História, piada e fofoca.

julho 4th, 2023

Pichu Borrelli e Edgard Poças

dedicada à Chiquinha Gonzaga (1847 – 1935)

Chiquinha Gonzaga, por Luiz Peixoto.
Historia, piada e fofoca com Edgard Gianullo.

Eu vou te contar uma história
história bastante interessante
começa assim, emocionante
termina num fim eletrizante
 
Surpreendente é arrepiante
palpitante e extravagante
tem alegria também tem bastante
 
Patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
é assim Patati Patatá!
 
Agora vou te contar uma piada
piada que é muito engraçada
começa pra lá de hilariante
termina num riso galopante
 
Você vai se ralar de risada
você vai gargalhar gargalhada
essa piada é desopilante
 
Patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
é assim Piriri Pororó!
 
Eu vou te contar uma fofoca
fofoca que é bem cabeluda
fofoca é super linguaruda
alguém me contou mas não espalha
 
A fofoca é fogo na palha
a fofoca é farofa no vento
ela viaja que nem pensamento
 
Patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
patati Patatá Piriri Pororó
é assim Patati Patatá!
 
É assim Patati Patatá!
é assim Patati Patatá!

“Compositora, maestrina e pianista, Chiquinha Gonzaga é tida até hoje não só como um dos grandes nomes da música brasileira dos séculos XIX e XX, mas como uma personagem marcante e atuante que, oriunda de uma sociedade patriarcal, abriu caminhos e rompeu barreiras em diversos segmentos, tornando-se pioneira na defesa dos direitos autorais de músicos e autores teatrais.” Apresentação de Chiquinha no Instituto Moreira Salles – https://ims.com.br/titular-colecao/chiquinha-gonzaga/

Site da Chiquinha – Ótimo! Idealizado pelos pianistas e pesquisadores Alexandre Dias e Wandrei Braga, o site do Acervo Digital Chiquinha Gonzaga dá acesso à biografia e às obra completas da compositora: http://www.chiquinhagonzaga.com/acervo/

BIOGRAFIA INDICADA: DINIZ, Edinha. Chiquinha Gonzaga. Uma história de vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora. 2009.

DOCUMENTÁRIO: A vida e a obra de Chiquinha Gonzaga.
https://www.youtube.com/watch?v=z8cC70sCoTk

MINISSÉRIE : Chiquinha Gonzaga (Resumo 1):
Clique : https://www.youtube.com/watch?v=FNnKtSKywUo.
OBS: No Youtube tem a Minissérie completa.

MINISSÉRIE : Chiquinha Gonzaga (Resumo 2) – https://www.youtube.com/watch?v=_VkUcbU5qUA

Acervo IMS – Vale muito uma visita (ims.com.br/) – Todas partituras da Chiquinha, digitalizadas.

CLIQUE PARA OUVIR 52 músicas da Chiquinha Gonzaga:
https://www.ouvirmusica.com.br/chiquinha-gonzaga/

POT-POURRI: Chiquinha Gonzaga – Maria Tereza Madeira (piano). https://www.youtube.com/watch?v=GDfyFrtI7mM
• REPERTÓRIO – Lua branca: 00:OO, A dama de ouros: 02:320, Atraente: 4:26, Faceiro: 06:46, Plangente: 09:30, Bijou: 12:26, Sedutor: 15:28, Bionne: 19:09, Tim Tim: 21:13, A Corte na Roça (Recitativo): 22:47, A Corte na Roça (Valsa): 24:37, Fogo Foguinho: 27:52, Anita: 29:32, Não Insistas Rapariga: 31:42, Cananéa: 34:08, Viva o Carnaval: 38:06, (Forrobodó (Quadrilha): 40:00, Forrobodó (Tema ): 41:12, Forrobodó (Cordão): 43:00, Gaúcho: 44:31, Abre Alas: 46:48 com Maria Tereza Madeira (piano)

HITS:

Atraente – com o gênio de Pixinguinha e Benedito Lacerda.
https://www.youtube.com/watch?v=FUM-Ov7ei-E

Atraente – com Maria Tereza Madeira (piano)https://www.youtube.com/watch?v=o8rB0ofBYR8

Lua Brancahttps://www.youtube.com/watch?v=ZFBN5ly7EPo

Lua branca – com Maria Bethania.https://www.youtube.com/watch?v=FNnKtSKywUo

Lua branca – com Carlos José: https://www.youtube.com/watch?v=biQ1DkYNUKs

Corta jaca – com Pepa Delgado & Mário Pinheiro – Essa música deu pano pra manga! Gravação de 1906: https://www.youtube.com/watch?v=t54XgK7s2n0

Corta Jaca – com Hércules Gomes (piano solo). https://www.youtube.com/watch?v=BXWBSmava34

Corta jaca – com Lisia Condé (vídeo https://www.youtube.com/watch?v=4wfrA54BMZg

• Vale à pena ler: http://daniellathompson.com/Texts/Le_Boeuf/cron.pt.8.htm

• Vale à pena ler: http://www.scielo.br/pdf/rieb/n67/2316-901X-rieb-67-00038.pdf

OBS: Querendo cortar mais jacas, vá até o menu QUALQUER NOTA e clique em CORTANDO JACA.

Ó abre alas, a primeira marcha de carnaval da história! É uma marcha rancho composta em 1899 para o bloco de rua “Rosa de Ouro”. Chiquinha era da fuzarca! – Banda da Casa Edison (1913) – Repare como parece um “corridinho” português. https://www.youtube.com/watch?v=Id8cl4nA9ng

OBS: Marcha rancho –  Um gênero musical que faz parte das nossas raízes. Seu ritmo é mais lento, dolente que o das marchas marchinhas comuns.

• Ó Abre Alas! Atualmente : https://www.ouvirmusica.com.br/marchinhas-de-carnaval/430778/

Partitura do tango brasileiro “Gaúcho”, que se tornou popular como “O Corta-jaca” / Acervo IMS

Forrobodó – Opereta burlesca em três atos com texto de Luís Peixoto e Carlos Bittencourt e música de Chiquinha Gonzaga. Estreou em 11 de junho de 1912 no Teatro São José, no Rio de JaneiroForrobodó significa um baile, sarau chinfrim.

