Pichu Borrelli e Edgard Poças
dedicada Heitor Villa-Lobos.
Lá vem o trem
um menino imaginando no trem
um lugar igual a nunca se viu
descobrindo o Brasil
Lá vai o trem
desenhando
um país vai o trem
todo verde, amarelo, azul
leste oeste norte sul
Lá vem o trem
tem um índio de casaca no trem
estudar em Cascadura ele vem
vem sonhando uma nação
coração
Lá vai o trem
um menino imaginando no trem
um lugar igual nunca se viu
descobrindo o Brasil
Lá vem o trem
apitando como nunca se ouviu
é Tuhú rasgando o seu coração
descobrindo o Brasil
Tuhúuu…
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Trenzinho do Caipira, com Leopold Stokowski de maquinista: – http://www.youtube.com/watch?v=hIM4FiS5Zck
Orquestra Sinfônica Brasileira tocando o Trenzinho do Caipira (Tocata da Bachiana Brasileira Nº 2) – Roberto Minczuk, Maestro. CLIQUE – https://www.youtube.com/watch?v=wIG4h7lvj4Y
“Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música eu deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que eu transponho instintivamente para tudo que escrevo”
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“A minha obra musical é consequência da predestinação. Se ela é em grande quantidade, é fruto de uma terra extensa, generosa e quente”
Saudades das selvas brasileiras Nº2 – Nelson Freire (piano) – http://youtube.com/watch?v=pXMylnfWLsk
“O que me interessa é a natureza do Brasil”
• Quando me lembro que Villa-Lobos é brasileiro, sinto vontade de dar vivas: Viva o Brasil! Viva Villa-Lobos! – Gilberto Freire
• A lenda do caboclo – Com Yo Yo Ma (cello) e Duo Assad (violões) https://www.youtube.com/watch?v=vr0fuRThIDg
• O Canto do Cisne Negro. Bela gravação de Cristina Ortiz (piano) e Antonio Menezes (Violoncelo): https://www.youtube.com/watch?v=9HfhsJyU0Tw
• Bachianas Brasileiras No. 5 – Ária (Cantilena), com a soprano argelina Amel Brahim – http://www.youtube.com/watchv=NxzP1XPCGJE&list=RDNxzP1XPCGJE&index=1
• Preludio da Bachiana Nº4. Nelson Freire (piano) – http://www.youtube.com/watch?v=A1Emge2-4AM
• Bachiana Nº 4 – Orquestra Simón Bolivar, regida por Roberto Tibiriça. http://www.youtube.com/watch?v=5mf3SQ3dVz8
Comentário para o documentário O tempo e a Música – Edgard Poças: http://cadaumcomseucadau.hospedagemdesites.ws/wp content/uploads/2019/09.mp
• Choros Nº 10, com a BBC Symphony Orchestra. Final emocionante! https://www.youtube.com/watch?v=pXR7C1p1Sbk
“A música, eu a considero, em princípio, como um indispensável alimento da alma humana”
• Alma Brasileira, Valsa da dor e Lenda do Caboclo, com Nelson Freire. http://www.youtube.com/watch?v=3yaltoJdSYo
“O Brasil é uma floresta encantada onde a Europa jogou o tapete persa velho, mofado, cheio de poeira, cheio de ácaro”.
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Em meados da década de 1950, Villa-Lobos foi convidado a compor a trilha do filme Green Mansions, do diretor americano Mel Ferrer, estrelado por sua esposa, Audrey Hepburn e o galã Tony Perkins. O filme, um absurdo sem pé nem cabeça passou desapercebido. A trilha original de Villa-Lobos foi “adaptada” pelo compositor (polonês!) Bronislaw Kaper A canção interpretada por Tony Perkins ao violão é uma canção mais adequada para filme de faroeste. Clique no endereço abaixo para assistir o trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=FkTar7VJ4xg
Villa-Lobos não gostou nenhum pouco das mudanças na sua partitura, e reaproveitou as ideias musicais compondo a cantata “A Floresta do Amazonas.” Uma das canções da cantata, a Melodia Sentimental, foi um sucesso, ultrapassou os limites das salas de concerto, e entrou no repertório da música popular. Villa-Lobos promovia essa síntese entre os universos erudito e popular. Suas peças para violão são um bom exemplo. Desde a gravação de Elizeth Cardoso, nos anos 1960, a Melodia Sentimental vem ganhando lugar no repertório de muitos cantores.
