Sol é luz de ouro Lua, luz de prata o amor é um tesouro prata, ouro, ouro e prata Sol, ô Sol capricha nessa luz dourada hoje à noite eu vou sair toda prateada Que astro-rei sou eu minha luazinha de mel sem você sou pilha fraquinha e apago a luz do céu
Lembra do colar de estrelas que me prometeu ao anoitecer depois, meu astro-rei, deixa comigo vou luar até amanhecer
O colar está prontinho pra te enfeitar estrelas, não canso de vê-las mas é todo teu o meu olhar Sol, Solzinho não vivo sem o teu calor hoje eu vou de lua cheia Lua cheia de amor Madrugada afora até a alvorada quero ver você luar ao romper da aurora eu vou-me embora é hora de raiar Lua, ó Lua! Sol, ô Sol! a nossa estrada é um desejo e o nosso beijo é o mais lindo arrebol!
Ô Sol! Ó Lua!
• Um dos compositores de maior expressão na música popular brasileira. Sua musicografia completa, que inclui versões e músicas compostas para histórias infantis, passa dos 400 títulos – Dicionário Cravo Albin da música popular brasileira
• O grande cartunista e escritor Ziraldo – conhecedor da obra do Braguinha – ao ser apresentado a ele: – O senhor é o Cancioneiro Popular Brasileiro!
• Cantores do rádio: Carmen Miranda e sua irmã Aurora cantando a canção no filme “Alô, Alô, Carnaval“, sucesso gravado em 1936 – visite o post CANTORES DO RÁDIO em ALMANAQUE QUALQUER NOTA pra saber a história dessa música: https://www.youtube.com/watch?v=EM02ENiiuZ0
• Cantores do rádio (Braguinha, Lamartine Babo e Alberto Ribeiro) – Elis Regina, Rita Lee, Maria Bethania, Gal Costa, Fafá de Belém, Marina, Joyce, Zezé Motta, Joana, Quarteto em Cy: https://www.youtube.com/watch?v=prPXz-_L5og
• Seu Libório. Não foi um hit como as anteriores, mas vale a pena ouvir o grande Vassourinha (1923 – 1942) e a flauta do inigualável de Benedito Lacerda (1903 -1958), e o molho do seu regional. Vassourinha foi o nome artístico adotado por Mário de Oliveira Ramos, grande promessa, que foi embora com apenas 19 anos, deixando apenas 12 músicas gravadas. https://www.youtube.com/watch?v=2kWq8PQKsZw
Smile (Original: Música de Charlie Chaplin e letra de John Turner e Geoffrey Parsons) na interpretação do genial Jimmy Durante: https://www.youtube.com/watch?v=UM–qYBjYlc
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• O CARNAVAL do BRAGUINHA
Quando o Brasil marcou o quarto gol contra a temida seleção espanhola, no campeonato mundial de 1950, um torcedor emocionado, afundado na cadeira, chamava atenção: era o único torcedor que não estava comemorava a nossa goleada. – Pessoal, olha só esse cara quietinho, só pode ser espanhol… Em seguida vem o quinto gol e o coro imenso toma conta do estádio:
Eu fui às touradas de Madri Parará-tchim-bum-bum-bum Parará-tchim-bum-bum-bum E quase não volto mais aqui…
O tal torcedor quietinho, não consegue conter o choro; são 200.000 brasileiros cantando Touradas em Madri, a música que ele, Carlos Alberto Braga, o João de Barro, ou Braguinha, compôs com Alberto Ribeiro para o Carnaval de 1938. Ouça a gravação original, com Almirante: • Touradas em Madri – https://www.youtube.com/watch?v=CDWopjSWot0
Vale a pena escarafunchar a letra dessa música. Tem muito a ver.
