Cortando Jaca

Chiquinha escrevia músicas para peças de teatro, que enfrentava o desafio do cinema nascente.

Criavam-se espetáculos teatrais por sessões, isto é, vários no dia; e com preços das entradas de cinema, portanto, muito mais baratas. Foi um grande sucesso esta iniciativa, e Chiquinha trabalha como nunca.

Então, ela resolve investir numa peça, Chamada “FORROBODÓ” . Os produtores de teatro, não puseram muita fé no Forrobodó da Chica… Pois não é que a peça atinge 1500 apresentações!

O público saía cantando as músicas do espetáculo! músicas do espetáculo, São cantadas por todos. Foi o maior Forrobodó!

Pouco tempo depois, o grande escândalo: o “CORTA JACA” . A fruta, grande, esquisita, toda pontuda, cheirosa, que dá pendurada, no tronco da jaqueira, inspirou Francisca Edwiges Gonzaga, compor esse tango brasileiro que virou febre na cidade do Rio de Janeiro em capital do Brasil!

Gaúcho ou Corta Jaca é o tango brasileiro (maxixe) composto por Chiquinha Gonzaga, sua música mais gravada. Era uma música da opereta burlesca Zizinha Maxixe encenada pela primeira vez em 1895. [1]

Gaúcho – 1ª página – Partitura disponível no Portal Musica Brasilis

O título original sendo Gaúcho , a música teve como subtítulo Dança do Corta-jaca . Eventualmente Corta jaca tornou-se o título mais conhecido da música. A dança em questão é uma dança tradicional brasileira, caracterizada por giros individuais enérgicos e movimentos ginásticos. [2] [3] A expressão “cortar a jaca ” tem uma insinuação sexual, vista no próprio número de gaúcho . [4]

A canção causou um pequeno escândalo quando a primeira-dama do BrasilNair de Teffé, a tocou ao violão em público em 1914. A primeira-dama promovia saraus no Palácio do Catete — o Palácio da Presidência do Brasil da época —, que ficaram famosos por introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular reunia amigos para recitais de modinhas[1] [3]Lançou no Brasil a moda de calças compridas para mulheres e a de montar a cavalo como homem.[7] A primeira-dama promovia saraus no Palácio do Catete — o Palácio Presidencial brasileiro da época —, que ficaram famosos por introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular reunia amigos para recitais de modinhas.

Numa grande festa, chiquérrima, só para Vips,Tudo muito “in”, no palácio do Catete, Sede do governo….OOOOPPPSSS!!! Falha grave!!!!

Esqueci de dizer que, não existia Brasília. O Rio de Janeiro, não era só

A cidade maravilhosa, cheia de encantos mil. Era a capital do Brasil.

E o presidente era o Marechal Hermes da Fonseca.

A tal festa, era uma espécie de Despedida do governo,

Já que o mandato estava acabando.

A festa começou com muita música; Músicas clássicas

Tudo muito convencional e elegante. Acontece que, Nair de Teffé, esposa do presidente, era mulher jovem, curiosa, dinâmica e para terminar a seleção musical, Ela pega um violão e apresenta o “CORTA JACA “, da compositora Chiquinha Gonzaga.

ESCANDALO!!

Um tango popular no palácio do governo?

Onde estamos?

Dizia o senador Rui Barbosa que “a música era a mais baixa,

chula 

das danças selvagens, irmã do batuque do cateretê e do samba!!!”

ESCÂNDALO!!!

Mas, quem saiu ganhando? Chiquinha. E nós, pois temos nossa maravilhosa melódica, chorona, alegre música brasileira.

Corta Jaca – com Abel Ferreira (clarinete): https://www.youtube.com/watch?v=b5bHQu8lmvk

Corta jaca – com RotoRoots https://www.youtube.com/watch?v=W4eM-G0cI1

Corta Jaca – com André Mahmari (piano) https://www.youtube.com/watch?v=tqkl1wmg9Xg

Corta jaca – com Léo Gandelman (sax) e Maria Tereza Madeira (piano): https://www.youtube.com/watch?v=R8hP306jU1A

Com certeza, na NET, você encontra mais jacas pra cortar!

Proezas do Corta Jaca

Vale à pena ler: http://www.scielo.br/pdf/rieb/n67/2316-901X-rieb-67-00038.pdf

Também: http://daniellathompson.com/Texts/Le_Boeuf/cron.pt.8.htm

Nair de Teffé von Hoonholtz (Petrópolis10 de junho de 1886 — Rio de Janeiro10 de junho de 1981), mais conhecida como Nair de Teffé, foi uma pintoracantoraatriz e pianistabrasileira. É notada por ter sido a primeira caricaturista mulher do mundo,[1][2] e por ter sido primeira-dama do Brasil de 1913 a 1914, como a segunda esposa do marechal Hermes da Fonseca8.º Presidente do Brasil.[3] Foi, até agora, a pessoa que mais tempo teve a condição de ex-primeira-dama, por 67 anos.

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