KLAXON CRIAÇÕES – SOM e IMAGEM, minha firma de fotogramas de publicidade, cumpriu sua história da primeira metade dos anos oitenta até o final dos anos 90.
Mappin, uma loja de departamentos com sede na cidade de São Paulo, cujo nome oficial era Casa Anglo-Brasileira S/A, compôs boa parte dela.
Fundada em 1774, na cidade inglesa de Sheffield, foi trazida para o Brasil em 1913 pelos irmãos Walter e Hebert Mappin.
Durante os 86 anos em que atuou em São Paulo, foi uma das pioneiras do comércio varejistano Brasil.
Na década de 1930, inovou ao colocar etiquetas com os preços nas vitrines e foi a propulsora do crediário.
Entre os anos 40 e 50, o Mappin foi ponto de encontro. Antecipou o conceito de shopping center, reunindo produtos de diversos tipos em um único local.
A loja na Praça Ramos de Azevedo, no centro da capital paulista, se tornou referência da marca.
Encerrou suas atividades em 1999.
Klaxon foi o nome homenagem a revista a primeira publicação modernista brasileira, uma referência importante para o estudo desse Movimento.
A publicação do periódico, entre 1922 e 1923, foi a primeira ação pós-Semana de Arte Moderna, realizada por um grupo de artistas – poetas, escritores, artistas plásticos, músicos, jornalistas e intelectuais – com o objetivo de imprimir uma identidade nacional à produção artística brasileira e promover um rompimento com as tradicionais escolas europeias.
A redação de Klaxon costumava se reunir na Confeitaria Vienense, e a primeira sede da revista foi na rua Uruguai, número 14, transferindo-se depois para a rua Direita, número 33, sempre pertinho do Ouça o som da klaxon buzinando, nesta montagem – feita gentilmente pela Memorar – de todos fotogramas produzidos pela Klaxon. Quase todas, citando sempre o prefixo do Mappin (com os direitos comprados à 20th Century Fox).
Modas feminina, masculina, infantis, dia das mães, dia dos pais , Natal, Carnaval, ginastica Móvéis, cozinha, primavera, verão, outono, inverno, tudo “era no Mappin”, até o automóvel Lada (russo!)
Desculpem pequenas falhas sonoras; o tempo pune, mas é, e está.
Agradeço à todos que, pacientes e condescendentes, participaram dessas peças como compositores, instrumentistas, cantores ou parceiros.
Amilson Godoy, Angela Márcia, Arismar do Espírito Santo, Caio Flávio, Carlinhos Bala, Claudio Bertrami, Claudio Leal Fereira, José Antonio Almeida, José Clovis Trindade, Lelo Nazário, Luiz Lopes, Luiz Roberto Oliveira, Marcos Xuxa Levy, Nadir Gogliano, Nelson Ayres, Paulinho Campos, Paulo Bellinati, Paul Mounsey, Pichú Borrelli, Rodolfo Stroeter, Silvinha Araújo, Willian Caran, e o gentil e expedito McIntosh Barbosa Poças.
A todos, o meu abraço de carinho e saudade.
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Este post é dedicado à memória do inesquecível amigo Fernando Vieira de Mello.
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