• Pastorinhas (Noel Rosa e Braguinha). Marcha-rancho inspirada no Rancho das Pastoras de Vila Isabel, foi lançada em 1935, na voz de João Petra de Barros, sob o título de “Linda pequena“, não obteve sucesso. Entretanto, Braguinha , pouco depois da morte de Noel, relançou a composição, com algumas mudanças na letra e no nome, que passou a ser “Pastorinhas”.Essa versão venceu o concurso carnavalesco da prefeitura do Rio de Janeiro, em 1938. Estava em segundo lugar entre as marchinhas, e para o primeiro porque a que liderava até então – Touradas em Madri (!), de Braguinha e Alberto Ribeiro – foi desclassificada, sob a alegação de que era um passo-doble (dança de origem espanhola, muito executada em touradas!). Lançada na voz de Sílvio Caldas em 1dezembro de 1937, obteve sucesso merecido com várias regravações. Esta é a original: https://www.youtube.com/watch?v=dIAMPwqDYlA
• Tem gato na tuba (Braguinha)- Essa foi uma das quatro marchinhas de carnaval que selecionei para o repertório do primeiro LP da Turma do Balão Mágico* . As outras foram P.R. Você, de Hervé Cordovil e Cristovão de Alencar, Cowboy do Amor, de Wilson Baptista Roberto Martins e Upa! Upa! (Meu Trolinho), de Ary Barroso. Foi gratificante ouvir as crianças cantarem composições de autores que até hoje admiro. Aqui, o gato na tuba: https://www.youtube.com/watch?v=oFf0Wiyvgok.
* Escrevi 56 letras para os 7 LPs da Turma do Balão Mágico .
Braguinha e alguns colegas em reunião na casa de Vinicius de Moraes, na Gávea, Rio de Janeiro, para salvar a música de carnaval. 1967. Quem identificar mais de dez, receberá, via email, um apertado abraço virtual.
Braguinha e o colega que levou o piano pra Mangueira
O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) é uma organização sem fins lucrativos sediada em Niterói – RJ que é voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira. Sua missão consiste em documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é um dos maiores arquivos online de informações, sons e imagens da discografia brasileira, disponível na internet para consultas gratuitas.
Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país. Isto equivale a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente. https://immub.org/p/o-instituto.
BIBLIOGRAFIA:
OBS: Grande parte destes livros não se encontram mais à venda, mas, os sebos e a NET estão aí para nos salvar.
SEVERIANO, Jairo. Yes, nós temos Braguinha. Rio de Janeiro: Funarte. 1987.
REIS, Aquiles Rique. O gogó de Aquiles. São Paulo. A Girafa Editora. 2004.
VIVACQUA, Renato. Música Popular Brasileira. Cantos e Encantos. São Paulo. João Scortezi Editora. 1992.
LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira.Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda, 2000.
CUNHA, Maria Clementina Pereira. Ecos da Folia. Uma história social do Carnaval Carioca entre 1880 e 1920. São Paulo: Companhia das Letras. 2001.
ENEIDA. História do Carnaval Carioca, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1958.
SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol 1. 1901-1957.São Paulo: Editora 34. 1997.
VALENÇA, Soares Suetônio. Tra-lá-lá. Rio de Janeiro: Funarte. 1981.
SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 2. 1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.
MARIZ, VASCO. A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.
PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.
ALENCAR, Edigar de. O carnaval carioca através da música, 2 vols. Rio de Janeiro: Freitas Bastos. 1965.
TINHORÃO, José Ramos.Pequena história da música popular. São Paulo: Art. 1991.
ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1965.
DIDIER, Carlos. Nássara – Passado a limpo. Rio de Janeiro: Editora José Olympio. 2010.
SANTA CRUZ, Maria Aurea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.
MARTINS, J.B. Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.
CALDAS, Waldenyr. Iniciação à Música Popular Brasileira. São Paulo: Editora Ática. 1989.
CABRAL, Sérgio. Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Lazuli Editora. 2011.
BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali – O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.
TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: da modinha ao Tropicalismo. São Paulo: Art Editora. 1986.
TINHORÃO, José Ramos. Música Popular: um tema em debate. São Paulo: Editora 34. 1997.
CABRAL, Sérgio. Pixinguinha. Vida e Obra. Rio de Janeiro: Lumiar Editora. 1997.
MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.
OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.
