Archive for the ‘ALMANAQUE QUALQUER NOTA’ Category

Lamartinindo

terça-feira, julho 4th, 2023

A grande novidade, lá pelo começo dos anos 1930, aqui em Pindorama, era o cinema falado. A língua inglesa e a música norte-americana viraram moda nos meios artísticos e sociais do Rio de Janeiro, e nossos compositores, inspirados por essa invasão, criaram dezenas de canções satirizando a onda:

Good-bye, de Assis Valente, cantado por Carmen Miranda com o Lalá: https://www.youtube.com/watch?v=ud2rVcnzdDI

Não tem tradução, de Noel Rosa, revivido pelo saudoso João Nogueira: https://www.youtube.com/watch?v=523UwOiEna8

IMPERDÍVEL! Obra-prima do non-sense – CANÇÃO PARA INGLÊS VER, com o Lalá : http://www.youtube.com/watch?v=USCS_EWv30g

Aqui, nesse endereço se encontra, uma excelente análise sobre a Canção para inglês ver: http://365cancoes.blogspot.com/2010/11/310-cancao-para-ingles-ver.html

MAGREZA


• Dizia frequentemente que era tão magro que seu pijama só tinha uma listra.

• Lalá era magérrimo, desses que quando vira de perfil a gente pensa que foi embora, esquelético.


• Uma vez apresentado a um fã por um outro fã: – Esse aqui é o grande Lamartine Babo, compositor de Rancho Fundo:- Exagero doutor, só em osso…

• Apresentado por um amigo a um admirador:- Este é o Lamartine Babo em carne e osso. E Lalá:- Exagero, exagero. Em osso só. Em osso só.


• Ao chegar a uma esquina, contava, ouviu dois cachorros conversando e olhando para ele: – Se for para a direita, é seu; se for para a esquerda, é meu.


• Lalá dizia que era tão magro que não dava fotografias às minhas fãs; dava radiografias.


Numa entrevista publicada em agosto de 1936:- Eu me achava um colosso. Mas um dia, olhando-me no espelho vi que não tenho colo, só tenho osso.


• Uma ocasião, encomendando uma caixão para um amigo que acabara de falecer, ouve do dono da funerária : – O senhor quer que mande o caixão para casa ou o senhor já vai dentro ?


• Ao anoitecer, saindo do cemitério, Lalá, magrinho, feio e desdentado, o porteiro fala: – Fugindo, hein !?!


• Uma ocasião, ao entregar um telegrama no guichê dos Correios reparou que um dos funcionários batia com o lápis, em código Morse, para o colega referindo-se a ele: – Magro e feio… E o Lalá, pega o lápis, e bate também em Morse:- Magrinho, feio e ex-telegrafista !

CELIBATÁRIO

• Lamartine foi presidente do Clube dos Solteirões, associação que reunia os celibatários persistentes, mas, ele era casado (!) e apaixonado pela sua esposa, dna. Maria José Santos Barroso. Sobre o seu casamento dizia, carinhosamente, que, não era um matrimônio e sim um patrimônio.

Matrimônio, matrimônio: isso é lá com Santo Antônio

TOM JOBIM

• Ao ser comunicado que a entrevista que dera a um telejornal, daria lugar a cobertura da chegada de Tom Jobim dos Estados Unidos, Lalá questionou: – Quer dizer então que na verdade eu estou um tom abaixo?

HOMENAGEM PÓSTUMA


“Não quero busto quando morrer, prefiro ser vivo e robusto”.

Forget not me!

Serra da Boa Esperança

terça-feira, julho 4th, 2023

No princípio da década de 1930, Lamartine Babo, que estava no auge do prestígio, e após receber uma carta de uma certa “Nair Oliveira Pimenta”, mineira de Dores da Boa Esperança, que se dizia sua grande admiradora, passou a se corresponder com a fia e cada vez mais com maiorfrequência.

Se Lamartine escrevia em prosa, Nair respondia em prosa, se Lamartine escrevia em versos, “ela” respondia em versos.

Admirado com a inteligência de Nair, Lalá enviava fotos e a correspondência rolou por um ano, até que Nair interrompeu as cartas, alegando que iria se casar com um primo, e que “tudo não se passava de um sonho impossível”.

Lalá sentiu o golpe e resolveu ir até a Boa Esperança pelo menos para conhecer Nair… As crônicas do lugar descrevem Lamartine, ao chegar na cidade, como um sujeito “magro, feio e desdentado; porém, um sultão orgulhoso de seu harém”.

Para decepção do compositor, a única Nair do lugar, era uma menina de 6 anos de idade. Lalá não desistiu e continuou sua busca pela cidade até que alguém lhe revelou que, Nair era o dentista Carlos Alves Netto, um marmanjo, irmão de Nair, que assumiu que era ele quem mandava as cartas!

Lalá levou na esportiva. Ficou uns dias na cidade, fez amizade com Carlos Netto e com os músicos do lugar que foram privilegiados com a primeira audição da belíssima “Serra da Boa Esperança” que encerrava a esperança de rimar seus olhos, nos olhos de alguém que não vem.

Serra da Boa Esperança
Esperança que encerra
No coração do Brasil
Um punhado de terra
No coração de quem vai
No coração de que vem
Serra da Boa Esperança
Meu último bem

Parto levando saudades
Saudades deixando
Murchas, caídas na serra
Bem perto de Deus
Oh, minha serra
Eis a hora do adeus
Vou-me enbora
Deixo a luz do olhar
No teu luar
Adeus!

Parto, saudades levando, saudades deixando…

Serra da Boa Esperança, nas interpretações de:

Eduardo Dusek: https://www.youtube.com/watch?v=UZhkyw9b_Rk

Maria Bethânia: https://www.youtube.com/watch?v=kY9ZTHNq-mE

Jacob do Bandolim: http://cadaumcomseucadaum.com.br/wp-admin/post.php?post=4170&action=edit

Conjunto Virou Samba: https://www.youtube.com/watch?v=Cn-8q_PeHjE

Altemar Dutra: https://www.youtube.com/watch?v=vxSjiWuc_DI

Silvio Caldas: https://www.youtube.com/watch?v=V34eEAlFYUQ

Oh, minha serra, eis a hora do adeus, vou-me embora
Deixo a luz do olhar no teu luar
Adeus

Rancho Fundo

terça-feira, julho 4th, 2023

Ary Barroso – Lamartine Babo

“O ente que olhar, daqui a 100 anos, as obras-primas de J. Carlos, poderá viver a vida que estamos vivendo”

– Álvaro Moreira, um dos maiores desenhistas da história da imprensa brasileira.

J. Carlos

José Carlos de Brito e Cunha (1884-1950), o J. Carlos é autor de uma das mais poderosas crônicas visuais do Brasil na primeira metade do século XX. Sua vasta produção, que se acredita ter passado de 50 mil desenhos, inclui caricaturas, charges, cartuns, alfabetos tipográficos, vinhetas, publicidade, enfim, todo o universo gráfico das primeiras revistas ilustradas do Brasil. – do site do Instituto Moreira Salles.

Álvaro Moreira tinha razão. Em outubro de 2019, assistindo magnífico Instituto Moreira Sallesa a exposição  

J. Carlos: originais, uma longa e variada produção em cerca de 300 desenhos desse artista genial.

Aapresentação de Cássio Loredano:

https://ims.com.br/exposicao/j-carlos-originais-ims-paulista/

Porém, como autor teatral o grande desenhista não se saiu bem com o espetáculo É de outro mundo, que, após 16 dias depois da estreia, saiu de cartaz. De especial, nessa peça, havia o samba-canção Na grota funda – com o subtítulo de Esse mulato vai sê meu, com letra sua e música de Ari Barroso, apresentado por Araci Cortes:

Na grota funda/ Na virada da montanha/ Só se conta uma façanha/ Do mulato da Raimunda/

Matou a nega/ Cum pedaço de canela/ E depois, sem mais aquela/ Foi juntá com uma galega

Ela morreu/ Na virada da montanha/ Vai havê outra façanha/ Esse mulato vai sê meu

Esse mulato/ Vai fazendo o que ele qué/ Já matou duas mulhé/ Porque bamba ele é de fato

Se não morreu/ Vai mangá esse cachorro/ Na virada ali do morro/ Esse mulato vai sê meu

Lamartine Babo assistiu a peça, adorou a melodia de Ari Barroso, mas não gostou nada dos versos de J. Carlos.

E, sem consultar os autores, escreveu outra letra, mudou o nome da música para No rancho fundo e apresentou a nova obra num programa de rádio e, desse jeito nasceram, uma obra prima da música popular brasileira e uma inimizade entre J. Carlos e Ari Barroso, que durou até a morte do desenhista.

Ari Barroso tentou explicar a J. Carlos que não tinha nada a ver com isso, e jurou que a iniciativa foi de Lamartine Babo. Mas, foi em vão, porque ex-parceiro nunca mais quis saber de conversa. Ari, é claro, gostou da mudança na letra – se ele estivesse interessado em manter a parceria com J. Carlos não teria autorizado, um ano depois, a gravação da cantora Elisa Coelho.