OBS: Forrobodó é um baile popular, um arrastão pé, forró, festa ruidosa, animada, mas, também quer dizer confusão; trapalhada, falta de regras ou disciplina.

• Forrobodó – Maria Tereza Madeira (piano) e Lenine: https://www.youtube.com/watch?v=p3Uk2nenVuo

Para mim, Chiquinha deu muita sorte, me abriu caminhos. Aprendi muito com ela, e continuo aprendendo.” – Maria Tereza Madeira

Maxixe – Beth Carvalho: https://www.youtube.com/watch?v=KnhP-1BOw2M.

OBS: Maxixe,  foi o primeiro tipo de dança urbana surgida no Brasil. Era dançado em locais que não atendiam a moral e aos bons costumes da época, como em forrós, gafieiras da cidade nova e nos cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro, por volta de 1875. Aí tem muito assunto: vale a pena saber.

Chiquinha Gonzaga e o Maxixe, por Carla Clevelanti Marcílio: http://chiquinhagonzaga.com/wp/chiquinha-gonzaga-e-o-maxixe/

PRIMEIRA COMPOSIÇÃO DE CHIQUINHA GONZAGA. Composta aos 11 anos de idade: https://www.youtube.com/watch?v=J1S2wyWWU-I

Menina faceira
Atraente
Exma. Sra. D. Francisca Gonzaga.
Ó Abre Alas!

SONGBOOKS : O melhor de Chiquinha Gonzaga. Peças originais e arranjos para piano. São Paulo. Irmãos Vitale. 1999.

O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) é uma organização sem fins lucrativos sediada em Niterói – RJ que é voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira. Sua missão consiste em documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é um dos maiores arquivos online de informações, sons e imagens da discografia brasileira, disponível na internet para consultas gratuitas. Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país. Isto equivale a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente. https://immub.org/p/o-instituto

Onde estão os teatros? Procuro e não acho. Tenho escrito tantas peças, e boas, e agora tenho cinco peças lindas de bons escritores e não tenho teatro! Atualmente só representam tudo que há de indecente, porco e nojento!” – Chiquinha Gonzaga

BIBLIOGRAFIA:

OBS: Grande parte desse material não se encontra mais nas livrarias. Mas, contando com a sorte, pode ser encontrado nos sebos e/ou espalhados pela NET.

DINIZ, Edinha. Chiquinha Gonzaga. Uma história de vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora. 2009.

LIRA, Mariza. Chiquinha Gonzaga: Grande Compositora Popular Brasileira. Rio de Janeiro: MPB Reedições.1978.

Instituto Moreira Salles, 2012. https://ims.com.br/por-dentro-acervos/abre-alas-para-chiquinha/

MUGNAINI JR., Ayrton. A Jovem Chiquinha Gonzaga. São Paulo: Nova Alexandria. 2005.

CUNHA, Maria Clementina Pereira. Ecos da Folia. Uma história social do Carnaval Carioca entre 1880 e 1920. São Paulo. Companhia das Letras. 2001.

EFEGÊ, Jota. Maxixe – A Dança Excomungada. Rio de Janeiro: Companhia gráfica Lux. 1974.

MARIZ, VASCO. A Canção Brasileira. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1985.

ALENCAR, Edigar de. O carnaval carioca através da música, 2 vols. Rio de Janeiro: Freitas Bastos.1965.

SANDRONI, Carlos. Feitiço Decente: Transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor/ Editora UFRJ. 2001.

OS GRANDES SAMBAS DA HISTÓRIA. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. Editora Globo e BMG gravadora.

MPB COMPOSITORES – Você e a MPB. Contém biografias, fotos, discografias e CDs. 41 CDs e 40 fascículos. Editora Globo.

ALENCAR, Edigar de. Claridade e Sombra na Música do Povo. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora. 1984. 

PASSOS, Claribalte. Vultos e Temas da Música Brasileira. Rio de Janeiro: Paralelo. 1972.

SEVERIANO, Jairo. MELLO, Zuza Homem de. A Canção no tempo. 85 anos de  músicas brasileiras. Vol. 1. 1901-1957. São Paulo: Editora 34. 1997.

ANDRADE, Mário de. Aspectos sobre a música brasileira. São Paulo, Martins. 1975

MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro, Funarte.  1983.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: da modinha ao Tropicalismo. São Paulo: Art Editora. 1986.

TINHORÃO, José Ramos. Música popular, teatro e cinema. Petrópolis: Vozes. 1972.

TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular brasileira. Lisboa: Caminho, 1990.

TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular. São Paulo: Art. 1991.

MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Funarte. 1983.

VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. Rio de Janeiro: Martins Editora. 1977.

MILHAUD, Darius. O boi no telhado. Organização de Manoel Aranha Corrêa do Lago.

SITE MUSICA BRASILIENSIS:  http://daniellathompson.com/

EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume1. Rio de Janeiro: Funarte. 1978.

EFEGÊ, Jota. Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira. Volume 2. Rio de Janeiro: Funarte. 1980.

SANTA CRUZ, Maria Aurea. A Musa sem máscara. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

MARTINS, J.B.Antropologia da Música Brasileira. São Paulo: Editora Obelisco. 1978.

SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad Editora. 1998

CALDAS, Waldenyr. Iniciação à Música Popular Brasileira. São Paulo:  Editora Ática. 1989.

LISBOA JUNIOR, LUIZ AMÉRICO. 81 Temas da Música Popular Brasileira. Itabuna: Agora Editoria Gráfica Ltda, 2000.

SIQUEIRA, Baptista. Origem do termo samba. São Paulo: IBRASA. 1978.

RUIZ, Roberto. Araci Cortes: Linda Flor. Rio de Janeiro: Funarte. 1984.

BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne Marie. Radames Gnattali. O Eterno Experimentador. Rio de Janeiro: Funarte. 1985.