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• Visite os posts CANTORES DO RÁDIO e BRAGUINHA 90 anos 90, em ALMANAQUE QUALQUER NOTA, vol 1 e vol.2.
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Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, ao comemorar 90 anos:
– A vida gosta de quem gosta dela.
Braguinha morreu em 24/12/2006, aos 99 anos.
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O CD “CadaUmComSeuCadaUm pode ser ouvido: Youtube Music, Spotify, Deezer, Apple Music.
Noel: “Nasci no Estácio o samba é a corda eu sou a caçamba O samba na realidade não vem do morro e nem lá da cidade – e quem suportar uma paixão sentirá que o samba então nasce do coração”. Feitio de Oração.
Wilson: Você vem de um palacete, eu nasci num barracão, sapo namorando a lua, numa noite de verão”. Preconceito.
Ismael: “… ele é aquele que na escola de samba toca, pandeiro, surdo e tamborim. Faça por ele, como se fosse por mim”. Antonico.
Ismael recebeu a medalha da Ordem do Jogral, oferecida por Luís Carlos Paraná, dono desse bar que marcou época em São Paulo, dos anos 60 e 70. Fui levá-lo, e, no caminho o fundador da “Deixa Falar”, primeira escola de samba me mostrou um cartão que tirou duma carteira guardada no bolso interno do paletó, junto ao peito. Na frente:
Noël Rosa – Compositor
Rua Teodoro da Silva, 392 – Vila Isabel
No verso: Ismael, aparece em casa; quero te mostrar umas coisas. Abraço. Noël.
Meu objetivo além de prestar uma homenagem a Noel Rosa, é mostrar a atualidade da sua poesia.Arrisco-me a dizer que, mesmo para as pessoas com menos de 40 anos, que em quase sua totalidade não conhecem Noel Rosa, um momento de observação cuidadosa sobre o que ele disse e cantou não passaria incólume: é impossível não impressionar ou se emocionar com algumas partes de sua obra, mesmo que não se goste dela no sentido mais estrito.
A análise das letras das músicas de Noel Rosa foi feita consultando o extraordinário trabalho de Omar Abu Chahia Jubran, reproduzido em uma coleção de 14 CD’ sobre o “Poeta da Vila”, lançado em 2000 pela Universal. Muitos fatos e dados estão baseados no excelente livro de João Máximo e Carlos Didier (Noel Rosa, uma biografia mais acurada e detalhada de Noel bem como no famoso livro de Almirante (“Nos tempos de Noel Rosa”, 2a. ed, 1977, Francisco Alves).
Tido por muitos como o “filósofo do samba”, vejo Noel mais como um extraordinário cronista do nosso cotidiano, com uma criatividade e uma sagacidade – e por não se dizer beleza – inigualáveis. A maioria das letras de Noel tem ao menos uma palavra magistralmente escolhida, uma expressão fascinante, uma combinação maravilhosa de termos que dizem, por meio de uma dezena de sílabas, algo que outros só conseguiriam expressar com muitos versos.
Por volta do fim dá década de 60, Jornalista Sérgio Cabral, pai do ex-prefeito do Rio de Janeiro, estava presente em um debate entre os dois sambistas. Donga (Rio de Janeiro, nascido em 5 de abril de 1890 e falecido em 25 de agosto de 1974) pertencente ao primeiro estilo de Samba e o criador do que seria o primeiro do Brasil o “Pelo Telefone” composto na casa da Tia Ciata, uma negra Baiana que se mudou para o Rio e era anfitriã de pessoas influentes, tendo muita importância na história do samba e candomblé no País e Ismael Silva, um dos fundadores do segundo estilo. Ao serem indagados sobre o que era samba, começou a confusão! Donga respondeu que samba sempre foi: “O Chefe da polícia pelo telefone mandou me avisar, que na carioca tem uma roleta para se jogar….” Citando o começo do seu samba “Pelo Telefone”, Ismael Silva na mesma hora retrucou “ISSO É MAXIXE!” Quando Ismael foi indagado por Donga com a mesma pergunta sobre o que era Samba, Este prontamente respondeu: ” Se você jurar que me tem amor eu posso me regenerar. Mas se é para fingir mulher, a orgia assim não vou deixar…” Citando o samba de sua composição. No mesmo momento Donga interrompeu afirmando “ISSO É MARCHA!!!”