Ouça a gravação original e tente identificar o pianista inzoneiro se esmolambado no acompanhamento: https://www.youtube.com/watch?v=HGD1rNkSnLo

… bem pra lá…

do fim do mundo…

Uma ocasião, Dona Darci Vargas, esposa de Getúlio, nossa primeira dama, contando com amplo apoio da imprensa, promoveu um espetáculo, com nossos maiores artistas, para angariar fundos para suas obras de assistência social, e foi um sucesso de público. Ao final da temporada, dona Darci, distribuiu brindes entre os artistas em sinal de agradecimento. Lamartine recebeu o do parceiro Ary Barroso, que não pode comparecer ao espetáculo, e, dias depois, encontra o que Lalá entrega-lhe uma caneta.

– Ué, não era um relógio? –  estranhou Ari.

– Não. É uma caneta mesmo – respondeu Lamartine.

– Disseram que ela me presenteou com um relógio.

– Que relógio, Ari, foi essa caneta, mesmo, palavra!

– Estranho…, a informação que me deram é que seria um relógio…

Ari não acreditou na história, convencido de que o relógio, presente de dona Darci virou caneta.

Tempo depois, o locutor Osvaldo Sargentelli, sobrinho de Lamartine, estava no restaurante Fiorentina, no Leme,

Rio de Janeiro, ao lado de Ari Barroso, quando Lamartine entrou, e foi até a mesa onde os dois estavam.

Ari enfia a mão no bolso de dentro do paletó, e fala, bem alto, para Lalá ouvir:

– Vou ver que horas são…

E tira uma caneta do bolso.

Me disseram que era uma caneta!

Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo) com Elisete Cardoso:

https://www.youtube.com/watch?v=i_bqt2PLNa4

Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo) com Chitãozinho e Xororó:

https://www.youtube.com/watch?v=5-Rk9lTAHI8

Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo) com António Zambujo e Miguel Araújo – no Coliseu do Porto, Portugal:

https://www.youtube.com/watch?v=5ZZoqjMma1w

Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo) com Fábio Junior:

https://www.youtube.com/watch?v=mwTjO2JaKGk

Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine) com Sylvio Caldas:

https://www.youtube.com/watch?v=s56wpjOBFR4

Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine) com Isaura Garcia:

https://www.youtube.com/watch?v=wiGH4sFuJM8

Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo) com Ana Clara e Gustavo Lima:

https://www.youtube.com/watch?v=NUN_ZcSZ42I

Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine) com Yamandú Costa:

https://www.youtube.com/watch?v=6WLBxdnsndA

Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine) com Francisco Petrônio e Dilermando Reis: https://www.youtube.com/watch?v=u1MHVDJv_EY

Rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine) com: Ana Vitória e Chitãozinho e Xororó:

https://www.youtube.com/watch?v=EEp8JyE5DMo

Forget isclaine maine Itapirú

A Esquina da Sorte

terça-feira, julho 4th, 2023

A Esquina da Sorte era uma casa lotérica do Rio de Janeiro, que assegurava, através do slogan, que, É mais fácil um burro voar do que a Esquina da Sorte falhar“, que todos os seus bilhetes seriam favoritos aos prêmios.

Lamartine Babo e Hervê Cordovil, compuseram uma marchinha de carnaval com o nome da casa lotérica, numa escancarada mensagem subliminar, de duplo sentido, que estabelecia uma relação entre a sorte no amor e a Esquina da Sorte .

A marchinha, um verdadeiro “jingle” para a casa lotérica, foi gravada em janeiro de 1936 e lançada em fevereiro, bem em cima do “tríduo momesco”.

Os dois\ conseguiram arrancar “uns cobres” do proprietário.

Clique e ouça, com Aracy de Almeida e Lamartine Babo:

https://www.youtube.com/watch?v=HOMtYtfOagI

Esquina da Sorte

(Lamartine Babo e Hervé Cordovil)

– 8.083, 50 mil-réis! 8.083!

Na esquina da sorte
onde mora o meu amor
encontrei um bilhete
enrolado numa flor

Um bilhete azulzinho
Cinco abraços, dez beijos
E depois do carinho
um milhão de desejos
Um encontro mais forte
Outro encontro depois
E a não ser nossa sorte
nada além de nós dois!

E no fim do bilhete
outro encontro marcado
Um cinema, um sorvete
Tudo bem combinado!
Umas frases amigas
e umas brigas depois
E a não ser nossas brigas
nada além de nós dois!

Zero, zero, zero, zero…
Pra que tanto zero?
Zero, zero, zero, zero…

Hervé
Lalá

A moda pegou. Hervé e Lalá já haviam composto um “jingle” para a Companhia Antártica de Cerveja, louvando as qualidades do seu chope em barril. A letra reagia à novidade do chope em garrafa, lançado pela rival Companhia Cervejaria Brahma. Era uma marchinha, intitulada, nada mais nada menos que: “Madame du Barril”!

Edgard Poças

Tem criança no samba

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

à Noel Rosa, Ismael Silva e Wilson Batista

Tem criança no samba por Diogo Poças

Tem criança no samba

Quem diz que criança não sabe sambar

não sabe de nada de samba

deixa falar

o samba é criança do Estácio de Sá

herança que vem da Bahia, iá iá

O samba é cadência espalhada no ar

é dança da gente do nosso país

quem diz que criança não sabe sambar

eu nunca ouvi um palpite tão infeliz

Quem diz que criança não sabe sambar

não sabe a história do samba

deixa falar

o samba é criança do Estácio de Sá

herança que vem da Bahia, iá iá

O samba é cadência espalhada no ar

é dança da gente do nosso país

quem diz que criança não sabe sambar

eu nunca ouvi um palpite tão infeliz

Dança criança

o samba no pé

tem criança no samba, tem

tem criança na roda

quem diz que criança não sabe sambar

é palpite infeliz ou não é?

Vai pra escola

e deixa falar.

Quem diz que criança não sabe sambar

não sabe não serve pro samba

deixa falar

o samba é criança do Estácio de Sá

herança que vem da Bahia, iá iá

O samba levanta poeira do chão

é porta bandeira do nosso país

criança balança  no samba

criança tem ginga de bamba

quem é você quem não sabe nem o que diz

Noel Rosa Ismael Silva Wilson Batista

Ismael Silva

Noel: “Nasci no Estácio o samba é a corda eu sou a caçamba O samba na realidade não vem do morro e nem lá da cidade – e quem suportar uma paixão sentirá que o samba então nasce do coração”. Feitio de Oração.

Wilson: Você vem de um palacete, eu nasci num barracão, sapo namorando a lua, numa noite de verão”. Preconceito.

Ismael: “… ele é aquele que na escola de samba toca, pandeiro, surdo e tamborim. Faça por ele, como se fosse por mim”. Antonico.

Ismael Silva fala sobre o samba:

https://www.youtube.com/watch?v=8_KKiSPzz9Y&list=FLug0n2ZsZSjsOI67EdglW0A

Ismael recebeu a medalha da Ordem do Jogral, oferecida por Luís Carlos Paraná, dono desse bar que marcou época em São Paulo, dos anos 60 e 70. Fui levá-lo, e, no caminho o fundador da “Deixa Falar”, primeira escola de samba me mostrou um cartão que tirou duma carteira guardada no bolso interno do paletó, junto ao peito. Na frente:

Noël Rosa – Compositor

Rua Teodoro da Silva, 392 – Vila Isabel

No verso: Ismael, aparece em casa; quero te mostrar umas coisas. Abraço. Noël.

Bando de Tangarás: sensacional!

http://www.youtube.com/watchv=eZHh_rSIFXA&feature=youtu.be

TEM CRIANÇA NO SAMBA

Texto: Carlos Heitor Cony

Meu objetivo além de prestar uma homenagem a Noel Rosa, é mostrar a atualidade da sua poesia.Arrisco-me a dizer que, mesmo para as pessoas com menos de 40 anos, que em quase sua totalidade não conhecem Noel Rosa, um momento de observação cuidadosa sobre o que ele disse e cantou não passaria incólume: é impossível não impressionar ou se emocionar com algumas partes de sua obra, mesmo que não se goste dela no sentido mais estrito.

Análise de 21 canções de Noël Rosa: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-20032013-094031/publico/2011_SandraReginaMarcelinoPinto_VCorr.pdf

A análise das letras das músicas de Noel Rosa foi feita consultando o extraordinário trabalho de Omar Abu Chahia Jubran, reproduzido em uma coleção de 14 CD’ sobre o “Poeta da Vila”, lançado em 2000 pela Universal. Muitos fatos e dados estão baseados no excelente livro de João Máximo e Carlos Didier (Noel Rosa, uma biografia mais acurada e detalhada de Noel bem como no famoso livro de Almirante (“Nos tempos de Noel Rosa”, 2a. ed, 1977, Francisco Alves).

Tido por muitos como o “filósofo do samba”, vejo Noel mais como um extraordinário cronista do nosso cotidiano, com uma criatividade e uma sagacidade – e por não se dizer beleza – inigualáveis. A maioria das letras de Noel tem ao menos uma palavra magistralmente escolhida, uma expressão fascinante, uma combinação maravilhosa de termos que dizem, por meio de uma dezena de sílabas, algo que outros só conseguiriam expressar com muitos versos.