A canção interpretada por Tony Perkins ao violão é uma canção mais adequada para filme de faroeste – https://www.youtube.com/watch?v=FkTar7VJ4xg
• Melodia sentimental (1ª gravação) – Bidú Saião – https://www.youtube.com/watch?v=9vyh4QCVOiQ
Acorda, vem ver a lua/ Que dorme na noite escura/ Que fulge tão bela e branca Derramando doçura/ Clara chama silente/ Ardendo meu sonhar/ As asas da noite que surgem/ E correm no espaço profundo/ Oh, doce amada, desperta/ Vem dar teu calor ao luar/ Quisera saber-te minha / Na hora serena e calma/ A sombra confia ao vento/ O limite da espera/ Quando dentro da noite/ Reclama o teu amor/ Acorda, vem olhar a lua/ Que brilha na noite escura/ Querida, és linda e meiga/ Sentir teu amor e sonhar.
• Melodia Sentimental – Ney Matogrosso – http://www.youtube.com/watch?v=LAEI3W2qKAw&list=RDLAEI3W2qKAw&start_radio=1
OBS: Em MELODIA SENTIMENTAL no ALMANAQUE QUALQUER NOTA, você ouve diversas versões com diversos intérpretes.
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Modinha – Villa-Lobos e Manuel Bandeira (Manduca Piá) – Tom Jobim e Danilo Caymmi https://www.youtube.com/watch?v=MnOfq5vIpOU
Modinha – Villa-Lobos e Manuel Bandeira – Carlos José e Época de Ouro https://www.youtube.com/watch?v=e65RW0aZiOM
Modinha – Villa-Lobos e Manuel Bandeira – Roberta Sá e Yamandú Costa https://www.youtube.com/watch?v=gY4euMsqbvg
OBS: Se quiser ir mais fundo na obra do mestre, procure na NET por:
Bachianas Nº2 (inteira), Choros, nº6, 11, Uirapurú, Prole do bebê e Quartetos.
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“Villa-Lobos realiza o milagre das coisas verdadeiramente grandes, nos impondo-nos o mais profundo e comovido silêncio. Sua música é como essa terrível natureza do Brasil, sem bonitezas, simplesmente grande.” – Di Cavalcanti
Declaração imperdível
Ele era garoto. Ia sempre à minha casa na Rua Itapiru, número 97. Tocava violão muito bem, como sempre tocou. Às vezes, acompanhava meu pai. Mais tarde é que toquei uns chorinhos para ele. Sempre gostou de música. Tocava violoncello no Cinema Odeon e fazia umas pausas complicadas. Mas todo mundo achava Villa-Lobos meio esquisito, sabe? Não davam muito valor a ele. Villa-Lobos foi um sujeito que chegou antes a uma realidade que todos nós sabemos. Eu conheci Villa-Lobos muito antes de 1922. Como eu já disse, ele ia na minha casa porque admirava os chorões. Às vezes até fazia acompanhamento no violão. Era bom no violão – Pixinguinha
Suíte Popular Brasileira, para violão (Completa) com Pablo di Giusto, http://www.youtube.com/watch?v=Z2_LDC-WQQ0.
