cabral. Um desfile dos craques da MPB.Rio de Janeiro: Codeci. 1979.

    MUSSA, Alberto. SIMAS, Luiz Antônio. Samba de enredo, história e arte. Rio de Janeiro: Editora Afiliada. 2010. 

    RANGEL, Lúcio. Samba, Jazz e outras notas. Rio de Janeiro: Agir Editora. 2007.

    BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

    TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: da modinha ao Tropicalismo. São Paulo: Art Editora. 1986.

    TINHORÃO, José Ramos. Música e Cultura Popular. Vários escritos sobre um tema em comum. São Paulo: Editora 34. 2017.

    TINHORÃO, José Ramos. História social da Música Popular Brasileira. Lisboa: Editoral Caminho. 1990.

    EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume1. Rio de Janeiro: Funarte. 1978.

    EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume 2. Rio de Janeiro: Funarte. 1980.

    SOUZA, Tárik de, Márcia Sesimbra, Tessy Calado. Tons sobre Tom.Rio de Janeiro: Revan: 1995.

    CABRAL, Sérgio. Antonio Carlos Jobim. Uma Biografia. Rio de Janeiro: Lumiar Editora: 1997.

    SÁNCHEZ, José Luis. Tom Jobim. A simplicidade do génio.Rio de Janeiro: Record: 1998.

    NAVES, Santuza Cambraia. Canção popular no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2010.

    HOMEM, Wagner, OLIVEIRA, Luiz Roberto. Histórias de Canções – Tom Jobim.

    São Paulo:  Leya. 2012.

    JOBIM, Helena. Antonio Carlos Jobim. Um Homem Iluminado. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1996.

    GENTE DE SUCESSO.A vida de Tom Jobim.Rio de Janeiro: Editora Rio. 

    RISÉRIO, Antonio. Caymmi: Uma Utopia de Lugar. Bahia: Editora Perspectiva.

    DOMINGUES, André. Caymmi sem folclore.São Paulo: Barcarolla. 2009.

    ENCONTROS/TOM JOBIM. Tom Jobim. Organização e apresentação Frederico Coelho e Daniel Caetano.Rio de Janeiro: Azougue Editorial. 2011.

    PAZ, Ermelinda, A. Jacob do Bandolim. Rio de Janeiro: Funarte. 1997.

    CASTRO, Ruy. Chega de Saudade.A História e as Histórias da Bossa Nova.

    São Paulo: Companhia das Letras. 1990.

    CABRAL, Sérgio.  Pixinguinha. Vida e Obra.Rio de Janeiro: Lumiar Editora. 1997.

    VALENÇA, Soares Suetônio. Tra-lá-lá.Rio de Janeiro: Funarte. 1981.

    NAPOLITANO, Marcos.  A Síncope das Idéias.São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo. 2007.

    MOURA, M. ROBERTO.  No Princípio era a Roda. Um estudo sobre o samba, partido-alto e outros pagodes.Rio de Janeiro: Rocco. 2004.

    MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

    OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.

    DICIONÁRIO CRAVO ALBIN da MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – http://dicionariompb.com.br/lamartine-babo

    SONGBOOKS:

    CHEDIAK, Almir. Noel Rosa 1 – Songbook – Petrópolis: Lumiar Editora. n/d.  

    CHEDIAK, Almir. Noel Rosa 2 – Songbook – Petrópolis: Lumiar Editora. n/d

    CHEDIAK, Almir. Noel Rosa 3 – Songbook – Petrópolis: Lumiar Editora. n/d

    ALZUGUIR, Rodrigo. Wilson Baptista – Cancioneiro Comentado. Perfil Biográfico. Partituras Cifradas. São Paulo: Irmãos Vitale. 2013.