Por volta do fim dá década de 60, Jornalista Sérgio Cabral, pai do ex-prefeito do Rio de Janeiro, estava presente em um debate entre os dois sambistas. Donga (Rio de Janeiro, nascido em 5 de abril de 1890 e falecido em 25 de agosto de 1974)  pertencente ao primeiro estilo de Samba e o criador do que seria o primeiro do Brasil o “Pelo Telefone” composto na casa da Tia Ciata, uma negra Baiana que se mudou para o Rio e era anfitriã de pessoas influentes, tendo muita importância na história do samba e candomblé no País e Ismael Silva, um dos fundadores do segundo estilo.
Ao serem indagados sobre o que era samba, começou a confusão! Donga respondeu que samba sempre foi: 
“O Chefe da polícia pelo telefone mandou me avisar, que na carioca tem uma roleta para se jogar….”
Citando o começo do seu samba “Pelo Telefone”, Ismael Silva na mesma hora retrucou “ISSO É MAXIXE!”
Quando Ismael foi indagado por Donga com a mesma pergunta sobre o que era Samba, Este prontamente respondeu:
” Se você jurar que me tem amor eu posso me regenerar. Mas se é para fingir mulher, a orgia assim não vou deixar…”
Citando o samba de sua composição.
No mesmo momento Donga interrompeu afirmando “ISSO É MARCHA!!!”

O que é, e qual a origem do Samba
Vamos tentar entender e tirar nossas próprias conclusões, conhecendo um pouco dos gêneros musicais citados pelos dois compositores da época.
 
O que é Maxixe?
O Maxixe é um estilo de musica brasileira criada pelos negros no Rio de Janeiro e que esteve em alta no fim do século XIX, ficou também conhecida como Tango Brasileiro, por conta das influências de ritmo exercidas pelos Tangos Argentinos, que também surgiram na mesma década.
O que é Marcha?
Como a própria palavra já diz, é um estilo musical feito para marchar, geralmente é escrito em compassos. Começou sendo usada nas marchas militares, também foi criada a marcha fúnebre e depois nasceram as marchas de carnaval, usadas nos blocos de rua e posteriormente nas escolas de samba. Da marcha foi desenvolvido depois os sambas enredo.
Samba então é….
Finalizando, do Maxixe a Marcha, samba é samba e tá na alma e no sangue do brasileiro, e como tudo no Brasil, ao meu entender é um miscigenação de ritmos, com influência africana, argentina e de vários outros cantos. Enfim samba é a cara do Brasil, tudo junto e misturado.

O Carnaval

por Noël Rosa


O carnaval 
nada mais é 
do que uma amostra, 
na Terra, 
de como será
o inferno no céu.

O Brasil. Por Noël Rosa

Comparo o meu Brasil
A uma criança perdulária
Que anda sem vintém
Mas tem a mãe que é milionária.

Carta para Lindaura

Carta ao médico

André Diniz no seu livro1

Acerta no x do problema:

Um sambista de mão cheia.… que construiu a sua musicalidade reunindo referências diversas.… Um mediador cultural que, nas trocas de linguagem e na experiência de mundo com os compositores de formação mais humilde, dos morros e do subúrbio, deu o caminho definitivo de um samba que não é negro nem branco, mas mestiço; um samba que não nasceu no morro nem no asfalto, mas com a obra do indivíduo que soube aproveitar a influência dos rítmos europeus, africanos e americanos na formação de suas composições, mediando mundos culturais distintos, ultrapassando fronteiras delimitadas pela origem social, expressando a música de uma cidade.

O samba na realidade

Não vem do morro

Nem lá da cidade

E quem suportar uma paixão

Sentirá que o samba então

Nasce do coração.

Publicado pela Casa da Palavra e inclui um belo CD com sucessos do nosso Noël.

Quem Dá Mais

Araci de Almeida e Ismael Silva no túmulo de Noel Rosa

CLIQUE PRA OUVIR:

https://www.ouvirmusica.com.br/noel-rosa-musicas/

Foto do Noel com dedicatória para Aracy de Almeida
Noel Rosa e Braguinha, fazendo um som.
Noel pensativo
Noel Rosa e Wilson Batista

Ismael em São Paulo, por Edgard Poçashttp://www.edgardpocas.com.br/category/qualquer-nota/ismael-silva-que-eu-conheci/

Referências bibliográficas.

https://mobile.mis.rj.gov.br/perolas/carta-escrita-por-ary-barroso/

Tentar Baixar do Youtube o somente o endereço e também a serie do Braguinha sobre ele.

Assista ao excelente documentário: Noël Rosa – Meu luto é saudade:

Documentário

http://www.youtube.com/watch?v=wGo_Ns_Ec1c

www.youtube.com/watch?v=wGo_Ns_Ec1chttps://www.youtube.com/watch?v=wGo_Ns_Ec1c

http://www.youtube.com/watch?v=-50LXGbZC2ow

Ary Barroso, em carta para Almirante, radialista, cantor e pesquisador da música brasileira:

https://mobile.mis.rj.gov.br/perolas/carta-escrita-por-ary-barroso/

ENTREVISTA de Noel Rosa para o jornal ??????:

“O samba evoluiu. A rudimentar voz do morro transformou-se, aos poucos, numa autêntica expressão artística… A poesia espontânea do nosso povo levou a melhor na luta contra o feitiço do academismo a que os intelectuais do Brasil viveram muitos anos ingloriamente escravizados. Poetas autênticos, anquilosados no manejo do soneto, depauperados pela torturante lapidação de decassílabos e alexandrinos sonoros, sentiram em tempo a verdade. E o samba tomou conta de alguns deles(…) O gosto público foi-se aprimorando. Outros poetas vieram dizer, em linguagem limpa e bonita, coisas maravilhosas (…)É preciso, porém, acentuar que esses poetas tiveram, também que se modificar, abandonando uma porção de preconceitos literários. Influíram sobre o público, mas foram, também, por ele influenciados. Da ação recíproca dessas duas tendências, resultou a elevação do samba, como expressão de arte, e resultou na humanização de poetas condenados a estacionar pelo sortilégio do academismo”.

BIOGRAFIA INDICADA: MAXIMO, João e DIDIER, Carlos, Noel Rosa – uma biografia. Brasília: UNB, 1990.

PARA PESQUISA deTODOS COMPOSITORES da MPB:

IMMUB – https://immub.org/compositor/lamartine-babo

ALMIRANTE. No tempo de Noel Rosa. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora. 1977.

MÁXIMO, João, DIDIER, Carlos. Noel Rosa, uma biografia.Brasília: Editora Universidade de Brasília. 1990.

DINIZ, André. Noel Rosa, o poeta do samba e da cidade. Rio de Janeiro: Casa d.a Palavra. 2010.

CALDEIRA, Jorge. Noel Rosa – De costas para o mar. São Paulo: Brasiliense Editora. 1982. 

SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad Editora. 1998.

FROTA, Wander Nunes. Auxílio Luxuoso. Samba símbolo nacional, geração Noel Rosa e indústria cultural. São Paulo: Anna Blume. 2003.

ALVITO, Marcos. Histórias do Samba: de João da Baiana a Zeca Pagodinho. Rio de Janeiro: Matrix. 2013.

CARVALHO, Hermínio Bello de. Araca – Arquiduquesa do Encantado. Um perfil de Aracy de Almeida. Rio de Janeiro: Edições Folha Seca. 2004.

MARIZ, Vasco.Vida Musical. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1997.

VIVACQUA, Renato. Música Popular Brasileira. Cantos e Encantos. São Paulo: João Scortezi Editora. 1992.

ALENCAR, Edigar de. Claridade e Sombra na Música do Povo. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora. 1984.

AUGUSTO, Alexandre.  Moreira da Silva. O último dos malandros. Rio de Janeiro: Editora Record. 1996. 

DINIZ, André. Almanaque do Samba. A história do samba. O que ouvir. O que ler, onde curtir. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2006.

GIRON, Luís Antônio.  Mário Reis. O Fino do Samba. São Paulo: Editora 34. 2001.

CABRAL, Sergio. As Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Lumiar Editora. 1996.

LOPES, Nei. O Negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical. Partido-Alto, Calango, Chula e outras cantorias. Rio de Janeiro: Pallas Editora. 1992.

JUNIOR, GONÇALO. Pra que mentirVadico, Noel Rosa e o Samba.São Paulo: Editora Noir. 2017.

COSTA, Haroldo.100 Anos de Carnaval no Rio de Janeiro. São Paulo:  Irmãos Vitale. 2000.

CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. São Paulo: Editora Itatiaia Ltda. 1984.

ANDRADE, Mário. Dicionário Musical Brasileiro. São Paulo: Editora Itatiaia Ltda. 1989.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras. Vol. 2. 1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.

MARIZ, VASCO.A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

SANDRONI, Carlos. Feitiço Decente: Transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933).  Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor/ Editora UFRJ. 2001.

CABRAL, Sérgio. Escolas de Samba do Rio de Janeiro.Rio de Janeiro: Lazuli Editora. 2011.

ALENCAR, Edigar de. O carnaval carioca através da música, 2 vols. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1965.

ANDRADE, Mário de. Aspectos sobre a música brasileira. São Paulo: Martins Editora, 1975.

BARBOSA, Orestes. Samba, Rio de Janeiro: Funarte, 1978.

VASCONCELOS, EDUARDO ALCÂNTARA. Noel Rosa : Para Ler e Ouvir .São Paulo: Annablume: Bracarola, 2004.

MATOS, Claudia. Acertei no milhar: samba e malandragem no tempo de Getúlio. Rio de Janeiro:  Paz e Terra, 1982.

MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Funarte, 1983.

LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira.Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda, 2000.