O nome de Chiquinha Gonzaga evoca mais que a figura gigantesca da música brasileira, responsável por um legado de mais de mil obras, entre as quais brilham sucessos como Ó abre alas, considerada a primeira canção carnavalesca nacional, e O Corta-Jaca, que logo passou a designar igualmente um gênero musical, tamanha sua popularidade. O nome da compositora, maestrina e pianista é também sinônimo de uma mulher que, nadando contra a corrente de seu tempo, fez da paixão, em vários sentidos, uma alavanca para sobreviver e se destacar numa sociedade conservadora, machista, tolhedora. Uma audácia que lhe custou, por muito tempo, o reconhecimento de seu justo lugar na arte.” – Mànya Millen, em Abre Alas para Chiquinha – https://ims.com.br

Supimpa! Chiquinha fazendo parte do SBAT
Amanhã, para mim, deve começar amanhã mesmo.”

Cortando Jaca

julho 4th, 2023

Chiquinha escrevia músicas para peças de teatro, que enfrentava o desafio do cinema nascente.

Criavam-se espetáculos teatrais por sessões, isto é, vários no dia; e com preços das entradas de cinema, portanto, muito mais baratas. Foi um grande sucesso esta iniciativa, e Chiquinha trabalha como nunca.

Então, ela resolve investir numa peça, Chamada “FORROBODÓ” . Os produtores de teatro, não puseram muita fé no Forrobodó da Chica… Pois não é que a peça atinge 1500 apresentações!

O público saía cantando as músicas do espetáculo! músicas do espetáculo, São cantadas por todos. Foi o maior Forrobodó!

Pouco tempo depois, o grande escândalo: o “CORTA JACA” . A fruta, grande, esquisita, toda pontuda, cheirosa, que dá pendurada, no tronco da jaqueira, inspirou Francisca Edwiges Gonzaga, compor esse tango brasileiro que virou febre na cidade do Rio de Janeiro em capital do Brasil!

Gaúcho ou Corta Jaca é o tango brasileiro (maxixe) composto por Chiquinha Gonzaga, sua música mais gravada. Era uma música da opereta burlesca Zizinha Maxixe encenada pela primeira vez em 1895. [1]

Gaúcho – 1ª página – Partitura disponível no Portal Musica Brasilis

O título original sendo Gaúcho , a música teve como subtítulo Dança do Corta-jaca . Eventualmente Corta jaca tornou-se o título mais conhecido da música. A dança em questão é uma dança tradicional brasileira, caracterizada por giros individuais enérgicos e movimentos ginásticos. [2] [3] A expressão “cortar a jaca ” tem uma insinuação sexual, vista no próprio número de gaúcho . [4]

A canção causou um pequeno escândalo quando a primeira-dama do BrasilNair de Teffé, a tocou ao violão em público em 1914. A primeira-dama promovia saraus no Palácio do Catete — o Palácio da Presidência do Brasil da época —, que ficaram famosos por introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular reunia amigos para recitais de modinhas[1] [3]Lançou no Brasil a moda de calças compridas para mulheres e a de montar a cavalo como homem.[7] A primeira-dama promovia saraus no Palácio do Catete — o Palácio Presidencial brasileiro da época —, que ficaram famosos por introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular reunia amigos para recitais de modinhas.

Numa grande festa, chiquérrima, só para Vips,Tudo muito “in”, no palácio do Catete, Sede do governo….OOOOPPPSSS!!! Falha grave!!!!

Esqueci de dizer que, não existia Brasília. O Rio de Janeiro, não era só

A cidade maravilhosa, cheia de encantos mil. Era a capital do Brasil.

E o presidente era o Marechal Hermes da Fonseca.

A tal festa, era uma espécie de Despedida do governo,

Já que o mandato estava acabando.

A festa começou com muita música; Músicas clássicas

Tudo muito convencional e elegante. Acontece que, Nair de Teffé, esposa do presidente, era mulher jovem, curiosa, dinâmica e para terminar a seleção musical, Ela pega um violão e apresenta o “CORTA JACA “, da compositora Chiquinha Gonzaga.

ESCANDALO!!

Um tango popular no palácio do governo?

Onde estamos?

Dizia o senador Rui Barbosa que “a música era a mais baixa,

chula 

das danças selvagens, irmã do batuque do cateretê e do samba!!!”

ESCÂNDALO!!!

Mas, quem saiu ganhando? Chiquinha. E nós, pois temos nossa maravilhosa melódica, chorona, alegre música brasileira.

Corta Jaca – com Abel Ferreira (clarinete): https://www.youtube.com/watch?v=b5bHQu8lmvk

Corta jaca – com RotoRoots https://www.youtube.com/watch?v=W4eM-G0cI1

Corta Jaca – com André Mahmari (piano) https://www.youtube.com/watch?v=tqkl1wmg9Xg

Corta jaca – com Léo Gandelman (sax) e Maria Tereza Madeira (piano): https://www.youtube.com/watch?v=R8hP306jU1A

Com certeza, na NET, você encontra mais jacas pra cortar!

Proezas do Corta Jaca

Vale à pena ler: http://www.scielo.br/pdf/rieb/n67/2316-901X-rieb-67-00038.pdf

Também: http://daniellathompson.com/Texts/Le_Boeuf/cron.pt.8.htm

Nair de Teffé von Hoonholtz (Petrópolis10 de junho de 1886 — Rio de Janeiro10 de junho de 1981), mais conhecida como Nair de Teffé, foi uma pintoracantoraatriz e pianistabrasileira. É notada por ter sido a primeira caricaturista mulher do mundo,[1][2] e por ter sido primeira-dama do Brasil de 1913 a 1914, como a segunda esposa do marechal Hermes da Fonseca8.º Presidente do Brasil.[3] Foi, até agora, a pessoa que mais tempo teve a condição de ex-primeira-dama, por 67 anos.

São Paulo. Divercidade.

julho 4th, 2023

Chiquinha Gonzaga

letra de Edgard Poças

1847. O trânsito era de carroças, charretes, tílburis e pedestres e a bicicleta estava para chegar; automóvel nem pensar!

