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Sérgio Mineiro. Saudade.

quinta-feira, julho 13th, 2006

Zeca Assumpção me apresentou Sérgio Mineiro lá pelos idos de 1966 e foi amizade à primeira vista. O Sunça tocava contrabaixo no São Paulo Dixieland Band, o Sérgio e eu tocávamos violão de festa. Rolaram grandes papos e solos, aquele acorde, aquele baixo, João, Tom, MilesMingusMonk, etc…  acompanhados do inefável Juanito el Caminador, Red Label. O Divino Centeio conforme de Moraes.

Uma desavença besta nos afastou quarenta anos. cruzamos em agências de publicidade, neca de papo, cumprimentos formais. Para piorar éramos  concorrentes. Sérgio, dono do bem sucedido estudio MCR e eu compondo para diversos estúdios -Bandeirantes, Cruzeiro do Sul, JV, Vice e Versa, Eldorado, Norte Magnético e mais tarde para minha firma, a Klaxon.

Quarenta anos de não sei quantas trilhas, jingles, spots, vinhetas (e provas) depois – recebo o telefonema:

– Edgard Poças?

– Sim, quem vai falar?

– É Sérgio Mineiro. Tô aqui com um jingle pra voce cantar. Vai ficar bonito  na tua voz.

Era a hora, aquela em que a gente não pode negar fogo, peguei o gancho fui e cantei.

Nunca mais deixamos de nos encontrar, pelo menos duas vezes por semana. Uma para o ensaiar o show que escrevi para gente cantar, contar histórias, beber durante, e outra para almoçar no Espírito Santo desfiando o bacalhau e o tempo na companhia do fervilhante casal Garcia.

Sérgio, emérito mineiro, contador e gostador de histórias, adorava repetir as mesmas com arranjos diferentes. Ouvi as tantas e ri como se fosse a primeira.

Incorporou ao seu repertório a frase que o Otto Lara Rezende definiu a mineirice:

– Edgard, ser mineiro é não tocar nesse assunto!

De repente parou com os ensaios, os almoços continuaram, mas, sem tocar no assunto do show, até sua morte recente. Pra mim toda morte de alguem querido é recente.

As partituras estão numa pasta que nunca mais abri. Às vezes dá vontade de fazer o show sozinho, num boteco qualquer ao lado de uma cadeira vazia.

Teu jingle.

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Uma parceria com Maurício Novaes em sua homenagem:

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Vagabundo,

deslizando na canção,

a bossa, o mundo

céu e mar…

Dia de luz, festa de sol

e ter tempo pra sonhar…

– Olha, é como o verão!

Tambem bate um coração.

Saudade.

Hopi Hari • Cântico • Aki bo vendinovu

terça-feira, janeiro 18th, 2000

Hopi Hari • Cântico • Aki bo vendinovu

 

Clique para ver o filme

Letra em em Hopês:

 

Tá bon bini kerí amí

Tuti akí tá fá par bo

Bo aki fazi mis tum-tum batê

Hopi forti

Hopi hepi

 

Mis habi taris di Hopi Hari

Ké luki bo ólueis hopi

Juiê ni naice, uaau uaau

Kerí ami tá bon bini

 

Vam vam aribabiba

Sentimenti di libértas

Nanina istréssi

Tum-tum batê

Cum disfruti i kontentamenti

 

Luki mis urbis moturi mágus

Luki tumae luki mis kântri

Bon bini amí a  Hopi Hari

Aki bo ven vendinovu

Tradução em portugues :

 

Seja bem-vindo querido amigo

Tudo aqui foi feito pra você

Você aqui faz nosso coração bater

mais forte

Muito feliz

 

Nós somos habitantes de Hopi Hari

Queremos ver você sempre feliz

Brincando numa nice, num alto astral

Bem-vindo, querido amigo !

 

Vamos viver a vida com alegria

Sensação de liberdade

Sem stress

Dias alegres

Com desfrute e prazer

 

Veja nossas cidades, maravilhosas, mágicas

Veja a natureza, veja nosso maravilhoso país

Bem-vindo amigo a Hopi Hari

Aqui você vem, você vem de novo

Letra: Edgard Poças

Música: Armando Ferrante

Agência: Taterka

Produtora do filme: TVC

Gravado no estúdio MCR em janeiro de 2000.