Posts Tagged ‘William Caram’

Tratado Geral Sobre a Fofoca

domingo, maio 7th, 2017

                                 

Músicas & Letras:

 

Isso é que é

Nelson Ayres – Edgard Poças

Balangandãs, balangandãs

Ninguém tem nada de bom sem sofrer

Let’s fall in love!

 

Let’s fall in love

Love love love

Love is a many splendored thing

Eppur si muove muove muove

Sem amor seria o fim

 

Amigo a decisão inteligente

O caminho do sucesso, da vantagem, tá na gente

 

Dê o bote

E perca o vinco

Isso é que é sacada!

O amor é a boa estrêla em qualquer estrada!

 

Amiga, isto é,  visão, realidade,

O capricho é o Senhor

Da ilusão e da vontade

Veja, se a carícia no planeta virar moda

O puro pira e a puritana roda!

 

Let’s fall in love!

 •

Glória à Grei

Nelson Ayres – Edgard Poças

Trabalhar é lidar sorridente

É obrar que enobrece e seduz

É render-se ao fervor ebuliente

Que a ledice da faina produz

 

O trabalho aos mortais se imputa

Como escopo de egrégio valor

Todavia claudica a labuta

Quando ausente é a voz superior

 

Vai debalde o afã diligente

Desvanesce-se a força motriz

Sem o ardor de um comando exponente

E o dulçor duma mão diretriz

 

O bom guia ilumina a jornada

Que o labor tornará mais fecunda

Glória ao lider excelso

Glória à grei esforçada

Em cuidar e obrar

Glória abunda!

CODA:

 Oh ! quem será a nossa lei?

A nossa fé?

O grande chefe do escritório?

O nosso bode expiatório?

A nossa luz?

O nosso Pagé?

  •

Patrulha Status Quo

Nelson Ayres – Edgard Poças

Olha os patrulheiros!

Bravos guerreiros!

Alcoviteiros do status quo, quó quó, quó, quó…

Quorum de cordeiros

Bons embusteiros

A favor do contra pró, pró, pró, pró, pró…

Próprios delatores

Próprios censores

Donos dos valores e dos corações

Nossos doutores de todos amores

Saram nossas dores

Curam sensações, ss, sss, ssss, sssss…

 

Sonhos permissivos, corpos esquivos

São os prisioneiros do guru

Olhos punitivos

Tristes, cativos

Cegos mosqueteiros

Do rei nu, ú, ú, ú, ú…

 

Athos, Ethos e Thanatus

Um passo falso é facil, mas fatal

Tal como foi no Brasil

Onde foi que se viu

Cena tão imoral?!

O velho Status se perder no Carnaval!

 •

Fiat Lux

Nelson Ayres – Edgard Poças

para o dr. Carlos Burza

 miserere

ipso facto

causa mortis

modus vivendi

 

vade retro

superavit

data venia

honoris causa

 

dura lex

sed lex

homo sapiens

habeas corpus

ratio juris

ratio legis

ad libitum

errare humanum est

amem.

  •

Ando Parada

Edgard Poças

Eu acho que ando parada de cuca

Precisando uma coisa maluca

Que curta comigo as manhãs do amor

Num carnaval do Rio em Salvador

 

Que transe de noite

Brilhando de sol

E seja Fla Flu no futebol

 

Que viva de verde,mas, more no azul

E seja oeste, de norte a sul

 

Que chegue agora

Mas bem pra lá

Que vá embora

Bem mais pra cá

Num vem e vai

Num entra e sai

Num … Ui ! ai ! ui ! ui ! ai! ai ! ai ! Uuuuuuh!

 •

Mano a Mano

Audio clip: Adobe Flash Player (version 9 or above) is required to play this audio clip. Download the latest version here. You also need to have JavaScript enabled in your browser.

 

A farsa se acabou no pano que caiu

Arrebatada a platéia aplaudiu

Pasmada que ficou

Ao céu se dirigiu:

– Que astro no teu véu assim luziu ?

 

Atrás de ilusão

Adoração fingiu

Num riso de ribalta se traiu

Atriz da ilusão

Comovida chora

Rendida de paixão não vai embora

 

E o pobre sedutor, lá dentro, num pavor

Escuta a velha voz que lhe devora

Que grita com furor:

– À cena impostor !