As moças usavam longos vestidos, laços, fitas, chapéus e sombrinhas…

Biquínis, mini blusa, calças justinhas abaixo do umbigo, nem pensar!

Nasce Francisca Edviges Neves Gonzaga.

Paixão proibida pela música;

luta pelos seus direitos, como mulher, de ser dona do próprio nariz

e da sua vida;

briga pelos direitos dos escravos, Voluntários da Pátria;

torna-se compositora reconhecida – o que era, na época, proibido, quase impossível para uma mulher 

linda, brasileira, pé no breque dos cri-cris da época;

grande defeito: era mesmo o de ser brasileira; música boa, só podia vir da Europa.

o que nascia aqui, era responsável pelo atraso cultural do país. 

musicou dezenas peças, para teatro de revista;

boêmia, discutiu nas ruas e nos bares, “como se fosse homem”.

as más línguas chegaram a dizer, que suas músicas eram de outro músico. 

Chiquinha Gonzaga sempre deu a volta por cima. 

Se tornou a compositora mais requisitada do Rio de Janeiro.

participou ativamente dos movimentos em favor da libertação dos escravos, os movimentos abolicionistas. 

participou de festivais artísticos, cuja renda era destinada para comprar alforria de escravos.

Resumo: dona Dona Chica, ou melhor, a maestrina Chiquinha Gonzaga dimirou-se  à luz da lua branca e cortou a jaca, em pleno forrobodó!

No seu site descobri essa jóia atraente, chamada São Paulo, e, atrevidamente botei essa letra.

Maestrina, por favor, leve como um abraço de admiração.

São Paulo 

É gente

tanta gente

mas, na cidade de São Paulo 

é diferente

Por aí

tantas cidades numa só

eu nunca vi, não 

Aonde vai toda essa gente 

aonde a gente vai chegar

sei lá, desde cedinho aprendi

– São Paulo não pode parar!  

 

Ói, eu aqui em São Paulo

Ê – A – Ê – A – Ê – A – Ê!

No meio da Paulicéia 

Ê – A – Ê – A – Ê – A – Ê!

 Ói, nóis, aqui em São Paulo

terra da garoa

que coisa boa

é cidade

diversidade  

aqui é São Paulo 

Gosto de você  

a tua cara, 

tá na cara,

quem vê cara vê coração

porque você é passo e compasso

onde eu caço a canção

E, com você

pelo avesso do avesso

apareço e cresço

São Paulo capital das cores

de uma cor

Sampa onde mora meu amor.

Chiquinha Gonzaga, por Luiz Peixoto.

Ouça História piada e fofoca, uma homenagem à Chiquinha Gonzaga, de autoria de Pichu Borrelli e Edgard Poças, do CD CadaUmCom Youtube Music, Spotify, Deezer, Apple Music.

Elza e João. É tão lindo!

julho 4th, 2023

Este texto foi escrito especialmente para o @estudioplugin

Maio de 1984. A Turma do Balão Mágico ia para o 3º LP (o tempo passa!)

Djavan cantando “Superfantástico” com as crianças, foi um estouro do LP anterior – primeiro lugar no hit parade e a turma ganhou um programa na Rede Globo de Televisão.

Aí, a gravadora que, a princípio não havia gostado da ideia de um adulto cantarno disco – nem da música, diga-se – achou que valia a pena continuar com “convidados” e aí rolou a gravação de É tão lindo com o Roberto Carlos e a turma.

Era uma música da Disney; achei linda, mas foi difícil achar o assunto.

Pintou a ideia: “Se tens bigodes de foca, nariz de tamanduá…” Fui em frente, o Roberto gravou lindamente: assista no Youtube.

Anos depois recebo este presente mais que tanto lindo:

João Gordo e Elza Soares

Obrigado Elza.

João, um gordo abraço.

edgard poças

Cantos da natureza: Pau Brasil e Edgard Poças pelo selo Sesc Digital.

julho 4th, 2023
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Grupo Pau Brasil comemora 40 anos com o álbum infantil Cantos da Natureza, lançado pelo Selo Sesc

Letras de Edgard Poças musicadas por Rodolfo Stroeter e Nelson Ayres, arranjadas e executadas pelos músicos do Pau Brasil evidenciam as riquezas e belezas da nossa natureza; entre os intérpretes, tem as cantoras Ceu, Marlui Miranda, o cantor Edgard Gianullo e o Trio Amaranto; álbum chega primeiro no Sesc Digital no dia 7 de outubro, e nos demais players de streaming no feriado de 12 de outubro, Dia das Crianças


Trata-se de um projeto educacional e didático que visa apresentar à criança as belezas, emoções e riquezas naturais, com o adulto na leitura das canções. Um disco a ser utilizado até mesmo nas salas de aula.

São 19 faixas que descrevem de forma muito criativa e divertida os quatro elementos da natureza – a água, o fogo, a terra e o ar –, a chuva, a nuvem branquinha, o céu cinzento, o arco-íris, o relâmpago e o trovão. Do mundo animal, um estranho mamífero que bota ovo e que tem um ferrão venenoso, mas é bonzinho. Estamos falando do ornitorrinco, um bicho que pouca gente conhece.

Todas as letras são do compositor, escritor e pesquisador Edgard Poças – criador da Turma do Balão Mágico. Entre os intérpretes, destaque para as cantoras Céu, Marlui Miranda, que já fez parte do Pau Brasil, e Maria Clara Novaes, e os cantores Edgard Gianullo, Renato Braz, Sérgio Santos e Diogo Poças, além do próprio Edgard que canta em duas faixas. Participam também o coral infantil Trovadores Mirins, sob regência da maestrina Lucila Novaes e o Trio Amaranto, de Belo Horizonte, formado pelas irmãs Ferraz, Flávia, Lúcia e Marina.

