Archive for agosto, 2011

Noel Rosa. O Poeta do Samba e da Cidade.

quarta-feira, agosto 24th, 2011

Contraponto entre o gênio e a sua cidade mulher.

André Diniz acerta no x do problema:

Um sambista de mão cheia.… que construiu a sua músicalidade reunindo referências diversas.… Um mediador cultural que, nas trocas de linguagem e na experiência de mundo com os compositores de formação mais humilde, dos morros e do subúrbio, deu o caminho definitivo de um samba que não é negro nem branco, mas mestiço; um samba que não nasceu no morro nem no asfalto, mas com a obra do indivíduo que soube aproveitar a influência dos rítmos europeus, africanos e americanos na formação de suas composições, mediando mundos culturais distintos, ultrapassando fronteiras delimitadas pela origem social, expressando a música de uma cidade.

O samba na realidade

Não vem do morro

Nem lá da cidade

E quem suportar uma paixão

Sentirá que o samba então

Nasce do coração.

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Publicado pela Casa da Palavra e inclui um belo CD com sucessos do nosso Noël.

Quem Dá Mais

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O Silêncio é de Ouro

quinta-feira, agosto 18th, 2011

 

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Sem palavras para perturbar nossa conversa.

 

O Samba Carioca de Wilson Baptista • O album e o espetáculo do ano.

quinta-feira, agosto 18th, 2011

Se voce ainda não comprou esse disco duplo, lançado pela Biscoito Fino, com a musica do maior sambista do Brasil, considere-se ultrapassado pelo passado porque meu querido amigo Rodrigo Alzuguir botou a obra no presente. Vinte faixas com grandes intérpretes e a trilha sonora do espetáculo sobre a obra de Wilson Baptista. Produção impecável. Êta pessoalzinho competente sô!

Aliás o Rodrigo logo logo vai presentear a música brasileira com a biografia, ou melhor, a tese do major.

Ouvi os CDs e chorei várias vezes, parece que o Brasil não conhece e em alguns casos não merece o Brasil. Morei na rua Domingos Leme que cruza com Bueno Brandão, Escobar Ortiz, Braz Cardoso, Domingos Fernandes, Philadelpho Azevedo, Balthazar da Veiga, Bastos Pereira, Afonso Brás e outros homenageados que desconheço profundamente – será que eu tambem não mereço o Brasil? – me sentiria muito melhor na rua Wilson Baptista. Se bem que se eu fosse o chefe mandava logo uma Via Wilson Baptista. A Estrada da Vida.

Eu daria tudo para voltar aos meus quinze anos numa noite em 1961 – nos bastidores do programa Brasil 61 de Bibi Ferreira – quando estive com ele e pedir sua benção.

Vinicius de Moraes, um ano depois, no célebre Encontro, com Antonio Carlos Jobim, João Gilberto e os Cariocas no Au Bon Gourmet, lançou seu Samba da Benção e esqueceu do maioral.

Rodrigo redimiu ambos com O Samba Carioca de Wilson Baptista. O album e o espetáculo do ano.

A benção Wilson Baptista!

Querendo saber mais sobre o album do ano, entre no endereço abaixo. E depois faça um favor a si e prove esse biscoito fino.

http://osambacariocadewilsonbaptista.blogspot.com/

http://osambacariocadewilsonbaptista.blogspot.com/2011/09/ceu-edgard-diogo-e-luzia.html

 P.S#1: Danilo Miranda, tá aí uma boa dica – traz o espetáculo do seu conterrâneo Wilson – pra arrasar nos SESCs da paulicéia! Não tô charlando não!

P.S#2: Céu cantando Nega Luzia, do meu sambista favorito é demais pro coração do papi!

P.S#3: Rodrigo, acho justíssimo que o Carlos Monte tenha apresentado sua lista das grandes ausentes nos CDs e no espetáculo e aproveitando esse espaço para lançar a minha, quem sabe uma sugestão para o repertório do aguardado volume 2.

LISTA DO DEGAS:

Mariposa

Sistema nervoso

Esta noite eu tive um sonho

A mão do Alcides

Virou. . . virou. . .

Cowboy do amor  (que eu coloquei no primeiro LP da Turma do Balão Mágico – imagina o Wilson compondo para crianças!)

Comício em Mangueira

Nossa Senhora das Graças

Gênio mau

Lá vem o Ipanema

Volta pra casa, Emília

Flor da Lapa

Deus no céu e ela na terra

Rodrigo e eu por ocasião da gravação de Nega Luzia com participação da minha filha Céu no estúdio do meu filho Diogo.

Ao fundo à esquerda, Vassourinha, o grande intérprete dando uma força.