O que é, e qual a origem do Samba Vamos tentar entender e tirar nossas próprias conclusões, conhecendo um pouco dos gêneros musicais citados pelos dois compositores da época.
O que é Maxixe? O Maxixe é um estilo de musica brasileira criada pelos negros no Rio de Janeiro e que esteve em alta no fim do século XIX, ficou também conhecida como Tango Brasileiro, por conta das influências de ritmo exercidas pelos Tangos Argentinos, que também surgiram na mesma década. O que é Marcha? Como a própria palavra já diz, é um estilo musical feito para marchar, geralmente é escrito em compassos. Começou sendo usada nas marchas militares, também foi criada a marcha fúnebre e depois nasceram as marchas de carnaval, usadas nos blocos de rua e posteriormente nas escolas de samba. Da marcha foi desenvolvido depois os sambas enredo. Samba então é…. Finalizando, do Maxixe a Marcha, samba é samba e tá na alma e no sangue do brasileiro, e como tudo no Brasil, ao meu entender é um miscigenação de ritmos, com influência africana, argentina e de vários outros cantos. Enfim samba é a cara do Brasil, tudo junto e misturado.
O Carnaval
por Noël Rosa
O carnaval nada mais é do que uma amostra, na Terra, de como será o inferno no céu.
O Brasil. Por Noël Rosa
Comparo o meu Brasil A uma criança perdulária Que anda sem vintém Mas tem a mãe que é milionária.
Carta para Lindaura
Carta ao médico
André Diniz no seu livro1
Acerta no x do problema:
Um sambista de mão cheia.… que construiu a sua musicalidade reunindo referências diversas.… Um mediador cultural que, nas trocas de linguagem e na experiência de mundo com os compositores de formação mais humilde, dos morros e do subúrbio, deu o caminho definitivo de um samba que não é negro nem branco, mas mestiço; um samba que não nasceu no morro nem no asfalto, mas com a obra do indivíduo que soube aproveitar a influência dos rítmos europeus, africanos e americanos na formação de suas composições, mediando mundos culturais distintos, ultrapassando fronteiras delimitadas pela origem social, expressando a música de uma cidade.
O samba na realidade
Não vem do morro
Nem lá da cidade
E quem suportar uma paixão
Sentirá que o samba então
Nasce do coração.
Publicado pela Casa da Palavra e inclui um belo CD com sucessos do nosso Noël.
Quem Dá Mais
Araci de Almeida e Ismael Silva no túmulo de Noel Rosa
“O samba evoluiu. A rudimentar voz do morro transformou-se, aos poucos, numa autêntica expressão artística… A poesia espontânea do nosso povo levou a melhor na luta contra o feitiço do academismo a que os intelectuais do Brasil viveram muitos anos ingloriamente escravizados. Poetas autênticos, anquilosados no manejo do soneto, depauperados pela torturante lapidação de decassílabos e alexandrinos sonoros, sentiram em tempo a verdade. E o samba tomou conta de alguns deles(…) O gosto público foi-se aprimorando. Outros poetas vieram dizer, em linguagem limpa e bonita, coisas maravilhosas (…)É preciso, porém, acentuar que esses poetas tiveram, também que se modificar, abandonando uma porção de preconceitos literários. Influíram sobre o público, mas foram, também, por ele influenciados. Da ação recíproca dessas duas tendências, resultou a elevação do samba, como expressão de arte, e resultou na humanização de poetas condenados a estacionar pelo sortilégio do academismo”.
BIOGRAFIA INDICADA: MAXIMO, João e DIDIER, Carlos, Noel Rosa – uma biografia. Brasília: UNB, 1990.
SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.
SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 2. 1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.
MARIZ, VASCO.A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.
PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.
SANDRONI, Carlos. Feitiço Decente: Transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor/ Editora UFRJ. 2001.