Cantos da Natureza chega em 2020, mas a sementinha do projeto começou a ser semeada ainda no início dos 1970. A história passa por Rodolfo Stroeter quando, ainda adolescente, aos 14 anos de idade, foi estudar música com Edgard Poças que desembargava em São Paulo, vindo de Portugal, após uma curta temporada no país europeu. E foram nas aulas de iniciação musical que Poças estimulou Stroeter a conhecer também o universo da literatura. A relação do letrista e compositor com o que viria a ser tornar o contrabaixista do Pau Brasil se estabelece a partir daí.

Passadas algumas décadas, Rodolfo Stroeter produzir um disco de música infantil do Trio Amaranto – que também são a gênese deste projeto do Pau Brasil –, e cujo repertório incluiu a Suíte 4 Elementos e O Ornitorrinco, também presentes neste álbum do quinteto paulista. A partir daí, Edgard e Rodolfo intensificaram o trabalho em conjunto com o objetivo de ampliar o repertório de canções. Desta vez, pensado para o grupo Pau Brasil.

“Cantos da Natureza é a celebração de um projeto infantil dentro de um contexto de um grupo de música. É a música cuidada, tratada, arranjada, executada e improvisada, ou não, por um conjunto musical que tem distinção sonora. Depois de 40 anos, o grupo Pau Brasil se tornou um som”, destaca Rodolfo Stroeter.

Das 19 músicas, vale alguns destaques começando pela Abertura Suíte 4 Elementos, onde Edgard Poças transforma em personagens os quatro principais elementos da natureza: a água, o fogo, a terra e o ar. Uma composição com enredo de musical infantil. Segundo o letrista, é a primeira vez que a música infantil se apropria da ideia de Suíte – que é reunir em uma única obra várias peças musicais.

Apresentações feitas, cada um dos elementos naturais chega na sequência com a sua própria canção. Na ordem, Água traz uma singela descrição desta substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Abundante no universo, em especial no planeta Terra, onde cobre grande parte de sua superfície com rios, lagos e mares.

Fonte de energia e risco às florestas, a música Fogo expõe as diferentes formas encontradas desta mistura de gases a altas temperaturas. Das fogueiras à lava dos vulcões, das lareiras e até mesmo à língua dos dragões. Interpretada pela cantora Marlui Miranda na companhia do Trio Amaranto, Terra lembra que vivemos no planeta que é a casa do mundo e que se trata do elemento natural que precisa dos outros três – o fogo, a água e o ar. Por fim, a mistura de gases que compõem a atmosfera da Terra. Em Ar, a letra de Edgard Poças destaca que todo mundo precisa e quer um ar puro e é por isso que dizemos: chega de poluição!

Edgard Poças relaciona todos esses aspectos da natureza para trazer um mundo melhor às crianças. A nossa natureza que é linda, viva, colorida e movimentada, é também lembrada através das flores, das estrelas, do som, do mar e até dos peixes que não são peixes.

A nuvem branquinha, o céu cinzento, o relâmpago e o trovão, a chuva e o arco-íris aparecem em forma de canções na Suíte da Chuva. Em Adivinha, Quem Sou Eu?, está o som e a sua propagação em suas múltiplas formas, presente em todos os lugares e todos os cantos. A letra de Chuva começa com uma nuvem que parece um carneirinho e, de repente, se transforma em um leão.

Com letra e interpretação de Edgard Poças, a cantiga de ninar Soneca é a composição do disco para os adultos embalarem os bebês no sono. A letra é um convite a contar, um a um, a passagem dos Sete Anões. Do sabido Mestre ao carinha amoroso que é o Feliz, sem se esquecer do engraçado do Dunga, do mal-humorado do Zangado, do faceiro e manhoso do Dengoso e do Atchim. E cadê o Soneca na terra dos sonhos?

Repertório, acesse o link abaixo.

Letras

19 faixas

Minha Terra

Dá licença dá licença

é a vez da minha terra

de cantar os seu encantos

e as riquezas que ela tem

Minha terra é tão bonita

que dá gosto a gente ver

e não há lugar no mundo

tão bom de se viver

Nosso céu tem mais estrelas

nossos bosques tem mais flores

nossa vida mais amores

e aqui eu sou feliz

Minha terra é um barquinho

navegando no infinito

minha terra meu planeta azul

você é meu país

Abertura Suíte “Os 4 Elementos”

Um, dois, três, quatro amigos

nem precisa apresentar

somos os quatro elementos

água, fogo, terra, ar

Somos muito importantes

cada qual no seu lugar

um, dois, três, quatro amigos

água, fogo, terra, ar

Água de beber, camará

fogo de acender, oleré

terra de plantar, olará

ar pra respirar

huuuuummmmm

Água de banhar, camará

fogo de queimar, oleré

terra de colher, olará

tudo pelo ar

oh….