    Assista o Filme “Noël Rosa, o poeta da Vila”

    hthttp://www.youtube.com/watch?v=aw-KHB8w3fI8w3fI

    Batuque é um privilégio
    ninguem aprende samba no colégio
    Noël Rosa
     
    A vila não quer abafar ninguém
    só quer mostrar que faz samba também.
    Noël Rosa
     
    Fazer poema lá na vila (Isabel) é um brinquedo
    ao som do samba dança até o arvoredo.
    Noël Rosa
     
    Fazer samba não é contar piada
    quem faz samba assim não é de nada
    o bom samba é uma forma de oração
    Baden Powell – Vinicius de Moraes
     
    Porque o samba nasceu lá na Bahia
    e se hoje ele é branco na poesia
    ele é negro demais no coração
    Baden Powell – Vinicius de Moraes
     
    Samba triste, a gente faz assim
    eu aqui, você longe de mim.
    Billy Blanco – Baden Powell 
     
    Então não vamos mais brigar
    saudade fez um samba em seu lugar
    Carlos Lyra – Ronaldo Bôscoli
     
    O samba trazendo a alvorada
    meu coração 
    Paulinho da viola
     
    Falsa baiana?
     
    Ô Brasil, samba que dá
    bamboleio que faz gingar
    ô Brasil do meu amor
    terra de nosso senhor
    Ary Barroso
     
    Samba morena 
    e me desacata
    Ary Barroso
     
    Frase de Desde que o samba é samba, e Agoniza mas não morre
     
    Ai, que samba bom
    ai que coisa louca!
    Geraldo Pereira
     
    Nasci no Estácio
    e fui diplomado na roda de bamba
    Noël Rosa
     
    Êle é aquele que vive na corda 
    êle é aquele que na escola de samba
    toca cuíca, tocas surdo e tamborim
    faça por ele como se fosse por mim
     
    Ismael Silva
     
    …? Eu só ponho bebop no meu samba
    ? é Jackson mesmo?
    quando o tio Sam…
     
    O pato vinha cantando alegremente, quem-quem
    quando o marreco sorridente pediu
    para entrar também no samba
    Jaime Silva – Neusa Teixeira?
     
    Samba lelê tá doente… D.P.?
     
    Eu nasci com o samba
    no samba eu me criei
    e do danado do samba
    nunca me separei
    Dorival Caymmi
     
    Quem samba não nega que o samba carrega esse dom de curar
    Devotos do Samba, Leandro Sapucahy
     
    O samba é o pai do prazer
    O samba é filho da dor
    Caetano Veloso e Gilberto Gil? Ver se tem mais
     
    E quando eu me apaixonei
    Não passou de ilusão, o seu nome rasguei
    Fiz um samba canção das mentiras de amor
    Que aprendi com você
    Tom Jobim
     
    Faço meus sambas e faço meus trenzinhos.
    Adoniran Barbosa
     
    Leva meu samba
    Meu mensageiro
    Este recado
    para meu amor primeiro
     Leva meu samba – Ataulfo Alves
     
    Quero morrer numa batucada de bamba
    Na cadencia bonita do samba
    – Ataulfo Alves
     
     

    André Diniz , Noël Rosa, o poeta do samba e da cidade:


    O samba, na realidade
    não vem do morro, nem lá da cidade
    e quem suportar uma paixão
    sentirá que o samba, então,
    nasce do coração
    Noël Rosa

    Kid Pepe, parceiro de, Noël Rosa, em “Orvalho vem caindo”:
    – Eu já sei porque você só dá palpite:
    é porque eu não gosto de salada de palmito!
    Noel: – Pô Kid, isso não rima !
    Kid: – Não rima no fim, mas rima no começo !

    Wilson Batista

    ISMAEL SILVA

    Batucando na caixa de fósforo


    com Vinícius de Moraes
    Com Nelson Cavaquinho
    com Carmem Miranda

    com Carmem Costa

    Luiz Barbosa

    Rei da divisão, do molho e da mumunha. Boêmio inveterado, morreu aos vinte e oito anos de idade. Ouça o carinha cantando e batucando no seu chapéu de palha, acompanhado espetacularmente ao piano por Custódio Mesquita. Algo assim como uma tabelinha  Pelé e Coutinho.

