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História, piada e fofoca.

terça-feira, julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

dedicada à Chiquinha Gonzaga (1847 – 1935)

Chiquinha Gonzaga, por Luiz Peixoto.
Historia, piada e fofoca com Edgard Gianullo.

Eu vou te contar uma história
história bastante interessante
começa assim, emocionante
termina num fim eletrizante
 
Surpreendente é arrepiante
palpitante e extravagante
tem alegria também tem bastante
 
Patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
é assim Patati Patatá!
 
Agora vou te contar uma piada
piada que é muito engraçada
começa pra lá de hilariante
termina num riso galopante
 
Você vai se ralar de risada
você vai gargalhar gargalhada
essa piada é desopilante
 
Patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
é assim Piriri Pororó!
 
Eu vou te contar uma fofoca
fofoca que é bem cabeluda
fofoca é super linguaruda
alguém me contou mas não espalha
 
A fofoca é fogo na palha
a fofoca é farofa no vento
ela viaja que nem pensamento
 
Patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
é assim Patati Patatá!
 
É assim Patati Patatá!
é assim Patati Patatá!

“Compositora, maestrina e pianista, Chiquinha Gonzaga é tida até hoje não só como um dos grandes nomes da música brasileira dos séculos XIX e XX, mas como uma personagem marcante e atuante que, oriunda de uma sociedade patriarcal, abriu caminhos e rompeu barreiras em diversos segmentos, tornando-se pioneira na defesa dos direitos autorais de músicos e autores teatrais.” Apresentação de Chiquinha no Instituto Moreira Salles – https://ims.com.br/titular-colecao/chiquinha-gonzaga/

Site da Chiquinha – Ótimo! Idealizado pelos pianistas e pesquisadores Alexandre Dias e Wandrei Braga, o site do Acervo Digital Chiquinha Gonzaga dá acesso à biografia e às obra completas da compositora: http://www.chiquinhagonzaga.com/acervo/

BIOGRAFIA INDICADA: DINIZ, Edinha. Chiquinha Gonzaga. Uma história de vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora. 2009.

DOCUMENTÁRIO: A vida e a obra de Chiquinha Gonzaga.
https://www.youtube.com/watch?v=z8cC70sCoTk

MINISSÉRIE : Chiquinha Gonzaga (Resumo 1):
Clique : https://www.youtube.com/watch?v=FNnKtSKywUo.
OBS: No Youtube tem a Minissérie completa.

MINISSÉRIE : Chiquinha Gonzaga (Resumo 2) – https://www.youtube.com/watch?v=_VkUcbU5qUA

Acervo IMS – Vale muito uma visita (ims.com.br/) – Todas partituras da Chiquinha, digitalizadas.

CLIQUE PARA OUVIR 52 músicas da Chiquinha Gonzaga:
https://www.ouvirmusica.com.br/chiquinha-gonzaga/

POT-POURRI: Chiquinha Gonzaga – Maria Tereza Madeira (piano). https://www.youtube.com/watch?v=GDfyFrtI7mM
• REPERTÓRIO – Lua branca: 00:OO, A dama de ouros: 02:320, Atraente: 4:26, Faceiro: 06:46, Plangente: 09:30, Bijou: 12:26, Sedutor: 15:28, Bionne: 19:09, Tim Tim: 21:13, A Corte na Roça (Recitativo): 22:47, A Corte na Roça (Valsa): 24:37, Fogo Foguinho: 27:52, Anita: 29:32, Não Insistas Rapariga: 31:42, Cananéa: 34:08, Viva o Carnaval: 38:06, (Forrobodó (Quadrilha): 40:00, Forrobodó (Tema ): 41:12, Forrobodó (Cordão): 43:00, Gaúcho: 44:31, Abre Alas: 46:48 com Maria Tereza Madeira (piano)

HITS:

Atraente – com o gênio de Pixinguinha e Benedito Lacerda.
https://www.youtube.com/watch?v=FUM-Ov7ei-E