Um, dois, três, quatro amigos

água, fogo, terra, ar

nós fazemos tantas coisas

deixe cada um contar

Nós fazemos tantas coisas deixe cada um contar

Água

Não tenho sabor nem gosto

nem cheiro, nem tenho cor

mas, todo mundo me acha

fresca, gostosa e boa

sou neve, neblina, nuvem

orvalho, gelo, vapor 

sou pingo, e também sou chuva

sereno, garoa

Sou riacho, rio, mar

cachoeira eu desço a serra

mato a sede da terra

sei lavar e cozinhar

Sou calma e movimento

lago e correnteza

doce e salgada

espelho do céu

e fonte da natureza

Não tenho sabor nem gosto

nem cheiro, nem tenho cor

mas, todo mundo me acha

Fresca, gostosa e boa

Xuê, xuê

xuá, xuá

água limpinha

pra gente tomar

Xuê, xuê

xuá, xuá

água de beber, camará

Fogo

Eu sou quente eu sou fogo

fervo e boto pra queimar

de faísca à labareda

posso até incendiar

Eu sou fonte de energia

precisando é só chamar

quando eu queimo as florestas

chama a água pra apagar

Quem souber usar

sei que vai gostar de mim

e quem se queimar

pode achar que eu sou ruim

Alegria das fogueiras

sou a lava dos vulcões

sou a dança das lareiras

e a língua ds dragões

Dos fogões, eu sou o rei

rei das velas, o pavio

eu aqueço corações

e esquento até o frio

Terra

O nome desse planeta

É o mesmo que o meu

É o meu

Por isso

A mais importante dos quatro

Sou eu

É brincadeira, estou provocando vocês

Vocês

O fogo, a água, o ar

Eu preciso dos três

Terra, a casa do mundo

O raso, o fundo

O piso, o chão

A cordilheira gigante

Poeira miúda 

Na palma da sua mão

Terra, o solo, aonde se planta

Se colhe, pra gente viver

Terra, sou fértil e sêca

Macia e dura

Até de moer

Pra me banhar

Tenho água da chuva

Do rio, e do mar

A luz do sol

E o fogo pra me esquentar

Falta um só elemento se apresentar

É o ar

Vem seu cabeça-de-vento

Sua vez de cantar

Vem seu cabeça-de-vento

Sua vez de cantar

De cantar

Ar

Ar

Huuuummmmmmm

Ar

Ar

Eu sou o ar

salve o ar

viva! viva

é tão gostoso

inspirar e expirar

Eu sou o ar

salve o ar

todo mundo quer ar puro

viva! viva

salve o ar

É por isso que eu digo

chega de poluição

o ar puro é saúde

viva! viva

seu pulmão

Eu sou o ar

salve o ar

viva! viva

é tão gostoso inspirar e expirar

Encerramento da Suíte

Um, dois, três, quatro amigos

água, Fogo, Terra, Ar

estamos aqui para servir vocês

usem sem abusar

Um, dois, três, quatro amigos

o mais importante é nenhum

Somos quatro mosqueteiros

um por todos

todos por um

Somos quatro mosqueteiros

um por todos todos por um

O cravo casou com a rosa

O cravo beijou a rosa

debaixo de uma sacada

a rosa que era amarela

ficou vermelha envergonhada

Depois os dois se casaram

fizeram uma festança

vieram as flores belas

trazendo cores e muita dança

Alamanda, Açucena, Flor-de-Liz

Madressilva, Girassol

Tulipa

Abélia

Crisântemo, Papoula, Malmequer

Lírio, Palma, Azaléia

Begônia

Bromélia

Gerânio

Zínia

Glicínia

Brinco-de-Princesa

Orquídea

Jasmim

Gardênia

Copo-de-Leite

Sálvia

Dália

Isso sim, é que é jardim      

Petúnia! Jacinto! Violeta

todo mundo satisfeito

Margarida, Hortência, Narciso

esperando o Amor-Perfeito

Onze-Horas, com um Buquê-de-Noiva

a Camélia toda prosa no  salão

ano que vem, na primavera

vai se casar com o Dente-de-Leão

Estrelinha

Estrelinha linda

era só brilhar                          

e sonhar no azul do céu

e caiu no mar

Veio uma onda

lhe deixou na areia                             

estrelinha dormiu apagou-se

acordou sereia

Foi morar numa ilha, sozinha

cantou o seu canto encantado

pras ondas de prata trazerem             

um namorado

Piratas e aventureiros

surgiram de todos os lados

e bons marinheiros

e alguns tubarões                               

apaixonados

As ondas traziam mensagens ardentes

e bravos marujos, carinhas valentes

nenhum era seu bem amado

ninguém era o sonho acordado

Se cansou da ilha                                           

se encheu do mar                               

se lembrou de olhar o céu                             

desejou voltar 

E chorou tão triste                                        

dava dó de vê-la

mergulhou num sonho profundo

acordou estrela

Marola

A sereia não é peixe

A sereia peixe é

A sereia só é peixe

Na vazante da maré

Quantos peixes tem o mar

quem quiser é só contar

tem peixe de montão

seu badejo, seu badejo

seu badejo, seu badejo

caranguejo, não é peixe não

Quantos peixes tem o mar

quem quiser é só contar

tem peixe de montão

seu Peixoto, seu Peixoto

olho vivo seu Peixoto

boto, não é peixe não

A sereia não é peixe

A sereia peixe é

A sereia só é peixe

Na vazante da maré

Quantos peixes tem o mar

quem quiser é só contar

tem peixe de montão

seu Marinho, seu Marinho

seu Marinho, seu Marinho

golfinho não é peixe não

Quantos peixes tem o mar

quem quiser é só contar

tem peixe de montão

seu Lampreia, seu Lampreia

seu Lampreia, seu Lampreia

baleia, não é peixe não

A sereia não é peixe

A sereia peixe é

A sereia só é peixe

Na vazante da maré

Ornitorrinco

Se alguém diz que eu sou feio

eu rio e brinco

diz que eu sou esquisito

eu rio e brinco

Que eu sou isso, sou aquilo

mais aquilo, é quem me diz

sou um ornitorrinco

e muito feliz

Que é que tem, eu sou mamífero, e boto ovo

tenho um bico parecido com um pato

rabo longo achatado, que nem peixe

eu me acho muito gato

Minhas patas dianteiras se parecem asas

não tenho orelha, meu ouvido é um furinho

eu não ligo

rio e brinco

e me acho gostosinho

Tenho um esporão venenoso

pra me defender do inimigo

mas eu sou mansinho

pode se chegar, não tem perigo

Moro na toca, na margem do rio

sou bom nadador, beleza beleza

o ornitorrinco é a prova

do bom humor da natureza

Se alguém diz que eu sou feio

eu rio e brinco

diz que eu sou esquisito

eu rio e brinco

Adivinha, quem sou eu?