TINHORÃO, José Ramos.  Música popular, teatro e cinema. Petrópolis: Vozes, 1972.

TINHORÃO, José Ramos. Os sons do negro no Brasil. São Paulo: Art, 1988.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular. São Paulo: Art , 1991.

VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira, Rio de Janeiro:  Martins Editora, 1977.

VALENÇA, Suetônio e VALENÇA, Raquel. Serra, serrinha, serrano: o império do samba, Rio de Janeiro: José Olympio, 1981.

ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo: Livraria Martins Editora. 1965.

ARAUJO, Ari e HERD, Erika Franziska. Expressões da Cultura Popular: as escolas de samba do Rio de Janeiro e o Amigo da Madrugada. Rio de Janeiro: Editora Vozes. 1978.

MUNIZ JR, J. Sambistas Imortais. Dados biográficos de 50 figuras do mundo do samba. Volume I (1950 – 1914). São Paulo: Editora Símbolo. 1976.

GOMES, Bruno Ferreira. Wilson Batista e sua época.  Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

LOPES, Nei. Sambeabá – o samba que não se aprende na escola. Rio de Janeiro: Edições Folhas Secas. 2003.

LUSTOSA, Isabel. Nássara. O Perfeito fazedor de artes. Rio de Janeiro:  Relume Dumara.1999.

DIDIER, Carlos. Nássara – passado a limpo. Rio de Janeiro: Editora José Olympio. 2010.

LEITÃO, Luiz Ricardo.Noel Rosa: Poeta da Vila, Cronista do Brasil. São Paulo: Expressão Popular. 2009.

CALDEIRA, Jorge.A Construção do Samba. São Paulo: Mameluco. 2007.

DOMENICO, Guca. O Jovem Noel Rosa. São Paulo: Editora Nova Alexandria. 2003.

SANTA CRUZ, Maria Aurea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

BORGES, Beatriz. Samba-Canção. Fratura & Paixão. Rio de Janeiro: Editora Codecri. 1982.

EPAMINONDAS, Antônio. Brasil Brasileirinho. Rio de Janeiro: Editora Catedra. 1982.

CARVALHO, Hermínio Bello de. Sessão Passatempo. Rio de Janeiro: Relume – Dumará.1995.

MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

PINTO, Mayra.Noel Rosa: O Humor na Canção. São Paulo: Ateliê Editorial.

SOARES, Maria Thereza Mello. São Ismael do Estácio: o sambista que foi rei.Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

VIEIRA, Luiz Fernando. PIMENTEL, Luis. VALENÇA, Suetônio.  Um escurinho direitinho. A vida e a obra de Geraldo Pereira. Rio de Janeiro: Relume – Dumará. 1995.

BELTRÃO JR, Synval. A musa mulher na canção brasileira. São Paulo: Estação Liberdade. 1993.

CALDAS, Waldenyr. Iniciação à Música Popular Brasileira. São Paulo:  Editora Atica.1989.

LOPES, Nei. Zé Kéti. O samba sem senhor. Rio de Janeiro: Relume – Dumará. 2000.

AGUIAR, Jorge. Nada além: A vida de Orlando Silva. São Paulo: Editora Globo.1995.

VIANNA, Hermano. O mistério do samba. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1995.

CABRAL, Sergio. A MPB na era do rádio. Rio de Janeiro: Editora Moderna. 1996.

SQUEFF, Ênio. WISNIK, José Miguel. O nacional e o popular na cultura brasileira.São Paulo: Brasiliense. 1982.  

SIQUEIRA, Baptista. Origem do termo samba. São Paulo: IBRASA. 1978.

FRANCESCHI, Humberto M., Samba de Sambar do Estácio. 1928 a 1931. São Paulo: Instituto Moreira Salles. 2010.

ANHANGUERA, James. Corações Futuristas: Notas sobre musica popular brasileira. Lisboa: A regra do jogo Edições. 1978.

MORAES, Vinicius de. Samba falado (crônicas musicais). Rio de Janeiro: Beco do Azougue Editorial. 2008.

SOUZA, Tarik de., VASCONCELOS, Ary – MOURA, Roberto M. MAXIMO, João, MUGGIATI, Roberto, MANSUR, Luiz Carlos. SANTOS, Turíbio. SANT’ANNA, Afonso R. – CAURIO, Rita.

Viagem pelos Sons e Ritmos Populares. Brasil Musical. Rio de Janeiro: 1988.

ALZUGUIR, Rodrigo. Wilson Baptista: O samba foi sua glória! Rio de Janeiro: Casa da Palavra Produção Editorial. 2013.

ALVITO, Marcos. Histórias do Samba. De João da Baiana a Zeca Pagodinho. Rio de Janeiro: Matrix. 2013.

CARVALHO, Castelar de. ARAUJO, Antonio Martins de. Noel Rosa: língua e estilo. Rio de Janeiro: Thex Editora. 1999.

NAPOLITANO, Marcos. A síncope das ideias: A questão da tradição na música popular brasileira. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo. 2007.

RUIZ, Roberto. Araci Cortes: Linda Flor. Rio de Janeiro: Funarte. 1984.

ALENCAR, Edigar de. Nosso sinhô do samba. Rio de Janeiro: MPB Reedições. 1981.

BARBOSA, Orestes. Samba: Sua história, seus poetas, seus músicos e seus cantores.Rio de Janeiro: MPB Reedições.1978.

GUIMARÃES, Francisco. Na Roda do Samba.Rio de Janeiro: MPB Reedições.1978.

GOMES, Bruno.Adoniran: Um sambista diferente. Rio de Janeiro:  Martins Fontes/Funarte. 1987.

CAMPOS, Alice Duarte Silva. GOMES, Dulcinéia Nunes. SILVA, Francisco Duarte. SARGENTO, Nelson. Um certo Geraldo Pereira. Rio de Janeiro: Funarte. 1983.

LIRA NETO. A história do Samba :vol.1 – as origens.  São Paulo: Companhia das Letras. 2017.

SOUZA, Tarik de. ANDREATO, Elifas. Rostos e Gostos da Música Popular Brasileira. Porto Alegre: L&PM Editores. 1979.

BARBOSA DA SILVA, Marília. OLIVEIRA FILHO, Arthur. L. de. Cartola: Os tempos idos.Rio de Janeiro: Funarte. 1983.

PIMENTEL, Luís. VIEIRA, Luís Fernando.Wilson Batista. Na corda bamba do samba. Rio de janeiro: Relume – Dumará.1996.

CABRAL, Sergio. ABC do Sergio Cabral. Um desfile dos craques da MPB.Rio de Janeiro: Codeci. 1979.

MUSSA, Alberto. SIMAS, Luiz Antônio. Samba de enredo, história e arte. Rio de Janeiro: Editora Afiliada. 2010. 

RANGEL, Lúcio. Samba, Jazz e outras notas. Rio de Janeiro: Agir Editora. 2007.

BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: da modinha ao Tropicalismo. São Paulo: Art Editora. 1986.

TINHORÃO, José Ramos. Música e Cultura Popular. Vários escritos sobre um tema em comum. São Paulo: Editora 34. 2017.

TINHORÃO, José Ramos. História social da Música Popular Brasileira. Lisboa: Editoral Caminho. 1990.

EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume1. Rio de Janeiro: Funarte. 1978.

EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume 2. Rio de Janeiro: Funarte. 1980.

SOUZA, Tárik de, Márcia Sesimbra, Tessy Calado. Tons sobre Tom.Rio de Janeiro: Revan: 1995.

CABRAL, Sérgio. Antonio Carlos Jobim. Uma Biografia. Rio de Janeiro: Lumiar Editora: 1997.

SÁNCHEZ, José Luis. Tom Jobim. A simplicidade do génio.Rio de Janeiro: Record: 1998.

NAVES, Santuza Cambraia. Canção popular no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2010.

HOMEM, Wagner, OLIVEIRA, Luiz Roberto. Histórias de Canções – Tom Jobim.

São Paulo:  Leya. 2012.

JOBIM, Helena. Antonio Carlos Jobim. Um Homem Iluminado. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1996.

GENTE DE SUCESSO.A vida de Tom Jobim.Rio de Janeiro: Editora Rio. 

RISÉRIO, Antonio. Caymmi: Uma Utopia de Lugar. Bahia: Editora Perspectiva.

DOMINGUES, André. Caymmi sem folclore.São Paulo: Barcarolla. 2009.

ENCONTROS/TOM JOBIM. Tom Jobim. Organização e apresentação Frederico Coelho e Daniel Caetano.Rio de Janeiro: Azougue Editorial. 2011.

PAZ, Ermelinda, A. Jacob do Bandolim. Rio de Janeiro: Funarte. 1997.

CASTRO, Ruy. Chega de Saudade.A História e as Histórias da Bossa Nova.

São Paulo: Companhia das Letras. 1990.

CABRAL, Sérgio.  Pixinguinha. Vida e Obra.Rio de Janeiro: Lumiar Editora. 1997.

VALENÇA, Soares Suetônio. Tra-lá-lá.Rio de Janeiro: Funarte. 1981.

NAPOLITANO, Marcos.  A Síncope das Idéias.São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo. 2007.

MOURA, M. ROBERTO.  No Princípio era a Roda. Um estudo sobre o samba, partido-alto e outros pagodes.Rio de Janeiro: Rocco. 2004.

MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.