    Na Estrada da Vida, de Wilson Baptista. Gravação de 1933.

    Seja Breve

    Composição de Noel Rosa. Luiz Barbosa canta em dueto com João Petra. Gravação de 1933. Custódio Mesquita, pra variar, arrasando no piano.

     

    Vassourinha

    Mário Ramos, genial sambista paulistano, o Vassourinha, que nos deixou em 1942 aos 19 anos de idade. Garoto sincopado. Sua obra se resume em apenas seis discos 78 rpm.

    Contribui com algumas fotos e pitacos para o curta metragem A Voz e o Vazio; a Vez de Vassourinha, (1998), roteiro e direção de Carlos Adriano.

    Seguem duas gravações do varredor da Rádio Record, com o acompanhamento mais que demais do regional de Benedito Lacerda.

    Ouça Vassourinha. Estrela luminosa e breve.

    … e o Juiz Apitou, de Wilson Baptista. Gravação de 1942.

     •

    Cyro Monteiro

    Descendente direto de Luiz Barbosa.  Ao invés do chapéu de palha, caixa de fósforos, assim como Wilson Baptista, de quem foi grande intérprete.

    Estive diversas vezes com ele em 1965, por ocasião da montagem do espetáculo Vinicius Poesia e Canção,no Teatro Municipal de São Paulo, com direção de meu primo Zequinha Marques da Costa.

    Uma das pessoas mais bonitas e bondosas que conheci na vida. Unanimidade entre os artistas como exemplo de ser humano. Grande contador de histórias, emérito batedor de papo.Um dia, num dos intervalos dos ensaios, saímos pra molhar a palavra, e no meio da conversa que girava em torno da desfaçatez e do cinismo dos políticos ele sai com essa:

    – Edgard, o candidato é um ótimo sujeito, fala tudo que a gente quer ouvir, promete o mundo que a gente quer, quem não cumpre é o eleito! Tinha pavor de avião, só entrava em caso extremo e sob proteção de São Evilásio…

    – São Evilásio, Cyro?

    – Pois é, santo desconhecido tem maior disponibilidade…

    Rio – São Paulo, só no saudoso trem noturno, batizado de “avião dos covardes”. Aracy de Almeida, a dama da Central, Vinicius de Moraes, Baden Powell, Braguinha, vararam muitas noites bebendo e cantando no carro restaurante que fechava às onze e meia da noite, mas com uma boa caixinha ia até às tantas.

    Eu mesmo, quando tinha de ir ao Rio, para reuniões de pré-produção da Turma do Balão Mágico, me servia desse expediente, não que eu seja covarde, o que me falta é coragem.

    Ouça o querido Formigão.

    Quatro loucos num Samba. Do LP Senhor Samba, lançado pela CBS. 1961.Leia o texto de contracapa escrito por Vinicius de Moraes.

    “Quatro loucos num samba” por Ciro Monteiro

     •

    João Gilberto

    Gênio. Inimitável. Nasceu em stereo. Voz e violão. Mudou a história da música popular mundial.

    Incrível como ainda existe gente rotulando João Gilberto de bossa nova! João é, antes de mais nada, sambista! 

    Conheci João em 1961, nos bastidores do programa Brasil 61 que era  apresentado por Bibi Ferreira, no antigo canal 9, na rua Nestor Pestana em São Paulo. Jamais vou esquecer a maneira gentil como me tratou – eu tinha 15 anos e ele era meu ídolo.

    No dia seguinte liguei pro Lord Palace Hotel onde ele estava hospedado e aprendi tocar Um Abraço no Bonfá  pelo telefone!

    Falei com ele mais vezes , mas isso é papo para um outro post.

    Preciosa caixa Noel pela Primeira Vez,organizada por Omar Jubran, que contem a obra completa em 14 discos.

    ” Fiz um poema pra te dar,
    cheio de rimas que acabei de musicar
    se, por capricho, não quiseres aceitar, tenho que jogar no lixo mais um samba popular.”

    Noël Rosa