Adivinha quem sou eu

sei falar e sei cantar

choro, rio, assobio

só não sei é me calar

Sou ruído, sou barulho

também gosto de zoar

conto lendas e histórias

tenho muito que contar

Vivo bem em qualquer canto

sou a voz dos animais

dos motores, dos trovões

instrumentos musicais

Das sirenes, das buzinas

eu cochicho, ronco e grito

dobro esquinas

tenho eco, e me repito

Ora forte, ora fraco

vou do grave ao agudo

eu não sei guardar segredo

não consigo ficar mudo

Eu adoro um zum-zum-zum

sou um traque, sou um … pum

dou o tom… adivinhou

eu sou o som

Ilha

Mar à vista

mar à vista

maravilha

maravilha

ilha

ilha

ilha

ilha

Uma onda sorrindo

vindo te abraçar

um colar de espuma

pra te enfeitar

Mar à vista

mar à vista

maravilha

maravilha.

ilha, ilha, ilha, ilha

Uma onda sorrindo

vindo te abraçar

um colar de espuma

pra te enfeitar

Mar à vista… mar à vista

maravilha… maravilha.

ilha, ilha, ilha, ilha

terra do mar

Terra à vista, terra à vista, terra à vista

terra, terra, terra

ilha do mar

Suite “A Chuva”

Nuvem branquinha

Olha lá no céu

o carneirinho de algodão

já não é mais ele

virou um leão

O leão cresceu

e se transformou

num dragão gigante

que se desmanchou

Nuvem lá no vento vai

nuvem lá no vento vem

no seu movimento

nuvem vai e vem

Nuvem foi pro norte foi

nuvem foi pro sul

nuvem foi no vento

virou céu azul

Céu Cinzento

O azul ficou cinzento

o céu meio zangado

as nuvens cinza também

o tempo bem carregado 

Um arrepio de vento

soprou um cheiro molhado

e sussurrou apressado

Aí vem chuva

De repente, relâmpago e trovão

(Relâmpago):

De repente eu risco o céu, faço um clarão

minha eletricidade anuncia a tempestade

chuva também, mas, nem me fale de garoa

muito menos de sereno, que eu não relampeio à toa

(Trovão):

Cabra metido! Não faz sequer um zumbido

nem ruído, um estampido

quer brincar com o trovão

não importa de que altura você venha

se eu subo a temperatura

segura a explosão

(Relâmpago):

Minha centelha corre pelo campo elétrico

sou um cabra magnético

vou das nuvens ‘té o chão

caro trovão, você faz um barulhão

mas as ondas que eu provoco

é que dão o empurrão

(Trovão):

Eu nem te ligo até porque sou teu amigo

porque penso aqui comigo

raio forte, chuva farta

preste atenção, que eu vou te dar um toque

se você me der um choque

vai pro raio-que-o-parta

(Relâmpago e Trovão):

Relampa lampa

relâmpago e trovoada

nossa vida é assim anunciar a chuvarada

vamos em frente que a estrada é bem comprida

é hora de despedida

olha a chuva minha gente

Relampa, lampa, lampa

relâmpago e trovão

é lampa, é lampa, é lampa

é lampa, é lampião

Chuva

Chove chuva chove chove

chove aqui na minha mão

Chove chuva

chuva boa

molha a rua

banha o chão

Chuva forte eu tenho medo    

se tem raio e tem trovão

mas se for chuvinha fraca

eu não tenho medo não

Chove chuva chove chove

chove aqui na minha mão

Chove chuva

chuva boa

molha a rua

banha o chão

Chove chuva

pingo pinga

canta canta no telhado

Chove chuva

chora chora

um chorinho bem molhado

Chuva forte eu tenho medo    

se tem raio e tem trovão

mas se for chuvinha fraca

eu não tenho medo não

Arco-iris

A chuva parou! Parou de chover

corre aqui vem ver

a chuva parou! olha lá no céu

quem resolveu aparecer

Arco-íris

sete cores

aquarela sorrindo

natureza anunciando

o bom tempo que vem vindo

Arco-íris

traga sempre seu tesouro

seu sorriso colorido

bom amigo

bom agouro

Arco-íris

venha sempre que quiser

você é sempre bem-vindo

venha a chuva que vier

(Recitativo)

E a chuva foi embora

longe

choveu

Céu ficou azul clarinho

olha

uma nuvenzinha branca parece um carneirinho

Soneca

São sete

São sete

São sete anõezinhos

Contei um, dois, três, quatro, cinco e seis

São sete que eu sei

E passaram só seis

Se não pinta o sete

Eu conto outra vez

É um, é o Mestre

Um cara sabido

É dois, é o Dunga

Que é muito engraçado

É três, é o Zangado

Que mal-humorado

É quatro, é o Aaaaatchim

É cinco, é o Dengoso

Faceiro, manhoso

É seis, é o Feliz, carinha amoroso

Cadê o Soneca

Só falta o Soneca em Pirlimpimpim

Bam bam bam, balalão

Pa-ra-tchim, pa-ra-tchim, paratchimbum

Bam bam bam, balalão

Pirlimpimpim, pam pum

Dia Internacional do Abraço.

maio 22nd, 2023

Hoje é o Dia Internacional do Abraço.

Quanta coisa cabe num abraço…

Um abraço.

http://www.edgardpocas.com.br/category/jingles-trilhas-campanhas-fotos-filmes-historias/jingles/mc-donalds-%e2%80%a2-abracos/

Criação e composicão: Edgard Poças

Direção: Dorian Taterka

Março doído e sem rei.

maio 2nd, 2023
Um encontro com o rei. Pelé.

Dia 12, levou Antônio Pedro, amigo desde 1969, quando ele dirigiu “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues, no teatro Oficina em São Paulo, e me convidou para compor a trilha musical. E, se Deus for como a gente acha que devia ser, ele já está em grandes papos com Dionísio entre copos de vinho e cenas de teatro. Cartaz do Oficina.

Programa da peça “Beijo no Asfalto”

Dia 4, dia do meu aniversário, levou o cartunista Paulo Caruso, que há pouco fez a capa do CD Bem-vindo com parcerias que fiz com grandes músicos e amigos frequentadores dos saraus do nosso Walter Appel. E, se Deus for daquele jeito que a gente acha que devia ser, o Paulo já caricaturou Atena e convidados.

Capa do CD Bem-vindo

Hoje, 15 de março, foi-se embora meu amigo e parceiro Teo de Barros compositor, violonista e arranjador. Quantas canções e harmonias foram junto. O violão ficou… Bem que suas harmonizações podiam ter ficado presas às suas cordas, aí era só pedir ao Ricardo, seu filho, me emprestar o pinho e eu atacava Por um Beijo, do Anacleto Medeiros e Catulo da Paixão Cearense, com seu acompanhamento.