DICIONÁRIO CRAVO ALBIN da MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – http://dicionariompb.com.br/lamartine-babo

SONGBOOKS:

CHEDIAK, Almir. Noel Rosa 1 – Songbook – Petrópolis: Lumiar Editora. n/d.  

CHEDIAK, Almir. Noel Rosa 2 – Songbook – Petrópolis: Lumiar Editora. n/d

CHEDIAK, Almir. Noel Rosa 3 – Songbook – Petrópolis: Lumiar Editora. n/d

ALZUGUIR, Rodrigo. Wilson Baptista – Cancioneiro Comentado. Perfil Biográfico. Partituras Cifradas. São Paulo: Irmãos Vitale. 2013.

Assista o Filme “Noël Rosa, o poeta da Vila”

hthttp://www.youtube.com/watch?v=aw-KHB8w3fI8w3fI

Batuque é um privilégio
ninguem aprende samba no colégio
Noël Rosa
 
A vila não quer abafar ninguém
só quer mostrar que faz samba também.
Noël Rosa
 
Fazer poema lá na vila (Isabel) é um brinquedo
ao som do samba dança até o arvoredo.
Noël Rosa
 
Fazer samba não é contar piada
quem faz samba assim não é de nada
o bom samba é uma forma de oração
Baden Powell – Vinicius de Moraes
 
Porque o samba nasceu lá na Bahia
e se hoje ele é branco na poesia
ele é negro demais no coração
Baden Powell – Vinicius de Moraes
 
Samba triste, a gente faz assim
eu aqui, você longe de mim.
Billy Blanco – Baden Powell 
 
Então não vamos mais brigar
saudade fez um samba em seu lugar
Carlos Lyra – Ronaldo Bôscoli
 
O samba trazendo a alvorada
meu coração 
Paulinho da viola
 
Falsa baiana?
 
Ô Brasil, samba que dá
bamboleio que faz gingar
ô Brasil do meu amor
terra de nosso senhor
Ary Barroso
 
Samba morena 
e me desacata
Ary Barroso
 
Frase de Desde que o samba é samba, e Agoniza mas não morre
 
Ai, que samba bom
ai que coisa louca!
Geraldo Pereira
 
Nasci no Estácio
e fui diplomado na roda de bamba
Noël Rosa
 
Êle é aquele que vive na corda 
êle é aquele que na escola de samba
toca cuíca, tocas surdo e tamborim
faça por ele como se fosse por mim
 
Ismael Silva
 
…? Eu só ponho bebop no meu samba
? é Jackson mesmo?
quando o tio Sam…
 
O pato vinha cantando alegremente, quem-quem
quando o marreco sorridente pediu
para entrar também no samba
Jaime Silva – Neusa Teixeira?
 
Samba lelê tá doente… D.P.?
 
Eu nasci com o samba
no samba eu me criei
e do danado do samba
nunca me separei
Dorival Caymmi
 
Quem samba não nega que o samba carrega esse dom de curar
Devotos do Samba, Leandro Sapucahy
 
O samba é o pai do prazer
O samba é filho da dor
Caetano Veloso e Gilberto Gil? Ver se tem mais
 
E quando eu me apaixonei
Não passou de ilusão, o seu nome rasguei
Fiz um samba canção das mentiras de amor
Que aprendi com você
Tom Jobim
 
Faço meus sambas e faço meus trenzinhos.
Adoniran Barbosa
 
Leva meu samba
Meu mensageiro
Este recado
para meu amor primeiro
 Leva meu samba – Ataulfo Alves
 
Quero morrer numa batucada de bamba
Na cadencia bonita do samba
– Ataulfo Alves
 
 

André Diniz , Noël Rosa, o poeta do samba e da cidade:


O samba, na realidade
não vem do morro, nem lá da cidade
e quem suportar uma paixão
sentirá que o samba, então,
nasce do coração
Noël Rosa

Kid Pepe, parceiro de, Noël Rosa, em “Orvalho vem caindo”:
– Eu já sei porque você só dá palpite:
é porque eu não gosto de salada de palmito!
Noel: – Pô Kid, isso não rima !
Kid: – Não rima no fim, mas rima no começo !

Wilson Batista

ISMAEL SILVA

Batucando na caixa de fósforo


com Vinícius de Moraes
Com Nelson Cavaquinho
com Carmem Miranda

com Carmem Costa

Luiz Barbosa

Rei da divisão, do molho e da mumunha. Boêmio inveterado, morreu aos vinte e oito anos de idade. Ouça o carinha cantando e batucando no seu chapéu de palha, acompanhado espetacularmente ao piano por Custódio Mesquita. Algo assim como uma tabelinha  Pelé e Coutinho.

Na Estrada da Vida, de Wilson Baptista. Gravação de 1933.

Seja Breve

Composição de Noel Rosa. Luiz Barbosa canta em dueto com João Petra. Gravação de 1933. Custódio Mesquita, pra variar, arrasando no piano.

 

Vassourinha

Mário Ramos, genial sambista paulistano, o Vassourinha, que nos deixou em 1942 aos 19 anos de idade. Garoto sincopado. Sua obra se resume em apenas seis discos 78 rpm.

Contribui com algumas fotos e pitacos para o curta metragem A Voz e o Vazio; a Vez de Vassourinha, (1998), roteiro e direção de Carlos Adriano.

Seguem duas gravações do varredor da Rádio Record, com o acompanhamento mais que demais do regional de Benedito Lacerda.

Ouça Vassourinha. Estrela luminosa e breve.

… e o Juiz Apitou, de Wilson Baptista. Gravação de 1942.

 •

Cyro Monteiro

Descendente direto de Luiz Barbosa.  Ao invés do chapéu de palha, caixa de fósforos, assim como Wilson Baptista, de quem foi grande intérprete.

Estive diversas vezes com ele em 1965, por ocasião da montagem do espetáculo Vinicius Poesia e Canção,no Teatro Municipal de São Paulo, com direção de meu primo Zequinha Marques da Costa.

Uma das pessoas mais bonitas e bondosas que conheci na vida. Unanimidade entre os artistas como exemplo de ser humano. Grande contador de histórias, emérito batedor de papo.Um dia, num dos intervalos dos ensaios, saímos pra molhar a palavra, e no meio da conversa que girava em torno da desfaçatez e do cinismo dos políticos ele sai com essa:

– Edgard, o candidato é um ótimo sujeito, fala tudo que a gente quer ouvir, promete o mundo que a gente quer, quem não cumpre é o eleito! Tinha pavor de avião, só entrava em caso extremo e sob proteção de São Evilásio…

– São Evilásio, Cyro?

– Pois é, santo desconhecido tem maior disponibilidade…

Rio – São Paulo, só no saudoso trem noturno, batizado de “avião dos covardes”. Aracy de Almeida, a dama da Central, Vinicius de Moraes, Baden Powell, Braguinha, vararam muitas noites bebendo e cantando no carro restaurante que fechava às onze e meia da noite, mas com uma boa caixinha ia até às tantas.

Eu mesmo, quando tinha de ir ao Rio, para reuniões de pré-produção da Turma do Balão Mágico, me servia desse expediente, não que eu seja covarde, o que me falta é coragem.

Ouça o querido Formigão.

Quatro loucos num Samba. Do LP Senhor Samba, lançado pela CBS. 1961.Leia o texto de contracapa escrito por Vinicius de Moraes.

“Quatro loucos num samba” por Ciro Monteiro

 •

João Gilberto

Gênio. Inimitável. Nasceu em stereo. Voz e violão. Mudou a história da música popular mundial.

Incrível como ainda existe gente rotulando João Gilberto de bossa nova! João é, antes de mais nada, sambista! 

Conheci João em 1961, nos bastidores do programa Brasil 61 que era  apresentado por Bibi Ferreira, no antigo canal 9, na rua Nestor Pestana em São Paulo. Jamais vou esquecer a maneira gentil como me tratou – eu tinha 15 anos e ele era meu ídolo.

No dia seguinte liguei pro Lord Palace Hotel onde ele estava hospedado e aprendi tocar Um Abraço no Bonfá  pelo telefone!

Falei com ele mais vezes , mas isso é papo para um outro post.

Preciosa caixa Noel pela Primeira Vez,organizada por Omar Jubran, que contem a obra completa em 14 discos.

” Fiz um poema pra te dar,
cheio de rimas que acabei de musicar
se, por capricho, não quiseres aceitar, tenho que jogar no lixo mais um samba popular.”

Noël Rosa

O Bando de Tangarás. Noël em movimento.

terça-feira, julho 4th, 2023

Assista as únicas imagens de Noel Rosa (1910-1937) em movimento junto ao Bando de Tangarás que ele integrou entre 1929 e 1931.

A história: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/8/09/ilustrada/6.html

Chorinho sabido

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

a Pixinguinha (1897-1973) e a Jacob do Bandolim (1918-1969)

por Maria Clara Novaes

Seu sabe tudo, você sabe tantas coisas

dos astros, das estrelas, do céu sabe também

dos continentes dos países e dos povos

sabidão sabe que sabe

sabe mais do que ninguém

Sabe dos rios oceanos cachoeiras

das plantas e dos bichos, das pedras dos metais

História

geografia

tecnologia

e Ciências Naturais

e muito mais:

Informática Política Gramática

prosa Poesia

artes em geral

Esportes Medicina

economia

sabe disso daquilo etc. e tal

Não há dúvida de quanto você sabe

e eu aqui querendo só saber porque

que o sabidão aí nem desconfia

como eu gosto

quanto eu gosto de você

Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha (Rio de Janeiro, 4 de maio de 1897 — Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973), foi um compositor, arranjador, maestro, professor, flautista e saxofonista brasileiro.

