“De tanto roçar meu peito
Tens hoje o timbre perfeito
Da voz do meu coração.”
Meu Companheiro. Chico Alves e Orestes Barbosa.
Esse é o violão da minha juventude, autografado por pessoas encantadoras que conheci nas serestas, saraus, em casas familiares e nos bares.
“Quem toca em casa familiar
É o bobo Lelé
Fica sem mão pra beber
Fica sem mão pra mulher!”
Audio clip: Adobe Flash Player (version 9 or above) is required to play this audio clip. Download the latest version here. You also need to have JavaScript enabled in your browser.
Vinicius de Moraes e meu primo querido Zequinha Marques da Costa, lá pelas tantas cantavam essa música pra tirar sarro da minha cara que varava a noite tocando feito um desvairado, e eles numas…
Zequinha me disse que a obra é de autoria Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta.

Sério Porto, por Nassara
Enfim, taí o pinho, assinado por: João Gilberto, Vinicius de Moraes, Baden Powell, Carlos Lyra, Chico Buarque, Rosinha de Valença (que saudade bicho!), Elizeth Cardoso, Cyro Monteiro, Edú Lôbo, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Sérgio Mendes, Ruy Guerra, Norma Benguell, Odete Lara, Os Cariocas (Severino, Badeco, Quartera e Luiz Roberto), Paulo Autran, Oscar Castro Neves, Jorge Ben, Luiz Eça, Dom Um (que saudade bicho!), MPB4, Pedrinho Mattar, Paulinho Nogueira, Claudette Soares, Walter Wanderley, Alaíde Costa,Anna Lúcia, Flávio Rangel, Silveira Sampaio (o Jô Soares era assistente do seu talk show no inicio dos anos 60!), Geraldo Cunha (viva o Jogral!), Dudi Maia Rosa, Walter Santos (Bossa Nova ou Samba Jazz?) e Diogo Pacheco.
Deixaram de autografá-lo por motivos de força maior ou menor, seja pelo adiantado da hora, libações etílicas ou irresponsabilidade, Wilson Batista – o maior sambista brasileiro de todos os tempos – Ismael Silva, Dick Farney, Duke Ellington e orquestra, Ataulfo Alves, Sergio Ricardo, Grande Otelo, Billy Blanco, Jorge Goulart, Nora Ney, Otto Lara Resende, Ze Kéti, Jô Soares, Hervê Cordovil , Alexandre o’Neill, Carlos Manga, Wilson Simonal, Sylvia Telles, José Carlos Ferreira, o Boi, Don Rossé Cavaca, Milton Nascimento e Antonio Carlos Planetário de Almeida Jobim.
Fica pra próxima.
Novamente juntos eu e o violão
Vagando devagar, por vagar
Cantando uma canção qualquer, só por cantar
Mercê da solidão
Vadiando em vão por aí
Nós vamos seguir,
Outra rua, outro bar, outro amigo, outra mão
Qualquer companheira, qualquer direção
Até chegar em qualquer lugar
Qualquer que seja a morte a esperar
Jamais meu violão me abandonará
Se eu vivi, foi inútil viver
Já mais nada me resta saber
Quero ouvir meu violão gemer
Até me serenizar.
Violão vadio.
Baden Powell e Paulo César Pinheiro