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A música que o Jô Soares não gravou com a Turma do Balão Mágico

quarta-feira, agosto 10th, 2011

No final de 1982, fui chamado pela diretoria da gravadora CBS para trabalhar no segundo LP da Turma do Balão Mágico e a música de trabalho do disco já estava escolhida. Fiz a letra, dei o nome de Juntos e foi gravada pela Baby Consuelo e as criancas. Só que durante o processo, pintou o Sobrenatural de Almeida que jogou o Superfantástico na minha mão – num próximo post conto a história – e foi um estouro. Cantada magistralmente pelo Djavan e a Turma alavancou o disco que bateu o recorde de venda no Brasil. Daí pra frente a cada LP novos convidados. Roberto Carlos, Fábio Jr, Erasmo Carlos, Moraes Moreira, Simone, Léo Jaime, Dominó, Metrô, Castrinho, Fofão, José Luis Perales deram a maior força pro balão subir e o mundo ficar bem mais divertido. Anos depois, trabalhando no repertório do sexto LP dei a idéia à gravadora de convidar Jô Soares para cantar com as crianças. Jô, que estava bombando  na TV Globo com seu humor refinado era o cara para cantar Mistura Fina, (homenagem a Lamartine Babo), em parceria com Paul Mounsey, um escocês legítimo apaixonado pelo Brasil. Fiz uma gravação demo (rascunhada) e mandei para a gravadora.

A turma gravou sozinha e não gostei do resultado; a produção mudou a levada e a tarantela virou chuca chuca. Quanto ao Jô, não sei se ouviu, se não se interessou, nunca me disseram nada.

Jô Soares

Jô Soares

A verdade é que pra mim foi aquela frustração. Logo eu que acompanhei sua carreira desde sua participação no hilariante O Homem do Sputnik, contracenando com meu ídolo Oscarito, a impagável Zezé Macêdo, Cill Farney, Norma Benguell, sob o nome de Joe Soares! Saudades da Atlântida! Porque não relançam o acervo em DVD? Lembro do Jô, de assistente no programa Silveira Sampaio  – teria sido o primeiro talk show da TV brasileira? Foi nêsse programa que vi pela primeira vez os parceiros Baden Powell e Vinicius de Moraes cantando  Berimbau – um afrogolpe na Bossa Nova. A música brasileira nunca mais foi a mesma. Em seguida na Família Trapo, sucesso da TV Record, ao lado dos inesquecíveis Ronald Golias, Renata Fronzi e o excepcional ator Otelo Zeloni. Aí veio a Globo, o teatro e êle se consagrou como um dos nossos maiores humoristas. E ainda estavam por vir o escritor, entrevistador, pintor, enfim, o multijô que a gente gosta. Até hoje imagino com teria ficado a Mistura Fina com o Jô e as crianças. A gravação que aí está é do CD Pirlimpimpim Pam Pum. O arranjo é meu e a execução dos samplers é do grande Nelson Ayres. Segue um karaokê pra quem quiser brincar, o Jô inclusive.

Mistura Fina

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Karaokê

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Mistura Fina

Oh, Joaquim!

Cheirinho d’alecrim

Azeite no bacalhau

Catupiry

Pajé de parati

Nas águas do seu Cabral

Nona Concetta

Nicola di Porpetta

I pizza di macaró

Hans und Fritz

Chucruts von chopps

Bier alemon

Abdala kibe

Tabule pra Nagib

Adib Salem Salim

Sing Ling Xong

Pastel e ping pong

Pagode de mandarim

Ora vejam só !

De lá dos Cafundó, vieram pros Catumbi

Marajá em marajó, só tem aqui!

Glasnost strogonoff!  Hei !

Rachmaninoff

Shalom Shalom Salomon

Si Adelita si fuera con otro, por Dios

Donde estas my corazon ?

Nakamura san

Sakamoto san

Zapon garantido, né !

Rei Zulu

Um axé cor de café!

Elle s’apelle  Michelle                 (Coro):   Ba ba da ba da ba ba da ba da

Ma belle                                                 Ba ba da ba da ba ba da ba da

Ma demoiselle                                         C’est ci bon

Chanson d’amour                                    Chanson d’amour

Every body now

Two for tea                                             By the light

Forget forgot

Nobody not                                            Serenade moonlight

Somebody hot

Ooh, baby… baby                                   Goodnight for you

My only you                                           My only you

Oh, oh…

Oh, oh… Joaquim!

Guitarra e bandolim

Fadinho tupiniquim

Que sera de ti no Ypacarai

Ao som do Guarani

Ora vejam só !

De lá dos Cafundó, vieram pros Catumbi

Marajá em marajó, só tem aqui

Marajá em marajó, só tem aqui!

Pararatchi bum bum bum

Pararatchi bum bum bum

Pararatchi bum… Olé !