E fotos, filas, fãs , fiéis, lá fora

 

Um tiro põe um fim

O espelho  se desfaz

E a trama toda estilhaçada jaz

No chão do camarim

Num corpo de arlequim

Em cacos de platéia

Enfim, em paz

 

Nunca mais alguem verá tão grande ator

E jamais receberá tão grande amor

Quem tão sedutora e tão fiel ?

Quem merecedor desse papel?

 

Como bom final não é muito feliz

Mas se foi fatal foi tal como se quis

Mano a mano, vão-se ator e atriz

Num louco ato único e sem bis.

 

Piano: Nelson Ayres

Voz: Edgard Poças

Acalenta/Dor

Edgard Poças

Ajoeia Marica

Gonga sapionga

Nnao me meta em cipoá…

Me bote em campo franco

Campo franco

Onde eu possa me maniá.

  •

O Bom Filho à Casa Torna

Edgard Poças

vizinha : – Está voltando !

mãe : – Um venerando figurão de fato !

filho : – Já fui chamado de gaiato !

mãe : – Andando na linha

vizinha : – Tirando sardinha com a mão do gato

filho : – Agora, o caro sai barato

vizinha : – É vigarista !

mãe : – Longe da vista, longe do meu coração

vizinha : – A ocasião faz o ladrão

mãe : – … Que rouba ladrão, vai levar cem anos de perdão

vizinha (breque) : – Meu Deus, é muita compaixão !

 

filho : – Estou voltando

vizinha : – Um venerando figurão de fato !

mãe : – Já foi chamado de gaiato !

filho : – Andando na linha  tirando sardinha com a mão do gato

mãe : – Agora o caro sai barato

filho : – Fui vigarisata

vizinha : – Longe da vista longe do meu coração

filho : – A ocasião faz o ladrão

mãe : – … Que rouba ladrão, vai levar cem anos de perdão

filho : –  Meu Deus, é muita compaixão ! Eu não mereço tanto !

 

vizinha : – Diz com quem andas

filho : – Conto o milagre mas não conto o santo

mãe (breque) : – Quem fala muito erra outro tanto

vizinha : – Isso é batata ! Falar é prata mas calar é ouro !

filho (breque) : – Calando eu fiz o meu tesouro

mãe : – Cautela e caldo de galinha, vizinha, não fazem mal à ninguém

vizinha : – Assim seja

filho : – Amém !

mãe : – Amém !

filho : – No céu só entra quem pode, e aqui na terra só vale quem tem

mãe (breque): – Há muito mal que vem pra bem

vizinha : –  Quem espera sempre alcança

mãe e filho (breque) : – Quem tem pressa vai de trem !

  •

      Regina Dourado

Saudade

 •

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Johnson & Johnson • Haste Cotonetes • Homenzinho Azul

quarta-feira, junho 17th, 1981

 

Audio clip: Adobe Flash Player (version 9 or above) is required to play this audio clip. Download the latest version here. You also need to have JavaScript enabled in your browser.

Trilha: 30′

Agencia: Lintas

Animação: Start Desenhos, de Walbercy Ribas

Clarinete: Hector Costita

Trompete: Settimo Paioletti

Sax: Bolão e Carlos Alberto

Trombone: Pantera

Piano: Nelson Ayres

Baixo: Claudio Bertrami

Bateria: William Caram

Voz: Edgard Poças

Gravação em 01.06.1981 no antigo Estúdio Gazeta (Estúdios Reunidos), localizado na Av. Paulista, 900, no quarto andar do prédio da Fundação Cásper Líbero.

1º Prêmio na categoria, no Festival Ibero Americano de Propaganda.

P.S.: O cantor deveria ser o Diógenes, dos Vikings, que tinha um grave incrível, mas ele tinha outro compromisso e não pôde ir. E agora? Estava tudo gravado e só faltava o solista, o personagem principal, o homenzinho azul que cantava jazz no banheiro. A agência no telefone, querendo a trilha para entregar para o estudio de animação, o horário expirando, gente nos corredores esperando para gravar e aquela barrigose que precede o pânico, mas que oferece possibilidades heroicas. Resolvi encarar, fui para o microfone e cantei. Até hoje não consigo entender como eu consegui fazer o Oh yeeeeah! do final. Guimarães Rosa dizia que o que tem de ser tem muita força.

Partitura

Clique para ampliar

Clique para ampliar

Briefing da Lintas

Clique para ampliar

.

Clique para ampliar