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Quatro amigos e uma saudade imensa.

sexta-feira, junho 26th, 2015

Deixa tocando enquanto voce lê:

Em 1965, Zequinha Marques da Costa, meu primo querido, me apresentou seus grandes amigos, Vinicius de Moraes, Baden Powell e Ciro Monteiro; alguns meses antes de dar início aos ensaios do espetáculo Vinicius Poesia e Canção, realizado no Teatro Municipal de São Paulo, dirigido e produzido por ele, com a presença do poeta e parceiros; que primo, que amigos, que privilégio!


                                                                                             


Tempo Feliz.

P.S.: entre uns uisquinhos, Vinicius, falando de sua admiração pelo cantor e pela pessoa de Ciro Monteiro, contou que Baden havia composto oito músicas para esse LP – eram previstas dez – quando teve de voltar a Paris, onde morava, para uma série de concertos, e Ciro gentilmente completou as dez com duas músicas suas – Alô João  e Toma meu coração, oferecendo autoria a Baden Powell e Vinicius de Moraes.

Assim era Ciro Monteiro, o Formigão, como era carinhosamente chamado, de quem Vinicius falou:

– Uma criatura de qualidades tão raras que eu acho improvável qualquer de seus amigos não se haver dito, num dia de humildade, que gostaria de ser Cyro Monteiro. Pois Cyro, pra lá do cantor e do homem excepcional, é um grande abraço em toda a humanidade.

Ciro Monteiro, por Miécio Caffé

P.S.: Num dos intervalos de Vinicius Poesia e Canção, não lembro porque, papeando com Ciro, mencionei algo ligado a algum político que aprontou alguma, e o Formigão saiu com essa:

– Pois é Edgard, o candidato é aquele cara que fala bonito, tudo aquilo que a gente quer ouvir; quem não cumpre é o eleito!

Sábias palavras.

Flavio Rangel

quinta-feira, março 6th, 2014

Outra noite, não lembro se no canal Curta ou no Arte 1 –  ligo a TV e vou direto neles – assisti a um video maravilhoso sobre Flávio Rangel. Chorei. Que pessoa que eu tive o privilégio de conhecer! Foi nos ensaios do espetáculo Vinicius Poesia e Canção, realizado no Teatro Municipal de São Paulo em dezembro de 1965, dirigido por meu querido primo Zequinha Marques da Costa. Flávio aparecia pra dar uma força com seu entusiasmo contagiante. Depois de um ensaio tinha tudo na cabeça e distribuia seu conhecimento com bondade  e doçura. De graça.

Tomamos algumas. Aí está seu autógrafo no meu violão, entre Edú Lobo, Vinicius de Moraes, Sérgio Mendes e Baden Powell, em ótima companhia.

Flávio nasceu em seis de agosto de 1934 e morreu em 25 de outubro de 1988.Imagino a beleza que ele deve estar montando lá em cima.Elenco não falta.

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