Scottish Choro (da Suíte Popular Brasileira) – Com Yamandu Costa & Guto Wirtty! + Q D + http://www.youtube.com/watch?v=pWI4IarGdN4
IMPRESSIONANTE: entre no Youtube, procure por Prelúdio(s), ou Estudos de Villa-Lobos para violão. A quantidade de obras interpretadas por violonistas do mundo inteiro é surpreendente! Imagine se o mestre ouvisse o que segue: • • • * • Estudo Nº1 – Xingye Li – https://www.youtube.com/watch?v=XyNb_2y51SE • Estudo Nº2 – Xingye Li – https://www.youtube.com/watch?v=fEHjD4CyAU8
• Estudo Nº2 – Lying Zhu – https://www.youtube.com/watch?v=lKvJaqUQNkU
• 5 Prelúdios para violão – Marcin Dilla – https://www.youtube.com/watch?v=2x0cxSoTYBU
• Leonora Spangerberger, com treze anos de idade, tocando os “12 Estudos para Violão”! em sequencia: https://www.youtube.com/watchv=2QXylgwZxZc&list=PLjDvM94tG5OVgOYEU1Qs8hkRSSO_gxx8u&index=2
• Menina de nove anos tocando o Estudo nº2 para violão! – www.youtube.com/watch?v=D2elvLo3yU8
• Irene Gomez, dá dicas para quem quiser tocar o Prelúdio Nº1 – https://www.youtube.com/watch?v=dBKMB5u2s2U
• Isso é BRASIL!: 2º Movimento do Concerto para Violão e Orquestra. www.youtube.com/watch?v=DDn6_tVvNdg
• Sugestão de CD: Villa-Lobos • Oeuvre pour Guitare, por Fabio Zanon
ATENÇÃO VIOLONISTAS! Vale muito a pena ouvir os Cinco Prelúdios para Violão, transcritos para piano, por José Vieira Brandão – aluno de Villa-Lobos
interpretados por Sonia Rubinsky:
https://www.youtube.com/watch?v=DRzHetnhsBY
“O Brasil precisa de educação, de uma educação que não seja de pássaros empalhados em museus, mas de vôos amplos no céu da arte.”
“É preciso não esquecer a enorme responsabilidade dos educadores que vão ministrar às crianças os primeiros conhecimentos de arte, incumbindo-se, verdadeiramente, da sua educação musical. Como também nunca será demasiado insistir na finalidade pragmática do canto orfeônico.”
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“A música, eu a considero, em princípio, como um indispensável alimento da alma humana. Por conseguinte, um elemento e fator imprescindível à educação do caráter da juventude.” – Villa-Lobos. •
” O canto coletivo, com o seu poder de socialização, predispõe o indivíduo a perder no momento necessário a noção egoísta da individualidade excessiva, integrando-o na comunidade, valorizando no seu espírito a ideia da necessidade de renúncia e da disciplina ante os imperativos da coletividade social, favorecendo, em suma, essa noção de solidariedade humana, que requer da criatura uma participação anônima na construção das grandes nacionalidades.”•
Cai cai balão – Canção folclórica, harmonizada por Villa-Lobos. Arranjo de Edgard Poças para o CD: Villa -Lobos e Carlos Gomes para crianças: www.youtube.com/watch?v=RJT45D2hewc
Carneirinho, Carneirão – Canção folclórica, harmonizada por Villa-Lobos. Arranjo de Edgard Poças para o CD Villa- Lobos e Carlos Gomes para crianças: https://www.youtube.com/watch?v=lOkyP4P8aKw
O cravo brigou com a rosa. – Canção folclórica, harmonizada por Villa-Lobos. Arranjo de Edgard Poças para o CD Villa-Lobos e Carlos Gomes para crianças: http://www.youtube.com/watch?v=H2IZk52hxRk
Guia Prático, volume 1 – Roberto Szidon (piano). A caixinha de ferramentas do mestre! Não deixe de ouvir! https://www.youtube.com/watch?v=z0zPkyGdR0
Guia Prático, volume 2 – Roberto Szidon (piano). Ou será sua casa de brinquedos? https://www.youtube.com/watch?v=F_pUgsytkR
“O folclore sou eu” – Heitor Villa-Lobos.
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My bus and I, do musical Magdalena. -Olha o Índio de casaca na Broadway, minha gente! www.youtube.com/watch?v=MS8DmMfXaDo “Nossa gente tem grande, poderoso, senso criador. Não é razoável, pois que nossos artistas não façam por conseguir, no cenário musical do mundo, o lugar que lhes compete ocupar.”