CABRAL, Sérgio. Escolas de Samba do Rio de Janeiro.Rio de Janeiro: Lazuli Editora. 2011.
ALENCAR, Edigar de. O carnaval carioca através da música, 2 vols. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1965.
ANDRADE, Mário de. Aspectos sobre a música brasileira. São Paulo: Martins Editora, 1975.
BARBOSA, Orestes. Samba, Rio de Janeiro: Funarte, 1978.
VASCONCELOS, EDUARDO ALCÂNTARA. Noel Rosa : Para Ler e Ouvir .São Paulo: Annablume: Bracarola, 2004.
MATOS, Claudia. Acertei no milhar: samba e malandragem no tempo de Getúlio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
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NAVES, Santuza Cambraia. Canção popular no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2010.
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GENTE DE SUCESSO.A vida de Tom Jobim.Rio de Janeiro: Editora Rio.
RISÉRIO, Antonio. Caymmi: Uma Utopia de Lugar. Bahia: Editora Perspectiva.
DOMINGUES, André. Caymmi sem folclore.São Paulo: Barcarolla. 2009.
ENCONTROS/TOM JOBIM. Tom Jobim. Organização e apresentação Frederico Coelho e Daniel Caetano.Rio de Janeiro: Azougue Editorial. 2011.
PAZ, Ermelinda, A. Jacob do Bandolim. Rio de Janeiro: Funarte. 1997.
CASTRO, Ruy. Chega de Saudade.A História e as Histórias da Bossa Nova.
São Paulo: Companhia das Letras. 1990.
CABRAL, Sérgio. Pixinguinha. Vida e Obra.Rio de Janeiro: Lumiar Editora. 1997.
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NAPOLITANO, Marcos. A Síncope das Idéias.São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo. 2007.
MOURA, M. ROBERTO. No Princípio era a Roda. Um estudo sobre o samba, partido-alto e outros pagodes.Rio de Janeiro: Rocco. 2004.
MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.
OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.
Batuque é um privilégio ninguem aprende samba no colégio Noël Rosa
A vila não quer abafar ninguém só quer mostrar que faz samba também. Noël Rosa
Fazer poema lá na vila (Isabel) é um brinquedo ao som do samba dança até o arvoredo. Noël Rosa
Fazer samba não é contar piada quem faz samba assim não é de nada o bom samba é uma forma de oração Baden Powell – Vinicius de Moraes
Porque o samba nasceu lá na Bahia e se hoje ele é branco na poesia ele é negro demais no coração Baden Powell – Vinicius de Moraes Samba triste, a gente faz assim eu aqui, você longe de mim. Billy Blanco – Baden Powell Então não vamos mais brigar saudade fez um samba em seu lugar Carlos Lyra – Ronaldo Bôscoli
O samba trazendo a alvorada meu coração Paulinho da viola
Falsa baiana?
Ô Brasil, samba que dá bamboleio que faz gingar ô Brasil do meu amor terra de nosso senhor Ary Barroso Samba morena e me desacata Ary Barroso Frase de Desde que o samba é samba, e Agoniza mas não morre Ai, que samba bom ai que coisa louca! Geraldo Pereira Nasci no Estácio e fui diplomado na roda de bamba Noël Rosa
Êle é aquele que vive na corda êle é aquele que na escola de samba toca cuíca, tocas surdo e tamborim faça por ele como se fosse por mim Ismael Silva …? Eu só ponho bebop no meu samba ? é Jackson mesmo? quando o tio Sam… O pato vinha cantando alegremente, quem-quem quando o marreco sorridente pediu para entrar também no samba Jaime Silva – Neusa Teixeira?
Samba lelê tá doente… D.P.?