Atraente – com Maria Tereza Madeira (piano)https://www.youtube.com/watch?v=o8rB0ofBYR8

Lua Brancahttps://www.youtube.com/watch?v=ZFBN5ly7EPo

Lua branca – com Maria Bethania.https://www.youtube.com/watch?v=FNnKtSKywUo

Lua branca – com Carlos José: https://www.youtube.com/watch?v=biQ1DkYNUKs

Corta jaca – com Pepa Delgado & Mário Pinheiro – Essa música deu pano pra manga! Gravação de 1906: https://www.youtube.com/watch?v=t54XgK7s2n0

Corta Jaca – com Hércules Gomes (piano solo). https://www.youtube.com/watch?v=BXWBSmava34

Corta jaca – com Lisia Condé (vídeo https://www.youtube.com/watch?v=4wfrA54BMZg

• Vale à pena ler: http://daniellathompson.com/Texts/Le_Boeuf/cron.pt.8.htm

• Vale à pena ler: http://www.scielo.br/pdf/rieb/n67/2316-901X-rieb-67-00038.pdf

OBS: Querendo cortar mais jacas, vá até o menu QUALQUER NOTA e clique em CORTANDO JACA.

Ó abre alas, a primeira marcha de carnaval da história! É uma marcha rancho composta em 1899 para o bloco de rua “Rosa de Ouro”. Chiquinha era da fuzarca! – Banda da Casa Edison (1913) – Repare como parece um “corridinho” português. https://www.youtube.com/watch?v=Id8cl4nA9ng

OBS: Marcha rancho –  Um gênero musical que faz parte das nossas raízes. Seu ritmo é mais lento, dolente que o das marchas marchinhas comuns.

• Ó Abre Alas! Atualmente : https://www.ouvirmusica.com.br/marchinhas-de-carnaval/430778/

Partitura do tango brasileiro “Gaúcho”, que se tornou popular como “O Corta-jaca” / Acervo IMS

Forrobodó – Opereta burlesca em três atos com texto de Luís Peixoto e Carlos Bittencourt e música de Chiquinha Gonzaga. Estreou em 11 de junho de 1912 no Teatro São José, no Rio de JaneiroForrobodó significa um baile, sarau chinfrim.

OBS: Forrobodó é um baile popular, um arrastão pé, forró, festa ruidosa, animada, mas, também quer dizer confusão; trapalhada, falta de regras ou disciplina.

• Forrobodó – Maria Tereza Madeira (piano) e Lenine: https://www.youtube.com/watch?v=p3Uk2nenVuo

Para mim, Chiquinha deu muita sorte, me abriu caminhos. Aprendi muito com ela, e continuo aprendendo.” – Maria Tereza Madeira

Maxixe – Beth Carvalho: https://www.youtube.com/watch?v=KnhP-1BOw2M.

OBS: Maxixe,  foi o primeiro tipo de dança urbana surgida no Brasil. Era dançado em locais que não atendiam a moral e aos bons costumes da época, como em forrós, gafieiras da cidade nova e nos cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro, por volta de 1875. Aí tem muito assunto: vale a pena saber.

Chiquinha Gonzaga e o Maxixe, por Carla Clevelanti Marcílio: http://chiquinhagonzaga.com/wp/chiquinha-gonzaga-e-o-maxixe/

PRIMEIRA COMPOSIÇÃO DE CHIQUINHA GONZAGA. Composta aos 11 anos de idade: https://www.youtube.com/watch?v=J1S2wyWWU-I

Menina faceira
Atraente
Exma. Sra. D. Francisca Gonzaga.
Ó Abre Alas!

SONGBOOKS : O melhor de Chiquinha Gonzaga. Peças originais e arranjos para piano. São Paulo. Irmãos Vitale. 1999.