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” Que espécie de civilização é essa, a atual? Se a televisão está quebrada, o avindo em pane, o homem está desamparado. Vivemos a época da máquina!” – Villa-Lobos – Imagino se ele visse o computador e o celular!
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Villa sobre a ONU: ” Se ouvissem mais música, haveria menos guerras”.
Villa-Lobos posando para fotografias a serem publicadas em livro, no qual só apareceriam sua mãos, demonstrando o manosolfa – sistema de notas musicais em gestos, aplicado em treinamento com professores para educação musical escolar e canto orfeônico.
“Gosto da liberdade em todos os sentidos, gosto de estudar e pesquisar, de trabalhar e compor sistematicamente”.
“Os meus amigos e admiradores, por serem bons e sem maldades, costumam perdoar os meus erros e defeitos”.
“Assim como não gosto de pensar no futuro, não me sinto bem olhando o passado. Eu sou como o viajante que, ao atravessar um rio num cipó, não pode olhar para trás nem para a frente, a fim de não perder o equilíbrio”.
“ Incompreendido, humilhado, desrespeitado pela sua terra, Villa-Lobos, pela sua força criadora ímpar, deveria ter sido venerado, amado, respeitado pelos seus compatriotas. Infelizmente isso não aconteceu. Teve que lutar contra a indiferença, passando dificuldades e privações para garantir sua subsistência”. – Camargo Guarnieri.
“Poucas são as pessoas que, no Brasil, têm ideia exata do que seja o renome do Maestro H. Villa-Lobos no estrangeiro. Nunca um brasileiro conheceu a glória de modo tão puro como esse nosso compatriota genial: nem mesmo Santos Dumont nos seus grandes dias em Paris. Nem mesmo Santos Dumont nos dias em que foi o homem mais festejado, mais caricaturado, mais fotografado na capital da França” – Gilberto Freyre.
“ (…) Que Villa-Lobos tenha enfim no Brasil uma consagração digna dele, é o que desejo. Nós ainda não presenciamos com clareza o que ele representa para o Brasil. Por mais que as transcrições de artigos sobre ele, publicados no estrangeiro, provem a importância dele, essas transcrições não bastam para mostrar a formidável propaganda que Villa-Lobos fez lá fora. Ele não fixa cartazes nas paredes do mundo, mostrando que o café é gostoso, enquanto a Colômbia planta mais café valorizado pela nossa estupidez. Mas em compensação ele tornou o Brasil uma coisa humana de permanência viva na consciência de milhares de estrangeiros” – Mário de Andrade.
Cidadão do mundo igual a Tom Jobim, tanto poderíamos vê-lo subindo o morro da Mangueira em companhia do educador AnísioTeixeira e surpreendê-lo abraçado a Cartola, como flagrá-lo num jantar que lhe foi oferecido por celebridades em New York num bate-papo animado com Duke Ellington.
Explosivo, carinhoso, bem-humorado, jogador fanfarrão de sinuca que tirou grana do próprio bolso para financiar o bloco carnavalesco “Sodade do Cordão”, que, segundo Renato de Almeida, tentava reviver os antigos grupos de velhos, onde palhaços, morcegos e rainhas misturavam-se – a instrumentália percursiva de adufos, reco-recos. – Hermínio Bello de Carvalho.
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“A arte existe para exprimir e satisfazer a humanidade. O verdadeiro ideal do artista é servir a massa do povo, dar-lhe alguma coisa que, graças aos seus sons naturais, só ele pode dar”
Sodade do cordão – Ermelinda A. Paz (Prêmio Carioca de Monografia 1994): http://ermelinda-a-paz.mus.br/Livros/sodade.pdf
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“A música é a única expressão da Arte que reúne os requisitos de força dominadora compreensível a todas as raças, e por isso mesmo capaz de uma conciliação racional entre os povos.”
Perguntaram-lhe certa feita se era futurista. Respondeu: – Não . Nem futurista nem passadista.
E acrescentou:- Eu sou eu!
Villa-Lobos, ao ser indagado pelos artistas parisiense com quem iria estudar, respondeu logo que chegou: – “Não vim para estudar com vocês, vim para lhes mostrar o que tenho feito”.