Eu nasci com o samba no samba eu me criei e do danado do samba nunca me separei Dorival Caymmi
Quem samba não nega que o samba carrega esse dom de curar Devotos do Samba, Leandro Sapucahy
O samba é o pai do prazer O samba é filho da dor Caetano Veloso e Gilberto Gil? Ver se tem mais
E quando eu me apaixonei Não passou de ilusão, o seu nome rasguei Fiz um samba canção das mentiras de amor Que aprendi com você Tom Jobim
Faço meus sambas e faço meus trenzinhos. Adoniran Barbosa
Leva meu samba Meu mensageiro Este recado para meu amor primeiro Leva meu samba – Ataulfo Alves Quero morrer numa batucada de bamba Na cadencia bonita do samba – Ataulfo Alves
André Diniz , Noël Rosa, o poeta do samba e da cidade:
O samba, na realidade não vem do morro, nem lá da cidade e quem suportar uma paixão sentirá que o samba, então, nasce do coração Noël Rosa
Kid Pepe, parceiro de, Noël Rosa, em “Orvalho vem caindo”: – Eu já sei porque você só dá palpite: é porque eu não gosto de salada de palmito! Noel: – Pô Kid, isso não rima ! Kid: – Não rima no fim, mas rima no começo !
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Wilson Batista
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ISMAEL SILVA
Batucando na caixa de fósforo
com Vinícius de Moraes
Com Nelson Cavaquinho
com Carmem Miranda
com Carmem Costa
Luiz Barbosa
Rei da divisão, do molho e da mumunha. Boêmio inveterado, morreu aos vinte e oito anos de idade. Ouça o carinha cantando e batucando no seu chapéu de palha, acompanhado espetacularmente ao piano por Custódio Mesquita. Algo assim como uma tabelinha Pelé e Coutinho.
Luiz BarbosaLuiz Barbosa e Pixinguinha
Na Estrada da Vida, de Wilson Baptista. Gravação de 1933.
Seja Breve
Composição de Noel Rosa. Luiz Barbosa canta em dueto com João Petra. Gravação de 1933. Custódio Mesquita, pra variar, arrasando no piano.
Vassourinha
Mário Ramos, genial sambista paulistano, o Vassourinha, que nos deixou em 1942 aos 19 anos de idade. Garoto sincopado. Sua obra se resume em apenas seis discos 78 rpm.
Contribui com algumas fotos e pitacos para o curta metragem A Voz e o Vazio; a Vez de Vassourinha, (1998), roteiro e direção de Carlos Adriano.
Seguem duas gravações do varredor da Rádio Record, com o acompanhamento mais que demais do regional de Benedito Lacerda.
Ouça Vassourinha. Estrela luminosa e breve.
… e o Juiz Apitou, de Wilson Baptista. Gravação de 1942.
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Cyro Monteiro
Descendente direto de Luiz Barbosa. Ao invés do chapéu de palha, caixa de fósforos, assim como Wilson Baptista, de quem foi grande intérprete.
Estive diversas vezes com ele em 1965, por ocasião da montagem do espetáculo Vinicius Poesia e Canção,no Teatro Municipal de São Paulo, com direção de meu primo Zequinha Marques da Costa.
Uma das pessoas mais bonitas e bondosas que conheci na vida. Unanimidade entre os artistas como exemplo de ser humano. Grande contador de histórias, emérito batedor de papo.Um dia, num dos intervalos dos ensaios, saímos pra molhar a palavra, e no meio da conversa que girava em torno da desfaçatez e do cinismo dos políticos ele sai com essa:
– Edgard, o candidato é um ótimo sujeito, fala tudo que a gente quer ouvir, promete o mundo que a gente quer, quem não cumpre é o eleito! Tinha pavor de avião, só entrava em caso extremo e sob proteção de São Evilásio…
– São Evilásio, Cyro?
– Pois é, santo desconhecido tem maior disponibilidade…
Rio – São Paulo, só no saudoso trem noturno, batizado de “avião dos covardes”. Aracy de Almeida, a dama da Central, Vinicius de Moraes, Baden Powell, Braguinha, vararam muitas noites bebendo e cantando no carro restaurante que fechava às onze e meia da noite, mas com uma boa caixinha ia até às tantas.
Eu mesmo, quando tinha de ir ao Rio, para reuniões de pré-produção da Turma do Balão Mágico, me servia desse expediente, não que eu seja covarde, o que me falta é coragem.