O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) é uma organização sem fins lucrativos sediada em Niterói – RJ que é voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira. Sua missão consiste em documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é um dos maiores arquivos online de informações, sons e imagens da discografia brasileira, disponível na internet para consultas gratuitas. Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país. Isto equivale a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente. https://immub.org/p/o-instituto

Onde estão os teatros? Procuro e não acho. Tenho escrito tantas peças, e boas, e agora tenho cinco peças lindas de bons escritores e não tenho teatro! Atualmente só representam tudo que há de indecente, porco e nojento!” – Chiquinha Gonzaga

BIBLIOGRAFIA:

OBS: Grande parte desse material não se encontra mais nas livrarias. Mas, contando com a sorte, pode ser encontrado nos sebos e/ou espalhados pela NET.

DINIZ, Edinha. Chiquinha Gonzaga. Uma história de vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora. 2009.

LIRA, Mariza. Chiquinha Gonzaga: Grande Compositora Popular Brasileira. Rio de Janeiro: MPB Reedições.1978.

Instituto Moreira Salles, 2012. https://ims.com.br/por-dentro-acervos/abre-alas-para-chiquinha/

MUGNAINI JR., Ayrton. A Jovem Chiquinha Gonzaga. São Paulo: Nova Alexandria. 2005.

CUNHA, Maria Clementina Pereira. Ecos da Folia. Uma história social do Carnaval Carioca entre 1880 e 1920. São Paulo. Companhia das Letras. 2001.

EFEGÊ, Jota. Maxixe – A Dança Excomungada. Rio de Janeiro: Companhia gráfica Lux. 1974.

MARIZ, VASCO. A Canção Brasileira. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1985.

ALENCAR, Edigar de. O carnaval carioca através da música, 2 vols. Rio de Janeiro: Freitas Bastos.1965.

SANDRONI, Carlos. Feitiço Decente: Transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor/ Editora UFRJ. 2001.

OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.

MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

ALENCAR, Edigar de. Claridade e Sombra na Música do Povo. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora. 1984. 

PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de  músicas brasileiras. Vol. 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

ANDRADE, Mário de. Aspectos sobre a música brasileira. São Paulo, Martins. 1975

MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro, Funarte.  1983.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: da modinha ao Tropicalismo. São Paulo: Art Editora. 1986.

TINHORÃO, José Ramos. Música popular, teatro e cinema. Petrópolis: Vozes. 1972.

TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular brasileira. Lisboa: Caminho, 1990.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular. São Paulo: Art. 1991.

MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Funarte. 1983.

VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. Rio de Janeiro: Martins Editora. 1977.

MILHAUD, Darius. O boi no telhado. Organização de Manoel Aranha Corrêa do Lago.

SITE MUSICA BRASILIENSIS:  http://daniellathompson.com/

EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume1. Rio de Janeiro: Funarte. 1978.

EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume 2. Rio de Janeiro: Funarte. 1980.

SANTA CRUZ, Maria Aurea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad Editora. 1998

CALDAS, Waldenyr. Iniciação à Música Popular Brasileira. São Paulo:  Editora Ática. 1989.

LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira. Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda, 2000.

SIQUEIRA, Baptista. Origem do termo samba. São Paulo: IBRASA. 1978.

RUIZ, Roberto. Araci Cortes: Linda Flor. Rio de Janeiro: Funarte. 1984.

BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

O nome de Chiquinha Gonzaga evoca mais que a figura gigantesca da música brasileira, responsável por um legado de mais de mil obras, entre as quais brilham sucessos como Ó abre alas, considerada a primeira canção carnavalesca nacional, e O Corta-Jaca, que logo passou a designar igualmente um gênero musical, tamanha sua popularidade. O nome da compositora, maestrina e pianista é também sinônimo de uma mulher que, nadando contra a corrente de seu tempo, fez da paixão, em vários sentidos, uma alavanca para sobreviver e se destacar numa sociedade conservadora, machista, tolhedora. Uma audácia que lhe custou, por muito tempo, o reconhecimento de seu justo lugar na arte.” – Mànya Millen, em Abre Alas para Chiquinha – https://ims.com.br

Supimpa! Chiquinha fazendo parte do SBAT
Amanhã, para mim, deve começar amanhã mesmo.”