“Villa-Lobos acaba de chegar de Paris. Quem chega de Paris espera-se que venha cheio de Paris. Entretanto Villa-Lobos chegou de lá cheio de Villa-Lobos. – Manuel Bandeira
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“Logo que sinto a influência de alguém me sacado todo e pulo fora”.
Esse, o Villa amigo de Cartola e de Donga, esse o educador preocupado com a “educação social pela música”, esse, o índio de casaca, como chamou Menotti del Picchia, esse o amante atento que autografava bilhete em fotos que, de madrugada, deixava no colo de Mindinha, guardiã de seus trabalhos que entravam noite a dentro. – Hermínio Bello de Carvalho
“Num país de tendências liberais e democráticas como o Brasil, todas as correntes técnicas e estéticas aparecem, apesar das naturais reações do público conservador, como acontece nas nações civilizadas.”
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EXCELENTE documentário “O Índio de Casaca”, produzido em 1987, com direção de Roberto Feith e apresentado pelo ator Paulo José. Entre as imagens raras do compositor e de sua época, há depoimentos de personagens como Guerra Peixe, Tom Jobim, Andrés Segovia, Ana Stella Schic, Walter Burle Marx, Turíbio Santos, Vasco Mariz, Maria Augusta Machado e outros. http://bossa-brasileira.blogspot.com/2013/08/o-indio-de-casaca-villa-lobos-no-cinema.html
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Tom Jobim: As Nascentes – IMPERDÍVEL! (aos dez minutos, ele fala de Villa-Lobos: https://www.youtube.com/watch?v=54VNMBOTtvk
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Loque Arcanjo, doutor em história, violonista e professor de música da Universidade do Estado de Minas Gerais, autor do livro, “Heitor Villa-Lobos – os sons de uma nação imaginada”, apresentando uma perspectiva histórica sobre a vida de um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos”. https://www.youtube.com/watch?v=EVNoKLXQh-8
Villa-Lobos: vida, obra e agrupamentos estilísticos: www.youtube.com/watch?v=UnAcPJmmcS0
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Referências Bibliográficas:
PEPPERCORN, Lisa. Villa-Lobos. Biografia ilustrada do mais importante compositor brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações. 1989.
BARROS, C. Paula. O Romance de Villa-Lobos. Rio de Janeiro: Editora A Noite. 1949.
MARIZ, Vasco. Heitor Villa-Lobos. Compositor Brasileiro. Rio de Janeiro – Zahar Editores. 1983.
JUNIOR, LoqueAraújo – “O violão de Villa-Lobos entre a Belle Époque e as rodas de choro”: https://www.academia.edu/9747995/O
DA CRUZ, Maria Alice – Villa-Lobos, Para além do nacionalismo : https://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/dezembro2009/ju451_pag12.php
SCHIC, Anna Stella. Villa-Lobos – O Índio Branco.Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda.1989.
KIEFER, Bruno. Villa-Lobos e o Modernismo na Música Brasileira. Porto Alegre: Editora Movimento.1981.
CLARET, Martin. O Pensamento Vivo de Heitor Villa-Lobos. São Paulo: Martin Claret Editores. 1987.
HORTA, Luiz Paulo. Villa-Lobos. Uma Introdução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores. 1987.
MACHADO, Maria Célia. Heitor Villa-Lobos. Tradição e Renovação na Música Brasileira. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.
NEGWER, Manuel. Villa-Lobos. O florescimento da música brasileira. São Paulo: Martins Fontes Editora. 2009.
GUIMARÃES, Luiz e Colaboradores. Villa-Lobos – Visto da Plateia e na Intimidade. Rio de Janeiro: Gráfica Editora Arte Moderna. 1972.
CARVALHO, Hermínio Bello de. O Canto do Pajé – Villa-Lobos e a Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo. 1988.
PALMA, Enos da Costa. CHAVES JUNIOR, Edgard de Brito. As Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos. Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana. 1971.