Ouça o querido Formigão.
Quatro loucos num Samba. Do LP Senhor Samba, lançado pela CBS. 1961.Leia o texto de contracapa escrito por Vinicius de Moraes.
“Quatro loucos num samba” por Ciro Monteiro
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João Gilberto
Gênio. Inimitável. Nasceu em stereo. Voz e violão. Mudou a história da música popular mundial.
Incrível como ainda existe gente rotulando João Gilberto de bossa nova! João é, antes de mais nada, sambista!
Conheci João em 1961, nos bastidores do programa Brasil 61 que era apresentado por Bibi Ferreira, no antigo canal 9, na rua Nestor Pestana em São Paulo. Jamais vou esquecer a maneira gentil como me tratou – eu tinha 15 anos e ele era meu ídolo.
No dia seguinte liguei pro Lord Palace Hotel onde ele estava hospedado e aprendi tocar Um Abraço no Bonfá pelo telefone!
Falei com ele mais vezes , mas isso é papo para um outro post.
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Preciosa caixa Noel pela Primeira Vez,organizada por Omar Jubran, que contem a obra completa em 14 discos.
” Fiz um poema pra te dar, cheio de rimas que acabei de musicar se, por capricho, não quiseres aceitar, tenho que jogar no lixo mais um samba popular.”
– Pai, o Pelé vem gravar um comercial aqui no estúdio, hoje às quatro!
Fui correndo.
Depois de abraçá-lo – confesso que chorei – mandei essa:
– Pelé, a tua sorte foi que eu gostava de música!
O rei respondeu de primeira:
-Não vem me dizer que você com essa cara jogava futebol!
E eu fiquei pensando quantas vezes ele deve ter ouvido esse lero…
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Pelé e a camisa autografada para André Gil Bairão, futuro expoente da educação esportiva.
Pelé, querido; voce é o rei e sempre será!
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P.S.: Pelé, convidado para abrir a cerimônia de abertura da Copa do Mundo da Rússia, acabou não indo; fiquei super chateado, porque havia feito a letra para a música da cerimônia. Fica o consolo do sorriso do Rei, quando soube o nome:
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Adivinha, Paul Mounsey e Edgard Poças.
Voz: Diogo Poças
Ilustração de Maria do Céu, minha filha Céu
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Clique para ampliar
Ilustração de Fernanda Youssef, em Asas da Imaginação, coleção O Mágico do Balão.
Parceria com meu filho Diogo, que assim como Mili sua irmã, nasceu nessa vila tão querida. Um abraço paulistano em memória de Vadico e Noël Rosa que enriqueceram nossa música com seu talento.
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Diogo Poças e Edgard Poças
Quem nasce lá na Vila não vacila não
Ao abraçar o som
Que faz dançar os astros da madrugada
E o sol se atrasar pra alvorada
Quem nasce lá na vila nasce feito
Sem dó de preconceito
O bosque dá saúde
A liberdade atitude
E a vila Madá respeito
É produção independente
Que virou marca sem tirar patente
Nas quebradas da Harmonia
Desfiou o som
Som da gente com inteligência
Com feitiço, porem, com decência
A lira paulistana não se engana, não
Se tudo vale a pena
Se a alma não é pequena
Meu coração é Vila Madalena!
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A casa onde morávamos, graças à Deus, na rua Girassol 67.
Finalmente um songbook do maior sambista de todos os tempos! Tive a honra de conhece-lo pessoalmente nos bastidores do programa Brasil 61 apresentado por Bibi Ferreira na antiga TV Excelcior de São Paulo, onde hoje é o Teatro Cultura Artística, na rua Nestor Pestana. O diretor artístico do programa era o Alvaro Moya e seus auxiliares eram Manuel Carlos, o grande novelista e Abelardo Figueiredo que brilhou nas noites paulistanas dirigindo casas como, o Palladium, o Urso Branco na década de sessenta e criou e dirigiu o Beco introduzindo um novo formato aos shows em casas noturnas de São Paulo.