Chorinho Sabido por Edgard Poças

Não deixe de assistir esse Vídeo do Thomas Farkas! Vale a pena!
Carteira de Identidade de compositor
Pixinguinha e amigos
Pixinguinha e sua flauta – Os oito batutas
Com Radamés Gnatalli
partitura “Vou vivendo”
saxofone… músico completo.
Da flauta ao
Com alguns amigos.
Com Luis Amistrong
Dormindo na partitura
Com Donga
E Cartola

Jacob Pick Bittencourt, mais conhecido como Jacob do Bandolim (Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 1918 — Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1969) foi um músico, compositor e bandolinista brasileiro de choro.

Com Pixinguinha

Caros amigos

 

Relendo o belo livro Jacob do Bandolim,  de Ermelinda A. Paz,  professora da URFJ e da Uni Rio, vencedora do Concurso Lúcio Rangel de monografias da Funarte, lançado em 1997,

 

Vejam esse depoimento dado no “Programa Gláucio Gil”, em 1965, colhido na pg  107 do compositor Jacob  que “era muito apegado às suas raízes culturais, motivo pelo qual era um eterno desconfiado para com os modismos e o que se chamasse renovação em música” .

 

Eu noto que todas as vezes que se fala em música brasileira atual, fala-se necessariamente no vocábulo evolução. Nunca se fala em involução, que é justamente o antônimo, o oposto. Eu acho que o fato dese modificar alguma coisa não significa necessariamente evolução. Pode ser involução. E aliás é o que vejo.

 

“Jacob estava se referindo em especial à bossa nova. Não foram poucas as vezes em que ele dizia que o pessoal que divulgava a bossa nova não sabia o que era bossa nova. O episódio ocorrido com a música Chega de Saudade, de tom e Vinicius, foi para ele umademonstração de que estava certo quanmdo dizia que nem eles sabiam o que faziam”.

 

vamos ao episódio (pg 168) narrado pelo próprio Jacob em carta datada de março de1963 ao jornalista e grande biógrafo da MPB, Sérgio Cabral

 

 

pg 138 : Jacob regravaChegadeSaudade, LP MIS (set 68 ), ao vivo, num espetáculo memorável ao lado de Elizete Cardoso e Zimbo Trio,  realizado no Teatro João Caetano, no RJ, ícone da Bossa Nova aquela que na pg é chamada;;;;;;;;;;;;;  e a parte bisada do show. O LP  foi relançado pelo MIS em 1977 (pg 141)

 

 

pg 135 :   gravou Chega de Saudade  no  LP RCA VICTOR (jun 63 !) “Jacob revive sambas para voce cantar” – com regional e metais portanto não pode ser choro, pois, Tom Jobim havia-lhe tramsmitido por meio da partitura.

O maestro fala constantemente que achava imporante escrever a composição,

registrar a obra músical no papel.

 

 

Tom aparece ao lado de Vinicius de Moraes num caderno intitulado Repertório Trivial  (pg 35), que constava de 329 títulos, de diversos gêneros. Aliás, desse relicário poderiam perfeitamente constar  O Barquinho,  Nós e o Mar , Telefone, Você,  Vagamente, Ah, Se Eu Pudesse, Errinho à-toa, e outras tantas de Roberto Menescal, magnífico compositor, para não citar o grande Tom, o que nos leva a pensar que as referências a BN tinham um pouco de implicância  do genial  bandolinista.

 

 

 

pg 168 : história da parte partitura manuscrita (pg 189) onde se lê  “ Ao Jacob o Chega deSaudade, como foi feito” , assinado por Antonio Carlos Jobim, em 18 – 12 -59, e posteriormente à máquina por Jacob, “no Bar Zeppelin, rua Visconde de Pirajá, presente Lúcio Rangel”. Comparando-a com a escrita no Cancioneiro Jobim,  recentemente publicado com o mais-que-credibilizado aval de Paulo Jobim notamos que :

 

e levanto a lebre,  só vai dar pra entender, lá no “descanso que a vida não dá”  lá no “oco do mundo”, Naquele A este encontro que a gente eu não devo faltar , porque se eu fosse recnstruir essa história eu diria que naquela mesa (tá faltando ele, J.Gilberto), parece que esse bar jávai fechar, do Vilarinho, nunca mais.

Será?

edgard poças

 

Referências bibliográficas:

ARANHA, Carla. Chorinho. Como todo começou. Rio de Janeiro: DBA Editora. 2012.

ALVITO, Marcos. Histórias do Samba. De João da Baiana a Zeca Pagodinho. Rio de Janeiro: Matrix. 2013.

MARIZ, Vasco. Vida Musical. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1997.

CASTELLO BRANCO, Sidney. Benedito Lacerda. O Flautista de ouro: Um gênio da orfandade. Rio de Janeiro: Global Choro Music. 2014.

ANDRADE, Mário. Dicionário Musical Brasileiro. São Paulo: Editora Itatiaia Ltda. 1989.

LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira. Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda.  2000.

ARANHA, Carla. Chorinho Brasileiro: como tudo começou. São Paulo: DBA Artes Gráficas. 2012.

ALENCAR, Edigar de. Claridade e Sombra na Música do Povo. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora.1984.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras., Vol. 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de músicas brasileiras., Vol. 2. 1958-1985. São Paulo: Editora 34. 1998.

MARIZ, VASCO. A Canção Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1985.

PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular. São Paulo: Art . 1991.

VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. Rio de Janeiro: Martins Editora, 1977.

ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. São Paulo:  Livraria Martins Editora. 1965.

LUSTOSA, Isabel. Nássara. O Perfeito fazedor de artes. Rio de Janeiro: Relume-Dumará.1999.

DIDIER, Carlos. Nássara – passado a limpo. Rio de Janeiro: Editora José Olympio. 2010.

SANTA CRUZ, Maria Aurea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

EPAMINONDAS, Antônio. Brasil, Brasileirinho. Rio de Janeiro: Editora Catedra. 1982.

SALES, Fernando. MPB em Pauta. Rio de Janeiro: José Olympio Editora. 1984.

VIEIRA, Jonas. Orlando Silva – O cantor das multidões. Rio de Janeiro: Funarte.1985.

CARVALHO, Hermínio Bello de. Sessão Passatempo. Rio de Janeiro:  Relume – Dumará.1995.

MARTINS, J.B. Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

CALDAS, Waldenyr. Iniciação à Música Popular Brasileira. São Paulo:  Editora Ática. 1989.

AGUIAR, Jorge. Nada além: A vida de Orlando Silva. São Paulo: Editora Globo.1995.

CABRAL, Sergio. A MPB na era do rádio. Rio de Janeiro: Editora Moderna. 1996.

SQUEFF, Enio. WISNIK, José Miguel. O nacional e o popular na cultura brasileira. São Paulo: Brasiliense. 1982. 

MORAES, Vinicius de. Samba falado (crônicas musicais). Rio de Janeiro: Beco do Azougue Editorial. 2008.

DINIZ, André. Pixinguinha. O gênio e o tempo. Rio de Janeiro: Casa da Palavra: 1975.

RUIZ, Roberto. Araci Cortes: Linda Flor. Rio de Janeiro: Funarte. 1984.

CABRAL, Sérgio. Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Lazuli Editora. 2011.

PINTO, Alexandre Gonçalves. O Choro. Rio de Janeiro: MPB Reedições.1978.

SILVA, Marília Trindade Barboza da. OLIVEIRA FILHO, Arthur Loureiro de. Filho de Ogum Bexiguento. Rio de Janeiro: Funarte. 1979.

ALENCAR, Edigar de. O fabuloso e Harmonioso Pixinguinha. Rio de Janeiro: Livraria editora Catedra. 1979.

RANGEL, Lúcio. Samba, Jazz e outras notas. Rio de Janeiro: Agir Editora. 2007.

CAZES, Henrique. Choro do Quintal ao Municipal. São Paulo: Editora 34. 1998.

BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: da modinha ao Tropicalismo. São Paulo: Art Editora. 1986.

TINHORÃO, José Ramos. Música Popular: um tema em debate. São Paulo: Editora 34. 1997.

EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume1. Rio de Janeiro: Funarte. 1978.

EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume 2. Rio de Janeiro: Funarte. 1980.

PAZ, Ermelinda A.  Jacob do Bandolim. Rio de Janeiro: Funarte. 1997.

CABRAL, Sérgio.  Pixinguinha. Vida e Obra. Rio de Janeiro: Lumiar Editora. 1997.

SONGBOOKS & PARTITURAS:

CHEDIAK, Almir. Choro – Mário Sève, Rogério Souza e Dininho – São Paulo: Irmnaos Vitale. 2009.

Álbum de Choros de Pixinguinha e Benedito Lacerda. Álbum 1. São Paulo. Rio de Janeiro. Irmãos Vitale Editores. 1947.

Álbum de Choros de Pixinguinha e Benedito Lacerda. Álbum 2. São Paulo. Rio de Janeiro. Irmãos Vitale Editores. 1948.

Álbum Pixinguinha: melodias para instrumentos em clave de sol com cifras para piano ou acordeon. Irmãos Vitale. 1978.