HORTA, Luís Paulo. Edição de Centenário Villa-Lobos. Projeto da Companhia Brasileira de Projetos e Obras. São Paulo: Edições Alumbramento – Livroarte Editora. 1986.
ANDRADE, Mário de Andrade. Música, Doce Música. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1963.
ANDRADE, Mário de Andrade. Pequena História da Música. São Paulo. Livraria Martins Editora. 1967.
VILLA-LOBOS, Heitor. Guia Prático. Estudo Folclórico Musical. Primeiro Volume. São Paulo e Rio de Janeiro: Irmãos Vitale.1941.
VILLA-LOBOS, Heitor. Canto Orfeônico. Primeiro Volume. São Paulo e Rio de Janeiro: Irmãos Vitale. 1940.
VILLA-LOBOS, Heitor. Canto Orfeônico. Segundo Volume. São Paulo e Rio de Janeiro: Irmãos Vitale. 1951.
MARIZ, Vasco.Vida Musical. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1997.
Museu Villa-Lobos.Presença de Villa-Lobos– 8. Volume MEC- DAC – Rio de Janeiro. 1973.
SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.
SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 2. 1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.
MARIZ, VASCO .A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.
PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.
ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1965.
MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.
MEDAGLIA, Júlio. Música Impopular. São Paulo: Global. 1988.
ACIOLY, Karen. Tuhú, o menino Villa-Lobos. Rio de Janeiro: Editora Ltda. 2007.
SQUEFF, Enio. WISNIK, José Miguel. O nacional e o popular na cultura brasileira. São Paulo: Brasiliense. 1982.
BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.
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MUSEU VILLA-LOBOS: http://museuvillalobos.org.br/index.htm
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“Toda minha filosofia se centraliza na música porque a música é a única razão, único motivo para a minha existência. Eu somente sou útil, de alguma forma, através da música. Componho por imperativo biológico”.
“Devemos procurar educar os nossos artistas e compositores de modo a que acabem apreciando devidamente o seu dever de servidores da humanidade. ”
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Prelúdio. “Modinha” da Bachiana Nº1. : http://www.youtube.com/watch?v=reS-hLZiQDQ
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Pra frente, ó música! Que algum dia tu sejas a maior inspirara da Paz entre os homens”.
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“Era um espetáculo. Tinha algo de vento forte na mata, arrancando e fazendo redemoinhar ramos e folhas; caía depois sobre a cidade para bater contra as vidraças, abri-las ou despedaçá-las, espalhando-se pelas casas, derrubando tudo; quando parecia chegado ao fim do mundo, ia abrandando, convertia-se em brisa vesperal, cheia de doçura. Só então se percebia que era música, sempre fora música.
Assim é que eu vejo Heitor Villa-Lobos na minha saudade que está apenas começando, ao saber de sua morte, mas que não altera a visão antiga e constante. Quem o viu um dia comandando o coro de quarenta mil vozes adolescentes, no estádio do Vasco da Gama, não pode esquecê-lo nunca. Era a fúria organizando-se em ritmo, tornando-se melodia e criando a comunhão mais generosa, ardente e purificadora que seria possível conceber. A multidão em torno vivia uma emoção brasileira e cósmica, estávamos tão unidos uns aos outros, tão participantes e ao mesmo tempo tão individualizados e ricos de nós mesmos, na plenitude de nossa capacidade sensorial, era tão belo e esmagador, que para muitos não havia outro jeito senão chorar, chorar de pura alegria. Através da cortina de lágrimas, desenhava-se a nevoenta figura do maestro, que captara a essência musical de nosso povo, índios, negros, trabalhadores, caboclos, seresteiros de arrabalde; que lhe juntara ecos e rumores de rios, encostas, grutas, lavouras, jogos infantis, assovios e risadas de capetas folclóricos”. – Carlos Drummond de Andrade
E agora, José? Poema de Carlos Drummond de Andrade, musicado por Villa-Lobos. https://www.youtube.com/watch?v=9UyFSWmwkSo
Valsa da dor. http://www.youtube.com/watch?v=OmdBwHB2xbY
“Considero minhas obras como cartas que escrevi à posteridade, sem esperar resposta.”
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