Wilson foi entrevistado por Bibi, cantou alguns sucessos e falou sobre a famosa polêmica em samba com Noël Rosa, sempre elogiando o grande poeta da vila.
O Songbook do grande Wilson. Todas as composições famosas em partituras corretas e diagramação clara e bonita. Os títulos das músicas escritos numa font produzida a partir da caligrafia do compositor. E um perfil biográfico nota dez. Golaço de Rodrigo Alzuguir e da Editora Vitale!
Saiba mais:
O excelente blog Nota de Rodapé entrevistou o biógrafo do sambista, Rodrigo Alzuguir, que lançou, no início de julho o livro de partituras “Wilson Baptista – Cancioneiro Comentado”. Em setembroAlzuguir vai lançar outra publicação sobre o sambista, a biografia “Wilson Baptista – O samba foi sua glória!”. *
Antes, o produtor cultural, ator, músico e pesquisador já havia produzido o espetáculo musical e o CD duplo que levaram o mesmo nome “O samba carioca de Wilson Baptista”.
Se voce ainda não comprou esse disco duplo, lançado pela Biscoito Fino, com a musica do maior sambista do Brasil, considere-se ultrapassado pelo passado porque meu querido amigo Rodrigo Alzuguir botou a obra no presente. Vinte faixas com grandes intérpretes e a trilha sonora do espetáculo sobre a obra de Wilson Baptista. Produção impecável. Êta pessoalzinho competente sô!
Aliás o Rodrigo logo logo vai presentear a música brasileira com a biografia, ou melhor, a tese do major.
Ouvi os CDs e chorei várias vezes, parece que o Brasil não conhece e em alguns casos não merece o Brasil. Morei na rua Domingos Leme que cruza com Bueno Brandão, Escobar Ortiz, Braz Cardoso, Domingos Fernandes, Philadelpho Azevedo, Balthazar da Veiga, Bastos Pereira, Afonso Brás e outros homenageados que desconheço profundamente – será que eu tambem não mereço o Brasil? – me sentiria muito melhor na rua Wilson Baptista. Se bem que se eu fosse o chefe mandava logo uma Via Wilson Baptista. A Estrada da Vida.
Eu daria tudo para voltar aos meus quinze anos numa noite em 1961 – nos bastidores do programa Brasil 61 de Bibi Ferreira – quando estive com ele e pedir sua benção.
Vinicius de Moraes, um ano depois, no célebre Encontro, com Antonio Carlos Jobim, João Gilberto e os Cariocas no Au Bon Gourmet, lançou seu Samba da Benção e esqueceu do maioral.
Rodrigo redimiu ambos com O Samba Carioca de Wilson Baptista. O album e o espetáculo do ano.
A benção Wilson Baptista!
Querendo saber mais sobre o album do ano, entre no endereço abaixo. E depois faça um favor a si e prove esse biscoito fino.
P.S#1: Danilo Miranda, tá aí uma boa dica – traz o espetáculo do seu conterrâneo Wilson – pra arrasar nos SESCs da paulicéia! Não tô charlando não!
P.S#2: Céu cantando Nega Luzia, do meu sambista favorito é demais pro coração do papi!
P.S#3: Rodrigo, acho justíssimo que o Carlos Monte tenha apresentado sua lista das grandes ausentes nos CDs e no espetáculo e aproveitando esse espaço para lançar a minha, quem sabe uma sugestão para o repertório do aguardado volume 2.
LISTA DO DEGAS:
Mariposa
Sistema nervoso
Esta noite eu tive um sonho
A mão do Alcides
Virou. . . virou. . .
Cowboy do amor (que eu coloquei no primeiro LP da Turma do Balão Mágico – imagina o Wilson compondo para crianças!)
Comício em Mangueira
Nossa Senhora das Graças
Gênio mau
Lá vem o Ipanema
Volta pra casa, Emília
Flor da Lapa
Deus no céu e ela na terra
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Rodrigo e eu por ocasião da gravação de Nega Luzia com participação da minha filha Céu no estúdio do meu filho Diogo.
Ao fundo à esquerda, Vassourinha, o grande intérprete dando uma força.