No inicio dos anos oitenta peguei uma hepatite forte e o médico recomendou repouso total, justamente no dia que tinha de fazer o arranjo do jingle que havia composto para a

“A Turma GALAK NESTLÉ” para gravar em seguida. Théo gentilmente foi até a minha casa gravou o jingle e fez o arranjo.

A Turma Galak Nestlé

Justamente para o CD Bem-vindo, nossa parceria infantil, Palhaço, com o genial Edgard Gianullo.

Palhaço – Téo de Barros e Edgard Poças, por Edgard Gianullo

A SAUDADE ANDA EM DISPARADA.

Viva o rei Pelé!

dezembro 29th, 2022

Clique para ampliar

Liga o Diogo meu filho:

– Pai, o Pelé vem gravar um comercial aqui no estúdio, hoje às quatro!

Fui correndo.

Depois de abraçá-lo – confesso que chorei – mandei essa:

– Pelé, a tua sorte foi que eu gostava de música!

O rei respondeu de primeira:

-Não vem me dizer que você com essa cara jogava futebol!

E eu fiquei pensando quantas vezes ele deve ter ouvido esse lero…

 •

Pelé e a camisa autografada para André Gil Bairão, futuro expoente da educação esportiva.

Pelé, querido; voce é o rei e sempre será!

 •

P.S.: Pelé, convidado para abrir a cerimônia de abertura da Copa do Mundo da Rússia, acabou não indo; fiquei super chateado, porque havia feito a letra para a música da cerimônia. Fica o consolo do sorriso do Rei, quando soube o nome:

PELÉSTRÓIKA!

Viva Pelé!

Rei do futebol MUNDIAL!

Natal • Dia de Noite Feliz

dezembro 25th, 2022
Luisa Possi no ensaio do show “Natal. Dia de Noite Feliz”.

O show (21/12/2022) Céu Jaçana

Hoje é o dia (Ruriá Duprat e Edgard Poças) por Luisa Possi e Jean William
Os Três Reis Magos (Domínio Publico – Edgard Poças)por Jean William
Futuro é presente (Piska – Edgard Poças)por Jean William
Acalanto de Natal (Paul Mounsey e Edgard Poças) por Luisa Possi
Estrelinha (Nelson Ayres e Edgard Poças)

Gudin, meu amigo e parceiro.

dezembro 22nd, 2022

São Paulo, era a cidade que mais crescia no mundo, mas, ainda tinha mais prédios do que edifícios, mais chácaras que supermercados, mais vento que academias, e muito, muito mais passarinhos, e claro, campos de futebol. Aliás, no Brasil dos anos 50, quem não nascia gente tinha grande chance de nascer bola, ou passarinho. Teve um, Pelé, que nasceu gente e virou rei da bola; outro, Mané, que nasceu bola e virou passarinho, o Garrincha. Aliás, com esses dois que jogando juntos nunca perderam, o escrete canarinho nos deu a Copa do Mundo de 1958, sambando com a bola no pé (no jogo, não no pagode). Pra quem não conheceu a Paulicéia ddsse tempo, a Avenida 23 de maio era um córrego, e, do terreno onde fica o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia até o Clube Círculo Militar era tudo campos de futebol; plantações de dribles, bicicletas, chapéus, sem-pulos, embaixadas e tabelinhas. Todos pelados. O campo mais bonito era o do quartel, mais acima, na rua Abílio Soares, com a Tutóia, um tapete verde. Quartel sem muros, só as guaritas, uma em cada rua, um paraíso para a garotada que entrava sem bater continência, batia bola, bola-ao-cesto, tomava banho e saía do mesmo jeito, sem continência nenhuma. Bem antes da revolução de 64. Lembro do Pelé jogando ali na seleção do exército, fazendo dupla com Mazzola antes de trazerem o caneco.  A copa do mundo é nossa; com brasileiros não há quem possa… O bairro era o Paraíso, que belo nome. Foi lá que eu conheci o garoto Eduardo, já dedilhando o pinho, e sabendo que a Bossa Nova era muito natural, os dois inspirados no João Gilberto, que nasceu gente, e virou passarinho. E seguimos vida afora, deslizando nas canções, amigos até hoje. Ele se tornou o Gudin, grande compositor, doutorado em sambas e canções, com pitadas de legítimo sotaque paulistano e parceiro de gente da pesada. E agora, para nosso orgulho já estão disponíveis, para download, partituras e letras com cifras de 150 composições de Gudin, selecionadas e transcritas à mão por ele mesmo e organizadas em 4 volumes (2 com partituras e 2 com letras e cifras), como parte do projeto “A documentação de uma Obra”.

Tudo muito bem organizado num ambiente gráfico especial criado pela sua filha Joana, para a aconchegar a obra do meu velho amigo Eduardo Gudin. Entre, e sinta-se em casa:

https://www.obrascompletas.eduardogudin.com

E não é que, agora, que a bola nacional anda meio murcha e os passarinhos nos acordam tossindo, nos tornamos parceiros, por obra do meu indecoroso assédio, extensivo a outros parceiros presentes no CD Bem-vindo, que aí segue. Ouça e sinta-se em casa do Walter Appel que juntou todos esses amigos num sarau de inquebrantável otimismo. 

O CD Bem-vindo está disponibilizados nas plataformas musicais.

Capa CD Bem-Vindo
Contra-capa CD Bem-Vindo

Nossa parceria, nasceu de uma valsa (Dagosa) que o Gudin havia feito, alguns anos atrás. Aqui está ela conforme me mostrou, numa gravação caseira tocando com o mestre Paulinho Nogueira.

Será? – Eduardo Gudin e Edgard Poças, com Maria Clara Novaes e Edgard Poças

Será? é uma criança cutucando o que seria.

Seria a Dagosa?

Gudin, o abraço de sempre.