CARRASQUEIRA, Maria José. O melhor de Pixinguinha. Melodias e Cifras. São Paulo. Rio de Janeiro. Irmãos Vitale Editores. 1997.

O melhor do choro brasileiro: 60 peças com melodias e cifras: 1º volume – São Paulo: Irmãos Vitale. 1997.

O melhor do choro brasileiro: 60 peças com melodias e cifras: 2º volume – São Paulo: Irmãos Vitale. 1998.

O melhor do choro brasileiro: 60 peças com melodias e cifras: 3º volume – São Paulo: Irmãos Vitale. 2002.

LEME, Bia Paes. Pixinguinha Na Pauta. 36 arranjos para o programa O Pessoal da Velha Guarda. São Paulo: Instituto Moreira Salles. 2010.

Dia Nacional do Choro.

terça-feira, julho 4th, 2023

Dia 23 de abril, Dia Nacional do Choro. Quem quiser saber de choro leia ou ouça Principios do Choro (vide infos que  eu postei anteriormente) e não deixe de ler os textos Herminio no Oficina… Sobre São Pixinguinha morreu numa igreja e ouça com benedito.                 Documentário: http://www.youtube.com/watch?v=9GORmbtsKC0 Farkas: http://www.youtube.com/watch?v=fhqAVEEezAw1965, Excelcior apartamentos, Vinicius disse: – Pixinguinha O Sol Sobre a Lama, Lamentos, Mundo Melhor Nara : Odeon   encomendado por ela à Vinicius:   http://www.youtube.com/watch?v=1sbcEYGKI2o         nazareth rocando Apanhei-te cavaquinho:   http://daniellathompson.com/Texts/Le_Boeuf/cron.pt.28.htm   aproveitem e visitem o belíssimo site da Danielle; e se possivel leiam As Crônicas Bovinas sobre Le Bouef… Documentário:

http://www.youtube.com/watch?v=9GORmbtsKC0(video indisponível) Farkas: http://www.youtube.com/watch?v=fhqAVEEezAw (video ok)

História, piada e fofoca.

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

dedicada à Chiquinha Gonzaga (1847 – 1935)

Chiquinha Gonzaga, por Luiz Peixoto.
Historia, piada e fofoca com Edgard Gianullo.

Eu vou te contar uma história
história bastante interessante
começa assim, emocionante
termina num fim eletrizante
 
Surpreendente é arrepiante
palpitante e extravagante
tem alegria também tem bastante
 
Patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
é assim Patati Patatá!
 
Agora vou te contar uma piada
piada que é muito engraçada
começa pra lá de hilariante
termina num riso galopante
 
Você vai se ralar de risada
você vai gargalhar gargalhada
essa piada é desopilante
 
Patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
é assim Piriri Pororó!
 
Eu vou te contar uma fofoca
fofoca que é bem cabeluda
fofoca é super linguaruda
alguém me contou mas não espalha
 
A fofoca é fogo na palha
a fofoca é farofa no vento
ela viaja que nem pensamento
 
Patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
é assim Patati Patatá!
 
É assim Patati Patatá!
é assim Patati Patatá!

“Compositora, maestrina e pianista, Chiquinha Gonzaga é tida até hoje não só como um dos grandes nomes da música brasileira dos séculos XIX e XX, mas como uma personagem marcante e atuante que, oriunda de uma sociedade patriarcal, abriu caminhos e rompeu barreiras em diversos segmentos, tornando-se pioneira na defesa dos direitos autorais de músicos e autores teatrais.” Apresentação de Chiquinha no Instituto Moreira Salles – https://ims.com.br/titular-colecao/chiquinha-gonzaga/

Site da Chiquinha – Ótimo! Idealizado pelos pianistas e pesquisadores Alexandre Dias e Wandrei Braga, o site do Acervo Digital Chiquinha Gonzaga dá acesso à biografia e às obra completas da compositora: http://www.chiquinhagonzaga.com/acervo/

BIOGRAFIA INDICADA: DINIZ, Edinha. Chiquinha Gonzaga. Uma história de vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora. 2009.

DOCUMENTÁRIO: A vida e a obra de Chiquinha Gonzaga.
https://www.youtube.com/watch?v=z8cC70sCoTk

MINISSÉRIE : Chiquinha Gonzaga (Resumo 1):
Clique : https://www.youtube.com/watch?v=FNnKtSKywUo.
OBS: No Youtube tem a Minissérie completa.

MINISSÉRIE : Chiquinha Gonzaga (Resumo 2) – https://www.youtube.com/watch?v=_VkUcbU5qUA

Acervo IMS – Vale muito uma visita (ims.com.br/) – Todas partituras da Chiquinha, digitalizadas.

CLIQUE PARA OUVIR 52 músicas da Chiquinha Gonzaga:
https://www.ouvirmusica.com.br/chiquinha-gonzaga/

POT-POURRI: Chiquinha Gonzaga – Maria Tereza Madeira (piano). https://www.youtube.com/watch?v=GDfyFrtI7mM
• REPERTÓRIO – Lua branca: 00:OO, A dama de ouros: 02:320, Atraente: 4:26, Faceiro: 06:46, Plangente: 09:30, Bijou: 12:26, Sedutor: 15:28, Bionne: 19:09, Tim Tim: 21:13, A Corte na Roça (Recitativo): 22:47, A Corte na Roça (Valsa): 24:37, Fogo Foguinho: 27:52, Anita: 29:32, Não Insistas Rapariga: 31:42, Cananéa: 34:08, Viva o Carnaval: 38:06, (Forrobodó (Quadrilha): 40:00, Forrobodó (Tema ): 41:12, Forrobodó (Cordão): 43:00, Gaúcho: 44:31, Abre Alas: 46:48 com Maria Tereza Madeira (piano)

HITS:

Atraente – com o gênio de Pixinguinha e Benedito Lacerda.
https://www.youtube.com/watch?v=FUM-Ov7ei-E

Atraente – com Maria Tereza Madeira (piano)https://www.youtube.com/watch?v=o8rB0ofBYR8

Lua Brancahttps://www.youtube.com/watch?v=ZFBN5ly7EPo

Lua branca – com Maria Bethania.https://www.youtube.com/watch?v=FNnKtSKywUo

Lua branca – com Carlos José: https://www.youtube.com/watch?v=biQ1DkYNUKs

Corta jaca – com Pepa Delgado & Mário Pinheiro – Essa música deu pano pra manga! Gravação de 1906: https://www.youtube.com/watch?v=t54XgK7s2n0

Corta Jaca – com Hércules Gomes (piano solo). https://www.youtube.com/watch?v=BXWBSmava34

Corta jaca – com Lisia Condé (vídeo https://www.youtube.com/watch?v=4wfrA54BMZg

• Vale à pena ler: http://daniellathompson.com/Texts/Le_Boeuf/cron.pt.8.htm

• Vale à pena ler: http://www.scielo.br/pdf/rieb/n67/2316-901X-rieb-67-00038.pdf

OBS: Querendo cortar mais jacas, vá até o menu QUALQUER NOTA e clique em CORTANDO JACA.

Ó abre alas, a primeira marcha de carnaval da história! É uma marcha rancho composta em 1899 para o bloco de rua “Rosa de Ouro”. Chiquinha era da fuzarca! – Banda da Casa Edison (1913) – Repare como parece um “corridinho” português. https://www.youtube.com/watch?v=Id8cl4nA9ng

OBS: Marcha rancho –  Um gênero musical que faz parte das nossas raízes. Seu ritmo é mais lento, dolente que o das marchas marchinhas comuns.

• Ó Abre Alas! Atualmente : https://www.ouvirmusica.com.br/marchinhas-de-carnaval/430778/

Partitura do tango brasileiro “Gaúcho”, que se tornou popular como “O Corta-jaca” / Acervo IMS

Forrobodó – Opereta burlesca em três atos com texto de Luís Peixoto e Carlos Bittencourt e música de Chiquinha Gonzaga. Estreou em 11 de junho de 1912 no Teatro São José, no Rio de JaneiroForrobodó significa um baile, sarau chinfrim.

OBS: Forrobodó é um baile popular, um arrastão pé, forró, festa ruidosa, animada, mas, também quer dizer confusão; trapalhada, falta de regras ou disciplina.

• Forrobodó – Maria Tereza Madeira (piano) e Lenine: https://www.youtube.com/watch?v=p3Uk2nenVuo

Para mim, Chiquinha deu muita sorte, me abriu caminhos. Aprendi muito com ela, e continuo aprendendo.” – Maria Tereza Madeira

Maxixe – Beth Carvalho: https://www.youtube.com/watch?v=KnhP-1BOw2M.

OBS: Maxixe,  foi o primeiro tipo de dança urbana surgida no Brasil. Era dançado em locais que não atendiam a moral e aos bons costumes da época, como em forrós, gafieiras da cidade nova e nos cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro, por volta de 1875. Aí tem muito assunto: vale a pena saber.

Chiquinha Gonzaga e o Maxixe, por Carla Clevelanti Marcílio: http://chiquinhagonzaga.com/wp/chiquinha-gonzaga-e-o-maxixe/

PRIMEIRA COMPOSIÇÃO DE CHIQUINHA GONZAGA. Composta aos 11 anos de idade: https://www.youtube.com/watch?v=J1S2wyWWU-I

Menina faceira
Atraente
Exma. Sra. D. Francisca Gonzaga.
Ó Abre Alas!

SONGBOOKS : O melhor de Chiquinha Gonzaga. Peças originais e arranjos para piano. São Paulo. Irmãos Vitale. 1999.

O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) é uma organização sem fins lucrativos sediada em Niterói – RJ que é voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira. Sua missão consiste em documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é um dos maiores arquivos online de informações, sons e imagens da discografia brasileira, disponível na internet para consultas gratuitas. Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país. Isto equivale a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente. https://immub.org/p/o-instituto

Onde estão os teatros? Procuro e não acho. Tenho escrito tantas peças, e boas, e agora tenho cinco peças lindas de bons escritores e não tenho teatro! Atualmente só representam tudo que há de indecente, porco e nojento!” – Chiquinha Gonzaga

BIBLIOGRAFIA:

OBS: Grande parte desse material não se encontra mais nas livrarias. Mas, contando com a sorte, pode ser encontrado nos sebos e/ou espalhados pela NET.

DINIZ, Edinha. Chiquinha Gonzaga. Uma história de vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora. 2009.

LIRA, Mariza. Chiquinha Gonzaga: Grande Compositora Popular Brasileira. Rio de Janeiro: MPB Reedições.1978.

Instituto Moreira Salles, 2012. https://ims.com.br/por-dentro-acervos/abre-alas-para-chiquinha/

MUGNAINI JR., Ayrton. A Jovem Chiquinha Gonzaga. São Paulo: Nova Alexandria. 2005.

CUNHA, Maria Clementina Pereira. Ecos da Folia. Uma história social do Carnaval Carioca entre 1880 e 1920. São Paulo. Companhia das Letras. 2001.

EFEGÊ, Jota. Maxixe – A Dança Excomungada. Rio de Janeiro: Companhia gráfica Lux. 1974.

MARIZ, VASCO. A Canção Brasileira. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1985.

ALENCAR, Edigar de. O carnaval carioca através da música, 2 vols. Rio de Janeiro: Freitas Bastos.1965.

SANDRONI, Carlos. Feitiço Decente: Transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor/ Editora UFRJ. 2001.

OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.

MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

ALENCAR, Edigar de. Claridade e Sombra na Música do Povo. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora. 1984. 

PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de  músicas brasileiras. Vol. 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

ANDRADE, Mário de. Aspectos sobre a música brasileira. São Paulo, Martins. 1975

MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro, Funarte.  1983.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: da modinha ao Tropicalismo. São Paulo: Art Editora. 1986.

TINHORÃO, José Ramos. Música popular, teatro e cinema. Petrópolis: Vozes. 1972.

TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular brasileira. Lisboa: Caminho, 1990.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular. São Paulo: Art. 1991.

MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Funarte. 1983.

VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. Rio de Janeiro: Martins Editora. 1977.

MILHAUD, Darius. O boi no telhado. Organização de Manoel Aranha Corrêa do Lago.

SITE MUSICA BRASILIENSIS:  http://daniellathompson.com/

EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume1. Rio de Janeiro: Funarte. 1978.

EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume 2. Rio de Janeiro: Funarte. 1980.

SANTA CRUZ, Maria Aurea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad Editora. 1998

CALDAS, Waldenyr. Iniciação à Música Popular Brasileira. São Paulo:  Editora Ática. 1989.

LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira. Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda, 2000.

SIQUEIRA, Baptista. Origem do termo samba. São Paulo: IBRASA. 1978.

RUIZ, Roberto. Araci Cortes: Linda Flor. Rio de Janeiro: Funarte. 1984.

BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

O nome de Chiquinha Gonzaga evoca mais que a figura gigantesca da música brasileira, responsável por um legado de mais de mil obras, entre as quais brilham sucessos como Ó abre alas, considerada a primeira canção carnavalesca nacional, e O Corta-Jaca, que logo passou a designar igualmente um gênero musical, tamanha sua popularidade. O nome da compositora, maestrina e pianista é também sinônimo de uma mulher que, nadando contra a corrente de seu tempo, fez da paixão, em vários sentidos, uma alavanca para sobreviver e se destacar numa sociedade conservadora, machista, tolhedora. Uma audácia que lhe custou, por muito tempo, o reconhecimento de seu justo lugar na arte.” – Mànya Millen, em Abre Alas para Chiquinha – https://ims.com.br

Supimpa! Chiquinha fazendo parte do SBAT
Amanhã, para mim, deve começar amanhã mesmo.”

Cortando Jaca

terça-feira, julho 4th, 2023

Chiquinha escrevia músicas para peças de teatro, que enfrentava o desafio do cinema nascente.

Criavam-se espetáculos teatrais por sessões, isto é, vários no dia; e com preços das entradas de cinema, portanto, muito mais baratas. Foi um grande sucesso esta iniciativa, e Chiquinha trabalha como nunca.

Então, ela resolve investir numa peça, Chamada “FORROBODÓ” . Os produtores de teatro, não puseram muita fé no Forrobodó da Chica… Pois não é que a peça atinge 1500 apresentações!

O público saía cantando as músicas do espetáculo! músicas do espetáculo, São cantadas por todos. Foi o maior Forrobodó!

Pouco tempo depois, o grande escândalo: o “CORTA JACA” . A fruta, grande, esquisita, toda pontuda, cheirosa, que dá pendurada, no tronco da jaqueira, inspirou Francisca Edwiges Gonzaga, compor esse tango brasileiro que virou febre na cidade do Rio de Janeiro em capital do Brasil!

Gaúcho ou Corta Jaca é o tango brasileiro (maxixe) composto por Chiquinha Gonzaga, sua música mais gravada. Era uma música da opereta burlesca Zizinha Maxixe encenada pela primeira vez em 1895. [1]

Gaúcho – 1ª página – Partitura disponível no Portal Musica Brasilis

O título original sendo Gaúcho , a música teve como subtítulo Dança do Corta-jaca . Eventualmente Corta jaca tornou-se o título mais conhecido da música. A dança em questão é uma dança tradicional brasileira, caracterizada por giros individuais enérgicos e movimentos ginásticos. [2] [3] A expressão “cortar a jaca ” tem uma insinuação sexual, vista no próprio número de gaúcho . [4]

A canção causou um pequeno escândalo quando a primeira-dama do BrasilNair de Teffé, a tocou ao violão em público em 1914. A primeira-dama promovia saraus no Palácio do Catete — o Palácio da Presidência do Brasil da época —, que ficaram famosos por introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular reunia amigos para recitais de modinhas[1] [3]Lançou no Brasil a moda de calças compridas para mulheres e a de montar a cavalo como homem.[7] A primeira-dama promovia saraus no Palácio do Catete — o Palácio Presidencial brasileiro da época —, que ficaram famosos por introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular reunia amigos para recitais de modinhas.

Numa grande festa, chiquérrima, só para Vips,Tudo muito “in”, no palácio do Catete, Sede do governo….OOOOPPPSSS!!! Falha grave!!!!

Esqueci de dizer que, não existia Brasília. O Rio de Janeiro, não era só

A cidade maravilhosa, cheia de encantos mil. Era a capital do Brasil.

E o presidente era o Marechal Hermes da Fonseca.

A tal festa, era uma espécie de Despedida do governo,

Já que o mandato estava acabando.

A festa começou com muita música; Músicas clássicas

Tudo muito convencional e elegante. Acontece que, Nair de Teffé, esposa do presidente, era mulher jovem, curiosa, dinâmica e para terminar a seleção musical, Ela pega um violão e apresenta o “CORTA JACA “, da compositora Chiquinha Gonzaga.

ESCANDALO!!

Um tango popular no palácio do governo?

Onde estamos?

Dizia o senador Rui Barbosa que “a música era a mais baixa,

chula 

das danças selvagens, irmã do batuque do cateretê e do samba!!!”

ESCÂNDALO!!!

Mas, quem saiu ganhando? Chiquinha. E nós, pois temos nossa maravilhosa melódica, chorona, alegre música brasileira.

Corta Jaca – com Abel Ferreira (clarinete): https://www.youtube.com/watch?v=b5bHQu8lmvk

Corta jaca – com RotoRoots https://www.youtube.com/watch?v=W4eM-G0cI1

Corta Jaca – com André Mahmari (piano) https://www.youtube.com/watch?v=tqkl1wmg9Xg

Corta jaca – com Léo Gandelman (sax) e Maria Tereza Madeira (piano): https://www.youtube.com/watch?v=R8hP306jU1A

Com certeza, na NET, você encontra mais jacas pra cortar!

Proezas do Corta Jaca

Vale à pena ler: http://www.scielo.br/pdf/rieb/n67/2316-901X-rieb-67-00038.pdf

Também: http://daniellathompson.com/Texts/Le_Boeuf/cron.pt.8.htm

Nair de Teffé von Hoonholtz (Petrópolis10 de junho de 1886 — Rio de Janeiro10 de junho de 1981), mais conhecida como Nair de Teffé, foi uma pintoracantoraatriz e pianistabrasileira. É notada por ter sido a primeira caricaturista mulher do mundo,[1][2] e por ter sido primeira-dama do Brasil de 1913 a 1914, como a segunda esposa do marechal Hermes da Fonseca8.º Presidente do Brasil.[3] Foi, até agora, a pessoa que mais tempo teve a condição de ex-primeira-dama, por 67 anos.